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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Especialista alerta para diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla



A Santa Casa de Mauá chama a atenção da população para a Esclerose Múltipla, uma doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e o sistema nervoso central. De acordo com o neurologista Carlos Roberto Zambom, cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo e aproximadamente 35 mil no Brasil possuem a doença, sendo a maior incidência em mulheres de 20 a 40 anos. “A patologia não é contagiosa e nem mental, não tem prevenção e nem cura. O tratamento visa reduzir a progressão”, ressalta o especialista.

As principais causas são desconhecidas, mas dados mostram que o ambiente, a genética e alguns vírus podem desenvolvê-la. Sabe-se que o sistema imune desgasta a bainha protetora que cobre os nervos, a mielina, o que causa problemas na comunicação entre o cérebro, medula espinhal e outras áreas do sistema nervoso central. Tal condição resulta na deterioração dos nervos, em um processo irreversível. Ao longo do tempo, essa degeneração causa lesões no cérebro, que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral, até cinco vezes mais rápido do que o normal.

Os sintomas variam de acordo com a quantidade de nervos afetados e entre os principais estão fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio, coordenação motora, visão e fala, dores articulares, transtornos cognitivos e emocionais, além de disfunção intestinal e da bexiga. 

“Nos estágios iniciais a esclerose múltipla pode dificultar o diagnóstico, uma vez que os sintomas se assemelham com os de outras doenças e aparecem com intervalos. O paciente pode ficar meses ou anos sem qualquer sinal da doença”, explica Carlos Roberto Zambom,

O diagnóstico de esclerose múltipla pode ser difícil e devem ser considerados os relatos do paciente, sintomas, exames clínicos e de ressonância magnética - que avaliará se há lesões no cérebro e pelo exame do líquor. O profissional também poderá solicitar vários outros exames para excluir condições que podem ter sinais e sintomas semelhantes.

Embora a esclerose múltipla não tenha cura, ela pode ser controlada por meio de um tratamento que ameniza as crises, sintomas e a progressão. O tratamento pode envolver medicação oral diária ou injeções. 

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