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segunda-feira, 8 de março de 2021

Três maneiras de usar a Educação Midiática para combater fake News

Pixabay

Escola tem papel fundamental na formação de cidadãos mais críticos e informados, dizem especialistas


Informações que chegam por todos os lados, na tela do celular, no computador, pela televisão, podcasts, aplicativos de mensagem. Estar conectado 24 horas por dia faz com que nem mesmo as crianças e jovens estejam livres da disseminação desenfreada de notícias falsas. Embora as fake news não sejam uma novidade do século XXI, hoje elas se espalham com muito mais velocidade e com um alcance inédito.

Como a escola pode contribuir para que os estudantes desenvolvam seu senso crítico e, assim, não sejam vítimas de informações mentirosas e manipuladoras? De acordo com especialistas no tema, isso é possível com o desenvolvimento de uma análise crítica, que as pessoas só têm condições de exercitar a partir do domínio de competências e habilidades de leitura e escrita que estão no cerne da formação de leitores críticos e, portanto, mais preparados para identificar as armadilhas das fake news. Prevista na nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a Educação Midiática é a abordagem que permite a construção dessa aprendizagem sobre o que é e como se produz a informação, com o objetivo de combater a desinformação.

Para a consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Yasmim Forte, um dos principais objetivos da escola atualmente deve ser oferecer uma preparação que permita ao aluno analisar situações complexas, desenvolver a capacidade de olhar uma informação e fazer uma interpretação coerente. É preciso que ele enxergue o que está por trás da notícia, o que ela reflete, qual a influência do contexto, da cultura local e a quem ela interessa. "A BNCC coloca a cultura digital como uma competência geral. Um dos desafios da Educação como um todo é garantir que o aluno adquira a capacidade de ter diferentes olhares sobre um mesmo assunto e, para isso, precisamos envolver todas as áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais. A Educação Midiática é um caminho tão importante para a escola percorrer com os alunos porque ela faz parte da vida do aluno o tempo todo", destaca Yasmim.

E, para que a Educação consiga formar cidadãos com independência e senso crítico para decidir sobre o consumo de qualquer tipo de informação, Yasmim defende que aprender a fazer essa curadoria deve ser uma prática já na infância. "O ideal é trabalhar essa abordagem em todos os níveis do ensino, promovendo uma construção - permeada tanto pela análise dos meios de comunicação, das diferentes mídias, como também por um aprendizado mediado pela tecnologia", afirma. Educadores indicam algumas iniciativas simples de Educação Midiática para serem trabalhadas em sala de aula ou mesmo em casa.. 


1. Como é feito um jornal?

Conhecer o trabalho da imprensa profissional é fundamental para que qualquer pessoa entenda melhor os processos de checagem e apuração dos fatos. Até mesmo as crianças mais novas podem participar de projetos de jornais laboratórios. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, por exemplo, mantém, há vários anos, o programa Imprensa Jovem, que permite que crianças e adolescentes produzam suas próprias notícias e, assim, possam se tornar agentes ativos da construção de informações.

Daniela Machado, jornalista e coordenadora do Educamídia - programa de Educação Midiática do Instituto Palavra Aberta -, explica que “a escola tem muito a ajudar para reconstruir a ponte entre a sociedade e a imprensa, que está tão desgastada. É preciso colocar esses jovens não apenas no papel de consumidores, mas também de produtores de informação. É importante mesclar atividades em que eles analisam criticamente, mas também em que se colocam no papel de produtores”.


2. Verdadeiro ou falso?

Muito utilizada em avaliações, a brincadeira de classificar informações entre as categorias “verdadeiro” ou “falso” é uma ferramenta importante para treinar leitores mais atentos. Trata-se de um exercício simples, que apresenta uma série de notícias às crianças e pede que elas apontem quais consideram reais e quais consideram enganosas. Durante a atividade, é possível mostrar e fazer com que elas reflitam sobre características típicas das fake news e aprendam a identificar peças potencialmente mentirosas.

Em um mundo cada vez mais conectado, impedir que os estudantes tenham contato com informações falsas é impossível, mas eles saberão melhor como procurar boas fontes de informação se forem acostumados a isso. Para Alexandre Le Voci Sayad, diretor da Zeitgeist, co-chairman do think tank GAPMIL, da UNESCO, e apresentador do programa Idade Mídia, do Canal Futura, “a ideia é qualificar o acesso à informação, que significa encontrar o que está baseado em evidências, saber diferenciar opinião pessoal de fatos, distinguir ironia e humor de uma afirmação de fato, entre outros”. Ele ressalta que isso passa por desenvolver habilidades como curadoria, busca e seleção de fontes,  e também pela prática de pesquisa. Ele lembra que “nada disso passa pela censura ou proibição, isso está fora de jogo. Esse exercício passa, sim, pela Educação, pela qualificação e pela autorregulação”, enumera


3. Eu só acredito vendo

A leitura de imagens também é muito importante no cotidiano do mundo contemporâneo. Muitas vezes, uma imagem pode trazer uma informação falsa, fora de contexto ou até mesmo antiga. Analisar criticamente imagens e incentivar a leitura crítica é um exercício que pode ser feito com crianças de todas as idades, até mesmo na Educação Infantil. Uma das maneiras de fazer isso é mostrando às crianças diferentes imagens e pedindo que elas discorram sobre o que estão vendo.

