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sábado, 19 de outubro de 2024

Quem vê beleza não olha RG: conheça tratamentos não invasivos para a terceira idade

Técnicas combinadas permitem resultados efetivos contra sinais naturais do envelhecimento na pele

 

À medida que envelhecemos, fica mais evidente a importância de cuidar de nossa saúde e bem-estar. Entramos em um estágio da vida em que investir em autocuidado pode ser a chave para uma vida plena e com qualidade.

 

Com o avanço da idade, o corpo começa a produzir menos colágeno, elastina e ácido hialurônico, substâncias cruciais para a firmeza, elasticidade, sustentação e hidratação dos tecidos. A boa notícia é que existem tratamentos simples e não invasivos que podem incentivar a produção dessas substâncias no corpo, especialmente na pele.

 

“Apesar de a produção de colágeno já começar a diminuir a partir dos 25-30 anos, é a partir dos 50 que os sinais do envelhecimento cronológico começam a se manifestar com mais intensidade. Mesmo seguindo rigorosamente todos os passos do skincare, flacidez e linhas de expressão podem surgir”, destaca Amanda Canhassi, fisioterapeuta e consultora da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos.

A especialista defende que, ao associar diferentes métodos para rejuvenescer a pele, é possível conseguir um resultado mais efetivo e natural. Confira os tratamentos estéticos não invasivos mais indicados nessa fase da vida:

 

Radiofrequência


A aplicação da radiofrequência — tratamento estético que utiliza energia eletromagnética como fonte de calor — estimula a pele a realizar “neocolagênese”, ou seja, formar novas fibras de colágeno. Ela melhora a qualidade e sustentação do tecido, deixando o rosto mais firme e corrigindo linhas de expressão e rugas. 

 

Ultrassom Microfocado


Um dos tratamentos mais modernos para flacidez é o ultrassom microfocado. Ele é eficaz na redução de linhas de expressão, rugas e bigode chinês. O procedimento gera pequenos pontos de coagulação na derme e no tecido que fica entre a pele e o músculo, o SMAS, promovendo o estímulo de colágeno em grande quantidade, melhorando a elasticidade da pele do rosto.

Outro tipo de ultrassom, de 5MHz, promove o micro massageamento do tecido e o aumento da circulação local, que aumenta nutrientes e oxigênio tecidual, deixando a pele muito mais firme já desde a primeira sessão.

Ao contrário das cirurgias faciais tradicionais, o procedimento não é invasivo. Isso significa que não são necessárias incisões, anestesia geral ou tempo de recuperação prolongado. “Normalmente, os pacientes podem retornar às suas atividades normais logo após a sessão”, explica Amanda

 

Luz intensa pulsada


Essa tecnologia, que utiliza fonte de luz com todas as cores do arco-íris, favorece a síntese de colágeno e atua na despigmentação das manchas da pele, em especial as manchas senis e decorrentes de processo inflamatório (como manchas de acne). “Para completar, também trata aqueles vasinhos finos que costumam aparecer próximo ao nariz e na bochecha”, explica a fisioterapeuta.

 

HTM Eletrônica

 

Estudo do BCG aponta Brasil como terceiro país com maior potencial para realização de procedimentos estéticos no mundo

Consultoria revela também que o mercado global de estética deve crescer 6% ao ano até 2028 

 

O estudo do Boston Consulting Group (BCG), intitulado “The Six Types of Medical Aesthetics Consumers, and How to Serve Them All”, apresenta uma perspectiva otimista para o mercado global de estética médica, mesmo em um cenário econômico desafiador. 

A pesquisa, que entrevistou 5 mil consumidores em dez dos principais mercados globais, incluindo o Brasil, revelou que 50% dos consumidores planejam aumentar seus gastos em procedimentos de estética médica no próximo ano, e 35% esperam manter os níveis atuais. 

Atualmente, este setor está avaliado em US$ 20 bilhões (considerando as vendas dos fabricantes), com uma expansão anual de 8% desde 2019. Contudo, tendo em vista que o mercado potencial global é de 460 milhões de consumidores, sendo 50 milhões no Brasil, e a média geral no uso de procedimentos é de apenas 9%, ainda há muito espaço para expansão. Por isso, o BCG estima que o crescimento continuará em ritmo acelerado, de 6% ao ano, atingindo US$ 27 bilhões até 2028. 

“Essa previsão otimista se baseia em diversos fatores, incluindo a crescente busca por procedimentos menos invasivos, como aplicações de toxina botulínica e preenchimentos dérmicos, especialmente entre os consumidores mais jovens que buscam tratamentos preventivos”, explica Filipe Mesquita, diretor executivo e sócio do BCG.

 

Consumo de procedimentos estéticos  

O levantamento também destaca o papel crucial da inovação no crescimento do setor. Novos produtos e tecnologias, como toxinas botulínicas de ação prolongada, bioestimuladores de colágeno, laser para rejuvenescimento da pele e plataformas de inteligência artificial para personalização de tratamentos, estão impulsionando a demanda e expandindo as opções disponíveis para os consumidores. Também se observa interesse dos investidores que, nos últimos cinco anos (excluindo uma queda de um ano durante a pandemia da covid-19), realizaram cerca de 140 transações por ano, incluindo joint ventures e alianças, acordos de licenciamento e desenvolvimento de produtos, IPOs e aplicação de capital. 

