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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Marketing sem Cookies e a Era da Personalização Digita



O marketing digital enfrenta uma revolução com a eliminação gradual dos cookies de terceiros, prevista para ser concluída pelo Google até o final de 2024. Este movimento reflete preocupações crescentes com a privacidade dos usuários e a ética no uso de dados. No entanto, essa mudança exige que empresas repensem suas estratégias de coleta e análise de dados.

O que muda?

Com a desativação dos cookies de terceiros, os anunciantes dessa forma perdem uma ferramenta tradicional de rastreamento e segmentação. As empresas precisam adotar alternativas como:

  • Privacy Sandbox: proposta pelo Google, combina sinais de preservação da privacidade para segmentação.
  • First-party data: investir em dados coletados diretamente do público, como por exemplo e-mails, formulários, e interações no site.

 

Impacto para PMEs

Pequenas e médias empresas devem se preparar para depender menos de plataformas de anúncios tradicionais. Portanto investir em estratégias próprias para criar um relacionamento direto com os consumidores se torna essencial.

Listamos a seguir as principais mudanças com a alteração na política dos Cookies de Terceiros:


Segmentação de Público

  • Antes: Com os cookies de terceiros, anunciantes rastreavam o comportamento dos usuários em diferentes sites, dessa forma permitiam a segmentação precisa com base em interesses, histórico de navegação e comportamentos.
  • Depois: Sem cookies, as campanhas dependerão mais de dados próprios (first-party data) e novas tecnologias, como APIs de preservação de privacidade (ex.: Privacy Sandbox). Portanto isso pode dificultar a criação de públicos altamente segmentados.
  • Impacto na Performance: Redução na precisão da segmentação, tornando necessário coletar dados diretamente dos consumidores e usar ferramentas de modelagem preditiva.


Remarketing e Retargeting

  • Antes: Era possível exibir anúncios personalizados para usuários que visitaram um site ou abandonaram um carrinho, independentemente de onde navegassem depois.
  • Depois: Sem cookies, o remarketing será limitado a dados coletados dentro do próprio ecossistema da marca como por exemplo site, aplicativo ou e-mails, reduzindo o alcance de estratégias multicanais.
  • Impacto na Performance: Diminuição na eficácia de campanhas de recuperação de leads e no custo-benefício do remarketing.

 

Medição de Resultados (Tracking e Atribuição)

  • Antes: Os cookies permitiam rastrear conversões em múltiplos canais, dessa forma atribuiam corretamente as vendas ou leads a anúncios específicos.
  • Depois: Será mais difícil rastrear o caminho do consumidor entre diferentes plataformas. Por isso as soluções de medição dependerão de ferramentas como Google Analytics 4, que utiliza eventos em vez de cookies para rastreamento.
  • Impacto na Performance: Menor clareza no retorno sobre investimento (ROI) das campanhas e dificuldade em otimizar estratégias com base em dados.

 

Personalização em Tempo Real

  • Antes: Os cookies permitiam adaptar os anúncios ao comportamento do usuário em tempo real, como por exemplo sugerir produtos relacionados a uma busca recente.
  • Depois: Essa capacidade será limitada a dados próprios ou contextuais (relacionados ao conteúdo do site que o usuário está visitando).
  • Impacto na Performance: Redução na relevância de anúncios, afetando taxas de conversão e engajamento.

 

Expansão de Públicos Semelhantes (Lookalike Audiences)

  • Antes: Cookies de terceiros permitiam identificar e criar públicos semelhantes (lookalikes) com base em grandes volumes de dados comportamentais coletados em vários sites.
  • Depois: A criação de públicos semelhantes será limitada a dados coletados diretamente pela marca, assim sendo será reduzinda a abrangência e potencial de descoberta de novos clientes.
  • Impacto na Performance: Menor alcance de públicos-alvo potenciais, exigindo maior dependência de first-party data e modelagem baseada em IA.

 

Custo de Aquisição de Clientes (CAC)

  • Antes: A precisão dos cookies ajudava a otimizar campanhas e reduzir o custo de aquisição, dessa forma segmentava apenas usuários com alta probabilidade de conversão.
  • Depois: Com menos dados disponíveis, as campanhas podem se tornar menos eficientes, aumentando o CAC.
  • Impacto na Performance: Elevação dos custos de mídia paga e necessidade de maior investimento em estratégias de aquisição orgânica.

 

Necessidade de Alternativas

Com o fim dos cookies, as empresas precisarão adotar novas tecnologias e estratégias, como:

  • Privacy Sandbox (Google): APIs que mantêm dados anônimos enquanto possibilitam insights básicos para publicidade.
  • Modelagem baseada em IA: para prever comportamentos sem depender de rastreamento individual.
  • Coletas consentidas de dados próprios: como por exemplo formulários, pesquisas e assinaturas de newsletters (inbound marketing).
  • Impacto na Performance: Investimento inicial em infraestrutura e educação, mas potencial para criar conexões mais diretas e duradouras com o público.