Em um segundo momento, as crianças são apresentadas ao contexto em que cada imagem foi feita, à história completa da imagem. A seguir, elas podem voltar a compartilhar suas percepções sobre as fotografias e, com a ajuda do professor, refletir sobre as mudanças de opinião entre a primeira e a segunda rodadas de análise. “As pessoas precisam estar preparadas para fazer essa curadoria. Cabe a nós sermos os curadores da nossa experiência nesse universo da informação, que é muito poderoso, mas exige esse preparo”, destaca Daniela. Quanto antes as crianças começarem a ser preparadas para integrar esse mundo repleto de informações, melhor será sua vivência nele. 

Alexandre e Daniela falam mais sobre o assunto no 21º episódio do  podcast PodAprender, cujo tema é “Educação Midiática no combate às fake news”. O programa pode ser ouvido no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.

 

80% das brasileiras considera que o Dia Internacional da Mulher ajuda a dar visibilidade à luta pelos direitos da mulher, diz pesquisa

 81% das mulheres ouviu relato de conhecidas que sofreram agressão doméstica durante a pandemia

Cresce 18% o número de mulheres que se sentem diminuídas no trabalho entre 2018 e 2021

Pandemia causa frequente exaustão para 73%

 

O Dia Internacional da Mulher é uma data importante que representa a luta em prol da igualdade de gênero. Anualmente, a Hibou - empresa de monitoramento e pesquisa - realiza um levantamento sobre a representatividade desta icônica data na vida das mulheres. 30% das mulheres afirmam que o dia 8 de março aumenta o número de SPAMS no email e 10% delas não gostam da data. Mas a verdade é que 80% das mulheres concorda que o Dia internacional da Mulher ajuda a dar visibilidade à problemas como assédio e diferença salarial, entre outros temas tão relevantes da luta constante pelos direitos da mulher. Enquanto isso, 78% das mulheres afirma ter vivido situações nas quais a palavra "feminista" foi utilizada de forma pejorativa em discussões.

O biênio 2020/21 carrega uma sensibilidade ainda maior em relação ao tema, já que o mundo enfrenta uma pandemia global que potencializa ocorrências de violência doméstica e abuso emocional, e a sobrecarga sobre a mulher que trabalha, é mãe, cuida da casa, entre outras tarefas, mesmo tendo um companheiro. Para 79% das mulheres a jornada diária aumentou muito com a pandemia e a vida em isolamento social. As principais queixas são sobre o sentimento frequente de exaustão (73%), maior quantidade de trabalho (69%) e dificuldades para dormir (41%). Um total de 9% das mulheres chegou a pedir demissão ou se afastou do trabalho pela jornada dupla ou tripla. Em relação ao aumento da violência doméstica durante a pandemia, 81% das mulheres ouviu uma história pessoas próximas que sofreram agressão doméstica. No âmbito da saúde mental, 65% teve ou ajudou alguma amiga ou familiar mulher com problemas de ansiedade ou depressão. Uma fatia de 72% das entrevistadas afirmou que sentiu mais confiança neste momento desafiador para tomar alguma atitude em casa, no trabalho ou na vida pessoal e 41% conversou em casa e conseguiu algum tipo de ajuda para a rotina do confinamento.

"Comparando a nova pesquisa com anos anteriores, ficou claro que hoje mais mulheres têm se sentido confortáveis para falar das situações constrangedoras que passam, mas que ainda falta, e muito, a coragem de denunciar situações abusivas, já que apenas 3 a cada 10 mulheres tomou de fato alguma atitude real sobre ocorrências cotidianas.", relata Ligia Mello, sócia da Hibou e responsável pela pesquisa.

Com aumento de 18% na comparação entre 2018 e 2021, 8 entre 10 mulheres ainda se sentem diminuídas em algumas situações profissionais. 51% se sente desconfortável em ambientes como estádios esportivos, feiras, eventos de tecnologia, corridas de carro, sexshop, borracharia ou oficina mecânica, mas em 2018 esse sentimento era maior, atingindo 68% das mulheres, um sopro de esperança.


Dia Internacional da Mulher

Em 2021, em relação à representatividade do Dia Internacional da Mulher na luta em prol da igualdade de gêneros, 74% das mulheres enxerga a data como uma força para a autoimagem feminina para as próximas gerações, 47% acha que a data ajuda sim na luta pela igualdade de gêneros, 47% reconhece ser uma data importante e apenas 19% acredita que a data reforça fragilidade. Por outro lado, em comparação com a mesma pesquisa em 2018, houve queda no número de mulheres que não se sentem representadas pela data, passando de 55% em 2018 para 39% em 2021.

Este ano, 69% considera uma data importante que valoriza a luta constante e 50% vêem na data um marco de revolução para as mulheres.


Metodologia

Um total de 2250 pessoas responderam de forma digital, entre 24 de fevereiro e 2 de março, em território nacional, garantindo 95% de significância e 2% de margem de erro nos dados revelados. A pesquisa engloba mulheres de todos os níveis de renda e faixa etária.

 


Hibou

consumo. https://www.lehibou.com.br


Mulheres em tech: brasileiras veem avanço na igualdade nos últimos dois anos

Pesquisa da Kaspersky mostra como as mulheres enxergam a questão de gênero no setor; latino-americanas destacam mais a igualdade de gênero do que as norte americanas e europeias

 

Mais da metade (58%) das brasileiras que trabalham com tecnologia observaram que, nos últimos dois anos, houve um progresso na igualdade de gênero em suas organizações. Para 66% dessas profissionais, experiência e habilidades tiveram peso maior do que o gênero no momento de suas contratações. Os dados, revelados por um estudo realizado pela Kaspersky, apontam para um avanço de inclusão no setor, ainda que as estatísticas mostrem que há espaço para melhorias.