“Ao longo dos anos, a estética médica se desenvolveu por meio de uma abordagem B2B. Porém, nossa análise mostra que a indústria pode crescer ainda mais rápido colocando o consumidor em primeiro lugar. Provedores, fabricantes e investidores que têm um profundo entendimento desse segmento podem moldar sua abordagem de entrada no mercado e oferecer produtos e serviços personalizados para satisfazer necessidades específicas”, complementa Mesquita. 

De acordo com o relatório, existem seis perfis distintos de consumidores de estética médica, cada um com suas próprias necessidades, motivações e preferências. São eles:

  • Entusiasta da beleza. Consumidores mais maduros que buscam tratamentos antienvelhecimento e priorizam a segurança.
  • Avesso ao tempo. Quem deseja controlar o processo de envelhecimento e se baseia em recomendações de celebridades e influenciadores.
  • Glamuroso extrovertido. Antenados às últimas tendências, optam por tratamentos para realçar a beleza, principalmente antes de eventos sociais.
  • Caçador de ofertas. Priorizam o preço e procuram por promoções e descontos.
  • Esporádico. Limitam-se a um único procedimento, geralmente por falta de conhecimento ou receio.
  • Crescimento em potencial. Pretendem experimentar procedimentos estéticos no futuro.

De acordo com Mesquita, o Brasil é forte principalmente nos perfis de usuário heavy-users. “Para um crescimento sustentável nos próximos cinco anos, os provedores precisam ajustar sua abordagem de mercado às necessidades, preferências e aspirações de cada perfil de consumidor. Com isso, estarão à frente da concorrência”, finaliza o executivo.


Saiba qual é o significado de Yoni para a energia feminina


A palavra "
Yoni" vem do sânscrito e, em sua tradução literal, significa "útero" ou "origem". No entanto, seu significado vai muito além da mera anatomia. Na tradição hindu e em várias práticas espirituais, a yoni é reverenciada como um símbolo sagrado de energia feminina, criatividade e poder de criação. Trata-se de um conceito profundo que conecta o corpo feminino a um nível espiritual elevado, representando a fonte da vida e o portal de onde toda existência emerge.  


Yoni na tradição hindu 

Na cultura hindu, a yoni é frequentemente associada à deusa Shakti, a personificação da energia feminina primordial do universo. Shakti, em sua essência, é a força criativa que impulsiona toda a existência. A yoni, como representação dessa energia, é vista como um símbolo de poder, fertilidade e renovação. Em templos e práticas religiosas, é comum encontrar representações da yoni em conjunto com o lingam, que simboliza o deus Shiva, representando a união divina entre o masculino e o feminino.



O significado espiritual da Yoni 

A yoni não é apenas um órgão físico; ela é vista como um portal sagrado. Este conceito é profundamente explorado no Tantra, uma tradição espiritual que busca a união do corpo e do espírito. No Tantra, a yoni é venerada e tratada com o máximo respeito, sendo considerada um caminho para a iluminação espiritual. Práticas tântricas frequentemente envolvem a meditação e a adoração da yoni como uma forma de honrar a divindade feminina e conectar-se com a energia criativa do universo.

Yoni na cultura contemporânea 
Nos tempos modernos, o conceito de yoni tem ganhado espaço em várias culturas ao redor do mundo, sendo incorporado em práticas de saúde e bem-estar, como a yoni yoga e o vapor de yoni. Estas práticas buscam promover a saúde física e emocional, além de reforçar a conexão das mulheres com seus corpos e suas energias internas.

  • Yoni Yoga:
    Esta prática combina posturas de yoga com técnicas de respiração e meditação específicas para fortalecer a musculatura pélvica e aumentar a consciência corporal. É uma forma de celebrar a yoni e reconhecer sua importância na saúde e no bem-estar.
  • Vapor de Yoni:
    Também conhecido como "vaporização vaginal", esta prática envolve o uso de vapor de ervas para limpar e revitalizar a área vaginal. Embora existam controvérsias sobre seus benefícios médicos, muitas mulheres relatam sentir-se mais conectadas e rejuvenescidas após a prática.


A importância da educação e do respeito 
É essencial promover a educação e o respeito em torno da yoni e sua significância. Compreender o profundo significado cultural e espiritual da yoni pode ajudar a quebrar tabus e promover uma visão mais saudável e respeitosa da sexualidade feminina. A yoni não é apenas um órgão anatômico, mas um símbolo poderoso da vida, da energia criativa e do potencial feminino.


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Saci ou Halloween? Por que é importante celebrar o Folclore Brasileiro com os pequenos?

Dia 31 de outubro é Dia das Bruxas! Ops… será? Embora muita gente pense assim, você sabia que no Brasil essa data é também o Dia do Saci Pererê? Pois é! Enquanto o Halloween tem ganhado força por aqui, nossa figura travessa, de uma perna só, com gorro vermelho e cachimbo continua nos lembrando que temos uma cultura incrível para valorizar e compartilhar com os brasileirinhos.


O Saci é muito mais do que um personagem engraçado. Ele carrega a astúcia, a irreverência e a resistência – características muitas vezes associadas às classes populares e aos marginalizados. Sua história é um verdadeiro símbolo da mistura cultural do Brasil, com raízes indígenas, africanas e portuguesas. Em resumo, ele é a cara da nossa diversidade.