Embora o fim dos cookies traga desafios significativos, ele também abre portas para estratégias mais éticas, transparentes e baseadas na relação direta entre marcas e consumidores. Para maximizar a performance em campanhas de anúncios, será essencial investir em coleta de dados próprios como por exemplo as estratégias utilizadas em inbound marketing; explorar ferramentas emergentes e adotar tecnologias de preservação de privacidade.


Explorando o Privacy Sandbox e a API Topics

O Privacy Sandbox é uma iniciativa do Google que visa equilibrar a privacidade dos usuários com a necessidade de anúncios relevantes, dessa forma elimina o uso de cookies de terceiros. Dentro desse contexto, a API Topics é uma das principais soluções propostas.


O que é a API Topics?

A API Topics analisa o histórico de navegação recente do usuário, identificando interesses gerais (como por exemplos esportes ou tecnologia) com base nos sites visitados. Em vez de compartilhar informações detalhadas de navegação, o navegador armazena e compartilha periodicamente temas associados ao usuário, permitindo que os anunciantes exibam anúncios relevantes sem acessar dados sensíveis ou específicos.


Como funciona:

  • Classificação dos sites: Cada site é associado a um tema predefinido (como “Fitness” ou “Jogos”).
  • Seleção de temas relevantes: O navegador armazena os temas mais frequentes baseados na navegação do usuário.
  • Compartilhamento limitado: Esses temas são compartilhados com os sites visitados para veicular anúncios, garantindo privacidade.

Os temas são limitados a um conjunto de 469 categorias cuidadosamente selecionadas, excluindo tópicos sensíveis, como religião ou orientação sexual. Além disso, os usuários podem gerenciar suas preferências diretamente nas configurações do navegador.


Como usar a API Topics em campanhas publicitárias?

As empresas podem integrar a API Topics em suas plataformas para:

  • Segmentar anúncios com base em interesses gerais.
  • Evitar rastreamento invasivo, dessa forma protegerá a privacidade dos usuários.
  • Manter relevância em anúncios, mesmo sem cookies.
  • Privacy Sandbox e outras soluções
  • Além da API Topics, o Privacy Sandbox inclui ferramentas como:
  • API Protected Audience (antes chamada de FLEDGE): Focada em campanhas de remarketing, garantindo que os dados de navegação permaneçam protegidos.
  • Attribution Reporting API: Permite medir a eficácia dos anúncios sem expor a identidade dos usuários.

Essas soluções representam uma mudança significativa no mercado publicitário, além disso incentivam práticas mais éticas e baseadas na proteção dos dados dos usuários. Empresas que adotarem essas tecnologias poderão continuar atingindo seu público-alvo de maneira eficiente e alinhada às exigências de privacidade.


A Era da Personalização e da Experiência do Consumidor

A personalização é a chave para se destacar em um mercado digital competitivo. Segundo o Think with Google, 52% dos brasileiros utilizam plataformas como o Google para decidir compras, reforçando a necessidade de experiências personalizadas e relevantes.


Como personalizar com dados próprios (first-party)?

Ferramentas como AnswerThePublic e Google Analytics podem revelar tendências comportamentais do público-alvo, além disso permitem a criação de conteúdos e ofertas ajustados às suas necessidades.


IA como aliada na personalização

A Inteligência Artificial (IA) generativa, como o ChatGPT, já permite criar campanhas segmentadas com base em dados de comportamento e histórico de interações, dessa forma cria experiências quase exclusivas para cada usuário.


Tendências Tecnológicas e Culturais


IA e automação no marketing:

Adoção crescente de chatbots mais humanizados e sistemas de recomendação baseados em IA.

Crescimento do uso de modelos de IA generativa para criação de conteúdos automatizados, como por exemplo textos, imagens e até vídeos.


Marketing inclusivo:

Cresce a expectativa por marcas que reflitam diversidade em seus discursos e práticas.


Sustentabilidade e ESG:

Consumidores esperam que marcas contribuam para causas sociais e ambientais. Além disso PMEs podem se destacar por meio de iniciativas locais que demonstrem impacto direto.

 

Estratégias Práticas para PMEs


Multicanal é essencial:

As PMEs precisam estar onde seus clientes estão. Por isso combinar redes sociais, e-mails e marketplaces para alcançar seu público são essenciais.


Marketing contextual:

Sem cookies, o contexto ganha protagonismo. Anúncios que se alinham ao conteúdo da página (como nos resultados do Google) podem ser mais eficazes.

Comunidades online:

Criar e nutrir comunidades de clientes em redes sociais ou fóruns gera um engajamento orgânico valioso.


Checklists e Ferramentas Essenciais

Checklist de marketing sem cookies:

  • Revise suas políticas de coleta de dados.
  • Implemente formulários claros e atrativos para capturar leads.
  • Invista em CRM para gerenciar os dados coletados.


Ferramentas recomendadas:

  • Google Analytics 4: para análise de dados first-party.
  • HubSpot ou RD Station: para automação de marketing (inbound).
  • AnswerThePublic: para identificar tendências de busca.