Globalmente, a pesquisa aponta a liderança das mulheres entrevistadas na América Latina (65%) em relação à igualdade de gênero no setor de tecnologia, no comparativo com a mesma resposta das entrevistadas na América do Norte (57%) e na Europa (50%).



Em relação à América Latina, o relatório mostra que a ideia de igualdade de gênero vai além da presença física das mulheres na indústria: ela inclui também percepções, sentimentos, estereótipos e oportunidades. Nesse sentido, um sinal positivo vem do fato de que 71% confiam que suas opiniões são respeitadas desde o primeiro dia de trabalho no setor de TI e 67% destacam que suas experiências foram levadas em consideração - mais do que seu gênero - quando buscaram seu primeiro emprego no setor.

No comparativo entre os Países da região, o Brasil fica atrás de Peru e México na quantidade de mulheres que destacaram o reconhecimento das opiniões (71% contra 89% e 72%, respectivamente); e atrás de Peru e Argentina na quantidade de mulheres que destacaram o reconhecimento das experiências (66% contra 88% e 72%, respectivamente).

Sobre o formato de trabalho de home office, que aumentou consideravelmente desde o ano passado, a pesquisa também mostrou efeito positivo na opinião das profissionais: 43% das entrevistadas na América Latina concordam que a igualdade de gênero melhora com o trabalho remoto. Já no Brasil, essa porcentagem é superior (48%), o que deixa o País com índice inferior apenas ao de Argentina e Colômbia (52% e 50%, respectivamente).

Porém, apesar de uma melhora global e regional na percepção da representação de gênero, 39% das brasileiras afirmam que a falta de mulheres na indústria de tecnologia faz com que elas hesitem em ingressar no setor. Embora esses números possam parecer baixos, elas enfatizam que há uma lacuna entre a melhoria gradual e a igualdade total. Essa noção é apoiada por uma impressão ainda mais ampla: 36% das mulheres do País afirmam que os homens progridem mais rápido do setor.

Tendo em conta que um número ligeiramente superior (48%) considera que um ambiente de trabalho igualitário seria o melhor para a sua progressão profissional, o relatório pode concluir que ainda não foi estabelecida a relação entre representação e trabalhadores, comportamentos, oportunidades e igualdade.

Para garantir que as experiências profissionais positivas das mulheres sejam refletidas em todo o mundo, são necessárias medidas e iniciativas essenciais, incluindo o fornecimento de mais programas de mentoria ou estágio que forneçam oportunidades.

"Na minha opinião, o problema não é só da indústria: a questão dos estereótipos de gênero deve ser abordada tanto em casa quanto na escola, pois é justamente onde a inclusão e o interesse pela tecnologia devem ser estimulados. Porém, a maioria das garotas ainda não considera a tecnologia como alternativa de trabalho, apesar de apenas o setor de segurança cibernética representar atualmente quase três milhões de vagas em todo o mundo.", comenta Daniela Dias, diretora de marketing da Kaspersky no Brasil.

A análise completa sobre os resultados da pesquisa está disponível no site: https://wit.kaspersky.com/


Metodologia

A Kaspersky encarregou a Arlington Research de realizar pesquisas entre homens e mulheres que trabalham em tecnologia ou funções de TI. As entrevistas foram realizadas de novembro a dezembro de 2020, com 13 mil respondentes de 19 países, sendo 500 deles do Brasil.

O estudo explorou as percepções das pessoas sobre as diferenças de gênero dentro da indústria, as barreiras para uma carreira em tecnologia e TI entre ambos os sexos, o que motivou homens e mulheres a desenvolver uma carreira nessas indústrias e o impacto da pandemia da Covid-19.

A íntegra do relatório: "Mulheres em Tecnologia: Onde estamos? Compreendendo a evolução feminina no setor" está disponível neste link (conteúdo em inglês).

 


Kaspersky

https://www.kaspersky.com.br


Por que as pessoas têm medo de investir?

Em 2020, o tema de investimentos foi considerado destaque nos veículos de comunicação e nas redes sociais. Como consequência, as pessoas começaram a se interessar pelo universo do mercado financeiro, ao enxergarem uma possibilidade de rentabilizar o dinheiro que elas guardavam na poupança, por exemplo.

De fato, o brasileiro ainda tem medo de investir, mas não podemos colocar a culpa nas pessoas, pois os motivos que levam a ter esse receio começam pela desinformação e pelo patamar de juros brasileiro no passado. Se em 2019 a taxa de juros no Brasil era superior a 6,50% ao ano, próximo do que foi visto até então como mínimas históricas, é importante lembrar que chegou a patamares de 45% em 1999, 26,50% em 2003 e 14,25% em 2016.

Taxas tão elevadas fizeram com que os investidores brasileiros estacionassem no tempo em relação a buscar outras modalidades de investimentos. Podemos dizer que esses investidores foram apelidados de órfãos da Renda Fixa. Por outro lado, atualmente, estamos vivenciando o período de menor taxa da história, com a taxa em 2% ao ano. Consequentemente, um investimento tradicional como o CDB atrelado a taxa de juros, que tinha uma rentabilidade em alguns casos de dois dígitos ao ano, hoje pode ser insuficiente para superar a inflação.

Outros pontos prejudicam essa confiança, como a dependência do monopólio dos veículos de investimentos pelos bancos tradicionais brasileiros, o que também vem mudando. A XP e os assessores de investimento, por exemplo, têm ampliado de forma massificada o conhecimento sobre o mercado financeiro, simplificando o entendimento sobre como funciona o mercado.

