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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Inteligência Artificial e o Direito: o que está por vir

O Direito, como conhecemos hoje, é uma pequena evolução daquele sistema que já vinha de um bom tempo. O papel, o processo e os procedimentos foram utilizados até recentemente, tornando a Justiça lenta, abarrotada e ineficaz.
 
O peticionamento era burocrático, complexo, ineficiente e demorado, pois havia o deslocamento do advogado até o juízo onde deveria protocolar sua petição e aguardar sua distribuição. 

Os processos eram, então, remetidos aos cartórios que os distribuíam em prateleiras e cada um tinha um sistema de identificação de notas, petições e processos aguardando conclusão.

Buscando dar celeridade é que foi introduzida a primeira mudança tecnológica no sistema legal brasileiro, em 2006, com o advento da Lei n.º 11.419, que dispõe sobre a informatização do processo judicial. Essa informatização foi debatida e introduzida com o único propósito de acelerar os processos, algo que não deu muito certo, pois vale lembrar que os procedimentos ainda são os mesmos.

Foi uma boa ideia, mas que deixou muitos colegas para trás, com tribunais adotando critérios e métodos diferentes de acesso, sistemas complexos e com muitos erros, sendo esse início um marco para separar os advogados que abraçaram a tecnologia, daqueles que perdiam espaço nessa nova realidade. Aqui está a verdadeira função da capacitação, que é preparar não para o agora, mas para o futuro.

O que vem se falando muito é da Inteligência Artificial e como ela pode ser útil ao Direito. Mas ninguém aponta um caminho ou aprofunda o tema, muito pelo desconhecimento, muito por interesse próprio. 

Claro que a IA pode substituir, hoje, tarefas simples; já existem outras, um pouco mais complexas que podem substituir um advogado, por exemplo. Veja o sistema criado pela empresa de Israel, LawGeex. Ele é um sistema de revisão de contratos, sem qualquer interação humana ele determina se um contrato está de acordo com as diretrizes de sua empresa. Reduz custo e tempo para um escritório. Esse é um excelente exemplo de IA em simbiose com o Direito.

Mas, e pensando mais a frente, se houver um sistema como esse que possa oferecer argumentos, interagir com juízos, oferecer cenários ilimitados a premissas? É possível? Sim. Evidente que tudo tem um certo risco em ser adotado, em especial com a tecnologia de adulteração de fotos e vídeos aumentando e chegando a perfeição em alguns anos. 

Tudo isso é relacionado ao Direito, podemos estar à frente de provas lícitas e ilícitas que poderão ser analisadas por um software que oferece argumentos para um júri ou juiz. Como determinar a idoneidade desses fatos? Tudo isso traz novos desafios à IA e sua adoção no Direito.

Há um projeto da IBM o “Project Debater”, nele o computador ouve um argumento humano e procura, através de milhares de ciclos e cálculos, rebater esse argumento com a geração de um novo. Sim, algo parecido como nós advogados, procuradores, promotores e juízes, ou qualquer pessoa faz durante um debate, análise ou conversa. 

Não é preciso esperar o futuro para ver a Inteligência Artificial em uso em cortes pelos Estados Unidos. Em alguns estados as audiências que tratam de fiança, o juiz recebe o resultado de uma pontuação baseada no risco de fuga do condenado, o perigo oferecido à sociedade se o mesmo estiver nas ruas, além de outros fatores, podendo fundamentar sua decisão entre determinar um valor para a medida ou mesmo sobre a possibilidade do deferimento dela.

A Inteligência Artificial é apenas uma das mais variadas tecnologias a dispor do Direito e estar preparado para elas é uma necessidade para aqueles que querem se destacar e ter uma carreira de sucesso no Direito, seja no Brasil, seja pelo mundo.




Ulisses Augusto Bittencourt Dalcól - advogado formado pela Universidade Ritter do Reis no Rio Grande do Sul e Diretor da Agência de Comunicação DESCOMPLICA em Curitiba, gerenciando a área de TI.


