Sintomas iniciais podem assemelhar-se aos de uma gripe, incluindo mal-estar, fadiga, calafrios e febre geralmente alta
A
erisipela é uma condição infecciosa desencadeada pela ação de uma bactéria, o
estreptococo beta-hemolítico. Essa enfermidade afeta a pele, propagando-se por
meio dos vasos linfáticos e, muitas vezes, resultando em um aumento doloroso
dos linfonodos, também conhecidos como gânglios linfáticos, na área afetada.
Embora possa surgir em diferentes partes do corpo, é mais comum nas
extremidades inferiores. Geralmente, a bactéria, que é naturalmente encontrada
na pele, penetra por meio de lesões como picadas de insetos, micoses ou até
pequenos cortes ou feridas.
Os
sintomas iniciais assemelham-se aos de uma gripe, incluindo mal-estar, fadiga,
calafrios e febre geralmente alta, e em algumas situações surgem antes mesmo da
lesão se tornar visível. Eles variam conforme a extensão da lesão inicial. Na
erisipela, é comum identificar uma área distintamente avermelhada, acompanhada
de dor localizada e aumento da temperatura na região afetada. Em situações mais
graves, podem ocorre a formação de bolhas e necrose dos tecidos, especialmente
em pacientes com maior vulnerabilidade.
O
diagnóstico requer uma avaliação clínica detalhada, enquanto o tratamento
engloba o uso de antibióticos, preferencialmente da classe da penicilina ou
seus derivados, juntamente com intervenções locais (como cuidados com a porta
de entrada da infecção e aplicação de compressas frias ou gelo), além de
terapias sintomáticas.
De
acordo com o angiologista e cirurgião vascular, que também é membro da Comissão
de Doenças Linfáticas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Mauro Figueiredo C. de Andrade,
dependendo da gravidade dos sintomas e do estado geral do paciente,
principalmente os mais idosos e com doenças crônicas, a erisipela deve ser
tratada em ambiente hospitalar com administração endovenosa dos antibióticos.
A
prevenção da erisipela deve ser iniciada com cuidados adequados com a pele, que
inclui a manutenção da região entre os dedos dos pés sempre seca, a limpeza de
ferimentos com água e sabão e, ocasionalmente, o uso de antissépticos tópicos.
O especialista enfatiza que um acompanhamento médico adequado é essencial para
diminuir as complicações da doença e garantir uma boa qualidade de vida ao
paciente.
“A
erisipela é mais comum em pacientes imunodeprimidos e naqueles com condições
como insuficiência venosa, varizes, edema nos membros inferiores e histórico de
trombose. Cada episódio da doença eleva significativamente o risco de
recorrência, destacando a importância de educar tanto o paciente quanto seus
familiares sobre os sinais de alerta e as medidas preventivas necessárias”,
afirma o médico.
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Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
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