 

Conclusão: Oportunidades no Novo Cenário Digital

Embora o fim dos cookies represente um desafio, ele também abre portas para novas formas de conexão. Empresas que investirem em transparência, personalização e multicanal estarão mais bem posicionadas para crescer em 2025.

Seguindo este guia, a sua empresa estará preparada para não apenas se adaptar às mudanças nos cookies, mas também para transformar este desafio em uma oportunidade para criar conexões mais sólidas e duradouras com seus clientes.

Este novo cenário digital oferece uma oportunidade de transformar desafios em diferenciais competitivos.



Renata Carolina Elmor - experiente consultora de marketing digital, com mais de 15 anos de atuação em negócios, gestão, marketing e publicidade, especialmente voltados para pequenos e médios empresários. Ela é cofundadora e proprietária da BSALES - Smart Sales Solutions, uma empresa especializada em soluções inteligentes de vendas, e atua como consultora de marketing na Renata Elmor Marketing Advisor. Renata também desempenha o papel de Vice-Coordenadora da Câmara de Marketing Digital na Associação Comercial do Paraná, gestão 2023-2025. Ao longo de sua carreira, Renata tem se destacado na formação de equipes de marketing, planejamento estratégico, gestão de projetos digitais e desenvolvimento de ações voltadas para o aumento de performance e resultados de empresas. Sua abordagem personalizada e foco em resultados têm contribuído significativamente para o crescimento sustentável de diversos negócios no mercado brasileiro.



CIEE contabiliza 76,2 mil vagas de estágio até janeiro

 Oportunidades se concentram no Interior de São Paulo e Nordeste

 

Estão disponíveis recortes das vagas nas regiões de Barueri, Bauru, Campinas, Capital Paulista, Grande ABC, Guarulhos, Jundiaí, Marília, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba

 

O Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, maior ONG de inclusão social e empregabilidade jovem do Brasil, está com mais de 76,2 mil vagas de estágio abertas até janeiro de 2025. As oportunidades fazem parte do período de sazonalidade, portanto, quando os estudantes concluem os seus estudos, ou o contrato de estágio com período máximo de dois anos chega ao fim. 

O Nordeste contabiliza 25 mil oportunidades de estágio e lidera o ranking nacional, seguido do Interior de São Paulo (17 mil) e São Paulo Capital (16 mil). Já o Norte do País soma 5,5 mil vagas, o Centro-Oeste 5,3 mil e o Distrito Federal 4,1 mil oportunidades. Para o período, os cursos com mais vagas são Administração, Direito, Marketing, Contabilidade, Comunicação (Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Jornalismo, entre outros), Construção Civil, Tecnologia e área da Saúde. 

Em Outubro deste ano o CIEE chegou ao marco de 174,6 mil contratos de estagiários administrados. O acumulado é 1,3% maior no comparativo com o mesmo período no ano passado e a expectativa é que o programa de estágio cresça cerca de 8,3% em 2025. Os números serão puxados pela expectativa de melhora da economia e crescimento de 3% do PIB. Além disso, são consideradas as demandas das empresas e a busca por desenvolvimento de talentos. 

Segundo Mônica Vargas, superintendente Nacional de Operações e Atendimento do CIEE, os interessados devem atualizar o cadastro no Portal CIEE e ficar atentos ao celular. “O período sazonal, entre o final e início do ano, é um dos mais importantes para conseguir a vaga de estágio, por isso, sempre recomendamos atualizar os canais de contato e ficar de olho no celular”, conta.

 

Perfil 

Segundo pesquisa encomendada ao IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) 69% dos estagiários são do gênero feminino e tem em média 25 anos. Pelo menos 53% deles se autodeclaram pretos ou pardos e 44% brancos. A mensalidade escolar é a principal despesa mensal para 32% dos estagiários, seguida por gastos com as contas familiares, como conta de luz, de água (16%) e alimentação (11%). 

A média da Bolsa-Auxílio nacional alcançou o valor de R$1.108,10, montante próximo ao salário mínimo, e 40% dos estagiários utilizam algum sistema de bolsas ou programa de financiamento estudantil.

 

CIEE
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Quatro fatores que influenciam escolha de carreira da Geração Z

Envato
Considerados desafiadores por empregadores e recrutadores, jovens dessa geração são frequentemente vistos como pouco esforçados ou resilientes 

 

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, representa um terço da população mundial. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são cerca de 40 milhões de pessoas, com 48% desses jovens já inseridos no mercado de trabalho e exercendo influência significativa sobre a sociedade e a economia. São indivíduos que cresceram na era da internet, das redes sociais e do consumo digital. Como consequência, possuem visões e aspirações de trabalho e carreira muito diferentes das gerações anteriores.

Pesquisas e entrevistas realizadas pelas consultorias McKinsey & Company e Deloitte destacam 4 fatores primordiais que influenciam as escolhas de carreira dos jovens da Geração Z:


1. Busca por propósito e impacto social

Enquanto gerações anteriores priorizavam estabilidade e crescimento econômico, a Geração Z busca uma profissão com propósito. Esses jovens valorizam trabalhar em empresas que se alinhem aos seus valores pessoais, especialmente em temas como sustentabilidade e impacto social. 