Para exemplificar esse cenário imagine a seguinte situação: quando qualquer um de nós procura um médico, esse profissional que estudou mais de 10 anos nos receita um remédio, ou até faz um encaminhamento para um procedimento cirúrgico, se for o caso. São raras as vezes que contestamos esse profissional, porque acreditamos que o médico tem a capacidade técnica muito superior à nossa, aceitamos a recomendação e seguimos com o tratamento.

Isso vale também com os assessores de investimento. É preciso procurar um especialista sobre o tema, alguém capaz de nos dizer quais são os próximos passos que devemos tomar e as melhores alternativas para cada caso e perfil de investidor.

 

A falta de informação

Vale ressaltar que o brasileiro não é ensinado desde cedo como deve gerir seu patrimônio. Isso vem de uma lacuna na educação financeira no país, uma matéria fora da grade das escolas que acaba se estendendo e refletindo na vida adulta.

As fraudes também compõem esse leque do medo por parte do investidor, muitas vezes associados a falta de informação e eventualmente a uma necessidade de ganhos imediatos sem o conhecimento necessário. Os números apresentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que existe um número cada vez maior de pessoas que caíram em golpes de investimentos ilegais. As soluções são relativamente simples: a busca por conhecimento e a ajuda de profissionais qualificados.

 

Crescimento de Pessoa Física na B3

Atualmente, temos 3.229.318 CPFs cadastrados na bolsa de valores brasileira, a B3. Isso mostra um crescimento forte de pessoas interessadas em investimentos. Porém, vale uma ressalva importante, a busca pelos melhores investimentos não está associada a uma procura pela categoria de risco, como ações de empresas listadas na bolsa. O melhor investimento é aquele que reflete adequadamente o perfil do investidor, sem seguir fórmulas mágicas.

A perda do medo de investir não está associada a busca de ativos de riscos, quando o perfil do investidor pode não suportar perdas e grande volatilidade. Existem diversas possibilidades na melhoria do portfólio, inclusive por opções conservadoras e renda fixa. Esse não é mais o caso da poupança, investimento popular durante muitos anos mas que atualmente está fora da lista de alternativas rentáveis.

Em 2019, o movimento de investidores pessoa física em busca de ouras opções financeiras disparou por dois motivos:

1) A queda da taxa de juros, como dito anteriormente, pressionou o investidor conservador acostumado a rentabilidade de dois dígitos ao ano, a buscar novas alternativas de diversificação.

2) E o segundo ponto foi uma melhora, mesmo que ainda haja muito a percorrer, na familiarização dos investidores individuais com a dinâmica da bolsa, impulsionado pela maior popularização das portas de entrada para o universo dos investimentos.

Números oficiais mostram que o crescimento de contas ativas de 2018 para 2019 foi superior a 100%. Já de 2019 para o ano passado teve um aumento de 92%, números muito maiores do que o observado em anos anteriores. Além disso, há indicativos de que esse total só tende a crescer nos próximos meses.

 

Investir não é só para quem tem dinheiro

O acesso ao investimento é algo democrático. É possível iniciar com R$ 100,00 em fundos de investimentos pós-fixado, ações: brasileiras, estatais, small caps, americanas, de tecnologia global e chinesas, entre outras. Além do mercado cambial de dólar e euro, na inflação curta e geral, empresas com impacto social, ouro, fundo imobiliário, setor da saúde, lideranças femininas, entre outras opções.

Com a ajuda de um profissional certificado do mercado financeiro, como um assessor, inicie seus investimentos e conte com a ajuda de um especialista, tenho certeza de que o seu medo de investir irá se transformar em conhecimento, facilitando a sua vida financeira.



Daniel Abrahão - assessor de investimentos e sócio da iHUB Investimentos.


Vendas caem em janeiro na Capital

O mês de janeiro começou no vermelho para o segmento de venda de imóveis residenciais usados na Capital paulista. Na comparação com dezembro, o mercado registrou queda de 47,64% no volume de casas e apartamentos vendidos. 

Esses foram os números obtidos pela pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) com 268 imobiliárias da Cidade de São Paulo no período. 

Os preços dos imóveis vendidos também sofreram redução entre dezembro/20 e janeiro/21. A queda foi de 3,43% no valor médio do metro quadrado nesse período. Foram vendidas mais casas (55,93%) que apartamentos (44,07%) em janeiro na Capital. 

As negociações à vista lideraram a análise do CRECISP, respondendo por 45,76% das vendas. O financiamento concedido pela CAIXA foi responsável por 11,86% dos negócios; e o crédito concedido pelos demais bancos respondeu por 42,37%. Não foram registradas vendas por meio de consórcio ou financiadas diretamente pelos proprietários em janeiro nas imobiliárias da Capital consultadas pelo CRECISP. 

“Essa é uma tendência que se repete há muito tempo”, afirmou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. De 2009 a 2017, todos os meses de janeiro têm apresentado queda nas vendas de imóveis residenciais usados na comparação com dezembro, segundo a pesquisa do Conselho. Em 2018, houve um intervalo positivo isolado, revertido nos resultados de 2019, 2020 e 2021. 

Viana acredita que diversos fatores influem nessa desaceleração dos negócios no início do ano. “Um deles são as férias, que sempre impactam nas vendas e favorecem as locações.” O presidente do CRECISP lembra que essa é a época em que as famílias aproveitam o recesso escolar para se mudarem e as empresas realocam executivos e diretores. Isso proporciona um aquecimento no segmento de locações.” 