Agora, antes de pensar que isso significa ter que escolher entre os doces ou travessuras e o Saci, calma! Ninguém precisa deixar de brincar, se fantasiar ou se divertir com o Halloween. O que proponho aqui é uma reflexão: por que deixar de lado nossos personagens folclóricos, como o Saci, em favor de uma festa importada? Podemos sim abraçar as brincadeiras, mas também valorizar aquilo que faz parte da nossa história, reforçando nosso sentimento de pertencimento e identidade cultural.

É nesse contexto que o livro que escrevi, Folclore Brasileiro com a Turma da Mônica, se torna uma ferramenta importante para pais, educadores e crianças. A obra vai além de simplesmente apresentar figuras folclóricas: é um verdadeiro manual repleto de atividades como adivinhas, trava-línguas, parlendas e brincadeiras. Essas atividades não apenas divertem, mas também funcionam como poderosas ferramentas de ensino, resgatando tradições e promovendo o envolvimento com o nosso rico folclore de forma lúdica.

Celebrar o Saci e o folclore brasileiro como um todo não é só falar sobre personagens, é uma forma de resgatar nossas raízes e ensinar às crianças sobre a riqueza cultural do Brasil. O livro, adotado 5 anos seguidos pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), destaca essa importância ao oferecer uma vasta gama de atividades que permitem que pais e educadores mergulhem nesse universo folclórico, transformando o aprendizado em uma experiência envolvente e significativa.

Além disso, as escolas desempenham um papel crucial ao incorporar o folclore em suas práticas pedagógicas, promovendo a valorização das nossas tradições desde cedo. Ao incluir o Saci e outros personagens nas conversas com nossas crianças, estamos não só preservando nossa cultura, mas também mostrando que ela é rica e diversa o suficiente para coexistir com outras influências. Isso fortalece a formação de uma consciência cidadã que valoriza a história e as contribuições de todos os povos que formam nosso Brasil.

Então, que tal aproveitar este 31 de outubro para contar histórias do Saci, criar aventuras e, quem sabe, fazer a festa com um mix de tradição e diversão? O importante é que os brasileiros saibam que, além das bruxas e fantasmas, temos um Saci travesso pronto para nos lembrar que o Brasil também tem muito a celebrar! 



Paula Furtado - pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares. Em sua clínica, localizada no bairro Real Parque, em São Paulo, Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias. Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.
@paulafurtadopf


5 formas de aproximar as crianças do mundo das artes

As expressões artísticas contribuem para o desenvolvimento e a criatividade 

 

Desenhar, ouvir música, pintar, ler ou criar histórias: a arte tem diferentes expressões que podem ser inseridas no dia a dia das crianças. O uso das expressões artísticas contribuem para o desenvolvimento cognitivo, auxilia na comunicação do mundo e incentiva a criatividade desde a primeira infância. 

 

Para Andreia Aparecida Castro , diretora do Marista Escola Social Ir. Lourenço as crianças têm a própria forma de ver o mundo, e a arte fortalece a expansão desse olhar. “Por meio dos desenhos, da livre pintura, do personagem de um livro ou até de uma música, a criança pode expressar seus sentimentos, mesmo quando ainda não tem no vocabulário todas as palavras necessárias, é por meio dessas atividades que ela conta suas emoções”, reforça. 

 

Como aproximar as crianças da arte?  


Não há apenas uma maneira ou um caminho para que as crianças se aproximem da arte e da cultura. Seja em casa, na escola ou nos momentos de lazer, os pequenos podem ser apresentados às atividades artísticas de diversas formas . “O importante é deixar as crianças explorarem esses universos, seja por meio das cores, da dança e do circo. Quando estão em casa, com os pais, avós, tios e amigos, a ideia é oferecer o maior número de oportunidades para que a criança possa interagir com diversas manifestações da arte”, finaliza.

 

Para os pais e responsáveis, a especialista dá dicas de como integrar a arte à rotina. 

 

Faça passeios culturais


Nos momentos de lazer, levar as crianças em museus pode ser uma ótima opção. Em diversos locais há exposições interativas, assim como museus de ciência e história com possibilidade de conhecer outros universos Apresentar as crianças ao museu faz com que ela tenha sempre essa referência no futuro. 

 

Pintar o sete


A expressão antiga pode ser utilizada para aproximar as crianças da pintura. O colorido das tintas e pinceis podem incentivar esse pequeno artista, além de colaborar com a coordenação motora e identificação das cores e desenhos. Vale entrar na brincadeira e pintar junto da criança também. 

 

É tempo de dançar


Ouvir música é uma das atividades favoritas das crianças. Aqui vale apresentar alguns instrumentos musicais, começando com os de percussão, que podem ser aliados na hora de iniciar nesse universo. A dança incentiva a expressão corporal e também é fundamental para o desenvolvimento. 

 

Boas histórias não são esquecidas


A literatura é uma das expressões mais utilizadas, principalmente na primeira infância. Portanto, sempre é tempo de contar boas histórias para as crianças, ler os livros clássicos infantis, compartilhar personagens favoritos e deixar que essa imaginação tome conta. 

 

Vamos brincar de atuar? 

 

Além de ir ao cinema e ao museu, o teatro é uma das expressões que mais encantam as crianças. Vale assistir aqueles espetáculos em cartaz na sua cidade, como também criar sua própria peça em casa, utilizando cortina, luzes, fantoches ou aquela fantasia de carnaval na gaveta. 

 

Relação entre solidão e o diagnóstico de demência

 

“Me sinto tão sozinho, que chega a doer”. Uma frase de impacto, que pode revelar a cruel realidade de muitas pessoas hoje que sofrem com a solidão.

