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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Lei Maria da Penha: dezoito anos de muita luta


Os crimes contra a mulher praticados no cenário de violência doméstica somente foram classificados na legislação nacional, após o caso denominado Maria da Penha Maia Fernandes, que tramitou na esfera internacional contra o Estado Brasileiro, perante o Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

Pode-se observar que a Lei Maria da Penha foi elaborada sob a pressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e não como uma decisão interna do governo brasileiro.

Entretanto, em que pese a gênese da referida legislação, ela tem se mostrado eficiente para evidenciar a desigualdade de gênero e as múltiplas violências que durante décadas ocorreram e que ainda ocorrem.

Nessas quase duas décadas da vigência da Lei Maria da Penha, houve um aperfeiçoamento da legislação brasileira, com várias modificações legislativas e várias decisões importantes dos Tribunais Superiores, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Todavia, a desigualdade e a discriminação continuam sendo a tônica da sociedade brasileira, em face dos altos índices de feminicídio e outras violências contra a mulher.

As mudanças legislativas evidenciam uma preocupação com a proteção da mulher, podendo-se mencionar:

1) os crimes de lesão corporal simples dolosa ou culposa: ação penal pública incondicionada (Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.424/DF), e a Súmula 542 do STJ;

2) o crime de feminicídio: a tipificação se deu por intermédio da Lei n° 13.104, de 9 de março de 2015, na forma qualificada do homicídio, desde que contra a mulher por razões da condição de sexo feminino ou discriminação;

3) o aumento de pena no feminicídio:  a tipificação da circunstância denominada causa especial de aumento de pena por intermédio da Lei n° 13.104, de 9 de março de 2015;

4) a nova definição de violência psicológica, art. 7º da Lei n° 11340/2006, em razão a Lei n° 13.772/2018;

5) a obrigação de ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços. (art. 9º. § 4ºm da Lei n° 11340/2006)

6) a alteração da ação nos crimes sexuais para pública incondicionada para todos os crimes sexuais, previstos no Título VI; inserção do capítulo denominado “Da Exposição da Intimidade Sexual”, incluindo o crime de Importunação sexual, que deixou de ser contravenção penal; divulgação de cena de estupro, estupro de vulnerável, de sexo, nudez ou pornográfica, e criou as figuras delitivas de estupro coletivo e corretivo, por meio da Lei n° 13.718, de 24 de setembro de 2018.

7) a tipificação do crime de violência psicológica contra a mulher. Incluído pela lei n°14.188/2021, no art. 147-B. 

8) a classificação do crime de stalking- a perseguição, incluída pela Lei n° 14.132/2021, aumentando a pena em metade se for contra mulher por razões da condição de sexo feminino;

9) a introdução na legislação penal e processual penal da proibição de prática de atos atentatórios à dignidade da vítima e de testemunhas e o estabelecimento de causa de aumento de pena no crime de coação no curso do processo, por meio da Lei n° 14.245, de 22 de novembro de 2021, denominada Lei Mariana Ferrer.

10) a inclusão de intimidação sistemática (bullying), em 12 de fevereiro de 2024: (ridicularizar a mulher pelo seu cabelo, seu corpo, sua origem, alguma deficiência física ou mental, ela sua religiosidade) e ainda a intimidação sistemática virtual (cyberbullying)

11) a inaplicabilidade da suspensão do processo e transação penal nas infrações penais com violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme dispõe o art. 41. O STJ entendeu que os referidos institutos (suspensão condicional do processo e a transação penal) não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha, na edição da Súmula 536.

12) a inaplicabilidade do princípio da insignificância nas infrações penais de violência doméstica e familiar contra a mulher conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e da Súmula 589 do STJ, bem como no art. 41 da lei  n° 11340/2006 (Lei Maria da Penha).

13) a inaplicabilidade do uso da tese da legítima defesa da honra em crimes de feminicídio ou de agressão contra mulheres. Decisão do STF, por unanimidade, na Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 779, em 1° de agosto de 2023.

14) a prisão preventiva nos casos em que o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, que está prevista desde a Lei n° 12.403 de 2011. 

 

Eneida Orbage de Britto Taquary - professora do curso de Direito da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB) e membro do Observatório das Múltiplas Violências Praticadas contra a Mulher da OAB/DF



Cinco atitudes que pais e mães deveriam colocar em prática após o divorcio

Advogada Andressa Gnann cita comportamentos que ajudam a preservar os filhos após o fim de um relacionamento 

 

Um divórcio não costuma ser fácil, por mais que o casal consiga manter a cordialidade e o respeito um pelo outro. E quando há crianças no meio da relação, muitas vezes os ânimos costumam ficar ainda mais exaltados e são os pequenos que sofrem as consequências. Como evitar que isso aconteça?

Segundo a advogada e empresária Andressa Gnann, sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados, considerado como Referência Nacional e Melhores do Ano em Advocacia e Justiça, é importante que pais e mães consigam colocar algumas atitudes em prática com o objetivo de preservar os filhos. “Algo super importante e que serve para ambos é saber separar a relação entre ex-casal e entre pai e mãe, afinal, o casal pode não existir mais, porém, eles serão para sempre pais e mães dos filhos, não dá para cortar esse vínculo e essa história”, afirma. 