Outro fator importante a ser levado em conta foi a retomada da Covid-19 em dezembro, com mais restrições de mobilidade e no comércio, refletindo na economia do País. “As incertezas vêm de uma possível descontinuidade no auxílio emergencial e nos estímulos fiscais e da indefinição de um calendário efetivo de vacinação. Tudo isso coloca a população em compasso de espera.”

 

Preferência por imóveis mais caros 

Mais da metade (52,54%) das casas e apartamentos vendidos em janeiro tinha preços entre R$ 600 e R$ 800 mil e 50,91% tinham preço médio do metro quadrado entre R$ 6 mil e R$ 7 mil. Isso se refletiu nas regiões onde as vendas ocorreram. Em janeiro, as zonas A e B da Pesquisa CRECISP, onde estão bairros mais nobres da Capital, como Alto da Boa Vista, Perdizes e Alto de Santana, foram as que apresentaram uma concentração maior de negócios, com 28,82% e 32,24%, respectivamente. 20% dos imóveis negociados tinham padrão luxo e 73% padrão médio na Capital.

 

Locações crescem e preços caem 

Os valores de aluguéis caíram 3,86% em janeiro na comparação com dezembro na Capital, segundo a pesquisa CRECISP. Em contrapartida o número de novos contratos de locação assinados aumentou 25,84% nesse período. 

O fiador ficou em 2º lugar (27,63%) na preferência das garantias locatícias, sendo ultrapassado pelo depósito em poupança de três meses de aluguel, que respondeu por 35,73% das novas locações. O seguro fiança teve 24,94% das escolhas; a caução em imóveis, 8,10%; a cessão fiduciária, 2,31% e os aluguéis sem garantia, 1,29%. 

A boa notícia vem da inadimplência, que apresentou redução de 15,97% entre janeiro/21 e dezembro/20. E o volume de chaves devolvidas aos proprietários ficou equivalente a 94,34% do total alugado em janeiro.  

Grande parte das casas e apartamentos alugados (39,72%) estava situada na Zona C, que inclui bairros como Jabaquara e Mooca. E em termos de valores, 59% dos novos contratos estavam na faixa de até R$ 1.500,00.

  

PESQUISA CRECI/USADOS - METODOLOGIA

A pesquisa mensal sobre valores de imóveis usados na cidade de São Paulo feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) - 2ª Região adota os seguintes critérios:

  1. Os dados são colhidos por meio de entrevistas pessoais com os responsáveis por imobiliárias cadastradas no Creci.
  2. Pesquisam-se os valores pedidos e os valores efetivos de venda dos imóveis, mas se apuram os valores médios de venda com base nos preços efetivos de venda por ser esta a prática do mercado.
  3. Apuram-se os preços efetivos de venda de apartamentos e casas por metro quadrado de área útil, em reais.
  4. Para a determinação dos valores médios de venda dos imóveis, eles são agrupados segundo sua idade de construção, suas características construtivas e sua similaridade de preço no mercado. Essa similaridade despreza a localização geográfica e privilegia o agrupamento dos imóveis em bairros de cinco “zonas de valor”, com preços homogêneos.
  5. As “zonas de valor” consideradas são as seguintes:

Zona A - Alto da Boa Vista, Alto de Pinheiros, Brooklin Velho, Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis, Itaim Bibi, Jardim América, Jardim Anália, Jardim Franco, Jardim Europa França, Jardim Paulista, Ibirapuera, Moema, Morro dos Ingleses, Morumbi, Real Parque, Pacaembu, Perdizes, e Vila Nova Conceição;

Zona B - Aclimação, Alto da Lapa, Bela Vista, Alto de Santana, Brooklin, Cerqueira César, Chácara Flora, Alto da Lapa, Consolação, Granja Viana, Indianópolis, Jardim Guedala, Jardim Marajoara, Jardim Paulistano, Jardim São Bento, Jardim São Paulo, Paraíso, Pinheiros, Planalto Paulista, Pompéia, Sumaré, Sumarezinho, Vila Clementino, Vila Madalena, Vila Mariana, Vila Olímpia. Vila Sônia;

Zona C - Aeroporto, Água Branca, Bosque da Saúde, Barra Funda Butantã,, Cambuci, Chácara Santo Antônio, Cidade Universitária, Horto Florestal, Ipiranga (Museu), Jabaquara, Jardim Bonfiglioli, Jardim Prudência, Jardim Umuarama, Lapa, Mandaqui, Mirandópolis, Moóca, Santa Cecília, Santana, Santo Amaro, Saúde, Tucuruvi, Vila Alexandria, Vila Buarque, Vila Leopoldina, Vila Mascote, Vila Mazzei, Vila Romana, Vila Sofia, Tatuapé;

Zona D - Água Rasa, Americanópolis, Aricanduva, Belém, Bom Retiro, Brás, Butantã (periferia), Campo Grande, Campos Elíseos, Carandiru, Casa Verde, Centro, Cidade Ademar, Cupecê, Freguesia do Ó, Glicério, Imirim, Itaberaba, Jaçanã, Jaguaré, Jardim Miriam, Liberdade, Limão, Pari, Parque São Domingos, Penha, Pirituba, Rio Pequeno, Sacomã, Santa Efigênia, Sapopemba, Socorro, Tremembé, Veleiros, Vila Alpina, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Guilherme, Vila Maria, Vila Matilde, Vila Medeiros, Vila Prudente;

Zona E – Brasilândia, Campo Limpo, Cangaíba, Capão Redondo, Cidade Dutra, Ermelino Matarazzo, Grajaú, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Ângela, Jardim Brasil, Jardim São Luis, Lauzane Paulista, M’Boi Mirim, Parelheiros, Pedreira, Santo Amaro (periferia), São Mateus, São Miguel Paulista, Vila Arpoador, Vila Curuçá, Vila Indiana, Vila Nova Cachoeirinha.