A melhor primeira impressão


Descubra e entenda como se destacar na entrevista com o recrutador
 
É normal ficarmos nervosos quando estamos frente à uma situação tão importante como conseguir um novo emprego. Pensando nisso,  Madalena Feliciano, diretora da OutliersCareers chegou com dicas para lhe ajudar a se dar bem nas entrevistas.
  • Se prepare com antecedência: A primeira coisa a se fazer é estruturar bem seu currículo, com todos os dados e atribuições para torná-lo atraente e em linguagem comercial. Depois, pesquise sobre a empresa que deseja trabalhar, formulando respostas sobre o porquê você deve estar naquele cargo, como sua visão condiz com a do local e pode ajudar esta a crescer. Conhecimento nunca é demais!
  • Mostre-se confiante e comunicativo: Muitas vezes pode parecer difícil para os tímidos, mas passar confiança e falar com desenvoltura é muito importante. Para isso, você pode treinar com perguntas comuns nessas situações e conversar consigo mesmo. Se possível, grave, quando ouvir, poderá perceber se está sendo redundante ou se cometeu erros de português. A prática cria a perfeição!
  • Explique sua experiência profissional sem torná-la entediante: Planeje! Quando estiver se preparando, separe os pontos fortes de sua experiência e preste atenção no tempo para que o recrutador não durma. Também é importante gravar esta parte, assim você fica a par de como está se mostrando para a pessoa que pode lhe contratar. Uma boa maneira é contar histórias, ressaltando os pontos interessantes que podem ficar marcados na memória de quem as ouviu.
  • Demonstre autoconhecimento, determinação e força de vontade: Se é o seu primeiro emprego, mostre que apesar de estar começando, está disposto a aprender e que sabe o que quer. O mesmo vale para quem já está no ramo há anos, afinal, cada nova empresa tem suas peculiaridades. Fale sobre como está disposto e entusiasmado com a chance de poder trabalhar naquele local.
Todas as dicas são preciosas e você pode treinar sozinho, mas para ir além, precisamos de ajuda profissional, afinal ninguém cresce sem investir. A Outliers Careers conta com quem entende do assunto para te colocar no caminho certo, como: orientação profissional, mapeamento de mercado, simulação de entrevistas, avaliação comportamental, reestruturação de currículo, identificação de pontos a serem melhorados, transição de carreira, orientação para plano B ou nova carreira, realocação e auxílio para todos que desejam dar a melhorprimeira boa impressão de si mesmo.
“Não permita que seu piloto automático seja responsável pelos seus sonhos. Você tem muito mais a oferecer do que imagina!”, diz Madalena Feliciano, gestora de carreira.


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira
Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.

Como convencer seu CEO a investir em pessoas?


Cada vez mais o termo trabalho (do latim tripalium - instrumento de tortura, constituído de três estacas de madeira e que era comum em tempos remotos na região europeia - ,vem sendo substituído por palavras como missão, propósito e experiência, e o grande desafio que é entender como gerenciar e potencializar profissionais com essa nova mentalidade. Você há de concordar que estamos lidando com uma geração cada vez mais autodidata, com acesso ilimitado a informações. Se antes o conhecimento técnico era algo conquistado após anos e anos de aprendizado, hoje os jovens conseguem absorvê-lo de maneira rápida e sob demanda, e isso muda um pouco o jogo ao tirar peso da importância da experiência. 

Por outro lado, cultura é cada dia mais uma peça fundamental no sucesso das empresas: ela apoia a estratégia de maneira única, dando sustentação aos negócios no longo prazo. Assim, o alinhamento com os valores da organização deve ser sempre a premissa básica para uma boa contratação. Quando damos o devido valor ao fit cultural do candidato na hora de contratar, colocamos para dentro talentos que são capazes de reforçar os comportamentos que sustentam nossa estratégia, e que irão aprender seja lá o que for necessário ao trabalho que estiverem ocupando naquele momento.