 

Principalmente, em idosos que, por conta do envelhecimento, podem apresentar sofrimentos psíquicos motivados por diversas perdas específicas, como: perda da saúde, autonomia, produtividade, papéis sociais, perda de cônjuges, amigos, entre outras perdas pessoais.

 

Alguns relatos dão conta de que, a dor é tão intensa e insustentável que quase chega a ser física. Uma verdadeira incoerência em meio ao crescimento populacional e a vida atribulada que vivemos. Porém, a verdade é que o ser humano está cada vez mais solitário e fechado em seu mundo particular.

 

Um cenário que preocupa, pois, pode agravar diversos problemas de saúde, desencadeamento síndromes, transtornos e outras questões de cunho psicológico e fisiológico.

 

Viver rodeado de pessoas, agitado por inúmeras tarefas, não é sinônimo de que a pessoa não se sente, no fim das contas, solitária. Essa é, inclusive, a principal queixa de muitos: “mesmo me relacionando com muitas pessoas, tenho sempre a sensação de estar só”. Isso ocorre, pois os sentimentos de angústia e depressão tendem a acompanhar e alimentar a sensação de solidão. Quando a solidão se torna crônica, as pessoas tendem a se resignar. Podem ter família, amigos, mas não se sentem verdadeiramente em sintonia com ninguém.

 

E é neste momento que transtornos ou síndromes oportunistas podem avançar, como por exemplo, a demência, que se caracteriza por um declínio cognitivo ou alterações comportamentais que interferem na capacidade funcional e independência do indivíduo. Manifestando sintomas, como: a perda de memória; desorientação; confusão mental; alterações de humor; dificuldades na assimilação de tarefas; mudança de personalidade; regressão da linguagem; perda da autonomia; agressividade e incapacidade de resolução de problemas cotidianos.

 

O motivo é que, quando o cérebro entende o seu entorno social como algo hostil e pouco seguro, permanece constantemente em alerta. E as respostas do cérebro solitário podem funcionar para a sobrevivência imediata. Os familiares e amigos geralmente são os primeiros a detectarem os sintomas de solidão crônica. Quando uma pessoa está triste e irritável, talvez esteja pedindo, em silêncio, que alguém a ajude e se conecte com ela. Por isso, a importância em acolher e integrar esse idoso no ciclo familiar e social, a fim de evitar tanto a solidão quanto a demência por falta de interação.

 

Porém, a solidão é complexa, por ser uma condição mal compreendida e estigmatizada. No entanto, dada sua frequência e suas repercussões na saúde, é preciso mais informação a respeito, acolhimento para identificá-la e abordá-la, com empatia e carinho.  Claro que, todos precisamos de momentos de reflexão interna e afastamentos momentâneos. Mas, o alerta precisa ser acionado se essa prática acontece com frequência, intensamente e em detrimento das relações interpessoais.

 

Enfim, infelizmente, muitos vivem a dor da solidão e precisamos voltar o olhar para essas pessoas que necessitam da reintegração ao meio social e familiar para se sentirem úteis e vivas. Com isso, é possível evitar o surgimento de doenças emocionais ou cognitivas, como a solidão crônica ou a demência. Isolar-se só fará com que o indivíduo esteja mais propenso a desenvolver sintomas e patologias psicológicas que irão contribuir para o prejuízo psíquico de sua saúde mental.   

 

 

Andrea Ladislau - doutora em Psicanalise Contemporânea, Neuropsicóloga. Graduada em Letras - Português/ Inglês, Pós graduada em Psicopedagogia e Inclusão Digital, Administração de Empresas Administração Hospitalar. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro/ Instagram: @dra.andrealadislau



Como a decepção transforma o amor em rejeição: o que ocorre no cérebro?

Um estudo recente no CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito em neurociência explicou como o cérebro humano lida com a transformação do amor em rejeição, especialmente após uma decepção emocional. Para muitos, essa transição pode parecer súbita e intensa, mas a ciência aponta que esse processo envolve mecanismos biológicos profundos, com a participação direta de neurotransmissores como a dopamina, oxitocina e serotonina. O pós-PhD em Neurociências e licenciado em Biologia, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Royal Society of Medicine no Reino Unido, explica como essa reviravolta emocional acontece no cérebro.

“A decepção após uma experiência amorosa impacta diretamente o sistema de recompensa do cérebro, inicialmente movido pela dopamina, o neurotransmissor ligado ao prazer e à motivação”, relata Dr. Fabiano. Em um relacionamento, os níveis de dopamina aumentam, promovendo uma sensação de satisfação e bem-estar associada à presença da pessoa amada. No entanto, quando ocorre uma decepção, essa ativação é interrompida. O núcleo accumbens, uma das áreas principais envolvidas no sistema de recompensa, deixa de ser estimulado da mesma forma, levando a uma redução do prazer e, eventualmente, à aversão.

Outro protagonista nesse processo é a oxitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, que promove o apego e comportamentos sociais positivos. Segundo o Dr. Fabiano, “quando a oxitocina diminui, o cérebro entra em um estado de alerta, especialmente em áreas como a amígdala, responsável pelo processamento de emoções intensas como medo e raiva. Isso leva a uma maior percepção de ameaça, e a pessoa passa a associar a presença ou até a lembrança do outro com desconforto e estresse”.