  1. Os períodos de depreciação por tempo (idade) de construção são os seguintes: até 7 anos, de 7 a 15 anos, mais de 15 anos.
  2. Os imóveis pesquisados são qualificados da seguinte forma: luxo, padrão médio e standard.

Luxo - Um a dois apartamentos por andar, tábuas corridas no piso, mármore nacional, armários de madeira de lei, cozinha projetada, papel de parede ou pintura acrílica, boxe de vidro temperado, etc.

Padrão médio - De duas a quatro unidades por andar, azulejos decorados, cerâmica simples, caco de mármore no piso, carpete sobre cimento ou taco, esquadrias de ferro ou alumínio simples, armários modulados de madeira aglomerada, boxe de alumínio, etc.

Standard - Mais de quatro apartamentos por andar, taco comum no piso ou forração de carpete, azulejos simples (1/2) barra, cerâmica comum ou granilite, gabinete da pia em madeira simples.

 

Telemedicina irá movimentar US$131 bilhões até o ano de 2025


A telemedicina se popularizou neste período de pandemia e é uma opção viável e segura para quem quer evitar hospitais e clínicas por medo de infecção do novo Coronavírus. 

 

E esse é um mercado em ascensão nos próximos anos. Estudos recentes realizados pela Global Market Insights, projetaram que o mercado mundial de telemedicina irá expandir para US$131 bilhões. A taxa de crescimento anual, de 19%, será impulsionada pela ampliação da rede de telecomunicações e pelas iniciativas dos governos.


 

A telemedicina no Brasil

 

A telemedicina foi autorizada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) em caráter emergencial durante a pandemia e parece não ter prazo para seu término. A prática ajudou a evitar ida de pacientes com quadros leves a moderados para unidades de saúde e tem sido uma ferramenta para que profissionais de saúde exerçam sua profissão.

 

De acordo com a diretora comercial e de parcerias da MyConsultor, plataforma de teleatendimento e teleconsultoria, Eise Batista,  “além de atender o paciente a distância por videochamada, o profissional tem acesso ao agendamento online, acesso a prontuários, receitas e atestados, disponibilizados e assinados de modo online”. 

 


 

MyConsultor

www.myconsultor.com.br

Como evitar contaminação da Covid-19 nas comidas e embalagens

 Em um ano de pandemia, brasileiro ainda não higieniza alimentos adequadamente


Ao completarmos um ano de pandemia decretada pela OMS, ainda existem pessoas que não limpam os alimentos da forma correta. Uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa em Alimentos, 52,3% dos entrevistados higienizam frutas de forma incorreta e, em relação a embalagens, 42,8% deles afirmam nem ao menos higienizar1.

"O brasileiro precisa, primeiramente, se auto higienizar antes de limpar algo" já indica o nutricionista, pós graduado em nutrição clínica e professor do curso na Faculdade Anhanguera Itaquera, Denis Zanotto de Mello, que dá dicas de como reduzir os riscos de contágio e disseminação do novo coronavírus por meio da alimentação:

Quando e como fazer a limpeza?

A limpeza deve ser feita logo ao chegar do mercado ou da feira fazendo a lavagem das embalagens com água corrente e sabão ou com pano umedecido em álcool 70%. "O vírus pode sobreviver por poucas horas ou vários dias, depende da superfície, temperatura e umidade do ambiente. Mas ele pode ser eliminado pela higienização", explica a nutricionista.


Como higienizar os alimentos?

Os alimentos consumidos crus, como vegetais folhosos, a orientação é deixá-las de molho, por 15 minutos, em uma solução de água sanitária (uma colher de sopa diluída em um litro de água), e depois lavar em água corrente. O mesmo procedimento deve ser adotado para frutas e verduras que serão consumidas. O cozimento ou fritura elimina os vírus caso estejam presentes no produto ainda cru.


E na hora de servir?

É importante evitar comidas que sejam servidas em forma de petisco, que as mãos são utilizadas diretamente, como em um churrasco. Deixe as comidas cobertas antes de servir. Evite aglomerações próximo da mesa. Se estiver acompanhado quando for montar seu prato, esteja de máscara e com as mãos higienizadas.

As bancadas, pias, louças e demais utensílios devem estar sempre limpos e secos, sem resíduos de alimentos. Se estiver com sintomas de gripe e não puder evitar cozinhar, utilize máscara para manipular os alimentos durante o preparo.

 



Anhanguera

https://www.anhanguera.com e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/

 

Kroton

https://www.kroton.com.br/

 

 

Referências

• Covid-19: parte da população adota medidas de higiene inadequadas com alimentos. Centro de Pesquisa em Alimentos. Disponível em: https://forc.webhostusp.sti.usp.br/noticia.php?t=Covid-19:%20parte%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20adota%20medidas%20de%20higiene%20inadequadas%20com%20alimentos&noticia=87. Acesso dia 10 de fevereiro de 2021.


Para onde queremos ir?

Após ver a pandemia de Covid-19 levar o sistema de Saúde ao colapso, alguns países ao confinamento obrigatório, incluindo fechar regiões, comércio e interditar ruas, além da proibição de deslocamento e viagens não essenciais.  