Confira cinco atitudes que devem ser colocadas em prática após um divórcio para que a paternidade e a maternidade continuem sendo exercidas da melhor forma independentemente do ocorrido:

  1. Preservar o respeito mútuo entre ex-cônjuges - Ainda que a relação amorosa não tenha dado certo, quem é pai e mãe precisa entender que exercerá esse papel para o resto da vida, por isso manter o respeito ao ex-parceiro é fundamental. “O ex-parceiro ou ex-parceira pode ter sido péssimo como marido ou mulher, todavia, continua sendo pai ou mãe de seus filhos. Então, o respeito mútuo entre ambos deve prevalecer, pois nenhuma criança gosta de ver seu pai ou sua mãe sendo desrespeitado”, ressalta Andressa Gnann. 
  2. Não falar sobre o pai ou a mãe na frente da criança - Muitos  ex-casais costumam não medir as palavras para falar mal do pai ou mãe dos seus filhos, algo que não pode acontecer. “Costumo dizer aos clientes que nenhuma criança quer ter maus pais, por isso vale evitar a todo custo criticar o ex companheiro ou companheira na frente delas e manter uma relação cordial e respeitosa pelo bem das crianças. E muitos acham que a criança não está prestando atenção, mas elas ouvem tudo. Então, deixe para falar do ex companheiro ou companheira na terapia ou com seu advogado e em todas as situações longe dos filhos.”, afirma a advogada. 
  3. Entender que a criança tem direito à pensão alimentícia e saber que pensão alimentícia não é somente para alimentos - Com um divórcio, é natural que uma das partes assuma a guarda e passe a ter que lidar com a questão das despesas. Quem tem a guarda deve entender que a outra parte precisa ajudar financeiramente, pois é um direito da criança. E quem não possui a guarda também precisa entender que é dever arcar com a pensão alimentícia judicialmente. “Muitas mulheres especialmente deixam de pedir pensão alimentícia porque acham que é uma humilhação, mas precisam lembrar que a pensão alimentícia é um Direito da criança e quem detém a guarda tem o dever de exigir a pensão alimentícia judicialmente, assim como o outro genitor tem o dever de contribuir financeiramente”, diz Andressa Gnann. Ela sugere que seja feito um levantamento das despesas dos pequenos para que a pensão alimentícia seja mais justa e equilibrada, devendo sempre focar em manter o padrão de vida da criança, mesmo após a separação do casal. 
  4. Estimular a convivência - Com exceção de casos que coloquem em risco a segurança das crianças, é importante que a convivência delas com o pai ou mãe seja mantida, estabelecida e, acima de tudo, estimulada. “Ser pai ou mãe a cada 15 dias não é o ideal, por isso é importante estimular a convivência com o outro genitor, seja um dia a mais por semana ou alguma atividade específica. Além disso, outras formas de contato podem ser estabelecidas e, dependendo da idade da criança, mensagens via whatsapp ajudam a preservar o contato”, orienta a especialista, que reforça a necessidade da presença de ambos os pais na fase de desenvolvimento, pois a ausência acabará afetando a criança na fase adulta.
  5. Não usar a criança como “pombo correio”- Segundo Andressa Gnann, muitos ex-casais costumam usar os filhos como uma ferramenta para saber do ex-parceiro ou parceira ou, ainda, para enviar recados. “Isso é muito desagrádavel e faz muito mal às crianças, por isso quem quer preservar os filhos após uma separação deve deixá-los longe desse tipo de coisa. Eles não têm que ficar no meio de qualquer investigação que os ex-parceiros queiram fazer e muito menos enviar recados, inclusive, quando diz respeito à pensão alimentícia”, finaliza a advogada. 


Andressa Gnann - advogada, palestrante, empresária, empreendedora serial, mentora, professora, Coach, Practitioner em PNL, consultora de negócios e responsável pelo projeto PAPO DE LEOA que tem o compromisso em instruir, inspirar e empoderar mulheres, promovendo uma vida plena, equilibrada, próspera e feliz. Além de sócia e investidora em microempresas, também é sócia fundadora do escritório Gnann e Souza Advogados, classificado como referência nacional, reconhecido como Melhores do Ano em Advocacia e Justiça e com prêmio Quality Justiça. Andressa Gnann é uma figura multifacetada com habilidades e competências em várias áreas distintas, equilibrando com maestria os seus diversos papéis e liderando iniciativas voltadas para o público feminino. Para mais informações, acesse o instagram e pra conhecer o projeto Papo de Leoa acesse: instagram.



Gnann & Souza Advogados
Para mais informações, acesse o instagram.


5 passos para aprender a delegar e fazer com que a empresa funcione na sua ausência


Delegar tarefas de gerenciamento traz diversos benefícios estratégicos para uma empresa: aumento de eficiência; desenvolvimento de habilidades; melhora do moral e engajamento; diversificação de ideias e soluções; e continuidade operacional. Ainda, a delegação permite que os gestores pensem estrategicamente no negócio, com uma visão de longo prazo, enquanto a equipe se concentra nas tarefas operacionais diárias, resultando em maior eficiência.

 

Essa prática também proporciona oportunidades de crescimento e desenvolvimento para os membros da equipe, que aprimoram novas habilidades para gerenciar as tarefas delegadas, mas não apenas isso: a delegação ajuda a criar uma estrutura organizacional resiliente, garantindo que a empresa continue operando eficientemente, mesmo na ausência de uma pessoa-chave. Além disso, também evita a dependência excessiva de um único indivíduo e assegura a continuidade dos negócios.

 

Com tarefas bem estipuladas e uma equipe mais engajada, é possível aumentar o bem-estar no ambiente de trabalho, uma das maiores preocupações de gestores desde o advento da pandemia de Covid-19. Segundo a Pesquisa Global de Bem-Estar 2022-2023, da Aon plc, 89% das empresas brasileiras que participaram do levantamento disseram priorizar estratégias de bem-estar dos colaboradores - um número que supera a média não só da América Latina, mas também a global (ambas em 83%).  