Isabela Moraes, College Counselor do Positivo International School, em Curitiba (PR), auxilia estudantes na escolha de carreiras e universidades. Em contato direto com esses jovens, ela explica que a necessidade de alinhar o trabalho com seus valores pessoais está relacionada ao fato de que esses jovens estão mais conscientes de seus direitos e deveres. "Respeito e segurança no ambiente de trabalho são, sem dúvida, questões essenciais no processo de escolha e permanência em um emprego", afirma. 


2. Equilíbrio entre vida profissional e pessoal

A Geração Z dá grande prioridade ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Eles esperam flexibilidade, seja em horários de trabalho ajustáveis ou na possibilidade de trabalhar remotamente. O trabalho deixou de ser o principal elemento definidor de suas vidas e passou a ser apenas uma parte de um conjunto mais amplo de prioridades.

Segundo a especialista, a busca por universidades e cursos que ofereçam estágios e rápida inserção no mercado de trabalho é, geralmente, uma das principais preocupações da Geração Z, além da flexibilidade no ambiente de trabalho. "Questões como mobilidade e dinamismo são fatores que claramente diferenciam essa geração da anterior. A possibilidade de escolher um trabalho, ou até mesmo uma universidade, que permita trabalhar de qualquer lugar ou mudar de país, deixou de ser apenas um bônus e se tornou um dos principais critérios de escolha. Vejo nessa geração os reflexos dos dois anos de isolamento durante a pandemia, com uma necessidade maior de ver, experimentar e vivenciar o mundo de novas maneiras", explica.


3. Preocupações econômicas e financeiras

A insegurança financeira influencia fortemente as decisões de carreira da Geração Z. Crescendo em meio a crises econômicas globais, como a crise de 2008 e a pandemia de 2020, essa geração desenvolveu uma visão mais cautelosa sobre segurança no emprego e oportunidades. Muitos vivem de salário em salário e, além de buscarem estabilidade, também procuram fontes de renda adicional, como trabalhos paralelos ou iniciativas empreendedoras.


4. Saúde mental e prevenção de Burnout

A Geração Z enfrenta elevados níveis de estresse e ansiedade, em parte devido às preocupações financeiras e ao impacto da pandemia. Esses jovens priorizam ambientes de trabalho que ofereçam suporte à saúde mental, evitando locais que possam contribuir para o Burnout. Empresas que promovem bem-estar e oferecem um ambiente de trabalho saudável têm uma vantagem competitiva com esse público.

Considerada uma geração desafiadora por empregadores e recrutadores, os jovens dessa faixa etária são frequentemente vistos como pouco esforçados ou resilientes. Uma pesquisa da Resume Genius revelou que 45% dos gerentes de contratação consideram a Geração Z o grupo mais difícil de trabalhar. Isabela destaca que essa geração está mais acostumada a expressar suas insatisfações, o que os torna colaboradores mais assertivos. "Eles têm plena consciência de seus direitos e deveres. Esse posicionamento, diante de um mercado habituado a funcionários que aceitam demandas sem questionar, faz com que sejam vistos como profissionais mais desafiadores", ressalta.

Por outro lado, a especialista destaca que, quando há entendimento entre as partes, esses jovens podem transformar o ambiente de trabalho para melhor. "É essencial que ambos os lados reconheçam sua parcela de responsabilidade para que essa relação dê certo. Às empresas, cabe ser flexíveis e enxergar o encontro de gerações como uma oportunidade. Quanto aos jovens, eles não devem apenas esperar que essa adaptação ocorra, mas, sim, contribuir ativamente com o que têm a oferecer ao mercado", sugere.

 

 Colégio Positivo


Inspirando transições de carreira e impulsionando salários; Os TOP 5 MBAs que terão maior empregabilidade em 2025

Conheça as formações mais valorizadas e histórias inspiradoras de quem já deu uma guinada profissional


Com a evolução do mercado de trabalho, especializar-se tornou uma necessidade para profissionais que desejam alcançar cargos estratégicos e melhores salários. Segundo a Associação Nacional de Administradores de Empresas (ANAMBA), profissionais com MBA podem ter um aumento salarial de até 34,5% em comparação àqueles que possuem apenas graduação. Dentre as opções, algumas áreas se destacam pela alta taxa de empregabilidade e por impulsionarem transições de carreira.

Para aproveitar ao máximo um MBA e desenvolver habilidades desejadas pelo mercado, o especialista Pablo de Sá, gestor dos cursos de pós-graduação e MBA da Faculdade Líbano, sugere um passo a passo eficaz e destaca que é primordial que o curso escolhido seja coerente com os objetivos de carreira. 

“Primeiramente, é importante definir objetivos claros e escolher um curso que alinhe suas aspirações profissionais com as tendências do mercado. Em seguida, os alunos devem se envolver ativamente em projetos práticos que proporcionem experiências reais. Participar de workshops e redes de networking também é essencial para construir conexões valiosas. Além disso é preciso desenvolver soft skills, como comunicação e liderança, pois são cada vez mais valorizadas pelos empregadores”, explica Pablo (foto).