 Portugal e Inglaterra, que hoje têm as taxas de contágio mais baixas da Europa, são exemplos de países que ampliaram as medidas de confinamento da população e reforçaram seus respectivos programas de imunização.


 A redução das contaminações em Portugal passou de 16.432 ocorrências, em 28 de janeiro, para 979, da última quarta-feira, 3 de março. O número de mortes também segue em queda. Em 31 de janeiro, o país registrou 303 óbitos; em 3 de março, foram 41. Especialistas e o governo de Portugal informam que o confinamento não tem data prevista para ser encerrado. 


Já na Inglaterra, segundo pesquisa divulgada pelo Imperial College, as infecções caíram em mais de dois terços, de 0,98 em janeiro para 0,72 até 18 de fevereiro. Só em Londres, os contágios diminuíram 80%, só em janeiro. O primeiro-ministro afirma que a saída do isolamento total deve ocorrer de forma gradual e lenta.


Vacinação


Em combinação com o confinamento obrigatório, os países reforçaram as campanhas de vacinação. Em fevereiro, Portugal já havia aplicado 885 mil doses de vacina, em uma população de 10 milhões de habitantes. E a Inglaterra, no mesmo período, ultrapassou a marca de 16 milhões de imunizados, ou seja, cerca de 25% da população.
 
O número de internados e de mortes são as principais mensurações do estado da pandemia. No Brasil, em sentido oposto a Portugal e Inglaterra, no dia 3 de março, o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) registrou 1.910 óbitos pela doença, no período de 24 horas.
 
Além de defender a ampliação da vacinação contra a Covid-19 urgentemente, e apoiar diversas iniciativas neste sentido, a Associação Paulista de Medicina e suas Regionais têm subscrito e produzido materiais com o objetivo de apontar caminhos e sensibilizar a população a tomar medidas mais efetivas para o combate à pandemia.






José Luiz Gomes do Amaral - presidente da Associação Paulista de Medicina 


Seychelles reabre e espera visitantes do mundo todo

Divulgação
Seychelles reabre para visitantes do mundo todo a partir do dia 25 de março de 2021. Turistas da África do Sul, no entanto, ainda não terão permissão para entrar nas ilhas Seychelles. O anúncio foi feito pelo Ministro de Relações Exteriores e Turismo, Sylvestre Radegonde, no final da semana passada.

A partir de 25 de março, os visitantes estrangeiros precisarão apenas apresentar um teste PCR negativo realizado 72 horas antes do embarque para Seychelles. Não haverá mais a exigência de quarentena nem restrição de mobilidade dos turistas após a entrada nas ilhas. Além disso, o destino não exigirá mais uma permanência mínima nos estabelecimentos locais no momento da chegada.  

Também a partir desta data, os visitantes poderão acessar todas as áreas comuns dos hotéis, incluindo bares, piscinas, spas e clubes infantis. 

Vale ressaltar, porém, que os turistas ainda serão obrigados a aderir às medidas de saúde pública adotadas por conta da pandemia, incluindo o uso de máscaras faciais, o distanciamento social e a higienização regular das mãos.

De acordo com o ministro Radegonde, a decisão de rever e flexibilizar os procedimentos de entrada no país é possível graças ao sucesso registrado pela campanha de vacinação iniciada no país em janeiro.

“A campanha de vacinação tem tido bastante sucesso. O governo tem feito tudo que está ao seu alcance para garantir que a população seja protegida. Chegamos ao ponto em que abrir ainda mais nossas fronteiras representa um passo importante para a nossa recuperação econômica. As medidas anunciadas refletem amplamente a recomendação de nossos parceiros do turismo e foram tomadas após consulta e com o endosso de nossas autoridades de saúde”, reforça o ministro.

Seychelles, localizada no Oceano Índico ao leste da costa da África, foi o primeiro país africano a lançar uma campanha de imunização abrangente e eficaz contra a Covid-19 em janeiro de 2021.

O destino revisará continuamente as medidas de entrada para assegurar que a saúde e a segurança dos visitantes e da população local não sejam comprometidas. Mais detalhes estão disponíveis no site www.tourism.gov.sc.

 

Sobre Seychelles

Um arquipélago de 115 ilhas no Oceano Índico, Seychelles é repleto de praias de areia platinada, emolduradas por pedras de granito, mar turquesa e clima tropical o ano todo. Para aqueles que desejam ver e fazer tudo, o arquipélago tem excelentes condições para a prática de esportes, ótimos restaurantes de cozinha internacional e creole (local), shows de dança e música. Para o viajante moderno, as ilhas representam uma fuga e a oportunidade de recalibrar sua alma em harmonia com a essência primordial da natureza. Além disso, Seychelles preza pelo turismo sustentável, dado que cerca de 50% de sua área está sob proteção ambiental, e acredita-se que o sítio original do Jardim do Éden fica no país, no chamado Valée de Mai.


www.visiteseychelles.com 

 www.globalvisionaccess.com

GVA: www.bureaumundo.com


46% dos brasileiros acham que acabar com a disparidade salarial entre gêneros deveria ser prioridade no país



Pesquisa da Ipsos para o Dia Internacional da Mulher apontou também que pandemia pode ser agravante para a desigualdade entre homens e mulheres


Quase metade das pessoas do Brasil (46%) acredita que, neste momento, o país deveria priorizar iniciativas que dão fim à desigualdade de salários entre homens e mulheres. É o que aponta a pesquisa realizada pela Ipsos e The Global Institute for Women’s Leadership para o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março. Em um ranking com 28 nacionalidades, os brasileiros estão, empatados com os espanhóis (46%), entre os que mais concordam que acabar com a disparidade salarial entre gêneros deveria ser uma prioridade nacional. Em sua frente estão apenas o Chile (53%), a África do Sul (52%), a França (51%) e a Bélgica (47%). Para os brasileiros, a concordância chega a 51% entre as mulheres contra 41% entre os homens entrevistados.