Por meio de um check list simples aplicado pelo gestor, uma semana após a contratação, e o Google conseguiu reduzir em 25% o tempo em que um funcionário alcança sua produtividade máxima. Organizações que possuem processos de Onboarding (procedimentos que aproximam um novo funcionário da sua cultura organizacional) consolidados melhoram suas taxas de retenção em 85% e produtividade em até 70%. Não sei se você sabe, mas até a GE, conhecida por criar a curva forçada e a meritocracia mais ferrenha do mundo moderno, já possui um aplicativo móvel de feedback instantâneo. E você ainda está no ciclo anual de avaliação de performance?

Estudos mostram uma melhora drástica tanto no desempenho do funcionário, como no desempenho do negócio quando uma empresa efetivamente, determina e relaciona metas e objetivos individuais às metas e objetivos da empresa. E os benefícios muitos: aumento das margens operacionais: o funcionário vê como ele pode fazer uma contribuição direta para o sucesso da sua empresa. Ele foca em encontrar maneiras de trabalhar de forma mais inteligente e eficiente. Sua produtividade aumenta. Margens operacionais também aumentam.

Execução mais ágil da estratégia da empresa: definição de contribuições individuais claras e públicas expõem iniciativas redundantes na empresa; execução mais eficiente: alocação de trabalho mais eficiente nos projetos e departamentos eliminando esforços duplicados; redução do turnover: empresas com um grande número de funcionários insatisfeitos apresentam grande absenteísmo e baixa produtividade assim como uma taxa de turnover 51% maior. O claro alinhamento dos objetivos e das metas ajudam a criar um maior sentimento de responsabilidade/posse no sucesso da empresa. Quanto maior o propósito maior o engajamento, resultando em uma diminuição no turnover.


Reconhecimento

Neste ponto, não se apegue ao reconhecimento monetário. Estamos sim falando dele, mas não só dele. Reconhecimento é algo muito mais amplo: pode ser um elogio de um par, um elogio em público, acesso a um treinamento, um aumento, uma promoção, mais férias etc. O ponto aqui é: pessoas que se destacam pelas suas contribuições devem ser identificadas e reconhecidas. Esse reconhecimento é, e será, combustível para o ânimo e a força de vontade dos seus funcionários.

Segundo o relatório da Gallup, empresas com programas de reconhecimento estruturados, reportam, em média, um aumento de 22% nos índices de produtividade e empresas com níveis de engajamento alto apresentam uma taxa 37% menos de absenteísmo. Já empresas que possuem gerentes que estimulam e valorizam o reconhecimento e a comunicação tem um retorno sobre investimento 47% maior, segundo o relatório da Tower Watson.

Uma pesquisa conduzida pela Globalforce identificou que funcionários são 17 vezes mais engajados que a média quando descobrem estarem alinhados com valores culturais, por meio de reconhecimento no trabalho. Um grupo de pesquisadores do Reino Unido dizem ter encontrado a primeira evidência científica que conecta felicidade com produtividade – pessoas felizes são em média 12% mais produtivas.

Por último, mas de forma alguma menos importante, chegamos à cultura. Entretanto não falaremos de “cultura de parede”, criada por alguma consultoria e desconhecida por todos. Estamos falando da cultura de verdade: os valores e crenças que são vividos no dia-a-dia das empresas, que permeiam decisões e garantem vantagens competitivas de longo prazo para as organizações. É a hora de mostrar que gerir pessoas é muito mais do que calcular folha de pagamento e rodar uma avaliação anual de desempenho mequetrefe: gerir pessoas é ajudar cada um a atingir seu potencial, fazer diferença nos resultados da empresa e criar equipes de alta-performance.





Francisco Homem de Mello - fundador da Qulture.Rocks, software de gestão de desempenho. Especialista e estudioso em cultura organizacional. Autor do livro The 3G Way: Dream, People, and Culture, figurando entre os mais vendidos da Amazon em estratégia e negócios. Lança a próxima obra: “OKRs: Da Missão às Métricas”, com o objetivo de ajudar as empresas a implementar uma metodologia de metas direcionada para alcançar resultados. 

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