Especialistas do
HSPE dão dicas para amenizar os efeitos da baixa umidade do ar
A onda de calor que atinge algumas regiões do país
desde a semana passada deve ser prolongada até pelo menos o final desta semana,
segundo informações do Climatempo. Boletim divulgado pelo Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) aponta que a previsão para as regiões Centro-Oeste e
Sudeste é, além das altas temperaturas, tempo seco na maior parte das duas
regiões. Em São Paulo, a umidade do ar tem variado entre 20% e 30% durante
o dia, o que é considerado crítico. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
considera adequado para a saúde valores entre 50% e 60%.
“As temperaturas acima da média ajudam a acentuar a
baixa umidade do já que a quantidade de poluentes no ar aumenta, irritando as
vias aéreas e, consequentemente, piorando a tosse seca”, explica a médica Dra.
Maria Vera Cruz, pneumologista do Hospital do Servidor Público Estadual
(HSPE), principal unidade do Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Estadual (Iamspe).
Tosse seca
A tosse seca é um mecanismo de defesa do sistema
respiratório, em que os cílios pulmonares expelem partículas variadas presentes
nas vias aéreas. Quando a manifestação não melhora após algumas semanas, pode
ser considerada persistente. "Os palpites sobre as causas da tosse seca
persistente são diversos, mas apenas o profissional médico pode chegar a um
diagnóstico para indicar o tratamento adequado, já que a tosse seca prolongada
é um sintoma. Ela pode se manifestar por diversas causas, sendo as mais
frequentes devido à alergias, asma, sinusite, infecções respiratórias
pulmonares e como resposta do organismo às condições ambientais", afirma a
Dra. Maria Vera.
Crianças e idosos precisam de mais atenção. No
primeiro grupo é comum que aconteçam quadros de sangramento nasal, falta de ar,
tontura, olhos e lábios desidratados, enquanto nos idosos a desidratação e
hipotensão são questões que podem surgir.
Rinite
Outro problema que pode surgir nestas condições
climáticas é a rinite, que é uma condição inflamatória nasal que pode ser
causada por alergias ou infecções virais. "Os sintomas incluem nariz
entupido, coceira nasal, coriza e espirros. A rinite alérgica pode ser tratada
com lavagem nasal com soro fisiológico, anti-histamínicos indicados por um
profissional médico e controle ambiental dos alérgenos", explica a Dra.
Andrea Almeida, infectologista do HSPE. Ela complementa que a rinite viral
geralmente desaparece por conta própria em alguns dias.
Confira algumas orientações
podem trazer benefícios:
- Hidrate-se
com frequência;
- Pessoas
em tratamento de problemas respiratórios devem seguir as orientações e
prescrições médicas corretamente;
- Manter
os ambientes limpos para minimizar a presença de poeira e ácaros;
- Ventilar
a casa e os locais fechados diariamente;
- Deixar
água, em vasilhas ou baldes, nos ambientes. Toalhas molhadas também podem
ajudar.
As especialistas recomendam que, caso a tosse seca
persistente ou outro sintoma esteja prejudicando o bem-estar do paciente, é
importante procurar ajuda médica. Em caso de piora do quadro, como a presença
de febre, mudança da cor do muco e dores musculares, a busca por um
profissional deve ser feita o mais rápido possível, lembrando que o uso de
medicamentos não deve ser feito sem orientação médica.
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo – Iamspe
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