 

A experiência transformadora de Maria Fernanda Espírito Santo


 Um exemplo de como o MBA pode ser um divisor de águas é o caso de Maria Fernanda Espírito Santo, de 23 anos, que encontrou no MBA em Gestão Fiscal e Tributária, na modalidade EAD pela Faculdade Líbano, a oportunidade de mudar sua carreira. Formada em Relações Internacionais, ela trabalhava como assistente de cobrança em uma escola de idiomas, mas aspirava a novos desafios.

 Após concluir o curso, Maria Fernanda iniciou sua trajetória como BPO Financeiro, auxiliando empresas a gerirem processos como contas a pagar, fluxo de caixa e análise de crédito. “O MBA não só aprofundou meus conhecimentos em finanças, como também despertou meu interesse pela análise de dados, área que complementa minha atuação no financeiro”, relata. Hoje, ela utiliza conceitos aprendidos no MBA para traduzir informações complexas em estratégias claras para CEOs e diretores.


 Os 5 MBAs com maior empregabilidade em 2025


Segundo especialistas, esses são os cursos mais promissores para o próximo ano:


 1. MBA em Gestão de Pessoas e Liderança

Focado em inteligência emocional, cultura organizacional e desempenho, é ideal para quem deseja ocupar cargos estratégicos de liderança e criar ambientes de trabalho produtivos.


2. MBA em Auditoria, Compliance e Gestão de Riscos

Indispensável em setores como o financeiro e governamental, forma profissionais que garantem transparência e segurança nas operações empresariais.


3. MBA em Gestão Tributária e Fiscal

Curso que aprofunda o conhecimento em legislação e planejamento tributário, capacitando profissionais para reduzir custos fiscais e otimizar processos empresariais.


4. MBA em Gestão de Projetos

Muito procurado no mercado corporativo, forma especialistas capazes de planejar, executar e monitorar projetos estratégicos para empresas.


5. MBA em Gestão de Departamento Pessoal e Relações Trabalhistas

Essencial para acompanhar mudanças na legislação trabalhista, oferece ferramentas para uma gestão eficaz de pessoas, promovendo ambientes de trabalho saudáveis.


Natal em alta: vendas do varejo paulista devem crescer 9% neste mês, projeta FecomercioSP

Capital também terá melhora nos indicadores (alta de 7,7%) em 2024; mercado aquecido e aumento da renda das famílias explica cenário

 

O Natal de 2024 tem tudo para ser um dos melhores para o varejo paulista nos últimos anos. Projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que as receitas do setor, puxadas, sobretudo, pelos supermercados, vão crescer 9% em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em números absolutos, isso significa um faturamento bruto de R$ 139,4 bilhões no Estado.

Em termos porcentuais, as lojas de móveis engordarão o caixa nesse período do ano, com crescimento de 31% em relação a 2023, seguidas por autopeças e acessórios (15%) e farmácias e perfumarias (12%). Mas os supermercados que farão a grande diferença — responsáveis por mais de um terço do faturamento total do varejo paulista (34%), o segmento deverá crescer, pelo menos, 7% neste Natal, o que significa receitas na casa dos R$ 48,8 bilhões, valor R$ 3,1 bilhões superior ao registrado em dezembro do ano passado [tabela 1].

[TABELA 1]

Projeções das vendas do varejo no Estado de São Paulo — dezembro de 2024

Fonte: FecomercioSP

 



No acumulado do ano até setembro, último dado disponível, o varejo paulista já acumula um faturamento de R$ 1,013 trilhão, alta de 9% em comparação aos nove primeiros meses do ano passado. É uma boa notícia, já que o crescimento absoluto é de R$ 83,2 bilhões em relação a 2023, resultado de uma conjuntura marcada pelo mercado de trabalho aquecido, pelo aumento da renda e pelo crescimento do mercado de crédito, fatores determinantes para o consumo. 

Os supermercados também puxaram esse desempenho, movimentando R$ 26,4 bilhões a mais (8%) do que em 2023, seguidos pelas concessionárias de veículos, com alta de 20%, e pelas farmácias e perfumarias (11%). 


Natal em alta também na capital

Seguindo a esteira do Estado, o varejo da capital, São Paulo, também apresentará receitas maiores neste ano: as vendas de dezembro vão movimentar, pelo menos, R$ 43,2 bilhões na cidade, representando uma alta de 7,7% em relação ao ano passado. 

Na principal metrópole do País, são os eletrodomésticos e eletrônicos que devem puxar a fila do crescimento — quase 27%, na comparação a 2023, impulsionados pela demanda sazonal, pelas inovações tecnológicas que despertam o interesse do consumidor e pela base mais fraca de comparação [tabela 2].

