Dados
divulgados nesta segunda (30) pela Serasa Experian indicam que 144.501 novas
empresas foram criadas no Brasil em fevereiro deste ano, uma queda de 4,3% em
relação ao mês de janeiro, quando 150.958 novos empreendimentos foram
constituídos. O número representa uma redução de 8,6% se comparado ao volume de
negócios surgidos em fevereiro de 2014 (158.023).
De acordo com a advogada especializada em Direito
Empresarial Ana Carolina Consulin, associada do escritório Zancaner Costa,
Bastos e Spiewak Advogados, o momento é de insegurança por
parte dos empreendedores e investidores estrangeiros. “Esta situação é agravada
pela burocracia na obtenção de documentos e os altos custos para que uma
empresa possa operar suas atividades”, acredita.
A participação
do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nos últimos anos,
segundo a pesquisa da Serasa. De janeiro a fevereiro de 2010, o comércio
representou 34,9% das aberturas de empresas, enquanto que no mesmo período de
2015 este número passou para 30,1%.
Ana Carolina
Consulin afirma que o processo para abertura de empresas se complica ainda mais
quando se trata de comércio ou indústria. “Nestes casos, a empresa deve obter
inscrição estadual perante a Secretaria da Fazenda, e geralmente, a lista dos
documentos e informações a serem apresentados é extensa”, diz.
Para que os
empresários resguardem seus direitos e sobrevivam nesse período de dificuldade,
a advogada orienta a elaboração de um Plano de Negócios, que tenha a previsão
de custos a serem desembolsados pela empresa e uma estimativa de faturamento.
“Essa medida pode evitar a necessidade de a empresa buscar recursos juntos aos
bancos ou mesmo administrar de uma maneira mais eficiente os juros cobrados
pelas instituições financeiras, quando os empréstimos forem inevitáveis”,
ressalta.
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