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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Queda na abertura de empresas revela momento de insegurança para empreendedores brasileiros




Dados divulgados nesta segunda (30) pela Serasa Experian indicam que 144.501 novas empresas foram criadas no Brasil em fevereiro deste ano, uma queda de 4,3% em relação ao mês de janeiro, quando 150.958 novos empreendimentos foram constituídos. O número representa uma redução de 8,6% se comparado ao volume de negócios surgidos em fevereiro de 2014 (158.023).
De acordo com a advogada especializada em Direito Empresarial Ana Carolina Consulin, associada do escritório Zancaner Costa, Bastos e Spiewak Advogados, o momento é de insegurança por parte dos empreendedores e investidores estrangeiros. “Esta situação é agravada pela burocracia na obtenção de documentos e os altos custos para que uma empresa possa operar suas atividades”, acredita.
A participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nos últimos anos, segundo a pesquisa da Serasa. De janeiro a fevereiro de 2010, o comércio representou 34,9% das aberturas de empresas, enquanto que no mesmo período de 2015 este número passou para 30,1%. 
Ana Carolina Consulin afirma que o processo para abertura de empresas se complica ainda mais quando se trata de comércio ou indústria. “Nestes casos, a empresa deve obter inscrição estadual perante a Secretaria da Fazenda, e geralmente, a lista dos documentos e informações a serem apresentados é extensa”, diz.
Para que os empresários resguardem seus direitos e sobrevivam nesse período de dificuldade, a advogada orienta a elaboração de um Plano de Negócios, que tenha a previsão de custos a serem desembolsados pela empresa e uma estimativa de faturamento. “Essa medida pode evitar a necessidade de a empresa buscar recursos juntos aos bancos ou mesmo administrar de uma maneira mais eficiente os juros cobrados pelas instituições financeiras, quando os empréstimos forem inevitáveis”, ressalta.

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