 

Aprendendo antes da prática

 

No meu negócio, por exemplo, frequentemente passo quase 20 dias viajando. Mesmo assim, todos sabem exatamente o que fazer e como proceder caso algo dê errado, graças a uma comunicação transparente e bem alinhada. Não há espaço para mal-entendidos; a transparência é total, e todos os problemas ou acertos são abordados diretamente e sem rodeios. 

 

Isso só é possível devido ao processo de treinamento, identificação de perfis, capacitação e alocação das pessoas certas nos lugares certos. Treinamos líderes, identificamos se as pessoas têm perfil de liderança e as capacitamos adequadamente. Nem sempre um bom vendedor será um bom gestor, e é crucial reconhecer e respeitar essas diferenças ao delegar responsabilidades.

 

Um dos maiores desafios que os gestores enfrentam ao delegar é a falta de confiança no time. Para superar essa dificuldade, é essencial investir constantemente em treinamento e capacitação, desenvolvendo as habilidades dos membros da equipe - e para isso compartilho as dicas a seguir.

 

1. Estabeleça uma cultura de delegação estratégica: delegar tarefas de gerenciamento não apenas libera tempo para visões estratégicas, mas também promove o desenvolvimento da equipe e diversificação de ideias. Iniciar com delegações menores e aumentar gradualmente a responsabilidade constrói confiança mútua entre gestores e equipe. 

 

2. Defina critérios claros: decida quais tarefas delegar com base na capacidade de ensinar a tarefa e manter a confiança no resultado, e garanta que os responsáveis possuam as habilidades necessárias para execução eficaz. Tarefas operacionais são ideais para delegação, enquanto aquelas estratégicas ou que exigem expertise específica devem ser mantidas.

 

3. Comunique expectativas e forneça suporte adequado: mantenha uma comunicação clara sobre expectativas, prazos e critérios de execução. Ofereça suporte contínuo e feedback regular para resolver problemas e ajustar o curso conforme necessário. Lembre-se de que, mesmo delegando a tarefa, a responsabilidade final pelo resultado continua com o gestor.

 

4. Desenvolva colaboradores para delegação: prepare colaboradores com conhecimento técnico, habilidades de liderança e resolução de problemas, além de um alinhamento comportamental com os valores da empresa. Comunique claramente suas responsabilidades e avalie seu desempenho regularmente.

 

5. Monitore e ajuste regularmente: estabeleça processos documentados, treinamentos cruzados e planos de contingência para emergências. Realize reuniões de acompanhamento com feedback específico para manter o progresso alinhado com as expectativas e incentive uma cultura de autonomia e responsabilidade, reconhecendo e recompensando esforços individuais.

 

Em suma, o critério para identificar as tarefas que devem ser delegadas é simples: repassar apenas aquilo que outras pessoas podem fazer; isto é, se você consegue ensiná-las uma tarefa e confia que elas podem executá-la com competência. No entanto, se for algo muito estratégico e crucial para a empresa ou envolva informações sensíveis, mesmo que os colaboradores tenham habilidade para lidar com a função, não arrisque - afinal, o resultado, positivo ou negativo, continua sendo do líder.

 

Natal Pinto - fundador e CEO da InMerc Escola de Negócios, CEO da VDPrev Advocacia e profissional com 20 anos de experiência em liderança

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

Sexta-feira começa com tráfego lento nas principais rodovias concedidas

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (16). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - A Rodovia Anchieta (SP-150) apresenta lentidão no sentido capital do km 20 ao km 17,  tráfego lento do km 12 ao km 10 e está interditada do km 56 ao 40 para operação especial de trânsito. O sentido litoral registra tráfego normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), sentido capital, o tráfego é lento do km 16 ao km 14, no sentido litoral o tráfego é normal.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) registra lentidão no sentido capital do km 12 ao 11+360. Para quem segue sentido interior, tráfego normal. Já na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), o tráfego é congestionado no sentido capital do km 15 ao km 13+360, no sentido interior o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) tráfego normal no sentido capital e lentidão no sentido interior do km 74 ao km 76. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, há lentidão do km 27 ao km 24, do km 16 ao km 13+700 e do km 17 ao km 14, no sentido interior a lentidão segue do km 29 ao km 31 e do km 18 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão no sentido capital do km 20 ao km 18. No sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Solteiras e Felizes: o que leva mulheres a optarem pela liberdade

72% das mulheres solteiras afirmam ter maior autonomia para focar em objetivos pessoais e profissionais  

 

Historicamente, casar-se e constituir família seriam os objetivos principais das mulheres, muitas vezes, incentivadas por pressões familiares e sociais. Conforme uma pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford, 68% das pessoas ainda associam o estado civil de uma mulher à sua realização pessoal. 

Para Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana); esse conceito, perpetuado por gerações, ainda influencia o modo como as pessoas enxergam as mulheres que optam por uma vida solteira. 

Nos últimos anos, entretanto, as mulheres vêm desafiando as normas e redefinindo o que significa ser feliz, priorizando outros aspectos de suas vidas, como educação, carreira e bem-estar emocional. 

Em referência ao Dia dos Solteiros (15/08) e com base em estudos, especialistas apontam as motivações que vêm libertando as mulheres de imposições que não cabem mais a elas.

 

Mudanças nas convenções familiares: embora ainda haja pressão para seguir os padrões sociais, uma pesquisa realizada pelo aplicativo de encontros Bumble mostrou que uma em cada três mulheres (37%) não tem interesse em cumprir esses marcos convencionais; e que 69% delas buscam uma relação duradoura, enquanto apenas 10% almejam o casamento. 