Enquanto 46% dão prioridade à questão da disparidade salarial entre gêneros sobre outras preocupações, 31% acham que o fim da desigualdade de salários entre homens e mulheres no mercado de trabalho é importante, mas não deveria ser um assunto prioritário no momento. Além disso, 7% dos entrevistados brasileiros acreditam que o tema não tem importância e 16% não souberam responder. Na média global, considerando todos os respondentes do estudo, 36% acreditam que acabar com a diferença salarial deve ser prioridade.

Se para 53% das pessoas no Brasil as preocupações com a diferença salarial entre gêneros são uma resposta a um problema real, um em cada cinco (21%) acha que preocupar-se com o tema é um exemplo de como o politicamente correto foi longe demais. No mundo todo, a quantidade de respondentes que acredita que o assunto é um exagero do politicamente correto é ligeiramente menor, de 19%, enquanto 50% acham que a preocupação com a disparidade de salários entre homens e mulheres corresponde a um problema real na sociedade. Mais uma vez, no Brasil tem uma diferença percentual de 10 pontos entre as mulheres e homens entrevistados: para 57% das mulheres brasileiras, a disparidade salarial é um problema sério contra 47% dos homens.

A pesquisa avaliou, ainda, a percepção dos participantes sobre a cobertura de imprensa sobre a desigualdade salarial entre gêneros. De 28 nações, o Brasil é a que demonstra maior confiança na mídia: 58% dos entrevistados acreditam que os veículos de imprensa estão dizendo a verdade, 14% acham que estão reproduzindo fake news, 18% não souberam opinar e 10% responderam “nenhuma das alternativas”. No mundo, a descrença é maior: somente 41% acham que a mídia está dizendo a verdade e 18% acreditam que as notícias sobre a disparidade salarial no mercado de trabalho são fake news.


Profissões “de mulher” têm salários menores, avaliam entrevistados

O levantamento listou uma série de profissões e pediu que os respondentes opinassem se a ocupação era majoritariamente composta de homens, mulheres ou de homens e mulheres em igual número. Além disso, eles deveriam dizer, baseado em um ponto de vista pessoal, e se achavam que cada uma das profissões era bem paga, mal paga ou que seus profissionais recebiam um pagamento correspondente à função exercida. No Brasil, os empregos ocupados em sua maioria por mulheres são os que recebem salários mais baixos, segundo os entrevistados.

As profissões que demandam cuidado com o próximo costumam de ser vistas como “de mulheres”. Para 73% dos brasileiros, o emprego de babá é composto na maioria por mulheres e 60% acham que a categoria é sub-remunerada. A enfermagem é outra área reconhecida como feminina – 41% acreditam que as mulheres são maioria – que é mal paga, na opinião de 62% dos respondentes. Além disso, 45% acham que os cuidadores de idosos são, majoritariamente, mulheres, e 64% opinam que esses profissionais recebem menos do que deveriam.

Por outro lado, ocupações mais vistas como masculinas são geralmente bem remuneradas. Um exemplo disso são os políticos. Para 70% dos entrevistados brasileiros, a categoria é feita de homens e 77% alegam que eles ganham mais do que o que seria adequado ao cargo. A profissão de banqueiro também é representada por homens, na opinião de 57%, e tem remuneração acima do considerado justo, para metade (51%) dos respondentes do Brasil.



Pandemia pode potencializar disparidade de gênero

A pesquisa também considerou os efeitos da pandemia de Covid-19 na disparidade entre os gêneros. No Brasil, 13% dos entrevistados acreditam que os impactos sociais, econômicos e de saúde serão mais negativos para o gênero feminino, contra 8% que apostam em consequências mais severas para homens do que para mulheres. Quase sete em cada 10 (67%) avaliam que o impacto será o mesmo para ambos os gêneros, 10% não souberam opinar e 1% disse que a crise do novo coronavírus não trata efeitos negativos.

Na média global, levando em conta os 28 países, 12% acham que as consequências da pandemia serão piores para mulheres, 10% acreditam que serão piores para os homens e 64% acham que serão as mesmas para os dois gêneros. Além disso, 10% não souberam responder e 3% acha que a crise sanitária causada pela Covid-19 não trará efeito algum.

Perguntados sobre quais iniciativas o governo deveria implementar para garantir que o programa de recuperação pós-pandemia enderece os problemas enfrentados pelas mulheres, 41% dos brasileiros citaram um melhor acesso ao sistema de saúde, 40% mencionaram o investimento em programas de criação de empregos e 36% pediram um apoio maior às mulheres e meninas vítimas de violência ou abuso.

No mundo todo, outra ação foi tida como a mais importante: 40% citaram o oferecimento de maior flexibilidade na jornada profissional, como home-office e trabalho de meio período, 36% pediram um apoio maior às mulheres e meninas vítimas de violência ou abuso e 33% solicitaram melhor acesso ao sistema de saúde.

A pesquisa on-line foi realizada com 20.520 entrevistados, sendo mil brasileiros, com idade entre 16 e 74 anos de 28 países. Os dados foram colhidos entre 22 de janeiro e 05 de fevereiro de 2021 e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.



Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


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