O que torna esse processo ainda mais complicado é a interação entre a oxitocina e a serotonina, outro neurotransmissor crítico para o equilíbrio emocional. “A queda nos níveis de serotonina durante uma decepção pode comprometer a capacidade do cérebro de regular emoções negativas, prolongando o sofrimento”, afirma o Dr. Fabiano. Assim, a pessoa não apenas se afasta emocionalmente, mas também pode experimentar dificuldades em lidar com a dor emocional que acompanha a rejeição.

De acordo com pesquisas publicadas na Biological Psychiatry e na Journal of Neuroendocrinology, o papel desses neurotransmissores é fundamental para entender por que o amor pode se transformar em rejeição tão rapidamente. “É como se o cérebro, ao sentir-se traído ou decepcionado, adotasse uma postura defensiva, onde o antigo objeto de afeto se torna uma ameaça que precisa ser evitada a todo custo”, pontua o neurocientista.

Esse mecanismo pode explicar comportamentos que, à primeira vista, parecem irracionais, como o desejo de evitar qualquer contato com a pessoa que antes era amada. “O cérebro está programado para evitar a dor, e quando associa a presença de alguém com sofrimento emocional, ele age de forma a proteger o indivíduo desse sentimento. Isso ocorre em níveis tão profundos que, muitas vezes, a pessoa não tem controle consciente sobre o afastamento”, finaliza Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Embora esses mecanismos sejam naturais, eles não são uma sentença definitiva. Segundo especialistas, entender como essas mudanças acontecem no cérebro pode abrir portas para novas formas de lidar com o sofrimento emocional, ajudando as pessoas a atravessarem o processo de rejeição com mais resiliência.

 

Referências:

• STRATHEARN, L. Maternal Neglect: Oxytocin, Dopamine and the Neurobiology of Attachment. Journal of Neuroendocrinology, 2011. https://doi.org/10.1111/j.1365-2826.2011.02228.x

• KIRSCH, P., et al. Oxytocin modulates neural circuitry for social cognition and fear in humans. The Journal of Neuroscience, 2005. https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.3984-05.2005

• LOVE, T., et al. Oxytocin Gene Polymorphisms Influence Human Dopaminergic Function in a Sex-Dependent Manner. Biological Psychiatry, 2012. https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2012.01.033


Combate ao Bullying na Escola: Construindo um ambiente saudável para todos

O bullying, infelizmente, não é um fenômeno recente. Ao longo da história, sempre foi uma prática comum em ambientes escolares, muitas vezes invisibilizada e normalizada. Porém, com o avanço das discussões sobre saúde mental e o impacto psicológico das agressões físicas e verbais, o combate ao bullying tornou-se prioridade nas instituições de ensino.

 

O bullying é um problema crescente nas escolas de todo o mundo e seus impactos podem ser devastadores para a saúde mental e o desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes. Ações para combater essa prática são urgentes e necessárias para garantir um ambiente seguro e inclusivo. Com o objetivo de promover a conscientização e prevenção, escolas têm investido em projetos e programas que incentivam o respeito, a empatia e a diversidade entre os alunos.

Em memória ao Dia Mundial do Combate ao Bullying, celebrado em 20 de outubro, a Legacy School reforça seus esforços na criação de um ambiente de paz e bem-estar emocional entre seus alunos. Sob o tema "Jesus, o Príncipe da Paz", a escola destaca a importância da fé em Jesus Cristo como uma fonte de tranquilidade e esperança diante dos desafios modernos, como a ansiedade e o bullying. "Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, é comum que os jovens sintam ansiedade, medo e frustração. No entanto, a Bíblia nos revela em Jesus Cristo a verdadeira fonte de paz", afirma Phillip Murdoch, fundador e diretor da Legacy School.

Através de grupos especializados, como o Projeto Help, debates com psicólogos e professores, além de atividades lúdicas, louvor e reflexões bíblicas, os alunos são convidados a descobrir como a presença de Jesus pode trazer tranquilidade e conforto aos seus corações. Durante todo o mês, as Chapels e as aulas de Bíblia são espaços de acolhimento e aprendizado sobre ansiedade, frustração, bullying e depressão, e como encontrar em Deus a força para enfrentar os desafios da vida. “Acreditamos que o legado cristão da nossa escola está profundamente entrelaçado em tudo o que fazemos. Os valores cristãos, como o amor ao próximo, a empatia e o perdão, são fundamentais para formar cidadãos que saibam conviver com as diferenças. Esses princípios não apenas guiam o comportamento dos nossos alunos, mas também permeiam todo o nosso planejamento pedagógico e os programas de mediação de conflitos, criando um ambiente acolhedor e respeitoso para todos”, reforça Phillip.

Além dessas iniciativas, Phillip Murdoch é também autor do livro “Bullying, não!”, lançado há um ano, e que vem sendo trabalhado de forma contínua na escola, especialmente na educação infantil. A obra é uma ferramenta lúdica e educativa que aborda o bullying de maneira acessível às crianças. A história acompanha Henry, um menino da cidade encantada das Luzes, que enfrenta o desafio de lidar com um colega que o faz sentir-se triste por causa do bullying. Com uma narrativa envolvente, o livro ensina os pequenos a identificarem e enfrentarem o bullying, utilizando valores cristãos como empatia, perdão e amor ao próximo. Dessa forma, o conteúdo estimula reflexões importantes desde cedo, promovendo um ambiente mais acolhedor e respeitoso entre os alunos.

