Saiba como evitar a doença e atenuar os
riscos
Anualmente,
em 26 de março, é comemorado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial.
A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os cuidados com o
problema, um dos principais causadores de doenças cardiovasculares, como o
infarto de miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), mais conhecido como
derrame.
De
acordo com Rogério Krakauer, médico da Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo (Socesp), mais da metade dos casos é diagnosticado somente
a partir de 55 anos. “Essa disfunção acomete principalmente homens a partir dos
40 anos. As mulheres costumam apresentar mais incidência na menopausa, quando
perdem a proteção do hormônio estrógeno”.
O
médico explica que dentre as principais causas da hipertensão estão o
sobrepeso/obesidade, má alimentação, consumo excessivo de sal e de álcool, vida
sedentária, tabagismo, doenças orgânicas e distúrbios hormonais. Ressalta que
há, também, o fator hereditário. “Pessoas cujos pais são hipertensos têm 30% de
chances de herdar a doença. Assim, quando houver casos na família, os cuidados
preventivos devem ser ainda mais enfatizados”.
Levantamento
feito pela Deloitte Consultoria constatou que anualmente o Brasil perde R$ 56
bilhões em gastos no sistema público de saúde e perda de produção do
trabalhador, devido à ocorrência de doenças como insuficiência cardíaca,
hipertensão, infarto do miocárdio e fibrilação atrial.
Prevenção
e controle
Segundo
o médico, embora seja difícil, em especial num momento de crise como o
enfrentado pelo Brasil, no qual as tensões são grandes no trabalho e na rotina
das pessoas, o controle do estresse é fundamental, uma vez que também contribui
para um quadro de hipertensão.
Krakauer
ressalta que hábitos diários saudáveis, como dieta equilibrada e com pouco sal,
consumo responsável e moderado de álcool, bom sono e a realização de exercícios
físicos, sempre feitos após avaliação médica, são fundamentais para evitar a
doença e atenuar os riscos hereditários e de fatores como o estresse.
As doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte no mundo (17,3 milhões de pessoas falecem por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS). De janeiro a março deste ano, quase 78 mil óbitos por doenças cardiovasculares aconteceram no Brasil.
Pesquisa da OMS estima que, em 2024, o Brasil deverá subir para a primeira posição no ranking de mortes por causas cardiovasculares.
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