“À medida que as mulheres optam por construir seu próprio caminho, há um declínio dessa visão que não só limita as suas qualificações, como também influencia a forma como muitas mulheres enxergam suas próprias vidas e escolhas”, reforça Claudia Petry, também especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC).

 

Independência financeira: um estudo conduzido pela Avon, em parceria com o Instituto Locomotiva, mostrou que 62% das mulheres solteiras afirmam que a decisão de não estar em um relacionamento sério está diretamente ligada ao desejo de manter sua independência. Além disso, 54% mencionaram a busca por estabilidade financeira e emocional como razões para permanecerem solteiras. 

“O empoderamento feminino tem levado muitas mulheres a questionar e desafiar os papéis tradicionais de gênero, que associavam o sucesso feminino ao casamento e à maternidade”, confirma Monica Machado, psicóloga e fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

 

Foco na carreira: ainda segundo a pesquisa da Avon, 72% das mulheres solteiras declararam estar satisfeitas com sua condição, afirmando que o status lhes permite maior liberdade para focar em objetivos pessoais e profissionais. 

“O desafio de conciliar vida pessoal e carreira leva algumas a priorizarem o crescimento profissional antes de se comprometer com um relacionamento sério ou a formação de uma família. Esse movimento é reforçado pelo maior controle sobre a saúde reprodutiva, permitindo que as mulheres planejem melhor suas vidas e decidam quando, e se, querem casar ou ter filhos”, diz Claudia Petry.

 

Autocuidado físico e mental: na pesquisa do Bumble, a valorização do autocuidado e da saúde mental fez com que as mulheres adotassem o “slow dating”, priorizando qualidade em detrimento da quantidade nos encontros. Segundo a pesquisa, quase um terço (30%) das mulheres está ativamente buscando indivíduos que apreciem tanto o tempo quanto o autocuidado. 

“Isso inclui fugir de relações tóxicas ou abusivas. Não à toa, 48% das mulheres preferem estar sozinhas a se submeterem a relacionamentos opressores, segundo estudo da Fundação Perseu Abramo”, conta a psicóloga Monica Machado.

 A pesquisa do Bumble reforça: 34% das mulheres afirmam que só pretendem namorar alguém que não tentem mudá-las; e 77% consideram essencial que seus parceiros compreendam tanto a intimidade emocional quanto a física. 

“O cenário atual reflete uma mudança cultural significativa, onde as mulheres passaram a reivindicar maior autonomia sobre suas vidas, mostrando que ser solteira não é uma condição de fracasso a ser superada, mas uma escolha deliberada com o propósito de buscar novas narrativas.


Casa da Esclerose Múltipla levará experiências imersivas para cinco cidades brasileiras

  • Projeto expande e leva conscientização e vivências sobre a doença também para Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte com casa “pocket”;
  • Casa principal, em São Paulo, é acompanhada por trailer nos cinemas.

 

Em uma nova edição, a Casa da Esclerose Múltipla da Merck, líder em ciência e tecnologia, foi repaginada para oferecer novas experiências interativas e disseminar informações de qualidade sobre a doença durante o Agosto Laranja, mês dedicado à conscientização. O Shopping Eldorado, em São Paulo, contará com a casa principal durante os dias 16, 17 e 18 de agosto; enquanto as cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR) receberão a versão itinerante no estilo “pocket”. 

A iniciativa tem estrutura que imita uma casa padrão e utiliza conceitos lúdicos para representar as sensações e sintomas vivenciados pelos pacientes. Em sua nova versão, a Casa da Esclerose Múltipla divide as experiências por cômodos de acordo com sua intensidade e fase da EM – a sala de estar apresenta os sintomas iniciais da doença, como visão turva e perda de equilíbrio; o banheiro traz os mais frequentes, como fraqueza muscular, perda visual prolongada e formigamento; enquanto a cozinha mostra a memória afetada e falta de sensibilidade tátil. 

Além de aprender a reconhecer os principais sinais da doença, os visitantes terão oportunidade de compreender cada momento da jornada com EM, entendendo que, na maioria dos casos, a vida com EM não é linear. “A Casa da Esclerose Múltipla surgiu da necessidade de fazermos com que a sociedade tivesse mais visibilidade sobre as particularidades e os desafios da doença. Com essa experiência imersiva, as pessoas podem sentir uma pequena parcela do impacto gerado pela esclerose múltipla na vida de quase 40 mil brasileiros. Os visitantes saem da Casa entendendo que até as tarefas mais simples, que costumamos realizar automaticamente, se tornam difíceis para quem vive com a condição”, comenta Stephanie Tenan, head da Unidade de Negócios de Neuroimunologia e Fertilidade na Merck Brasil. 

"A esclerose múltipla ainda é uma doença de difícil compreensão para quem não convive com pacientes ou nunca ouviu falar sobre a condição, justamente pela variedade de manifestações e intensidade dos sintomas, que atingem cada pessoa de uma forma e nem sempre são visíveis. A falta de informação pode levar à demora no diagnóstico e gerar preconceitos que afetam negativamente o dia a dia dos pacientes – que, muitas vezes, já estão lidando com dificuldades cognitivas, de locomoção e até mesmo de acesso ao tratamento adequado”, explica Maria Augusta Bernardini, Diretora Médica de Healthcare para LATAM na Merck. 

Outra novidade do projeto é a exibição de um filme publicitário durante os trailers de cada sessão em 7 salas Cinemark do Shopping Eldorado, entre os dias 15 e 28 de agosto. O vídeo de curta duração narra o momento em que uma pessoa começa a manifestar sintomas da esclerose múltipla, utilizando efeitos de alteração de voz e nas imagens na edição para que o telespectador os vivencie simultaneamente e entenda como a doença pode provocar distúrbios sensoriais nos pacientes. 

