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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Dia da Gestante: o papel essencial do diálogo entre médico e paciente

FEBRASGO destaca a importância da comunicação na elaboração do plano de parto e no apoio contínuo durante o pós-parto, garantindo cuidado integral e humanizado à saúde da mulher e do bebê.

 

O Dia da Gestante, celebrado em 15 de agosto, é uma data dedicada a reconhecer e valorizar este momento especial na vida das mulheres. É uma oportunidade para destacar a importância dos cuidados com a saúde e o bem-estar das gestantes, além de promover a conscientização sobre as mudanças significativas que ocorrem durante a gravidez. Essas mudanças abrangem não apenas o aspecto físico e emocional, mas também impactam a vida profissional, social e familiar das mulheres. Neste contexto, a Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), reforça a importância do diálogo entre médico e paciente para garantir todo o apoio necessário durante essa fase. 

Um exemplo sobre a importância dessa relação entre o profissional da saúde e a gestante é a elaboração do plano de parto, que nada mais é do que um documento com a descrição das preferências da paciente referentes ao parto. O Dr. Ricardo Porto Tedesco, membro da FEBRASGO, explica que o objetivo do plano de parto é garantir que o atendimento seja respeitoso e alinhado com as preferências da paciente. 

“A gestante pode discutir as opções de parto disponíveis com o médico e outros detalhes como se deseja permanecer em jejum ou não, quem gostaria de ter como acompanhante, se prefere se movimentar durante o parto, se gostaria de ouvir uma seleção de músicas específicas e se prefere um ambiente com pouca luz, sempre visando proporcionar uma experiência de parto que atenda às suas necessidades e desejos”, diz.

O especialista comenta que antes do parto, não é necessário que a paciente permaneça em jejum, nem que suspenda os medicamentos que está usando, exceto em situações específicas. Por exemplo, para pacientes que tomam anticoagulantes ou insulina, é essencial seguir as orientações individuais fornecidas pelo médico. 

O documento é um guia, sendo importante que a paciente compreenda que o plano de parto é uma ferramenta para comunicação clara e colaboração entre a paciente e a equipe médica, mas que todas as ações previstas serão respeitadas desde que não coloquem em risco a vida da mãe e do bebê. 

Sobre o local do parto, a FEBRASGO defende que ele aconteça no hospital. Junto com a equipe médica responsável, a gestante será assistida de forma acolhedora e a segurança é significativamente maior em um ambiente hospitalar. Os profissionais estão preparados para agir prontamente diante de situações adversas que possam surgir, como sofrimento fetal agudo durante as contrações uterinas, picos hipertensivos ou sangramentos não normais. “Como imprevistos podem acontecer, a capacidade da equipe para intervir de maneira eficaz é essencial para a segurança da mãe e do bebê em ambiente hospitalar”, reforça. 

Outro aspecto importante sobre o diálogo entre médico e paciente está na informação. O médico explica que é importante para a gestante conhecer o seu corpo e saber identificar os sinais que indicam o início do trabalho de parto. “O sinal clínico de que o trabalho de parto começou é a presença de contrações ritmadas, com uma contração a cada três a quatro minutos, acompanhadas de cólicas”, diz. 

Quando a paciente entende o que está acontecendo, ela sabe que o trabalho de parto pode durar várias horas e que não há necessidade de urgência, correria ou estresse. Identificar os sinais corretos é crucial, pois a internação precoce pode prejudicar o sucesso do parto vaginal. “Muitas vezes, ao internar-se muito cedo, a paciente pode enfrentar horas ou até dias de angústia, o que pode levar à desistência da tentativa de parto vaginal e, consequentemente, à realização de uma cesárea que poderia ter sido evitada. A principal recomendação é que ela se mantenha tranquila e confiante durante esse período”, explica.

 

O relacionamento entre médico e paciente continua no pós-parto 

Atualmente, fala-se no "quarto trimestre" da gestação, referindo-se ao período logo após o nascimento do bebê. Enquanto os nove meses de gravidez são divididos em três trimestres, o quarto trimestre abrange o período pós-parto, quando o suporte que a mulher recebia durante a gravidez se torna menos frequente, mas a relação ente médico e paciente continua neste período. 

Esta fase pode ser extremamente desafiadora, pois a mulher enfrenta diversas dificuldades, como a insegurança no cuidado com o recém-nascido, a privação do sono e os desafios da amamentação. A adaptação da pega do bebê ao mamilo e o ajuste à nova rotina podem ser especialmente difíceis, exigindo paciência e apoio para encontrar um equilíbrio. 

O médico destaca que a mulher deve receber o mesmo apoio e suporte no pós-parto que teve durante a gestação. Ele explica que é comum a partir do terceiro ou quarto dia após o parto, que a mulher experimente uma sensação de melancolia, geralmente no final do dia. “Ela pode sentir vontade de chorar sem entender muito bem a razão, mesmo que as coisas estejam indo bem. É importante esclarecer que esse sentimento é normal e não deve ser confundido com depressão pós-parto. Normalmente, essa sensação de melancolia se resolve espontaneamente dentro de duas a três semanas após o parto. Por isso, o diálogo com a paciente é muito importante, do início ao fim”, finaliza Tedesco.

 

Câncer apresenta sinais distintos em crianças e adultos; entenda

Presidente da SOBOPE explica diferenças na manifestação do câncer segundo a faixa etária

 

Com cerca de 8 mil diagnósticos anuais e uma taxa bruta de incidência de 134,8 novos casos por milhão, o câncer é a primeira causa de morte por doenças na faixa etária de 1 a 19 anos de idade. Entre crianças e adolescentes, as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e o neuroblastoma são os tipos de cânceres mais comuns.

Os tumores originados de células embrionárias, em geral, reconhecidos com a terminologia blastoma, são raros em adultos e ocorrem, em 90% dos casos, em menores de 5 anos de idade. Em adultos, os principais tipos de câncer são os carcinomas e adenocarcinomas, tumores originados de células epiteliais e glandulares, que por sua vez são bem menos comuns em crianças. 