De acordo com a psicóloga da escola Camila da Silva, as consequências do bullying vão muito além do ambiente escolar. "O bullying afeta profundamente a autoestima das vítimas, podendo causar ansiedade, depressão, isolamento social e, em casos mais graves, levar a pensamentos suicidas. É essencial que as escolas adotem políticas preventivas, promovendo discussões sobre o tema e oferecendo suporte psicológico às vítimas e também aos agressores, que muitas vezes também enfrentam questões emocionais não resolvidas", afirma a psicóloga.

Camila destaca ainda a importância de identificar os sinais de que uma criança está sofrendo bullying. "Alterações no comportamento, como queda no desempenho escolar, isolamento, irritabilidade e tristeza constante, podem ser sinais de que algo está errado. Os pais e professores devem estar atentos a essas mudanças e buscar ajuda imediatamente", completa.

A diretora pedagógica Raquel Mazzaro, da unidade de Ilha Pura, no Rio de Janeiro, reforça que o combate ao bullying deve ser uma responsabilidade compartilhada entre a família e a escola. "Nós, como educadores, temos o dever de criar um ambiente acolhedor, onde cada aluno se sinta respeitado e valorizado. Na Legacy School, trabalhamos com a conscientização desde cedo, promovendo atividades que incentivam o respeito às diferenças e o diálogo entre os estudantes. Também oferecemos treinamentos para professores identificarem casos de bullying e agirem de forma preventiva", explica Raquel.

Ela destaca que a escola não pode ser apenas um lugar de aprendizado acadêmico, mas também um espaço de formação cidadã. "Incentivar o diálogo, a empatia e a resolução pacífica de conflitos é fundamental para evitar o surgimento de comportamentos agressivos. As crianças precisam entender que as palavras e ações têm consequências, e que o respeito é a base de qualquer convivência saudável", conclui.

Na Legacy School, o enfrentamento desse problema é fundamentado em três pilares essenciais: conscientização, mediação de conflitos e suporte psicológico. Essas ações visam não apenas resolver casos pontuais, mas também prevenir que comportamentos agressivos se perpetuem.

Raquel destaca algumas abordagens chave para esse momento:


  • Conscientização: "Desde o início da jornada escolar, promovemos campanhas de conscientização sobre o bullying, ensinando os alunos a reconhecer comportamentos prejudiciais e a praticar o respeito às diferenças. Isso é feito por meio de palestras, workshops e atividades lúdicas que envolvem tanto os alunos quanto os pais, criando um entendimento coletivo da importância de uma convivência saudável", explica Mazzaro. 
  • Mediação de Conflitos: "Implementamos um programa de mediação de conflitos, onde os próprios alunos são treinados para identificar e resolver pequenas desavenças, sempre com a supervisão de um adulto. Isso promove uma cultura de respeito e empatia. Além disso, nossos professores recebem treinamentos periódicos para intervir rapidamente em situações de conflito e evitar que elas se agravem para casos de bullying", afirma. A ideia é empoderar os alunos e educadores para agirem como facilitadores de diálogo, reforçando a importância da comunicação não violenta. 
  • Suporte Psicológico: "O suporte psicológico é crucial para lidar com as vítimas e os agressores. Oferecemos atendimento contínuo com psicólogos especializados, que ajudam a restaurar o bem-estar emocional dos envolvidos. Não se trata apenas de punir o comportamento agressivo, mas de compreender suas causas e oferecer ajuda para que tanto as vítimas quanto os autores do bullying possam superar suas questões", finaliza Raquel.

 

Legacy School


Professor que se importa: 5 maneiras de promover a saúde mental dos alunos em sala de aula

 Neuropsicóloga cita passos importantes que os educadores podem dar diante destas situações 

 

Qual é a missão de um professor atualmente? Atividades e conteúdos envolvendo questões comportamentais e emocionais também podem ser incluídos no plano de ensino em sala de aula. Além disso, é importante que o professor observe os aspectos da saúde mental nos alunos, tanto quanto, as pessoas do círculo familiar. Mas, ao testemunhar este quadro, como o educador deve agir? 

“É importante que o professor fique atento ao desempenho acadêmico do aluno e, também, às mudanças de comportamento para identificar sinais de inadaptação. Estes indícios podem apontar dificuldades emocionais que merecem maior atenção dos educadores na inserção destes estudantes no espaço escolar e possíveis encaminhamentos para profissionais da saúde mental”, alerta a neuropsicóloga e professora do Centro Universitário IBMR, Cláudia Capitão.

 

A professora do IBMR, que integra o Ecossistema Ânima de ensino no Rio de Janeiro, enumera cinco passos básicos para encaminhar o caso à direção da escola e à família, de maneira profissional e respeitosa e reforça: “o professor deve apresentar a situação para a coordenação para que sejam acionadas as medidas dos setores de orientação educacional e psicopedagógica”.

 

As sugestões para iniciar este processo são: 

1 - Não aja sozinho. Busque auxílio dos setores competentes da escola que possam lhe dar suporte.

2 - Ofereça acolhimento e evite medidas punitivas, pois o aluno pode estar em sofrimento psíquico.

3 - Evite julgamentos ou resoluções, sem estar ciente sobre o que está acontecendo com o estudante. Por isso, é importante estar alinhado com os profissionais da área psicopedagógica.

4 - Fique atento às reações e atitudes dos demais colegas de classe.

5 - Disponibilize-se para participar de reuniões com os responsáveis, junto a equipe de apoio escolar, pois as medidas mais adequadas exigem uma ação em conjunto. Por mais que tenha a melhor intenção, não tente resolver ou auxiliar o estudante sem respaldo institucional.