[TABELA 2]

Projeções das vendas do varejo na Cidade de São Paulo — dezembro de 2024

Fonte: FecomercioSP

 


As lojas de móveis e decoração devem apresentar a maior variação porcentual, mas, novamente, é importante ressaltar que se trata do menor faturamento, sendo comum grandes variações. As receitas das lojas de vestuário, tecidos e calçados, que comercializam os itens preferidos na hora de presentear, devem crescer 7,8%.

Segundo a FecomercioSP, o comércio varejista paulista encerrará 2024 com números expressivos, mas o cenário econômico exige bastante atenção. A inflação permanece acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, pressionando o poder de compra das famílias e obrigando o órgão a intensificar o ritmo de elevação da taxa Selic — que, agora, está em 12,25%. Isso significa crédito mais caro para consumidores e empresas. Além disso, as incertezas quanto à política fiscal e ao corte de gastos do governo geram turbulências no mercado, dificultando o planejamento. Nesse contexto, é importante que os empresários tenham cautela e se preparem para um cenário desafiador em 2025.  


FecomercioSP
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Meu Bolso em Dia Febraban dá dicas para começar o ano sem dívidas

 

Portal de educação financeira traz recomendações para festejar com economia e entrar em janeiro com as contas em ordem

 

Vídeo com Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações
com o Consumidor da Febraban, comentando sobre as dicas para download neste link 

 

Com o mês de dezembro chegam diversos gastos extras, como presentes, ceia de Natal e Ano-Novo, viagens de férias e celebrações. O comércio aposta em promoções, o que leva muita gente a comprar por impulso e a gastar mais do que pode. 

A entrada de dinheiro extra, como 13º salário, comissões de vendas, bônus e PPR (participação nos lucros e resultados), traz alívio imediato ao bolso, mas é importante considerar que, logo após o período das festas, há outros compromissos, como IPTU, IPVA, material escolar, matrículas e seguros. 

Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira da Febraban, lembra que, com um pouco de planejamento, é possível consumir com consciência, sem precisar recorrer ao rotativo do cartão ou contrair empréstimos, começando 2025 com as contas em ordem. 

“Diferenciar desejos de necessidades e planejar os gastos de maneira equilibrada ajuda a começar 2025 sem dívidas. Ninguém fica endividado por querer, mas há situações que podem levar ao endividamento. Com orientação financeira é possível aproveitar ao máximo o recurso extra que entra no final de ano e celebrar, sem se endividar”, afirma o diretor. 

A seguir, confira as dicas do Portal meu Bolso em Dia Febraban para aproveitar o final de ano e entrar em 2025 com as contas no azul: 

 

1. Reserve parte do 13° salário

O 13° é uma ajuda extra no final do ano, mas antes de comprometê-lo com presentes, separe uma parte para quitar dívidas ou antecipar despesas do início do ano. Tente, ainda, guardar ao menos 30% dele para formar uma reserva de emergência. Se você é autônomo e não recebe o 13º salário, organize-se para reservar dinheiro ao longo do ano e criar sua própria “reserva de 13º”. Assim, terá um alívio para lidar com os gastos extras dessa época.

 

2. Estabeleça um limite de gastos

Determine o quanto pode gastar com presentes, viagens, decorações e itens para a ceia. Para ajudar a se organizar, use uma de nossas planilhas gratuitas.

 

3. Divida os custos com a família

Nas celebrações, divida os custos entre os convidados, ou aposte em uma ceia colaborativa, em que cada um traz um prato, garantindo uma mesa farta e diversificada. Veja algumas ideias para gastar menos no Natal e Ano Novo no portal meu Bolso em Dia.

 

4. Controle os gastos com presentes

Presentear quem amamos é uma tradição especial do Natal, mas priorize itens simbólicos. Outra opção é organizar um amigo secreto, reduzindo a quantidade de presentes e deixando a celebração mais divertida.

 

5. Faça você mesmo

Coloque a criatividade em ação e crie presentes personalizados. Essa iniciativa demonstra cuidado e carinho, tornando o momento ainda mais especial. Vale lembrar que peças produzidas artesanalmente estão em alta no mercado e, se forem feitas por você, ganham ainda mais charme. Busque ideias e receitas DIY (Do It Yourself, ou Faça Você Mesmo) no YouTube e no Pinterest.

 

6. Conquiste uma renda extra

Para quem não tem emprego fixo, o final de ano traz novas oportunidades de renda. Se você tem habilidades na cozinha, por exemplo, a demanda por esses serviços também costuma ser maior no final do ano. Monte um catálogo virtual de produtos e serviços e planeje novas formas de chegar aos seus clientes potenciais e vender mais.

 

7. Invista em experiências como presente

Se o orçamento está apertado, considere dar experiências em vez de objetos, que podem ser de baixo custo e se tornar presentes memoráveis.

 

8. Fique de olho em cupons e cashback

Nas compras online, você pode economizar com cupons de descontos ou sites que oferecem cashback. Mas atenção: antes de comprar, verifique sempre se o site é seguro e se a loja é confiável, para não cair em golpes. Outra dica é não se empolgar com as promoções para ganhar cashback e acabar gastando mais do que gostaria.