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, a faixa etária tem influência nos tipos e comportamento biológico do câncer. Ele ressalta a alta taxa de proliferação celular e a dificuldade em prevenir e rastrear o câncer infantojuvenil. “Os tumores em crianças e adolescentes crescem rapidamente. E as células cancerígenas, em geral, afetam células ainda imaturas espalhadas em variadas localizações no corpo”, explica. 

“Quando uma criança chega para avaliação clínica, o pediatra tem que lembrar que embora o câncer seja uma condição rara nesta faixa etária, pode começar com sinais inespecíficos, semelhantes aos de outras enfermidades da infância e adolescência. Contudo, a persistência e a piora da intensidade dos sintomas devem servir de alerta para o médico pensar no diagnóstico de câncer. É comum os pais relatarem repetidas idas aos serviços de saúde até chegarem ao centro de tratamento oncológico”, relata o especialista.

Fatores de risco

Diferente do câncer em adultos, características ambientais, alimentação inadequada, sedentarismo e tabagismo têm pouca influência no desenvolvimento do câncer infantojuvenil. O oncologista pediatra explica: “Esses fatores de risco relacionados a hábitos comportamentais e exposições a variados fatores carcinogênicos ao longo da vida podem predispor adultos ao desenvolvimento de tumores, mas não é o que acontece na maioria dos casos entre crianças e jovens”. 

De acordo com o presidente da SOBOPE, cerca de 15% dos cânceres em geral estão associados a alguma predisposição genética. “Quando a família tem o diagnóstico de uma síndrome de predisposição genética ao câncer, o pediatra pode fazer o acompanhamento desde os primeiros meses de vida da criança. A questão crucial é o desconhecimento dessas síndromes por profissionais de saúde”, explica o especialista.

Diagnóstico precoce

Como a maioria dos tumores pediátricos têm alta taxa de multiplicação celular, respondem mais rapidamente ao tratamento quimioterápico. Por esse e tantos outros pontos determinantes, é preciso estar atento ao diagnóstico precoce. “Quanto mais oportuna e assertivamente fizermos o diagnóstico, maior será a chance de cura”, reforça Neviçolino Pereira de Carvalho Filho. 

“Temos que tratar essas crianças da melhor forma possível. Para isso, o primeiro passo é sim fazer um diagnóstico assertivo, identificando qual tipo de câncer, se está localizado ou disseminado, com exames laboratoriais, de imagem e de biologia molecular. A partir dessa análise inicial, é preciso definir a melhor estratégia de tratamento. Esses exames, contudo, nem sempre estão acessíveis a todos”, diz.

Prova da importância deste caminho até a terapia ideal, dados da literatura médica indicam que até 80% dos pacientes diagnosticados com câncer infantojuvenil podem ser curados, se tiverem o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. “O tratamento consiste em possibilitar a melhor chance de curar com mínimos efeitos tardios na vida adulta”, explica o especialista.
 

SOBOPE


Pode usar colírio sem receita médica?

Médico do Hospital CEMA esclarece se é necessário recorrer a um especialista antes de usar o produto e quais cuidados são necessários para evitar complicações oculares

 

É uma cena muito comum: ao menor sinal de secura ocular, muitas pessoas não hesitam em pingar um colírio nos olhos. Nesse cenário, é normal recorrer ao colírio que fica no armário do banheiro ou esquecido dentro da caixa de remédios. Alguns podem pegar o remédio emprestado de alguém ou pedir a recomendação de um “produto bom para os olhos”. Porém, nada disso é indicado pelos oftalmologistas. “A má utilização de colírios pode provocar alterações da pressão ocular (glaucoma), indução de formação de catarata e alterações de cicatrização da superfície da córnea (que podem levar a perfurações e inflamações crônicas) ”, explica o médico do Hospital CEMA, Omar Assae. 

Mas, afinal, tem algum colírio que pode ser usado sem receita médica? O especialista explica que, em alguns casos, até é permitido, mas não de modo indiscriminado. “Os classificados como lubrificantes oculares e, principalmente, sem conservantes, podem ser usados, pois seus princípios ativos não causam alterações na superfície ocular”, diz. 

Entre os cuidados que o médico recomenda estão verificar a validade do produto antes do uso, seguir corretamente as instruções da bula, checar se há ou não necessidade de agitar o frasco, se o produto precisa ser mantido ou não sob refrigeração e evitar tocar o bico do frasco com na superfície do olho para evitar contaminação. “Na dúvida sobre o uso, procure um oftalmologista. O colírio indicado por um familiar seu provavelmente não é o mais indicado para você. Cada caso é único e precisa ser avaliado com cuidado”, resume. 



Hospital CEMA

Parou de treinar? Entenda os impactos no corpo ao interromper os treinos


Freepik
O treinamento interrompido por duas semanas pode causar uma redução significativa na aptidão cardiorrespiratória 


Treinar é importante para não perder as capacidades físicas: velocidade, resistência, força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação, ritmo e agilidade. Essas qualidades podem ser aprimoradas com atividades específicas e podem ser recuperadas em qualquer idade, basta começar.

Se manter ativo é uma regra que vale para todos, crianças, jovens e idosos. Praticar exercício físico de intensidade moderada promove significativas melhoras nas respostas imunológicas (Mondal,2018), além de ajudar a reduzir marcadores inflamatórios crônicos de baixo grau (Beaver,2010).

O que acontece com o corpo quando deixamos de treinar por períodos curtos ou longos? Para entender o funcionamento do corpo humano e os efeitos do destreinamento físico consultamos dois especialistas: Eduardo Netto e Franz Knifis.

Para preservar os ganhos do treinamento é essencial continuar se exercitando regularmente. O treinamento interrompido por duas semanas pode causar uma redução significativa na aptidão cardiorrespiratória.