“É muito importante que o Shopping Eldorado esteja alinhado com ações que promovam a conscientização da população em torno de um tema tão importante que é o Agosto Laranja, mês voltado para a Esclerose Múltipla. Estamos felizes em sediar esta ação desenvolvida pela Casa da Esclerose Múltipla, pois corrobora com o nosso olhar de comprometimento junto à causa", ressalta Bettina Quinteiro, superintendente do Shopping Eldorado.

 

Sobre a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença crônica e autoimune do sistema nervoso central (SNC), potencialmente incapacitante e que apresenta maior incidência em adultos jovens, especialmente mulheres dos 20 aos 40 anos de idade. Por ser uma condição que atinge diferentes áreas do SNC, os sintomas da EM se manifestam de forma muito variada, dificultando o diagnóstico. Entre os sintomas estão fadiga, problemas de visão, alterações na fala, alteração na sensibilidade ou formigamento dos membros, alteração no equilíbrio e/ou dificuldade na mobilidade¹.

Confira mais informações sobre a esclerose múltipla em casadaem.com.br.


 

Casa da Esclerose Múltipla 2024 – São Paulo (SP)

Data: 16 a 18 de agosto, das 10h às 22h e domingo, das 10h às 20h.

Local: Shopping Eldorado – Piso Térreo – P17

Endereço: Av. Rebouças, 3970 – Pinheiros, São Paulo.

Observação: Entrada gratuita.

 

Casa da Esclerose Múltipla 2024 – Pocket Belo Horizonte (MG)

Data: 23 de agosto.

Local: Salão Nobre da Santa Casa de Belo Horizonte.

Endereço: Av. Francisco Sales, 1111 - Santa Efigênia, Belo Horizonte – MG.

 

Casa da Esclerose Múltipla 2024 – Pocket Rio de Janeiro (RJ)

Data: 28 de agosto.

Local: Hospital Federal da Lagoa.

Endereço: R. Jardim Botânico, 501 - Lagoa, Rio de Janeiro – RJ.

 

Casa da Esclerose Múltipla 2024 – Pocket Curitiba (PR)

Data: 31 de agosto.

Local: Jockey Plaza Shopping.

Endereço: R. Konrad Adenauer, 370 - Tarumã, Curitiba – PR.

 



[1] Multiple Sclerosis Society. MS symptoms and signs. Acesso em julho de 2024.

[2] Federação Internacional de Esclerose Múltipla. Atlas da Esclerose Múltipla. Disponível em: https://www.atlasofms.org/what-is-the-atlas-of-ms (Acesso em agosto de 2023)



Perigosos para a saúde, sono ruim, ronco e apneia podem ser minimizados ou zerados pela ortodontia

Problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, pressão alta e até risco de morte súbita são algumas das várias complicações para quem sofre de distúrbios do sono 

 

Os distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva, afetam significativamente a saúde e o bem-estar dos brasileiros. Estudos recentes da Fiocruz mostram que 72% dos brasileiros sofrem com algum tipo de distúrbio do sono. Entre os mais comuns estão a insônia, o ronco e a apneia do sono, que podem causar problemas como hipertensão, diabetes, obesidade e até aumentar o risco de mortalidade. 

A boa notícia é que há solução. Uma que está sendo muito utilizada e com resultados positivos é a ortodontia. Segundo o professor e cirurgião-dentista Mario Cappellette Jr., presidente da Associação Brasileira de Odontologia - Seção São Paulo (ABO-SP), a especialidade vai além do alinhamento dos dentes, desempenhando papel crucial na saúde geral dos pacientes. 

“A posição dos dentes e a estrutura da mandíbula podem influenciar diretamente a qualidade do sono e a respiração”, explica Cappellette Jr. De acordo com o professor, o tratamento ortodôntico pode corrigir problemas estruturais que causam obstruções nas vias aéreas, melhorando significativamente a respiração durante o sono. 

“Distúrbios como o ronco e a apneia obstrutiva do sono são frequentemente associados a uma má oclusão dentária e outras anomalias ortodônticas. Quando a mandíbula é posicionada corretamente, a passagem de ar é facilitada, reduzindo os episódios de apneia e o ronco”, afirma Cappellette Jr. Ele ressalta que a intervenção ortodôntica precoce em crianças pode prevenir o desenvolvimento desses problemas na vida adulta. 

A apneia do sono, em particular, é uma condição séria que pode levar a complicações cardiovasculares, diabetes e outras doenças crônicas se não tratada adequadamente. Cappellette Jr. destaca que “os aparelhos ortodônticos podem ser uma alternativa eficaz e menos invasiva em comparação aos tratamentos tradicionais, como o uso de CPAPs (aparelhos de pressão positiva contínua nas vias aéreas)”. 

“Nossa entidade promove educação e conscientização continuada sobre a importância da ortodontia na saúde respiratória. A associação oferece cursos e palestras para capacitar os profissionais da área a identificar e tratar esses distúrbios de maneira eficaz, além de atender pessoas com este problema. Nossoa objetivoa são: garantir que os cirurgiões-dentistas estejam preparados para oferecer o melhor cuidado possível e dar assistência completa à população, integrando a ortodontia com outras áreas da saúde para um tratamento completo e eficaz”, conclui Mario Cappellette Jr.

 

O Corpo da Mãe Durante a Amamentação: Aceitação e Transformação

Como a sexóloga Natali Gutierrez, que está amamentando sua filha íris, enxerga as mudanças físicas e seus efeitos na percepção corporal e sexualidade da mulher

 

Agosto é conhecido como o Mês da Amamentação, uma data que ressalta a importância da amamentação tanto para a saúde do bebê quanto para o bem-estar da mãe. Durante esse período, o corpo da mulher passa por significativas mudanças físicas e emocionais, que podem impactar sua percepção corporal e autoestima.

