A maioria das doenças que afetam os
recém-nascidos são infecções adquiridas no hospital, como meningite, pneumonia
e infecções do trato urinário
Respondendo
a uma convocação da Academia Americana de Pediatria, (AAP), para reduzir
infecções hospitalares em unidades de cuidados intensivos neonatais, (UTINs),
em todo o país, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Missouri
encontraram uma proteína no leite materno que pode ser uma solução segura e
eficiente.
“A
maioria das doenças que afetam os recém-nascidos são infecções adquiridas no
hospital, como meningite, pneumonia e infecções do trato urinário. Os
pesquisadores não só descobriram que a lactoferrina, uma proteína encontrada no
leite materno, pode reduzir as infecções hospitalares entre os prematuros, mas
também mediram a segurança alimentar da proteína para os recém-nascidos”,
afirma o pediatra Moises Chencinski, presidente do Departamento
Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São
Paulo.
Os
estudiosos conduziram um ensaio de controle randomizado com bebês prematuros. Sessenta dos lactentes
foram alimentados com lactoferrina através de um tubo de alimentação, duas
vezes por dia, durante 28 dias, enquanto 60 lactentes adicionais receberam
placebo. Os pesquisadores descobriram que a taxa de infecções hospitalares foi
50% menor entre os lactentes alimentados com lactoferrina.
Além
disso, os pesquisadores usaram o MedDRA, um sistema que relata os resultados de
segurança para a Food and Drug Administration, dos EUA, para avaliar a
lactoferrina durante e após os lactentes receberam a proteína. Os bebês foram
examinados quanto aos efeitos adversos da proteína seis e doze meses após o
final do ensaio. Todos os efeitos adversos identificados foram associados com
complicações do parto prematuro e não da ingestão da lactoferrina.
“Enquanto
um grande ensaio clínico é necessário, antes de a lactoferrina tornar-se um
protocolo de tratamento padrão nas UTINs, os resultados deste estudo mostram a segurança da lactoferrina e fornecem
um relatório inicial de eficiência na redução de infecções hospitalares”,
afirma o pediatra.
Moises
Chencinski
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