Segundo alguns estudos, tanto recentes quanto antigos, que avaliam esse tipo de comportamento, é possível perceber que a literatura se divide em dois momentos: para os que interrompem as atividades por duas semanas e os que permanecem parados por até quatro semanas. São adaptações negativas e positivas diferentes para cada situação.

 “Para quem está treinando de forma leve e moderada e, de repente, tem que interromper a atividade física, por um mês os impactos chegam até 40% na diminuição de força, capacidade de aeróbio, 20% na capacidade cardiovascular, 12%, 10% em média, na capacidade de troca gasosa pulmonar”, esclarece Franz Knifis, Mestre em Musculação e professor do curso de pós-graduação em Bodybuiding Coach na Faculdade Uniguaçu.

Para entender quais são os impactos do destreinamento físico, Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech pontuou os principais efeitos:

    Entre 10 semanas a 8 meses sem treinar, os indivíduos podem retornar a níveis de aptidão próximos aos que tinham antes de começar o treinamento;

    Uma perda de 50% na melhoria inicial do VO máx. (volume máximo de oxigênio) pode ocorrer entre 4 e 12 semanas sem treinar;

    É importante ressaltar que aqueles que treinaram continuamente por anos conseguem manter alguns benefícios por mais tempo do que as pessoas que treinaram por períodos mais curtos;

    Em relação ao treinamento de força, reduzir a frequência do treino de 3 ou 2 dias por semana para 1 dia por semana ainda pode manter a força por até 12 semanas.

“Acredito que essa informação é crucial para indivíduos que podem precisar reduzir temporariamente a frequência ou duração dos treinos devido a compromissos pessoais ou profissionais, garantindo que ainda possam manter grande parte dos benefícios adquiridos através do treinamento regular. A saúde e a qualidade de vida das pessoas podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular da atividade física. Inúmeras evidências científicas têm demonstrado uma forte associação entre estilo de vida ativo, melhor qualidade de vida e longevidade”, orienta Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

A perda dos resultados varia conforme o tipo de treinamento e os aspectos do condicionamento físico, mas de uma forma geral:

     A capacidade aeróbica começa a diminuir significativamente após 2 semanas de destreinamento;

     A força muscular pode ser mantida com treinos reduzidos por até 12 semanas, mas começa a declinar depois;

     Mudanças na composição corporal e flexibilidade também ocorrem dentro de 4-12 semanas sem treino;

     A melhor conduta para minimizar os efeitos negativos da falta de exercícios, é manter algum nível de atividade física e, quando possível, ajustar a intensidade, a frequência e a duração dos treinos conforme necessário.

“Levando em consideração essas adaptações negativas, geralmente, a pessoa que fica sem treinar, a partir de um mês, já começa a ter realmente uma perda significativa de todo o processo que ela conseguiu. Só que existem dois momentos diferentes nessa proposta. Quem treina há muito tempo (mais de dois anos), sistematicamente, ou seja, mais de quatro vezes na semana, de forma moderada e intensa, recupera muito mais rápido do que quem está começando esse processo ou está treinando há seis meses e interrompe por um mês”, pontua Knifis.

A falta ou a pausa da atividade física, com o tempo, começa a apresentar sinais e sintomas. Saiba quais são e o quanto afetam a saúde:

  • Aumento do peso e dos níveis de estresse, diminuição do condicionamento físico de uma maneira geral, mudança no humor e piora da qualidade de sono;
  • Quando a pessoa começa a não conseguir mais fazer as atividades da vida diária: a caminhada até a padaria, ou uma caminhada no shopping com a família, se torna algo cansativo, ou quando a pessoa tem que subir algum lance de escada no trabalho, no dia a dia, e percebe que a perna fica pesada, cansada, quando o batimento cardíaco está um pouquinho acelerado, um pouco mais ofegante, esses são os efeitos perceptíveis de que algo não está bem;
  • O acúmulo de gordura na região visceral e na barriga são sinais de alertas e podem apontar para esteatose hepática e em outros órgãos importantes.

Quer voltar ou iniciar o treino? A melhor opção é investir na musculação duas vezes por semana e ir aumentando conforme ganha condicionamento e força. Treinos que utilizam o peso do corpo podem ser realizados em qualquer lugar e são uma ótima alternativa para se manter ativo.

O tempo de recuperação depois de um período de destreinamento depende de vários fatores: nível de condicionamento físico anterior, a intensidade do treino, a idade, a dieta e a genética. A pessoa ficou um mês parada, mas treina há um ano, vai levar mais ou menos dois meses para voltar à forma ativa. Se treina há cinco anos ou mais, nas primeiras duas semanas consegue voltar à forma ativa, no sentido de estar bem condicionada e não da forma estética. Tudo vai depender de quanto tempo essa pessoa treina e qual é a regularidade dessa prática. Esses fatores influenciam diretamente o tempo necessário para se recuperar.

“A chave para o sucesso no mundo fitness é ter consistência nas pequenas ações e um plano de retorno bem estruturado para retomar a rotina de exercícios de forma segura e eficaz. Portanto, caminhadas, tarefas da vida diária e exercícios com peso corporal são excelentes estratégias para minimizar esse impacto”, conclui Netto.


Saúde se mobiliza após 709 casos e 16 óbitos por mpox no Brasil em 2024

A Dra. Carolina Brites, infectologista pediátrica, destaca a importância de novas estratégias de prevenção da doença 

 

O Brasil enfrenta um cenário preocupante com o aumento de casos de mpox, uma doença zoonótica viral que tem se espalhado pelo país. Com 709 casos notificados e 16 mortes em 2024, o Ministério da Saúde convocou uma reunião de emergência para atualizar as recomendações e o plano de contingência nacional. A medida ocorre em meio à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, o que elevou a necessidade de intensificar a vigilância e as ações preventivas.

