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domingo, 5 de abril de 2015

Dia Mundial da Luta Contra o Câncer




Para as mulheres, exames anuais de rotina continuam sendo uma arma poderosa no combate à doença

Lembrado em 8 de abril, o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer foi criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) com a intenção de chamar atenção global para a doença. Estima-se que a cada ano mais de 12,7 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com câncer no mundo e aproximadamente 7,6 milhões morrem vítimas dessa doença. 
No Brasil, levantamento feito pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), ligado ao Ministério da Saúde, revela que a taxa bruta de mortes a cada 100 mil homens subiu de 100,47 para 103,2, enquanto o índice de óbitos a cada 100 mil mulheres cresceu de 83,99 para 86,92. Os dados obtidos, que são os mais recentes, são uma comparação dos anos de 2011 e 2012. O câncer de pulmão é o que mais mata entre o sexo masculino, seguido por óbitos por tumores na próstata. Já nas mulheres, o câncer de mama é o mais letal. Segundo informações do Ministério, o câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil e no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Câncer de Mama
O câncer de mama aparece principalmente em mulheres com mais de 50 anos, mas mulheres jovens com fatores de risco presentes devem ser monitoradas. Para a detecção precoce da doença, é necessária a realização de um exame clínico e a mamografia. O auto-exame também é muito importante e, a qualquer sinal de nódulo, é necessário procurar o médico para diagnóstico.
Segundo o ginecologista e obstetra Dr. Marcelo Steiner, todas estas orientações são fornecidas à mulher durante a consulta. “Além do exame clínico que pode detectar eventuais problemas, a consulta com o médico é o momento do esclarecimento de dúvidas e de receber orientações sobre cuidados preventivos. O câncer ainda é uma doença que desafia a medicina, mas o diagnóstico precoce continua sendo uma arma poderosa nesta luta”, comenta o médico, responsável pela clínica Stöckli, em São Paulo.

Segundo tipo mais incidente entre as mulheres, o câncer de colo de útero tem forte ligação com o Papilomavirus Humano (HPV), um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “O HPV é um vírus bastante comum e recorrente. Em alguns casos, pode provocar o aparecimento de verrugas indolores na pele, mas na maioria das vezes não apresenta sintomas. Justamente por isso, ele acaba sendo muito perigoso se não acompanhado. Há alguns subtipos deste vírus que provocam alterações celulares no colo do útero que podem levar ao câncer. O ginecologista, nos exames de rotina, fará avaliação adequada”, orienta Dr. Marcelo Steiner, membro do setor de Ginecologia Endócrina da Faculdade de Medicina do ABC.
Além destes, alguns outros tipos de câncer afetam exclusivamente as mulheres. O câncer de endométrio, que é uma das camadas internas do útero, está relacionado a desequilíbrios hormonais, obesidade, diabetes e pressão alta. Tem como principal sintoma o sangramento anormal, principalmente após a menopausa. “A doença é identificada através de exames, como ecografia transvaginal e, quando necessário, é realizada também biópsia”, explica o especialista, doutor em Ginecologia pela UNESP. 
Embora mais raro, há o câncer de vulva. O mais comum é o carcinoma espinocelular, que surge como uma mancha ou ferida que não cicatriza e vai aumentando de tamanho. Esse tipo de doença é mais frequente nas mulheres após a menopausa, mas alguns fatores podem ocasionar o seu surgimento em mulheres mais jovens. Após suspeita clínica, o diagnóstico é confirmado através de biópsia. O câncer de ovário é menos frequente, porém de difícil diagnóstico por ser assintomático na fase inicial. À medida que o tumor cresce pode provocar dor ou inchaço no abdômen, náusea e cansaço constante. “Diante de qualquer alteração ou sintoma suspeito, a orientação é sempre buscar o auxílio médico” reforça o especialista.
Uma dieta saudável e balanceada, associada à exercícios físicos regulares, ajudam a reduzir o risco do câncer. Evitar o consumo de tabaco e bebidas alcóolicas também auxiliam a manter a saúde do organismo, mas as consultas médicas de rotina continuam sendo a principal ferramenta para diagnóstico precoce da doença. "A realização de exames periódicos e a visita ao ginecologista, para avaliação e orientação adequada, ajudam e muito as mulheres a manter a qualidade de vida em todas as fases. Com relação ao câncer, detectar o problema o quanto antes pode facilitar muito o tratamento e ampliar as chances de sucesso”, finaliza Dr. Marcelo Steiner.