 

Intervindo na “zueira”

O comportamento dos colegas da turma também pede atenção e ação do professor neste processo de acolhimento da pessoa com sofrimento psíquico. Bullying e outras investidas negativas dos demais NÃO podem ser ignorados.  

“O professor deve intervir imediatamente para que sejam cessados os comentários inadequados. Como mediador da turma, o professor pode trazer temas sobre saúde mental, bullying, entre outros, que possam ser discutidos em rodas de conversa, mas sempre se atentando para faixa etária dos alunos e as condições de compreensão dos mesmos”, sugere Cláudia Capitão.  

Independentemente da presença ou não de problemas em sala de aula, o professor deve estar atento ao desenvolvimento de habilidades afetivas e sociais da turma. Textos, vídeos e discussões sobre estes temas podem ser adotados em atividades acadêmicas. “A escola exerce uma contribuição muito importante para o desenvolvimento das relações afetivas e interação social. Não se trata apenas de conteúdo acadêmico, mas sim do desenvolvimento integral do aluno, e neste sentido, o professor é fundamental”, frisa a professora do IBMR.

 

Família: outro passo

Identificada a situação é hora de levar a questão aos pais ou responsáveis. E aqui, as reações destes podem ser as mais variadas: desde a gratidão pelo amparo ao adolescente ou jovem, até a negação do quadro pelo qual ele passa. Antes de tudo, o importante é esclarecer que a indiferença da família não vai resolver a questão e pode até aumentar o sofrimento dele. 

“Ofereça esclarecimentos e orientações aos familiares. Converse bastante, dê exemplos de outros casos que foram tratados e que tiveram bons resultados e enfatize que está percebendo a necessidade de um acompanhamento profissional. Outra possibilidade seria oferecer palestras às famílias com profissionais especializados, sobre os temas que têm demandado atenção à saúde mental de crianças e adolescentes”, sugere.

 

Mais informação, mais auxílio

Formada em Magistério, no Ensino Médio, no Instituto de Educação de Niterói, antes de ingressar na Neuropsicologia e na licenciatura, Cláudia Capitão enfatiza a importância do professor para acolhimento de alunos e dos colegas, em diversos aspectos de urgência na saúde, especialmente, no que se refere aos aspectos emocionais.  

“Atualmente os educadores têm contado com maiores estudos e recursos para se conscientizar e se instrumentalizar sobre a importância dos aspectos emocionais no contexto escolar, tanto no que diz respeito ao corpo discente quanto ao corpo docente”, observa.  

A neuropsicóloga acredita que este novo cenário tem impactado positivamente na promoção de conhecimento e na implantação de dispositivos nas escolas para “identificação e encaminhamentos e adequados às conduções dos casos que se apresentam no espaço escolar”.  

Assim, finaliza, “as iniciativas e os manejos se tornam mais eficazes quando há maior interesse e atenção sobre os aspectos psíquicos envolvidos no desenvolvimento das crianças e adolescentes inseridos nas instituições de ensino”.


Relatório Genético de Inteligência: Validação Científica como Ferramenta de Estimativa de QI

Recentemente, um estudo inovador publicado no periódico Cadernos de Pesquisa, intitulado "Estudo de caso: estimativa do percentual genetico da inteligência em indivíduo com alto QI atraves de testes psicometricos e análise genômica", trouxe à tona importantes evidências sobre a viabilidade de se estimar a pontuação do QI com base em dados genéticos. Esse estudo, que analisou o Genetic Intelligence Project (GIP), marca um avanço significativo na ciência da inteligência ao demonstrar como o sequenciamento genômico pode ser utilizado para prever capacidades cognitivas com precisão.

Genetic Intelligence Project (GIP) é o primeiro relatório a oferecer uma estimativa do QI por meio de dados genéticos, obtidos via sequenciamento completo do genoma ou imputação. O projeto, que envolveu mais de 150 participantes, incluiu 100 indivíduos superdotados, todos avaliados por testes de QI supervisionados, como o WAIS (Wechsler Adult Intelligence Scale) e o WISC (Wechsler Intelligence Scale for Children). O estudo de caso principal focou em um indivíduo submetido a exames de neuroimagem, testes genéticos e diversos testes de QI realizados no Brasil e em outros países, validando os resultados obtidos no GIP com precisão.


Metodologia do Estudo

O relatório do GIP não se limita apenas à mensuração do QI genético; ele analisa predisposições genéticas associadas à inteligência específica, transtornos mentais, personalidade e comportamentos. Esses resultados são obtidos a partir de estudos detalhados de genes e SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms) relacionados à neurogênese, neurodegeneração e outros fatores relevantes.

O projeto utilizou tecnologias de ponta, como o sequenciamento genético completo pelo Nebula Genomics da Universidade de Harvard, além da imputação de dados brutos fornecidos por empresas de genômica como a TellmeGen(Espanha). O catálogo GWAS (Genome-Wide Association Studies) também foi utilizado para identificar polimorfismos genéticos associados a traços morfológicos, transtornos mentais, e fatores relacionados à longevidade e neurociência.

Os resultados do estudo foram amplamente fidedignos, validando o uso do GIP como uma ferramenta de apoio na mensuração de capacidades cognitivas e na análise de fatores genéticos relacionados à inteligência.