 

9. Evite acumular parcelas

Prefira pagar à vista valores menores e use o cartão de crédito com moderação para compras maiores. Anote as parcelas para não perder o controle e pague sempre a fatura em dia para evitar juros.

 

10. Repense o seu estilo de vida

Reflita se está vivendo dentro de um padrão que cabe no seu orçamento. Muitas vezes, dar um passo atrás é importante para reorganizar as contas, prevenir o superendividamento e conseguir guardar algum dinheiro para realizar seus projetos.

 

Os desafios da mulher advogada na sociedade brasileira contemporânea


A advocacia é uma profissão historicamente dominada por homens, refletindo as desigualdades estruturais que permeiam o mercado de trabalho no Brasil. Embora as mulheres já sejam maioria nos cursos de Direito e em exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), elas ainda enfrentam barreiras significativas para alcançar equidade no exercício da advocacia. Essas dificuldades vão desde preconceitos velados e desigualdades salariais até assédios e a conciliação entre a carreira e as demandas familiares. 

A advocacia brasileira tem testemunhado, nas últimas décadas, uma crescente participação feminina. Contudo, as mulheres advogadas ainda enfrentam uma série de desafios relacionados ao preconceito de gênero, desigualdade de oportunidades e falta de reconhecimento. Embora representem mais da metade dos registros na OAB, sua presença em posições de liderança e em áreas tradicionalmente mais valorizadas do Direito permanece limitada.

Essa realidade é ressaltada por mulheres que se tornaram ícones na luta por igualdade dentro da profissão. Em suas trajetórias, destacam não apenas os obstáculos enfrentados, mas também as transformações necessárias para construir um mercado jurídico mais justo e inclusivo. 

De acordo com dados do Conselho Federal da OAB, em 2023, mais de 50% dos advogados registrados no Brasil eram mulheres. Essa conquista, entretanto, esconde desafios profundos. No topo da pirâmide, em posições de liderança como sócias em grandes escritórios ou em cargos de destaque na administração pública, a presença feminina ainda é minoritária. 

Segundo um estudo da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), apenas 30% das mulheres advogadas ocupam posições de chefia em escritórios de advocacia, mesmo possuindo currículos equivalentes ou superiores aos de seus colegas homens. Essa discrepância é fruto de barreiras invisíveis que limitam o avanço profissional feminino, conhecidas como “teto de vidro”. 

Uma das barreiras mais difíceis de superar são os preconceitos de gênero que permeiam a advocacia. Mulheres ainda precisam provar continuamente sua competência em ambientes dominados por homens. Em audiências, por exemplo, não é raro que advogadas sejam interrompidas, subestimadas ou tratadas de forma condescendente por juízes, promotores ou até mesmo colegas de profissão. Além disso, a pesquisa “Violência contra a Mulher Advogada”, realizada pela Comissão da Mulher Advogada da OAB-SP, revelou que mais de 70% das advogadas entrevistadas já sofreram algum tipo de assédio ou desrespeito no exercício da profissão. 

Esses episódios incluem comentários sexistas, invasões de espaço pessoal e até ameaças veladas em negociações ou audiências. É notório que a violência de gênero na advocacia é um reflexo das desigualdades estruturais da sociedade brasileira sendo urgente a implementação de políticas de enfrentamento que garantam um ambiente de trabalho seguro e respeitoso. Outro desafio enfrentado pelas advogadas no Brasil é a desigualdade salarial. Em média, mulheres na advocacia recebem salários 20% menores que os de homens na mesma posição, segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 

Essa diferença é ainda maior em escritórios de grande porte, onde bônus e promoções frequentemente favorecem profissionais masculinos. Além disso, mulheres advogadas relatam ser preteridas em casos de maior relevância ou complexidade jurídica. Áreas tradicionalmente mais lucrativas, como Direito Tributário e Empresarial, tendem a ser dominadas por homens, enquanto mulheres são frequentemente direcionadas para áreas percebidas como “menos estratégicas”, como Direito de Família ou Consumidor. A dupla jornada, que combina trabalho formal com responsabilidades familiares, é outro obstáculo para as mulheres na advocacia. 

A falta de políticas públicas e de suporte institucional para equilibrar vida profissional e pessoal contribui para que muitas advogadas abandonem suas carreiras ou limitem suas ambições. Segundo uma pesquisa do IBGE, mulheres brasileiras dedicam, em média, 21 horas semanais ao trabalho doméstico, enquanto os homens dedicam apenas 11 horas. Essa desigualdade sobrecarrega as advogadas, tornando mais difícil participar de eventos, viagens e demandas de alta intensidade que são comuns na profissão. Apesar dos desafios, movimentos dentro e fora da advocacia têm buscado transformar esse cenário. 