Natali Gutierrez, sexóloga e CEO da Dona Coelha, que está amamentando sua filha Iris, de 1 mês, compartilha sua experiência: "A amamentação traz transformações profundas no corpo da mulher, que podem influenciar a forma como ela vê a si mesma. O aumento dos seios, a sensibilidade e as mudanças hormonais são aspectos que muitas mulheres precisam ajustar." Ela acrescenta que "essas alterações podem gerar inseguranças e afetar a autoimagem, o que, por sua vez, pode impactar a vida sexual."

A percepção corporal da mãe é frequentemente desafiada durante a amamentação. A diferença na aparência dos seios, o ganho de peso e as mudanças hormonais podem levar a sentimentos de desconforto ou insegurança. "É crucial que as mulheres recebam apoio para aceitar essas mudanças e se sintam confortáveis com seus novos corpos", afirma Natali. "Quando a mãe consegue ver seu corpo com mais aceitação e autoestima, ela tende a ter uma vida sexual mais satisfatória e equilibrada."

Além disso, a amamentação pode afetar a sexualidade da mulher de várias formas. A falta de sono, o estresse e as demandas contínuas do cuidado com o bebê podem reduzir a libido e a energia da mãe. "As mudanças na autoimagem e a sensação de exaustão podem diminuir o desejo sexual", explica Natali. "É importante que as mães compreendam que esses sentimentos são normais e que o apoio contínuo é essencial para ajudar a manter a intimidade e o vínculo afetivo."

Ao refletir sobre a experiência de amamentar, muitas mães enfrentam desafios inesperados. O corpo muda e o ato de amamentar pode trazer fissuras nos seios e outros problemas. "Por muitas vezes, não reconhecemos mais nosso corpo de antes, e o ato de amamentar pode trazer fissuras nos seios e estar marcado por desafios. A amamentação não é intuitiva; não nascemos sabendo. Pelo contrário, algo que mudou muito a minha forma de amamentar foi a oportunidade de conversar com uma consultora para entender melhor o processo. Às vezes, a pega errada machuca, e isso pode nos levar a sentir culpa, como se não fôssemos capazes de amamentar. Existem mães que não conseguem amamentar, e isso também gera uma grande culpa."

Além das dificuldades iniciais, o conhecimento sobre amamentação muitas vezes é limitado. "Além disso, o bico do seio pode não estar adequado, e muitas vezes as mulheres não têm conhecimento da melhor forma de passar por isso, pois não conversamos abertamente sobre o assunto. Não sabemos nada sobre amamentação e não somos ensinadas a discutir sobre isso, então, quando não conseguimos, parece que somos as únicas culpadas. Aceitar que estamos com dúvidas e procurar ajuda é fundamental, assim como aceitar que estamos fazendo o nosso melhor. Isso não muda em absolutamente nada o fato de sermos mães maravilhosas.”

No Mês da Amamentação, é fundamental celebrar a jornada da maternidade com confiança e amor."

 

Catarata altera funções cognitivas

Pesquisa inédita indica que a menor entrada de luz pelos olhos é prejudicial à cognição. Entenda. 


Recente pesquisa publicada no JAMA Network Open demonstra que a diminuição da visão decorrente a catarata, maior causa de cegueira tratável no mundo, reduz a capacidade cognitiva. Esta é a principal conclusão de pesquisadores da Universidade da Califórnia que analisaram variantes genéticas de 305 mil participantes com idade de 55 a 70 anos pertencentes ao UK Biobank, maior repositório mundial de dados anônimos de pacientes para pesquisa genética.


Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, este e outros estudos que encontraram correlação entre problemas de visão e capacidade cognitiva reforçam a importância do investimento em políticas públicas que ampliem o acesso à saúde ocular não só no Brasil, mas em todo o mundo. Isso porque a catarata é a maior causa de cegueira global tratável. No hospital uma inciativa realizar até o final do ano 570 cirurgias de catarata através de Fundação Penido Burnier que este ano recebeu aporte de emendas impositivas para aumentar o número de cirurgias pelo SUS. “É um trabalho muito gratificante ver a satisfação dos pacientes, alguns próximos a se tornarem centenários planejando a retomada de atividades no primeiro retorno da cirurgia”, comenta emocionado.



Como a cirurgia melhora o processamento de informações

Queiroz Neto afirma que dados do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual faz parte, mostram que no Brasil surgem 500 mil novos casos de catarata/ano. A estimativa do Ministério da Saúde é de que hoje cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Um dos sinais de início de demência, explica, é a falta de reflexo visual em pacientes que não apresentam alterações na acuidade visual, mas tem dificuldade de processar a imagem. “Embora o Alzheimer seja irreversível, diversos estudos mostram que a cirurgia de catarata diminui o risco de todo tipo de deficiência cognitiva por um custo bastante pequeno”, pontua. Isso ocorre, explica, porque a restauração da visão aumenta a prática de atividades físicas e as interações sociais, além de abrandar a atrofia do córtex visual através da maior entrada de luz no cérebro.



O que é, fatores de risco e sintomas

O especialista explica que a catarata é o embaçamento do cristalino, lente interna do olho que conduz as imagens até a retina. A principal causa da condição é o envelhecimento, mas pode também ocorrer por trauma, falta de proteção à radiação UV emitida pelo sol, diabetes, exposição ao sol sem lentes com proteção ultravioleta, tabagismo, vape e pelo uso contínuo de alguns medicamentos, entre eles os corticoides, estatinas e antidepressivos.

