Devido ao aumento de casos, durante a gestação, as mulheres precisam buscar alternativas que evitem a picada do mosquito
Erroneamente, muitas pessoas pensam que o mosquito Aedes aegypti, responsável pelas transmissões das temidas dengue, zika e febre chikungunya, só agem na primavera e no verão. Infelizmente, o inseto também é muito ativo durante o outono e inverno e o Sistema de Saúde de todo país ainda está com sobrecarga de atendimento. Por isso, não dá para baixar a guarda. Devido à crescente de casos nos últimos meses no Brasil, os cuidados continuam para todos e, especialmente, para as grávidas. Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, o número de casos da dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano quando comparado ao mesmo período em 2023.
Todo cuidado com as grávidas e os bebês é fundamental, pois segundo a Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) — que criou o Grupo de Trabalho (GT) sobre Dengue na
Gestação —, durante o período de gestação a
imunidade se reduz naturalmente e, se a mulher contrair dengue, a doença pode
variar de forma assintomática a grave, podendo resultar em abortamento ou morte
caso não seja diagnosticada precocemente.
Por
isso, além de fundamental o uso de repelentes para a pele que sejam
recomendados pelos médicos e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), é necessário tentar impedir que o Aedes aegypti entre nas
residências, por exemplo com o uso de telas nas portas e janelas e mosquiteiros
sobre as camas..
Mas é bom ficar atento, pois só o uso destes produtos não é suficiente nem para proteger a casa dos mosquitos, nem a pele das picadas. Muita gente não sabe, mas o uso de roupas que cubram mais o corpo, como calças compridas, camisetas de maga longa e meias, não basta para reduzir a chance das picadas do mosquito. “Essa recomendação não é eficiente. Já que, segundo um estudo publicado pela Medical and Veterinary Entomology, em Londres, cerca de 75% das picadas de mosquitos acontecem por cima das roupas. Por isso, é recomendado o uso de repelente para tecidos nas roupas, enxovais, cortinas, roupas de cama e demais peças utilizadas no conforto da casa ou vestimentas das grávidas”, explica Henrique Cossi, gerente de inovação e novas tecnologias da Haxea.
Ele
explica que já está à venda no Brasil, com a aprovação da ANVISA, o D-Fense Pro
Tecidos, que conta em sua formulação com a Permetrina, que é a versão sintética
do repelente natural de insetos produzido pelo extrato do Crisântemo.
“Inclusive, esse princípio ativo do repelente é recomendado pelo Ministério da
Saúde dos EUA (CDC) e pela Associação Americana de Ginecologia e Obstetrícia
(ACOG) para ser aplicada em roupas de gestantes na prevenção de picadas dos
mosquitos transmissores de zika, dengue e chikungunya.”, explica.
Segundo
Henrique Cossi, o produto foi testado dermatologicamente, portanto, não há
problema caso ele entre em contato com a pele, mas foi exclusivamente
desenvolvido e aprovado para ter o máximo efeito e proteção nos tecidos, pelo
período de um dia – ou 24 horas. “É muito importante as grávidas seguirem as
recomendações de uso, que consta na embalagem e esperar o tecido secar
totalmente, após a aplicação do spray. E, quando for pulverizar o tecido, o mais
indicado é pendurar em cabide, varal ou colocar em uma superfície plana, manter
o frasco a uma distância de cerca de 10 a 15 cm, em um local arejado, que seja
protegido do vento e da luz solar. Idealmente, ele deve ser espirrado em toda
peça e dos dois lados”, detalha.
“As
grávidas têm que buscar o máximo possível de proteção, pois infelizmente
diversos estudos apontam para uma maior mortalidade entre gestantes com dengue,
além do risco de transmissão para o recém-nascido se a doença ocorrer próximo
ao parto. Há também risco de hemorragia, especialmente durante a cesariana e
após o aborto. Além disso, nem repelentes comuns nem a nova vacina não são
recomendados para gravidas e lactantes. Ainda bem que a evolução da ciência
permite o surgimento de novas formulações de repelentes, como o D-Fense Pro
Tecidos, que já é utilizado por exércitos avançados ao redor do mundo, como o
americano, alemão, inglês e israelense, contra picadas de mosquitos, ácaros,
carrapatos, entre outros insetos, há mais de 30 anos”, completa Cossi.
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