07.4 – Dia Mundial da Saúde




 Para OMS, segurança alimentar depende da temperatura ideal dos alimentos
O acesso a locais remotos e o fato de sermos um país tropical são desafios para o alinhamento da cadeia de distribuição de alimentos
Com a crescente globalização do abastecimento alimentar a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou a necessidade de reforçar os sistemas de segurança alimentar, já que mantimentos contaminados são responsáveis por mais de tipo 200 doenças e cerca de dois milhões de mortes ao ano. Por esse motivo, a OMS definiu a “Segurança Alimentar” como tema do Dia Mundial da Saúde (7) e destacou a importância de uma rede de informações internacional com o objetivo de prevenir, detectar e responder a surtos de doenças transmitidas por alimentos. A farmacêutica e especialista em cadeia fria do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos do Grupo Polar, Liana Montemor, comemora a escolha do tema e reitera a importância das boas práticas durante o processo logístico.
 “A extensão territorial do Brasil, as condições das estradas e da malha aérea, o acesso aos locais remotos e o fato de sermos um país tropical sem estação do ano definida são desafios suficientes para o alinhamento perfeito da cadeia em todos os pontos de distribuição. Veja o caso de perecíveis, mariscos e peixes: apenas 2º C acima da temperatura ideal podem ocasionar sérios riscos à saúde”, explica Liana.
A OMS defende que a segurança alimentar é responsabilidade de toda a cadeia de produção de alimentos - dos agricultores e fabricantes aos fornecedores e consumidores – e definiu cinco chaves para uma alimentação de qualidade: mantenha limpo; alimentos crus e cozidos separados; alimentos cozinhe bem; mantenha os alimentos em temperaturas seguras e use água potável e matérias-primas.

Conheça cinco cuidados no transporte de alimentos:
1 - Frutas e hortaliças devem ser mantidas refrigeradas para que o produto mantenha sua qualidade até o mercado consumidor.
2 - O controle da temperatura é muito importante também para alimentos congelados por isso os profissionais responsáveis pela descarga dos alimentos não podem esquecer a porta dos caminhões abertas durante o desembarque dos produtos. 
3 - Se a escolha para o transporte do material for a utilização de caixas térmicas e elementos refrigerantes que mantenham a temperatura, é importante que sejam qualificadas. Apenas o estudo de qualificação térmica das embalagens é capaz de prever a quantidade de gelo e a configuração ideal para manter a temperatura pelo tempo necessário para o transporte de carga. 
4 - A substituição do gelo água por gelo em gel reutilizável por ser mais seguro e higiênico para o contato com o alimento. Sem garantias da produção, origem da água, manipulação e embalagem o gelo água se torna um risco para o alimento e para o consumidor.
5 – Os mesmos cuidados devem ser aplicados aos produtos com temperatura entre 15 e 30°C. Equipamentos e locais de acondicionamento devem ser mapeados e monitorados termicamente e as embalagens e sistemas térmicos devem ser desenvolvidos e qualificados para garantir a qualidade dos produtos na temperatura ideal uma vez que baús e containers podem facilmente ultrapassar os 40º C.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Queda na abertura de empresas revela momento de insegurança para empreendedores brasileiros




Dados divulgados nesta segunda (30) pela Serasa Experian indicam que 144.501 novas empresas foram criadas no Brasil em fevereiro deste ano, uma queda de 4,3% em relação ao mês de janeiro, quando 150.958 novos empreendimentos foram constituídos. O número representa uma redução de 8,6% se comparado ao volume de negócios surgidos em fevereiro de 2014 (158.023).
De acordo com a advogada especializada em Direito Empresarial Ana Carolina Consulin, associada do escritório Zancaner Costa, Bastos e Spiewak Advogados, o momento é de insegurança por parte dos empreendedores e investidores estrangeiros. “Esta situação é agravada pela burocracia na obtenção de documentos e os altos custos para que uma empresa possa operar suas atividades”, acredita.
A participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nos últimos anos, segundo a pesquisa da Serasa. De janeiro a fevereiro de 2010, o comércio representou 34,9% das aberturas de empresas, enquanto que no mesmo período de 2015 este número passou para 30,1%. 
Ana Carolina Consulin afirma que o processo para abertura de empresas se complica ainda mais quando se trata de comércio ou indústria. “Nestes casos, a empresa deve obter inscrição estadual perante a Secretaria da Fazenda, e geralmente, a lista dos documentos e informações a serem apresentados é extensa”, diz.
Para que os empresários resguardem seus direitos e sobrevivam nesse período de dificuldade, a advogada orienta a elaboração de um Plano de Negócios, que tenha a previsão de custos a serem desembolsados pela empresa e uma estimativa de faturamento. “Essa medida pode evitar a necessidade de a empresa buscar recursos juntos aos bancos ou mesmo administrar de uma maneira mais eficiente os juros cobrados pelas instituições financeiras, quando os empréstimos forem inevitáveis”, ressalta.

Planos de saúde continuam com números absurdos de reclamações




Ações judiciárias contra empresas do setor crescem
A cada dia são realizadas mais reclamações e processos contra planos de saúde no Brasil. O serviço apresentou o assustador número de 93,5 mil reclamações no ultimo ano, e apenas no estado de São Paulo os processos contra empresas do ramo chegaram a crescer até 13,8% segundo o TJ –SP.
A maior insatisfação dos usuários de planos de saúde é a falta e a negativa de cobertura dos planos. Segundo o Procon, isso representa 61% das reclamações realizadas contra os planos de saúde do país.  Outro problema que aflige principalmente os idosos é o reajuste muitas vezes considerado abusivos em seus planos.
Esse cenário é o que leva grande parte dos consumidores a procurarem auxílio jurídico para iniciar processos contra as empresas contratadas. “Por ser um serviço que mexe diretamente com as necessidades básicas de uma pessoa, a procura por uma intervenção jurídica se faz necessária quando o consumidor se sente lesado ou desamparado pelo serviço contratado”, afirma Dr. William Wagner Pereira da Silva.
É importante lembrar que o plano de saúde só pode recusar o atendimento a um cliente quando ele está 60 dias ou mais em atraso com o pagamento, podendo ser meses consecutivos ou não, dentro de um período de um ano.

Dr. William Wagner Pereira da Silva - http://www.williamwps.com.br/

O governo e suas vítimas na educação




O ano entra em seu terceiro mês e o que se percebe que a maioria da população brasileira torce para que 2015 acabe o quanto antes. Em todos, os setores nota-se desgaste, incerteza e insegurança.  Para a Educação, o ano prometia avanços e evolução, esperança que partia do discurso da Presidenta Dilma, em sua posse: “Brasil, Pátria Educadora”. O que se vive, porém, é um total desalinhamento com as propostas disseminadas, não só durante o processo eleitoral, mas durante o primeiro mandato.
O Plano Nacional de Educação aprovado pelo Congresso Nacional em 2014, associado à Lei de Diretrizes de Bases, deveria sustentar todas as ações do Ministério da Educação e garantir a evolução do país no segmento educacional. Porém, foi substituído por portarias lançadas no final daquele ano, regras de acesso ao financiamento sem detalhamento prévio e bloqueios de sistemas de credenciamento e adesão. Essa realidade pós-discurso deixou milhares de estudantes sem terem como cursar seus programas de graduação.
As instituições privadas, que apoiaram os programas, foram abandonadas e ficaram com a responsabilidade de cobrar os créditos dos alunos e os recursos para pagar professores contratados com base nos programas de acesso ao ensino. Política pública associada à parceria com instituições privadas é processo de comprometimento, de estratégia, de planejamento. Abandonar os parceiros sem justificativa técnica é muito mais pernicioso ao setor do que uma apresentação transparente de desistência de seus compromissos e dos valores apresentados como de grande diferencial.
O sistema de Acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi bloqueado. As mensalidades pagas por seus alunos foram reajustadas, inicialmente, acima de 4,5% e depois, em 6%. Não houve aviso prévio a alunos ou às instituições que têm contrato de adesão ao programa. As compras dos títulos públicos, que significam o pagamento das mensalidades dos contratos de FIES, embora assinadas e em vigência, foram reduzidas a dois terços dos valores acordados em prazos 50% maiores do que os estabelecidos inicialmente.
Os repasses do programa Bolsa Formação do famoso PRONATEC estão atrasados em mais de 90 dias. Após grande grita dos parceiros privados na imprensa, foram parcialmente realizados. Os alunos que fizeram adesão ao FIES estão impossibilitados de fazer suas matrículas e inserir documentos comprobatórios por problemas no sistema. As vagas para novo ingresso de alunos no programa Bolsa Formação tiveram sua divulgação adiada por 45 dias. Isso resulta na inexistência de novas turmas e, consequentemente, na demissão de milhares de professores.
A confiança nas propostas do governo na educação resultou em prejuízo generalizado. As instituições privadas perdem mais de 40% de seu valor e se veem em meio a atrasos de repasses, desrespeito a contratos e paralisia dos sistemas de adesão e comprovação. Novas turmas não são iniciadas como estabelecido em cronograma oficial e vai por terra a expectativa de dezenas de milhares de alunos de prosseguir seus estudos ou se matricular em cursos profissionalizantes – apesar de terem sido estimulados a aderir a tais programas – e milhares de docentes ficam sem lecionar.

Francisco Carlos Borges - consultor da Fundação FAT, mestre em Educação pela Universidade de São Paulo e atua há mais de 25 anos em educação profissionalizante 

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