A OAB Nacional, por meio da Comissão Nacional da Mulher Advogada, tem promovido debates e políticas para ampliar a igualdade de gênero. Em 2021, a OAB aprovou a paridade de gênero nas chapas para eleição da instituição, garantindo que mulheres ocupem ao menos 50% das vagas. Além disso, escritórios progressistas têm implementado programas de mentoria, flexibilização de horários e iniciativas para combater o preconceito de gênero, servindo como exemplo para o restante do mercado jurídico. Nesse contexto, fica claro que ser mulher advogada na sociedade brasileira atual é um exercício diário de resiliência e luta. 

As conquistas alcançadas ao longo das últimas décadas são inegáveis, mas os desafios permanecem significativos. A promoção da igualdade de gênero no Direito não é apenas uma questão de justiça, mas também de eficiência: escritórios e instituições que valorizam a diversidade apresentam melhores resultados e maior credibilidade. Com a ampliação de políticas de paridade, enfrentamento ao assédio, apoio à maternidade e incentivo ao empreendedorismo, a advocacia brasileira pode se tornar mais inclusiva e representativa, abrindo espaço para que mulheres conquistem plenamente seu lugar de direito. 

Portanto, para que as advogadas alcancem seu pleno potencial, é essencial que o mercado jurídico continue a combater preconceitos, assédios e desigualdades, garantindo que todas as profissionais tenham acesso às mesmas oportunidades e respeito. Afinal, como disse Ruth Bader Ginsburg, ícone da luta pela igualdade no Direito: “As mulheres pertencem a todos os lugares onde as decisões estão sendo tomadas”. 




Juliana Daher Delfino Tesolin - coordenadora de Projetos e de Internacionalização da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, professora de graduação e pós-graduação do curso de Direito e advogada com atuação perante Tribunais Superiores

  

*O conteúdo do artigo assinado não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.


Educação contínua de CEOs: qual a importância para o crescimento corporativo?

O mundo muda constantemente. A cada dia que acordamos, vemos notícias de países crescendo economicamente, guerras, acordos, avanços tecnológicos, e muitos outros acontecimentos. Comandar uma empresa diante desta volatilidade e incertezas não é algo simples ou fácil, o que demanda um excelente CEO à frente dos negócios que, não apenas tenha ampla experiência no ramo, mas que tenha, dentro de si, uma forte compreensão da importância de se manter sempre atualizado para que esteja devidamente preparado para ser este piloto.

Essa imprevisibilidade do mercado sempre foi algo presente em nossa história. A diferença, agora, é que, com o crescimento da digitalização global e a alta conectividade da sociedade, os acontecimentos em outros países também têm alta probabilidade de nos afetarem por aqui – o que, naturalmente, eleva o grau de preocupação e receio por parte do empresariado.

Este sentimento vem exigindo dos empreendimentos uma maior agilidade, adaptação e leitura de cenário, em prol de uma tomada de decisões mais estratégica. Todos nós, em tese, devemos ter este comportamento no dia a dia, porém, no caso dos CEOs, esse perfil ganha ainda mais importância, considerando o peso desta cadeira para a condução das operações com máxima eficiência.

Compreendendo essa relação, dados divulgados em um levantamento feito pela Falconi mostram que 80% dos CEOs continuaram a estudar após sua primeira graduação, em busca de programas de educação executivas que reforcem seus conhecimentos e habilidades para ocupação desta cadeira.

A forma pela qual eles podem se manter atualizados para tomar decisões com mínimo de informações e, em cima disso, antever possíveis cenários, merece atenção. Isso porque, muito além desta rotina precisar fazer parte de sua agenda, alguns questionamentos precisam ser feitos e embasar estes estudos.

Estar embasado sobre o que acontece no mundo é, indiscutivelmente, importante. Mas, se pergunte: quais diferenciais eu, como CEO, terei à frente dos meus concorrentes, com esta rotina de aprendizado? Quais foram os últimos acontecimentos globais e de que forma eles impactaram, ou não, minha empresa? Será que conseguimos antever alguma ocorrência, com base no que já passamos, de forma que estejamos mais bem preparados para lidar com elas?

Faça essas análises e incorpore o que, de fato, faz sentido conforme a realidade do seu negócio. Quem são todos esses agentes que impactam ou interferem nas operações, e como podem se preparar, a partir disso, para tomar decisões mais estratégicas. Algo que, para que atinja as metas estipuladas, dependerá, justamente, desta atualização constante pelo CEO, se mantendo antenado ao que está acontecendo no mundo e organizando muito bem sua casa para eventuais ocorrências.

Com a chegada de um novo ano, novos ares são precisos. Veja como 2024 foi para sua empresa, seus times, e alinhe o mindset de todos sobre o que esperam para 2025. Este ecossistema precisa se unir e se moldar perante a conquista destas metas, tendo o apoio preciso para tirar as ideias do papel e colocá-las em prática com assertividade.

Se o mercado não para – e nunca parou – por que o CEO deveria? A dinâmica empresarial está em constante reciclagem, e todos nós deveríamos manter o ritmo. Caso contrário, você será o único estagnado diante de um mundo que permanece avançando, em ritmo acelerado.




Thiago Xavier - headhunter e sócio da Wide Executive Search, boutique de recrutamento de executivos.


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