O Ministério da Saúde destacou que, apesar do crescimento no número de casos, a avaliação atual indica um risco baixo para o país. No entanto, a situação é monitorada de perto em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições internacionais, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Além disso, a pasta ressaltou a importância de estar preparado para possíveis ajustes no planejamento caso novas evidências justifiquem mudanças nas estratégias adotadas até o momento.

Diante desse cenário, a Dra. Carolina Brites, infectologista pediátrica, faz um alerta sobre a gravidade da situação e a necessidade de repensar as estratégias de prevenção. "Desde junho de 2022, quando o vírus foi descoberto no Brasil, temos observado um aumento significativo dos casos. A mpox é uma zoonose, ou seja, uma doença de origem animal transmitida para humanos, causada por um vírus que provoca lesões muito semelhantes às da varicela, conhecida como catapora. Essas lesões podem surgir em todo o corpo, formando pápulas, vesículas, crostas e pústulas."

A especialista ressalta que o crescimento dos casos nos últimos meses requer uma reavaliação das medidas de prevenção e saúde pública. "Foram notificados cerca de 700 casos recentemente, o que nos obriga a considerar novas estratégias de prevenção. A OMS tem reforçado a necessidade de ampliação da vacinação, que começou a ser aplicada em 2023, mas ainda de forma limitada a grupos específicos, como pessoas imunossuprimidas."

Sobre as vacinas, Dra. Carolina esclarece que a quantidade disponível no Brasil ainda não é suficiente para atender à demanda crescente. "A prevenção mais eficaz, além da vacina, é evitar o contato com pessoas que apresentem sintomas característicos da mpox, como lesões na pele. A transmissão do vírus ocorre principalmente pelo contato direto com essas lesões, por isso, a atenção e o cuidado com a higiene são fundamentais."

A infectologista também destaca a importância da conscientização e da prontidão dos profissionais de saúde em identificar novos casos. "Nós, profissionais da saúde, precisamos estar atentos ao surgimento de novos casos e à importância de notificá-los rapidamente. Isso é crucial para limitar a disseminação do vírus e garantir uma resposta eficaz às novas infecções."

Com a reunião marcada para esta semana, a expectativa é que novas diretrizes sejam estabelecidas para enfrentar o aumento dos casos de mpox no Brasil. "Acreditamos que, com o avanço das discussões e a possível ampliação da vacinação, será possível conter a propagação da doença e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis", conclui Dra. Carolina Brites.

O Ministério da Saúde reforça que, caso surjam novas evidências científicas que justifiquem mudanças no plano de contingência, as medidas necessárias serão adotadas de imediato. A participação de especialistas como a Dra. Carolina Brites é essencial para garantir que as decisões sejam baseadas em dados atualizados e que a resposta à mpox no Brasil seja a mais eficaz possível.  

 

Carolina Brites - concluiu sua graduação em Medicina na Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) em 2004. Especializou-se em Pediatria pela Santa Casa de Santos entre 2005 e 2007, onde obteve o Título de Pediatria conferido pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Posteriormente, especializou-se em Infectologia infantil pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e completou uma pós-graduação em Neonatologia pelo IBCMED em 2020. Em 2021, concluiu o mestrado em Ciências Interdisciplinares em Saúde pela UNIFESP. Atualmente, é professora de Pediatria na UNAERP em Guarujá e na Universidade São Judas em Cubatão. Trabalha em serviço público de saúde na CCDI – SAE Santos e no Hospital Regional de Itanhaém. Além disso, mantém um consultório particular e assiste em sala de parto na Santa Casa de Misericórdia de Santos. Ministra aulas nas instituições de ensino onde é professora.

 

Mais de 60% das mulheres que morrem com doenças nas artérias do coração não têm sintomas específicos

De acordo com Lara Reinel de Castro, cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, não descobrir esses sintomas atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado, impactando o índice de mortalidade e de sobrevida, que é de 8,2 anos no público masculino e de 5 anos no feminino 

 

Pouca gente sabe, mas as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil, aponta o Ministério da Saúde. Embora ocorram tardiamente no público feminino, tem crescido a ocorrência de doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio em mulheres mais jovens – entre 15 e 49 anos. “No Brasil, de cada dez vítimas fatais por essas enfermidades, quatro são mulheres. Há 50 anos, não chegava a 10%”, aponta Lara Reinel de Castro, Cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. 

Antes da menopausa, as mulheres contam com uma particularidade biológica a seu favor: a produção do estrógeno, hormônio feminino que facilita a dilatação dos vasos e a circulação do sangue, desempenhando um importante papel de proteção cardiovascular. Com a menopausa, elas perdem esse aliado. Além de fatores de risco clássicos, que independem de sexo, como hipertensão, dislipidemia (nível elevado de gordura no sangue), diabetes, tabagismo, sedentarismo e obesidade, existem alguns aspectos específicos do público feminino. 

Enquanto nos homens os problemas cardíacos são geralmente causados por doença aterosclerótica obstrutiva (impedimento da passagem de sangue na artéria por coágulo ou placa de gordura), nas mulheres eles podem estar também associados à microcirculação sanguínea (artérias menores). Aumentam ainda mais os riscos as enfermidades que afetam mais as mulheres, entre elas as doenças autoimunes (como artrite reumatoide e lúpus), a dissecção espontânea de coronária (rompimento espontâneo de vaso no coração) e a síndrome de Takotsubo, conhecida como síndrome do coração partido (lesão no coração após forte estresse). 

Também fazem parte do leque de riscos a terapia hormonal e medicamentos antineoplásicos utilizados no tratamento do câncer de mama. Na fase pré-menopausa, síndrome do ovário policístico e complicações da gravidez, como eclâmpsia e diabete gestacional, podem se refletir em problemas cardíacos. “Some-se a tudo isso, aspectos comportamentais e sociais, como dupla jornada de trabalho, estresse, depressão e outros problemas de saúde mental e violência de gênero”, complementa a especialista.
 

