Médico do Hospital CEMA esclarece se é necessário
recorrer a um especialista antes de usar o produto e quais cuidados são
necessários para evitar complicações oculares
É
uma cena muito comum: ao menor sinal de secura ocular, muitas pessoas não
hesitam em pingar um colírio nos olhos. Nesse cenário, é normal recorrer ao
colírio que fica no armário do banheiro ou esquecido dentro da caixa de
remédios. Alguns podem pegar o remédio emprestado de alguém ou pedir a
recomendação de um “produto bom para os olhos”. Porém, nada disso é indicado
pelos oftalmologistas. “A má utilização de colírios pode provocar alterações da
pressão ocular (glaucoma), indução de formação de catarata e alterações de
cicatrização da superfície da córnea (que podem levar a perfurações e
inflamações crônicas) ”, explica o médico do Hospital CEMA, Omar Assae.
Mas,
afinal, tem algum colírio que pode ser usado sem receita médica? O especialista
explica que, em alguns casos, até é permitido, mas não de modo indiscriminado.
“Os classificados como lubrificantes oculares e, principalmente, sem conservantes,
podem ser usados, pois seus princípios ativos não causam alterações na
superfície ocular”, diz.
Entre os cuidados que o médico recomenda estão verificar a validade do produto antes do uso, seguir corretamente as instruções da bula, checar se há ou não necessidade de agitar o frasco, se o produto precisa ser mantido ou não sob refrigeração e evitar tocar o bico do frasco com na superfície do olho para evitar contaminação. “Na dúvida sobre o uso, procure um oftalmologista. O colírio indicado por um familiar seu provavelmente não é o mais indicado para você. Cada caso é único e precisa ser avaliado com cuidado”, resume.
Hospital CEMA
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