O relatório também tem como objetivo validar os testes de QI, considerando que, em alguns casos, esses testes podem ser influenciados tanto pela interpretação do profissional que os aplica quanto pelo comportamento do indivíduo avaliado. A utilização de dados genéticos visa reduzir essas interferências, proporcionando uma estimativa mais objetiva e precisa das capacidades cognitivas.


Contribuições para a Comunidade Científica

Genetic Intelligence Project já ajudou inúmeras pessoas a compreenderem melhor suas predisposições cognitivas e características comportamentais, fornecendo insights detalhados sobre as condições genéticas que podem impactar o desempenho intelectual e a saúde mental.

O estudo contou com a colaboração de uma equipe multidisciplinar composta por pesquisadores e médicos renomados. Entre eles, destacam-se o psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a estudante de direito Luiza Zappalá e a médica Dra. Elodia Ávila, todos superdotados que participaram como estudo de caso. O estudo também teve a valiosa contribuição do médico sérvio Dr. Velibor Kostic, do médico brasileiro Dr. Rodrigo Neves, e do biólogo canadense Dr. Henry Oh, chefe do Hospital de Idaho, EUA, e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido.


Conclusão

A pesquisa demonstrou que a inteligência pode ser mensurada de maneira inovadora e precisa a partir de dados genéticos, oferecendo uma nova perspectiva para os estudos sobre capacidades cognitivas. O GIP não só valida cientificamente os testes de QI tradicionais, mas também revela predisposições importantes relacionadas à personalidade e saúde mental, o que pode ser fundamental para abordagens clínicas e educacionais.

O avanço representado por este estudo abre novas oportunidades para o uso de dados genômicos em contextos científicos e práticos, beneficiando tanto indivíduos superdotados quanto a sociedade em geral, através da compreensão mais profunda dos fatores genéticos que influenciam a inteligência. 

 

Referência: ABREU, Fabiano de et al. Relatório genético de inteligência é comprovado cientificamente e pode ser um validador de testes de QI. Cadernos de Pesquisa. Disponível em: https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/cadped/article/view/8971. Acesso em: 11 out. 2024.



Respeito e limites: a base para uma educação positiva e consciente

Encontrar o equilíbrio entre carinho e regras é fundamental para criar filhos de forma positiva, garantindo que aprendam a respeitar e a assumir responsabilidades

 

Educar uma criança é uma tarefa desafiadora que exige amor, atenção e a educação dos próprios pais. Como declarou o ator Alexandre Nero, em 2020, durante uma entrevista para um portal de notícias, “Educar é um dos maiores desafios que a paternidade traz: a gente precisa entender o que a criança está querendo dizer e buscar estabelecer uma comunicação com ela. É nos educarmos para educar”.

Dentre as muitas abordagens que hoje os pais podem estudar e aplicar, existe a educação positiva que, atualmente, tem sido motivo de discussões na mídia e nas redes sociais.

Para a educadora parental Andreia Rossi, a educação positiva continua sendo uma ferramenta valiosa para a criação de crianças e adolescentes, desde que os princípios de respeito e responsabilidade sejam seguidos de forma equilibrada. "A educação positiva é muito mais do que evitar agressões físicas e verbais," afirma Andreia Rossi. "Ela envolve ensinar nossos filhos com base no respeito mútuo, mas isso não significa abrir mão de limites e responsabilidades. O papel dos pais é essencial para garantir que as crianças cresçam com orientação e estrutura."

Andreia destaca que um dos erros comuns é interpretar a educação positiva como permissividade, o que pode levar à falta de orientação e limites. "Os pais que se dedicam a esse modelo devem entender que estabelecer limites claros é uma forma de respeito. Educar positivamente não significa ausência de regras, mas sim ensinar com empatia e firmeza”, explica.

Para a especialista, a chave para o sucesso na educação positiva está no equilíbrio. "Os pais precisam estar atentos à importância de combinar afeto e orientação. Isso envolve tanto escutar os filhos e respeitar suas emoções, quanto guiá-los com clareza e segurança para que se tornem adultos responsáveis e conscientes", comenta Andreia.

Ela reforça que a prática da educação positiva exige tempo, paciência e consistência. "Não é um caminho fácil, mas é eficaz quando aplicada corretamente. A base é o respeito, que começa no exemplo que os pais dão em seu próprio comportamento. Quando há firmeza e carinho, os filhos crescem seguros e preparados para enfrentar os desafios da vida", finaliza a educadora.

Andreia também ressalta que os frutos da educação positiva não são imediatos. "Muitas vezes, os resultados não são colhidos agora na relação com nossos filhos, pois eles ainda precisam de muita orientação e educação emocional. A educação positiva passa por esse processo, e os frutos verdadeiros serão colhidos no futuro, quando eles se tornarem adultos responsáveis, humanizados e empáticos, perpetuando esses valores por gerações." Ela faz uma analogia ao antigo ditado: "Quem planta a tâmara não come a tâmara". "É preciso paciência e acreditar no processo. Os adultos, mais do que as crianças, buscam soluções imediatas, e é aí que surgem muitas distorções", conclui.



Andreia Rossi - psicopedagoga e orientadora parental, especializada em Transtorno Opositivo Desafiador e em relações entre pais e filhos. Sua especialização se deu pelo fato de sua filha adolescente, receber o laudo de TOD aos 8 anos. Hoje, ela é fonte de informação nas redes sociais, além de ministrar cursos e palestras. Pode contribuir para pautas sobre transtornos do neurodesenvolvimento e temas familiares. Instagram: @tod_tecontotudo

 

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