Sintomas atípicos 

Pesquisas mostram que menos da metade das mulheres recebe tratamento adequado para as doenças cardiovasculares. Em parte, isso se deve a sintomas atípicos, que acabam sendo subestimados. Em um infarto, por exemplo, em vez da clássica dor no peito que irradia para o braço esquerdo, elas podem apresentar manifestações menos características, como desconforto no estômago e nas costas, cansaço, falta de ar, náusea, tontura, sudorese e sensação de ansiedade. “Mais de 60% das pacientes que morrem com doença coronariana não têm sintomas específicos, o que pode atrasar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento adequado, impactando o índice de mortalidade e de sobrevida – que é de 8,2 anos no público masculino e de 5 anos no feminino”, explica a cardiologista.
 

Cuidando do coração feminino 

A médica explica que, independentemente de sexo, é fundamental para a prevenção dessa e de várias outras doenças a adoção de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada, prática regular de atividades físicas, cessação do tabagismo e controle do peso. Igualmente importante é dormir bem, gerenciar o estresse e monitorar pressão arterial, colesterol, triglicérides e glicemia (taxa de açúcar no sangue). “E quem tem histórico de doença cardiológica precoce na família deve iniciar o acompanhamento médico 10 anos antes da idade do familiar que teve o problema”, finaliza. 

 

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

 

A ousada invasão a Kursk

 

Há quem diga que a melhor defesa é o ataque. Após mais de dois anos de guerra entre Rússia e Ucrânia, já presenciamos várias tentativas ucranianas de adentrar as fronteiras russas. Inicialmente, esses ataques eram vistos como missões suicidas — ações que se esperava fracassar — mas que poderiam, ao menos temporariamente, desviar a atenção e os esforços dos exércitos de Moscou para um lado específico do front. Eram ataques de pequena proporção e curta duração.

Na semana passada, no entanto, ocorreu a mais ousada incursão ucraniana em solo russo desde o início da guerra, atacando o oblast de Kursk. Um oblast é uma das subdivisões administrativas da Federação Russa, semelhante a uma província ou estado em outros países. Esses territórios possuem certo grau de autonomia, mas são administrados diretamente pelo governo central em Moscou. A Rússia é composta por 85 dessas entidades federativas, que incluem oblasts, repúblicas, krais e cidades federais.

O oblast de Kursk está localizado no oeste da Rússia, na fronteira com a Ucrânia, e faz parte do distrito federal central do país. A capital do oblast é a cidade de Kursk, que também é a maior cidade da região. A área é caracterizada por terrenos planos e férteis, com um clima temperado continental, que é favorável à agricultura. Com aproximadamente 1,1 milhão de habitantes, a região possui uma densidade populacional relativamente baixa quando comparada a outras partes da Rússia.

Na terça-feira, 6 de agosto, iniciou-se uma ofensiva ucraniana na região, que varreu partes do oblast de Kursk. A decisão da Ucrânia de invadir essa área pode ser vista como uma tentativa de transferir o conflito para o território russo, desestabilizando a linha de defesa do país e aumentando a pressão sobre o Kremlin. Um dos objetivos de Kiev pode ser forçar a Rússia a redistribuir tropas e recursos que estavam focados nas frentes internas da Ucrânia, aliviando a pressão sobre áreas estratégicas como Donetsk e Luhansk.

Além disso, o forte ataque ucraniano está obrigando a Rússia a lutar em múltiplos fronts simultaneamente, o que pode esgotar ainda mais os recursos militares russos. Mais do que isso, a Ucrânia está demonstrando à comunidade internacional sua capacidade não apenas de resistir, mas também de contra-atacar, fortalecendo sua posição em futuras negociações de paz.

A resposta russa não tardou: o país, agora sob ataque, não apenas está retirando a população do oblast de Kursk, como também intensificou seus ataques a alvos civis na Ucrânia. Desde o início da incursão de Kiev, supermercados, prédios residenciais e até mesmo escolas foram alvejadas pela artilharia russa.

Com a Ucrânia invadindo o território russo, as negociações de paz podem se tornar mais complexas. A Rússia pode endurecer sua posição, exigindo a retirada completa das forças ucranianas como pré-condição para qualquer diálogo, enquanto a Ucrânia pode utilizar sua posição fortalecida no campo de batalha para buscar condições mais favoráveis.

Segundo teorias de guerra e conflito, a decisão de transpor uma fronteira e invadir o território de um estado soberano, como a Ucrânia fez em Kursk, pode ser interpretada sob a lógica da "escalada controlada". Clausewitz, em sua teoria da guerra, argumenta que a guerra é uma extensão da política por outros meios; esse movimento pode ser entendido como uma tentativa ucraniana de criar novas realidades políticas no terreno, que obriguem a Rússia a negociar. A "teoria dos jogos" também pode ser aplicada, sugerindo que a Ucrânia está aumentando a aposta na esperança de forçar a Rússia a reconsiderar suas ações e buscar um acordo antes que a situação se agrave para ambos os lados. 

 

João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

 

100 dias para a Fuvest: o que estudar?

Faltam apenas três meses para a próxima edição de um dos vestibulares mais concorridos e almejados do Brasil. Confira cinco dicas para se preparar para esse importante momento 

 

Um dos vestibulares mais concorridos e almejados do país é o da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Em 2023, edição anterior, a prova contou com 99.573 candidatos e 10.826 treineiros, totalizando 110.399 inscritos. Neste ano, a data da próxima prova já se aproxima. A primeira fase, que avalia os conhecimentos gerais, acontece daqui a quase três meses, em 17 de novembro. Já a segunda, que marcada para os dias 15 e 16 de dezembro de 2024, avalia o conhecimento em matérias relacionadas ao curso escolhido pelo vestibulando.  

A preparação para o exame é imprescindível e pode fazer toda a diferença na nota do participante. Por conta disso, faltando apenas 100 dias para a Fuvest, o coordenador do Curso Anglo, Madson Molina, traz orientações cruciais para a prova.  

Segundo ele, por ser uma prova que possui assuntos muito específicos, neste momento, em que o tempo de preparação começa a ficar escasso, é importante dar atenção as temáticas de maior incidência. Molina também ressalta que um bom plano de estudos faz toda a diferença. “É fundamental que também haja momentos de lazer. Já nos períodos de estudos manter o foco e planejamento é fundamental. Dentro deste contexto, a rotina para o vestibulando é uma das chaves do sucesso”.   

Além dos conteúdos de maior incidência, é importante que o vestibulando também dê atenção à lista de livros de leitura obrigatória. Tanto para a primeira, quanto para a segunda fase, aparecem diversas questões sobre as obras solicitadas. Talvez o primeiro passo seja a leitura dos livros, no entanto, materiais dos resumos das obras podem ser eficientes. 

 

Confira cinco dicas do coordenador do Curso Anglo para os estudantes nessa reta final:  

1.   Prestar outros processos seletivos como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a prova da Unicamp e da Unesp pode ser uma maneira de se acostumar com a realização das provas e desafogar as tensões. Com outras experiências em vestibulares, o estudante conseguirá prestar a Fuvest menos pressionado e poderá optar por ingressar em outra universidade. 

2.   Dedicar-se. Existem variáveis que impactam no resultado, mas a dedicação do estudante a seus estudos, sem dúvida, é fundamental.  

3.   Ter uma rotina pré-definida de estudos que considere as matérias que o estudante possui mais dificuldade e que possa ser seguida é uma boa dica para gerenciamento de tempo, já que faltam apenas três meses.  

4.   Ter disciplina, não apenas para se dedicar ao conteúdo que cai na prova, mas também a seus momentos de lazer, porque isso pode impactar no resultado. A disciplina, deste modo, entra para que o vestibulando não exagere nos dois aspectos e encontre um ponto de equilíbrio. 

5. Não se esquecer dos momentos de lazer. É importante que o estudante tenha ocasiões de descompressão, como encontros com amigos, momentos em família e atividades que não estão relacionadas ao vestibular. 

 

Anglo Vestibulares
www.cursoanglo.com.br


5 estratégias sustentáveis para revolucionar a sua empresa

Unsplash
Mais de 70% das empresas globais reportam que a sustentabilidade está incorporada em suas estratégias de negócio de longo prazo, aponta a pesquisa da Carbon Disclosure Project

 

À medida que avançamos no século XXI, a preocupação com o meio ambiente emerge como uma força transformadora no mercado global. O cenário atual da sustentabilidade empresarial é animador. Cada vez mais organizações estão adotando práticas que não apenas preservam o meio ambiente, mas também fortalecem suas operações e reputações. 

Estudos recentes mostram que empresas com estratégias sustentáveis não só reduzem custos operacionais, mas também conquistam a lealdade dos consumidores preocupados com o impacto ambiental. 

De acordo com o relatório recente da CDP (Carbon Disclosure Project), mais de 70% das empresas globais reportam que a sustentabilidade está incorporada em suas estratégias de negócio de longo prazo. Este número reflete uma mudança estrutural significativa em como as empresas percebem seu papel na sociedade e no ambiente. 

“Na Packster, empresa líder em embalagens sustentáveis, estamos comprometidos em não apenas acompanhar, mas também impulsionar essa mudança positiva. Acreditamos que a sustentabilidade não é apenas um dever moral, mas uma oportunidade de crescimento e inovação. Ao adotar práticas responsáveis, não só protegemos nosso planeta para as próximas gerações, mas também construímos um futuro empresarial mais resiliente e próspero”, destaca Jack Strimber, CEO da Packster.
 

Neste contexto, Jack 5 dicas estratégias para tornar sua empresa com práticas sustentáveis:

  1. Auditoria ambiental: realize uma auditoria detalhada para identificar oportunidades de redução de desperdício, consumo de energia e emissões de carbono;
  2. Adote energias renováveis: investir em fontes de energia limpa como solar ou eólica pode reduzir significativamente a pegada de carbono da sua empresa;
  3. Minimize o uso de plásticos: procure alternativas biodegradáveis e recicláveis para embalagens e produtos. Reduza o uso de plásticos descartáveis sempre que possível;
  4. Promova a consciência interna: eduque seus funcionários sobre práticas sustentáveis e incentive-os a contribuir ativamente para iniciativas ambientais da empresa;
  5. Colabore com fornecedores sustentáveis: escolha parceiros e fornecedores que compartilhem dos mesmos valores de sustentabilidade, criando uma cadeia de suprimentos responsável.

Juntas, as empresas podem transformar desafios ambientais em oportunidades significativas. É um convite para que todas se unam nesse esforço coletivo por um mundo mais sustentável.


Sem criatividade você engessa o indivíduo

Você já se perguntou se seria possível medir as capacidades e habilidades criativas dos estudantes em sala de aula? Sim, é possível! A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por meio do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa 2022), conseguiu medir, pela primeira vez, as habilidades de pensamento criativo de quase 700 mil estudantes de 15 anos, em 64 países.

Isso mostra o que eu já acredito há muito tempo: a criatividade é um componente extremamente importante no aprendizado, pois vai além do que é a retenção do conhecimento na sala de aula. Ela ajuda o indivíduo a caminhar em um mundo cada vez mais complexo. Sem a criatividade você engessa o indivíduo.  

E essa pesquisa da OCDE aponta as fragilidades e o que necessita ser melhorado nos sistemas educacionais. Durante a sua apresentação, Andreas Schleicher, diretor de Educação da OCDE e principal idealizador do programa, destacou algumas conclusões relacionadas à criatividade.  

Os sistemas educacionais fortes se destacam na criatividade, mas alguns dos melhores desempenhos em matemática experimentam quedas significativas no desempenho criativo;

A criatividade diminui à medida que os alunos envelhecem, com os alunos de 10 anos mostrando mais criatividade do que seus colegas de 15 anos. Isso ocorre porque crianças nascem com muita criatividade, sempre dispostas a aprender, desaprender e reaprender.

 

Além disso, nos países da OCDE, as meninas superam os meninos em pensamento criativo e possuem crenças mais positivas sobre criatividade, pontuando quase três pontos a mais que os meninos. A excelência acadêmica não é um pré-requisito para o pensamento criativo. Nesse sentido, o setor educacional finlandês vê a criatividade por meio do indivíduo, do processo, do produto e do ambiente, oferecendo uma estrutura abrangente para entender sua presença na educação.  

O relatório também aponta que habilidades criativas podem ser desenvolvidas em sala de aula.  Professores podem desbloquear a criatividade dos alunos e incentivá-los a explorar, gerar e refletir sobre ideias. Nesse sentido, as pedagogias aplicadas em sala de aula podem fazer a diferença. Nos países da OCDE, entre 60-70% dos estudantes relataram que seus professores valorizam sua criatividade e que os incentivam a apresentar respostas originais. 

Os pesquisadores propuseram ainda domínios que podem ser mensurado em eixos como: a expressão escrita, que envolve a comunicação de ideias e imaginação por meio da linguagem escrita; a expressão visual, comunicação de ideias e imaginação através de recursos visuais; a resolução de problemas sociais, que consiste em compreender diferentes perspectivas, atender às necessidades de outros e encontrar soluções inovadoras e funcionais para as partes envolvidas; e a resolução de problemas científicos, como a capacidade de gerar novas ideias, projetar experimentos para sondar hipóteses, e desenvolvimento de novos métodos ou invenções para resolver problemas.

Já avaliar e melhorar ideias refere-se à capacidade de o aluno avaliar limitações nas ideias e melhorar sua originalidade. 




Gilberto Barroso -é especialista em educação e gamificação, um dos responsáveis pelo projeto Criando Juntos, do De Criança Para Criança, que tem como um dos objetivos a autonomia das crianças em sala de aula quando falamos de aprender por meio de games, vídeos, histórias e o digital.



Sobre o De Criança para Criança
O programa De Criança para Criança (DCPC) oferece um leque de metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Do futuro para a escola, a proposta é oferecer às crianças a oportunidade de serem protagonistas, colocando-as no centro da aprendizagem. Através de uma plataforma simples, os professores são orientados a serem mediadores, fazendo com que os próprios alunos desenvolvam conhecimento sobre temáticas diversas. A partir de discussões, constroem coletivamente histórias, fazem desenhos e gravam locuções relativas às narrativas criadas, que posteriormente serão transformadas em animações feitas pelo DCPC, expandindo os horizontes educacionais. 


A luta por igualdade de gênero e o legado de grandes nomes no Direito

divulgação


A luta pela igualdade de gênero é um tema central na sociedade contemporânea, especialmente no campo do Direito, onde as mulheres têm conquistado espaço e protagonismo ao longo das décadas. No entanto, essa trajetória é marcada por desafios históricos e culturais que continuam a influenciar a participação feminina no setor jurídico.

Historicamente, o Direito foi um campo predominantemente masculino, refletindo uma sociedade onde as mulheres eram, em grande parte, excluídas dos espaços de poder e decisão. O acesso das mulheres à educação superior e, consequentemente, ao estudo do Direito, foi conquistado apenas após séculos de resistência. Esse contexto faz parte de um processo maior de luta pelos direitos das mulheres, que engloba não apenas o direito ao voto, mas também a igualdade de oportunidades profissionais e a autonomia sobre suas vidas.

A entrada das mulheres no Direito representou um avanço significativo na luta pela igualdade de gênero. No entanto, as barreiras não se dissiparam com o tempo. Ainda hoje, as mulheres enfrentam desafios como a desigualdade salarial, a falta de representatividade em cargos de liderança e a persistência de estereótipos de gênero que limitam suas oportunidades e reconhecimento.

Várias mulheres marcaram a história do Direito, desafiando as normas estabelecidas e abrindo caminhos para outras. Um exemplo notável é a jurista Ruth Bader Ginsburg, que serviu como juíza associada da Suprema Corte dos Estados Unidos. Ginsburg foi uma defensora incansável da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres, utilizando sua posição para promover mudanças significativas na legislação e na sociedade. Sua carreira é um testemunho do impacto que uma única mulher pode ter em todo um sistema jurídico.

Outro nome de destaque é Bertha Lutz, uma das pioneiras do feminismo no Brasil e uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Lutz foi uma figura central na luta pelo sufrágio feminino no país, e seu trabalho contribuiu para a inclusão de direitos das mulheres na Constituição Brasileira de 1934. Sua atuação no campo do Direito e dos direitos humanos continua a inspirar gerações de mulheres.

Na esfera internacional, Eleanor Roosevelt também merece menção. Embora não tenha sido uma jurista, sua atuação na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas foi fundamental para a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, um documento que continua a influenciar o Direito e a promoção da igualdade de gênero em todo o mundo.

A presença feminina no Direito é crucial não apenas pela representatividade, mas também pela perspectiva única que as mulheres trazem para a interpretação e aplicação das leis. A diversidade de gênero no campo jurídico contribui para um sistema mais justo e equitativo, onde as leis refletem melhor as necessidades e experiências de toda a sociedade.

No entanto, a luta de gênero no Direito não se resume à inclusão das mulheres na profissão. Vai além, envolvendo a necessidade de revisitar e reformular as leis que, historicamente, têm perpetuado a desigualdade de gênero. Por exemplo, a legislação sobre violência doméstica e de gênero tem evoluído graças ao ativismo de mulheres que ocupam cargos no Judiciário e Legislativo, mas ainda há muito a ser feito para garantir que todas as mulheres tenham acesso à justiça de forma plena e igualitária.

Além disso, é essencial promover um ambiente de trabalho que seja verdadeiramente inclusivo, onde as mulheres possam avançar em suas carreiras sem enfrentar discriminação ou assédio. Isso exige uma mudança cultural profunda, que passa pela educação e conscientização de todos os profissionais do Direito, independentemente de gênero.

O futuro da luta de gênero no Direito depende da continuidade do trabalho de mulheres e homens comprometidos com a igualdade. É necessário incentivar a entrada de mais mulheres no campo jurídico, apoiar suas carreiras e garantir que tenham as mesmas oportunidades de crescimento que seus colegas homens. As instituições jurídicas, por sua vez, devem se comprometer com a promoção de políticas que garantam a igualdade de gênero em todas as suas esferas.

A sociedade como um todo precisa reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres no Direito. Isso inclui não apenas celebrar as conquistas de grandes nomes, mas também criar um ambiente em que todas as mulheres possam alcançar seu potencial máximo, independentemente de sua posição ou especialização dentro do campo jurídico.

A luta de gênero no Direito é uma jornada contínua e desafiadora, marcada por vitórias importantes, mas também por batalhas que ainda precisam ser travadas. Os grandes nomes femininos que moldaram o Direito ao longo dos anos servem como inspiração e lembrete do impacto que as mulheres podem ter nesse campo. No entanto, a verdadeira igualdade de gênero só será alcançada quando as barreiras que ainda existem forem derrubadas, e quando todas as mulheres tiverem as mesmas oportunidades de contribuir para a construção de um sistema jurídico mais justo e inclusivo.

O legado das mulheres no Direito é um testemunho da importância da luta por igualdade e um chamado à ação para todos aqueles que acreditam em uma sociedade mais justa e igualitária.

 

Patricia Punder,- advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br

 

4 passos uma melhor organização financeira pessoal

Administrador Tiago Tozzi Nunes ensina como recuperar o controle das finanças pessoais com humildade, sabedoria e fé

 

A cada dez brasileiros, oito estão endividados. A pesquisa do Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia é uma das muitas que apontam a realidade enfrentada pelas famílias com escassez de dinheiro no Brasil. Segundo o administrador de empresas Tiago Tozzi Nunes, o descontrole financeiro é um dos principais fatores que levam as pessoas ao endividamento, e isto pode estar relacionado, também, à instabilidade emocional.

“Crenças limitantes de incapacidade, por exemplo, pode ocasionar a busca do preenchimento de um vazio interno, levando a pessoa a gastar sem controle com supérfluos”, diz o autor do livro Educação financeira e reflexões sobre a verdadeira riqueza. Ele explica que esta questão, muitas vezes, pode ser resolvida com apoio espiritual e gerenciamento mais consciente das finanças.

E, para quem não sabe por onde começar ou não tem conhecimento prévio de organização, o profissional deixa quatro orientações para aplicar dia a dia.

1. Reconheça e controle o descontrole: Faça um levantamento das despesas e receitas. Identifique onde estão aqueles gastos desnecessários no mercado, com roupas, ou assinaturas de serviços e produtos – evite compras impulsivas. Mas lembre-se: o descontrole é algo interno, já que o dinheiro potencializa a satisfação de vontades. Por isso, a principal transformação precisa interior; aprenda a não viver de comparações; agradeça o que já tem e foque no que deseja conquistar.

2. Avalie necessidades: Agora que você deu um basta no descontrole, faça uma nova análise nas contas e gastos. Priorize necessidades básicas e planeje como atingi-las de forma econômica. Optar por um produto de outra marca e fazer pesquisas de preço são sempre indicados. Há também as necessidades que o dinheiro não preenche, e é preciso ficar atento a elas. Busque alimentar sua alma com notícias boas, momentos em família ou amigos, ações que tragam bem-estar; e reserve também um tempo para praticar a sua fé.

3. Equilibre suas contas pessoais: Liste a sua receita mensal e, deste total, priorize as despesas fixas, como moradia, alimentação e transporte. Crie o hábito de reservar uma quantia mensal para a poupança – ou outro investimento para planos futuros e objetivos maiores. E não precisa ser muito dinheiro, só sabe poupar no muito quem aprendeu a poupar no pouco.

Já para despesas variáveis, divida o saldo restante em partes iguais para cada semana do mês. Exemplo: se você tem R$ 1 mil disponível, pode gastar R$ 250 por semana. Considere também fazer uma projeção anual das finanças, incluindo despesas como IPVA e IPTU. Esta é uma maneira de se preparar para os meses com gastos adicionais. Quanto a rendas extras, como o 13º salário ou “frilas”, transforme-as em poupança ou investimento para o futuro.

4. Enxergue a verdadeira prosperidade: Independentemente de crenças, é importante refletir que a verdadeira riqueza vai além dos bens materiais. Envolve ter saúde, paz, vida familiar harmoniosa e alegrias; tudo isso sustentado por uma crença viva em Jesus. Por isso, inclua a sua fé nas finanças – ao ajudar o próximo, alguma instituição ou a igreja que congrega. Confie em Deus durante todo este processo, pois Ele proverá e guiará suas ações; leia mais a Bíblia, aprenda com os seus ensinamentos e siga de acordo com os princípios divinos.

E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. – Deuteronômio 28:1

Por fim, Tiago explica que ser próspero significa seguir dois grandes princípios: união, ao contar com a família para viver uma vida mais completa e com apoio de quem se ama; e honestidade, porque dever a alguém pode prejudicar quem não recebeu o pagamento. Agir corretamente só trará bons frutos para você, então reorganize a sua vida em todos os sentidos. 



Tiago Tozzi Nunes - formado em Administração de Empresas. A partir da experiência profissional e pessoal na área de finanças, ensina como aplicar a gestão financeira com ações simples no dia a dia pautadas principalmente pela organização. É autor do livro Educação financeira e reflexões sobre a verdadeira riqueza, disponível na Amazon, também na versão em inglês.
Instagram: @verdadeirariquezammv | @o_tiago_tozzi_nunes


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