Os sintomas que indicam necessidade de operar são: Troca frequente de óculos; Enxergar halos ao redor da luz; Perda da visão de profundidade e de contraste; Fotossensibilidade; dificuldade de dirigir à noite; Dificuldade de adaptação a diferentes intensidades de luz; Lentidão no andar e maior propensão a quedas.



A cirurgia

Único tratamento para catarata, consiste em substituir o cristalino opaco por uma lente que é implantada dentro do olho. Queiroz Neto explica que é realizada com anestesia local, tem duração de 10 a 20 minutos e no mesmo dia o paciente retorna para casa. Após a operação o mais importante é instilar os colírios conforme a prescrição do cirurgião para evitar a contaminação do olho.



Porque as pessoas têm medo de operar

Para o oftalmologista a maior causa do medo de operar é a falta de informação. “Naturalmente, como toda cirurgia a de catarata não está completamente isenta de riscos”, salienta. O grau de segurança é bastante alto e adiar a cirurgia é optar por menor qualidade de vida, pontua.



Prevenção

Queiroz Neto afirma que quem viver um dia vai ter catarata, já que o principal fator de risco é o envelhecimento. Para adiar a cirurgia recomenda: Consulte um oftalmologista regularmente; No sol use lentes que filtrem 100% a radiação UV; Evite fumar; Reduza o consumo de bebidas alcoólicas; Inclua na dieta antioxidantes como as folhas verde escuro; Use óculos de proteção nos esportes e outras atividades de risco; Mantenha a glicemia e o glaucoma sob controle, finaliza.


É possível ter filhos após a laqueadura e vasectomia? Especialista explica


A laqueadura e a vasectomia são métodos contraceptivos utilizados por mulheres e homens que não desejam ser mães ou pais. Porém, há casos nos quais mulheres engravidam e de homens que acabam se tornando pais após a realização do procedimento. Vamos entender melhor isso?

De acordo com o especialista em reprodução humana Dr João Paladino, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, o procedimento da laqueadura consiste na realização de uma cirurgia que bloqueia, liga ou corta as trompas, ou tubas uterinas, que são os órgãos que conectam aos ovários. 

Já o procedimento da vasectomia, segundo Paladino consiste em interromper a circulação dos espermatozoides produzidos pelos testículos até os canais da uretra, impedindo dessa forma uma futura gestação. 

Apesar de muito raro e difícil, é possível sim que homens e mulheres possam ter filhos após o procedimento: a primeira forma é caso tenha ocorrido alguma falha na cirurgia ou as trompas se reconectem de uma forma natural, mas isso dependerá muito da forma que foi realizado o procedimento. Assim como na vasectomia, que apesar de também ter 99% de chance, pode haver resquícios de sêmen, principalmente no período inicial pós-cirúrgico.
 

Reversão dos procedimentos 

Mesmo que ao optar pelas cirurgias a pessoa tenha a ideia fixa de que não quer ter filhos, pode ocorrer de após alguns anos ou meses a mudança de ideia. Caso isso aconteça, uma das saídas é a reversão da vasectomia ou da ligadura das trompas. 

“Cerca de 6% dos homens vasectomizados mudam de ideia. A reversão da vasectomia é realizada a partir de uma microcirurgia com uso de microscópio para reconectar as pontas dos canais deferentes que foram cortados. Mas o sucesso total da tentativa de reversão depende de vários fatores como há quanto tempo a vasectomia foi feita e a técnica usada. Assim, quanto menor o tempo entre a vasectomia e sua reversão, maiores as chances de resultado positivo”, afirma Paladino. 

No caso das mulheres é preciso realizar uma reanastomose, que de acordo com o especialista é uma micro sutura para religar os canais para possibilitar que os espermatozoides voltem a ter acesso à tuba uterina para fecundar o óvulo. 

“É importante salientar que as chances de sucesso da reversão da ligadura das trompas são limitadas. Assim, a possibilidade da mulher voltar a engravidar naturalmente também depende de fatores como o tempo, técnica utilizada, idade e possíveis problemas de fertilidade também podem impactar”, conta.
 

Reversão sem sucesso, o que fazer? 

Se você tentou reverter os procedimentos e não teve sucesso ou não seria mais possível pelo tempo no qual a cirurgia já havia sido feita, Paladino indica recorrer aos tratamentos de reprodução humana como a fertilização in vitro, que é um dos mais indicados nesses casos. 

“A fertilização in vitro promove o encontro do óvulo e do espermatozoide em laboratório, fora do corpo da mulher, facilitando que ocorra a fecundação. Assim, os embriões formados são cultivados em meio de cultura, selecionados e posteriormente transferidos ao útero onde será gestado com uma taxa de sucesso de entre 20% e 50%”, explica Paladino. 

Além da fertilização, os procedimentos de inseminação artificial, congelamento de óvulos e embriões e a ovodoação podem ser alternativas para quem quer optar por tratamentos reprodutivos.

“O congelamento possibilita que homens e mulheres estéreis possam ainda ter filhos através da FIV. Assim como a ovodoação, que pode contribuir com mulheres que também fizeram ligadura das trompas e não conseguiram reverte-las”, conclui o médico.


Quais são os esportes que podem causar danos oculares?

Profissionais e amadores devem ter cuidado com as lesões e usar equipamentos de proteção específicos

 

Os Jogos Olímpicos de Paris já acabaram, mas a proteção ocular durante a realização de esportes deve ser realizada durante o ano inteiro. Atletas amadores e de alto rendimento podem ter os olhos lesionados devido a descuidos simples ou colisões com objetos ou o mau uso de equipamentos de proteção necessários. 

Esportes como tiro e natação, por exemplo, só podem ser praticados se a pessoa possuir os óculos específicos, pois o contato com a pólvora ou o cloro podem ocasionar a inflamação da córnea. De acordo com a Dra. Samantha de Albuquerque, oftalmologista e consultora da HOYA Vision Care, empresa japonesa que produz lentes para óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão, qualquer tipo de esporte pode causar acidentes. 

“Se uma pessoa pratica futebol, vôlei, basquete ou tênis, ela deve ficar atenta com a bola. Elas podem alcançar velocidades altíssimas e, se baterem nos olhos, o indivíduo pode sofrer com descolamento de retina, hemorragia e outras lesões graves. Os atletas profissionais possuem times de especialistas qualificados que acompanham os treinos - e os jogos - em segurança, mas quem se exercita por conta própria deve redobrar o cuidado”, afirma Dra. Samantha. 

Além disso, indivíduos que praticam ciclismo, atletismo e corrida não devem usar óculos somente contra a poeira que pode vir do asfalto, mas também equipamento que os protegem dos raios ultravioleta (UV), que geralmente causam a sensação de corpo estranho nos olhos, irritação e até mesmo dor. 

“É importante ressaltar também que esportes de luta, como boxe, judô e taekwondo têm maior probabilidade de causar lesões oculares – e em outras partes do corpo – devido à própria natureza do que é proposto. Ainda que não seja comum, o ideal seria usar equipamentos que protegem os olhos mesmos nestes esportes, adaptados para o rosto do atleta e o tipo de impacto que ele vai receber”, explica a especialista. 

Por fim, a médica reforça a importância de visitar o oftalmologista regularmente e aponta que cuidados básicos como não tocar os olhos com as mãos sujas, não compartilhar objetos e não usar óculos de grau comum como proteção são as melhores opções para evitar acidentes. “Independentemente de ser um profissional ou um iniciante, comprar equipamentos de segurança é indispensável para manter uma boa saúde ocular”, conclui. 



Hoya Vision Care
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Agosto Branco e Dia Nacional do Combate ao Fumo conscientizam sobre os cuidados com o câncer de pulmão e sobre os perigos do tabagismo

Câncer é o mais comum em todo o mundo e o terceiro mais frequente no Brasil, mas é o mais letal de todos

 

A campanha do Agosto Branco que marca esse mês é realizada para a conscientização dos cuidados em relação ao câncer do pulmão. A data também coincide com o Dia Nacional do Combate ao Fumo, lembrado no dia 29 de agosto, que visa conscientizar sobre os perigos do tabagismo, o principal fator causador desse tipo de tumor. O câncer de pulmão é o terceiro mais frequente no Brasil, atrás apenas dos cânceres de próstata e de mama, mas é o mais letal de todos. Segundo dados do Ministério da Saúde, 29,5 mil pessoas morreram em decorrência desse tumor em 2020. Em todo o mundo, esse é o câncer mais comum, com 2,5 milhões de novos casos, e mais letal, com 1,8 milhões de mortes em 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Segundo o cirurgião torácico do Hospital Edmundo Vasconcelos, Mario Claudio Ghefter, é muito importante conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo, uma vez que esse é o principal fator de risco associado ao câncer de pulmão. Segundo ele, cerca de 85% de pessoas com esse tumor são fumantes. “Não é todo mundo que fuma que vai ter o câncer de pulmão, mas esse é um fator de risco predominante, já que os fumantes têm até 30 vezes mais chances de desenvolver esses tumores. Para além do câncer de pulmão, o tabagismo leva a incidência de outras doenças como o câncer de bexiga, infarto, AVC, doenças cardiovasculares e arteriosclerose. Um dos fatores mais graves relativos ao câncer de pulmão é o enfisema pulmonar, responsável por aproximadamente 3 milhões de mortes todos os anos no mundo, que faz com que a pessoa não consiga respirar e fique extremamente debilitada”, descreve ele.

Segundo o médico, é importante salientar que o tabagismo não é apenas uma questão de escolha individual, já que as doenças causadas pelo fumo envolvem toda a sociedade e envolvem custos elevados também para a saúde pública.

O especialista ressalta que o Brasil tem sido muito bem-sucedido nos últimos 30 anos em suas políticas de controle do tabagismo, apresentando redução significativa com 12,5% da população fumante atualmente, uma média sete pontos percentuais menores que a média global, segundo a plataforma Progress Hub, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, o cirurgião torácico do Edmundo Vasconcelos reforça que a medicina tem apresentado uma grande preocupação nos últimos anos com os cigarros eletrônicos, ou vapes. “É preciso fazer um alerta especialmente aos mais jovens sobre os perigos desses aparelhos. Ainda nem conhecemos todos os seus malefícios, mas já há uma doença chamada EVALI, denominada assim nos Estados Unidos, que corresponde à lesão pulmonar associada ao uso do cigarro eletrônico ou produto vaping, que tem sido mortal. Já há notícias de diversos jovens que morreram por conta do cigarro eletrônico e é grande a possibilidade de aumentar a incidência de câncer de pulmão por conta disso”, destaca ele.

O grande alerta apontado por Mario Ghefter diz respeito à falta de sintomas apresentados pelo câncer de pulmão em suas etapas iniciais. “Os sintomas nunca são iniciais. Eles sempre aparecem na fase tardia da doença quando as chances de cura diminuem muito. Nesses casos os sintomas já são graves como dores, tosse com sangue, falta de ar e outros sintomas decorrentes da metástase para outros órgãos. Por isso, é essencial realizar o diagnóstico precoce. A detecção precoce do câncer sempre colaborará para aumentar as chances de cura”, explica. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

 

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