Especialista relaciona fatores que aumentam as chances de incidência da doença, como predisposição genética e estilo de vida não saudável
De acordo com levantamento da epharma, o número de beneficiários, entre 26 e 35 anos, que consomem medicamentos contra asma aumentou 21,8% no 1T24, comparado ao mesmo período do ano passado, na plataforma da empresa. Esta faixa etária apresentou o maior crescimento entre todos os consumidores desta categoria de medicamento nos três primeiros meses de 2024.
No 1T24, houve aumento também do volume de vendas registrado de medicamentos para tratamento de asma. A quantidade vendida foi 9,8% superior em comparação com o 1T24. Os princípios ativos mais comercializados foram salbutamol, beclometasona e montelucaste.
“O aumento do consumo de medicamentos contra asma entre adultos pode estar associado a uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética, exposição prolongada a alérgenos ambientais, mudanças climáticas bruscas, infecções respiratórias, estresse e poluição. O tratamento adequado da doença e o estilo de vida mais saudável são fundamentais para aumentar a qualidade de vida do paciente com asma”, explica Thais Figueiredo, pneumologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
A asma é uma das doenças crônicas não transmissíveis mais comuns que afeta mais de 260 milhões de pessoas e é responsável por mais de 450 mil mortes anuais em todo o mundo, segundo a Iniciativa Global para Asma (Global Initiative for Asthma – GINA).
De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia, nos últimos anos, houve um aumento de 4,2% nos atendimentos de pessoas com sinais de asma, enquanto 51,3% dos pacientes enfrentam a doença não controlada, quando os sintomas são frequentes durante o dia e noite, há limitação das atividades diárias e é necessário o uso de medicamentos de resgate.
Embora tenha sido observado um aumento nas vendas de medicamentos para asma, houve uma queda na média de dias de tratamento por usuário, considerando o primeiro trimestre dos anos de 2021 (77 dias) e 2022 (78 dias), respectivamente, comparados com o mesmo período de 2023 (59 dias) e 2024(57 dias). “Interromper o tratamento da asma pode ter sérias consequências para a saúde do paciente. É fundamental manter cuidado contínuo para garantir um controle da doença”, explica Thais, do CEJAM.
O tipo de asma mais comum é a alérgica, que pode ser desencadeada por inalação de alérgenos, como poeira, ácaros, mofo e agentes irritantes como fumaça, produtos de limpeza, perfume. Há também a asma com manifestação tardia, com predisposição genética associada com fatores ambientais e biológicos, e a asma associada à obesidade. As principais causas são as infecções respiratórias virais, mudança de tempo, estresse e poluição ambiental.
“Os programas de subsídio de medicamentos têm contribuído para a ampliação do acesso a tratamentos eficazes que garantem mais bem-estar aos pacientes. No 1T24, nossa plataforma registrou um crescimento de 18,1% da economia gerada de comercialização dos produtos para asma, em comparação com o 1T23. Seguimos com o propósito de desenvolver e expandir soluções que possam promover, cada vez mais, saúde para a população brasileira”, finaliza Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário