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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Alergia à perfume? Entenda as causas para a condição

Presença de perfume mix na composição pode levar a sintomas de dermatite de contato

 

Não é raro encontrar pessoas com alergia a perfumes, que lidam com sintomas que vão de espirros e coriza até coceira e vermelhidão na pele. O que poucos sabem é que, não necessariamente, a condição se manifesta como resultado da fórmula do produto. Segundo a especialista Sarah Lazaretti, o responsável pelo incômodo tem nome – perfume mix.

“Trata-se de um pool de substâncias. Geralmente, consideram-se 27 substâncias potencialmente alergênicas”, define a profissional, cofundadora da Alergoshop, rede de cosméticos hipoalergênicos. Ela esclarece que, a partir do contato desses compostos nocivos com a pele, são manifestados os indicativos mencionados previamente.

Para Lazaretti, a ausência de conhecimento sobre esse pool faz com que a maior parte do público não saiba lidar com a condição. Ela indica que, em todos os casos de aquisição de perfumes, ler o rótulo para checar a existência de alguma das substâncias que devem ser evitadas, é vital. Além dessa indicação para o momento da aplicação, fazer um teste alergênico após a identificação de algum sintoma, também é válido. Dessa forma, é possível traçar a melhor forma de manter-se cheiroso e com qualidade de vida.

 

Como identificar a condição?

Sarah ressalta que essas 27 substâncias com alto potencial alergênico podem estar presentes não apenas em perfumes, mas em cremes, óleos essenciais, body splashes, desodorantes e outros produtos de uso corporal. Diante da gama de possibilidades, estar atento à possíveis manifestações de dermatite de contato é uma estratégia útil para uma boa condução do tratamento.

“Existem dois tipos: a irritativa, que é mais comum e responsável por quase 80% dos casos, e a alérgica. A primeira é provocada por substâncias ácidas ou alcalinas, e leva a lesões no local de contato. Já a segunda, se desenvolve após a exposição repetida a um produto ou substância. Nesse caso, ela não necessariamente aparece na área diretamente exposta”, esclarece Lazaretti.

Para identificar ambas as condições, é essencial que a pessoa observe vários sinais e padrões. Primeiramente, deve-se prestar atenção ao surgimento de vermelhidão, coceira ou erupções na pele após o uso de um novo perfume ou produto corporal. Essas reações geralmente aparecem em áreas de contato direto com o produto, como pescoço e pulsos. Se os sintomas ocorrerem em locais não diretamente expostos, como atrás das orelhas ou ao redor, pode ser um indício de dermatite alérgica.

Outro ponto importante é o intervalo de tempo entre o uso do perfume e o aparecimento dos sintomas. A dermatite irritativa geralmente se manifesta rapidamente após o contato com a substância, enquanto a alérgica pode levar dias ou até semanas para se manifestar após exposição contínua. Manter um registro dos produtos utilizados e das respectivas reações pode ajudar a identificar padrões e possíveis alérgenos. Caso haja suspeita de que um perfume é o causador da reação, é aconselhável interromper seu uso e procurar um dermatologista para um diagnóstico preciso e realização de testes de alergia, se necessário.

 

Fragrâncias hipoalergênicas

As fragrâncias hipoalergênicas podem ser uma solução eficaz para pessoas com pele sensível ou propensa a reações alérgicas, uma vez que são formuladas para minimizar a probabilidade de causar irritações ou reações adversas. Elas são desenvolvidas com uma seleção restrita de ingredientes e evitam substâncias conhecidas por serem alérgenos comuns, como corantes e conservantes agressivos. Além disso, são testadas dermatologicamente para garantir que sejam menos propensas a causar reações alérgicas, proporcionando maior segurança.

Segundo Sarah, o conceito de "hipoalergênico" refere-se a produtos que são menos propensos a causar reações alérgicas devido à sua formulação cuidadosa. Em fragrâncias, isso significa que elas contêm um número reduzido de ingredientes potencialmente irritantes e são elaboradas com componentes que têm menor probabilidade de desencadear uma resposta alérgica.

“A escolha de fragrâncias hipoalergênicas é vantajosa para pessoas com histórico de dermatite de contato ou outras condições alérgicas, pois elas ajudam a reduzir a exposição a alérgenos e substâncias irritantes”, pontua a especialista.

Ao selecionar o produto ideal, é importante considerar alguns fatores, como a verificação da lista de ingredientes mencionada previamente. Optar por fragrâncias que possuem certificações de teste dermatológico e que são recomendadas por profissionais de saúde também pode ser benéfico. Vale ressaltar que é aconselhável realizar um teste de contato em uma pequena área da pele antes do uso completo para assegurar que não haverá reações adversas.

 

Alergoshop
https://alergoshop.com.br/


Oftalmologista do H.Olhos explica por que o inverno é o período ideal para realizar a blefaroplastia

https://www.pexels.com/
O excesso de pele nas pálpebras pode afetar a visão, causar uma aparência cansada e mais envelhecida.


Você sabia que o inverno é o período ideal para a realização da bleflaroplastia? A cirurgia plástica ocular e estética é indicada nos casos de excesso de pele nas pálpebras superior e inferior, quando aparecem bolsas de gordura abaixo dos olhos. Além de melhorar a aparência, o procedimento contribui para aumentar o campo de visão do paciente. 

O excesso de pele nas pálpebras, também conhecido como dermatocálase, afeta tanto mulheres quanto homens e pode causar sensação de peso nos olhos, dificuldade para enxergar, visão embaçada, entre outros incômodos. A pessoa fica com uma aparência cansada e mais envelhecida. 

A oftalmologista especialista em plástica na região dos olhos, Dra. Cristiane Okazaki, do H.Olhos, referência em oftalmologia no Estado de São Paulo, explica que "a condição geralmente está relacionada com a idade, pois à medida que envelhecemos ocorre um enfraquecimento dos músculos e tecidos que sustentam as pálpebras". 

De acordo com a médica, "fatores genéticos e ambientais também podem influenciar, como o tabagismo e a exposição excessiva ao sol, porque com o avanço da idade esses fatores aumentam o risco de flacidez da pele que cobre os olhos. E é importante a pessoa consultar um oftalmologista para que ele avalie se houve redução do campo de visão." 

A blefaroplastia é um procedimento simples, realizado com anestesia local e sedação, para evitar qualquer desconforto ao paciente. Geralmente dura de uma a duas horas e nos primeiros dias os cuidados devem ser mais intensos, com uso das medicações indicadas pelo médico, repouso e compressas com água gelada sobre os olhos. 

A Dra. Cristiane Okazaki esclarece que "o clima mais ameno do inverno ajuda no processo de recuperação, pois o frio contribuiu para os vasos sanguíneos se contraírem e isso faz o inchaço pós-operatório ser menos intenso. Além disso, a incidência de raios solares é menor nesta época do ano." 

A blefaroplastia deve ser realizada por um médico especializado, sendo ele oftalmologista, cirurgião plástico ou dermatologista. No caso do oftalmologista cirurgião plástico ocular é possível aliar o foco em estética junto com a saúde dos olhos. O ideal é escolher um médico de sua confiança que o acompanhe em todas as etapas, desde a indicação da cirurgia, a realização do procedimento, o período de restauração da qualidade da visão e da recuperação da vida normal.


Desafios da amamentação podem ser superados

Agosto ganha a cor dourada para destacar o padrão
 ouro de qualidade do leite materno

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Neste agosto dourado, pediatra destaca que amamentar não é simples e explica como passar pelos problemas

 

 

De acordo o Ministério da Saúde, a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida reduz em até 63% as internações hospitalares por doenças respiratórias, como pneumonia, bronquiolite e gripes. O leite materno evita doenças, porque contém imunoglobulina A, proteína que age na proteção das mucosas do sistema respiratório do bebê, evitando a progressão de infecções, além de reduzir a exposição e a absorção intestinal de alergênicos responsáveis pelas doenças respiratórias. A Semana Mundial de Aleitamento Materno ocorre anualmente em todo mundo na primeira semana de agosto e o mês ganha a cor dourada para destacar o padrão ouro de qualidade do leite materno. 

A pediatra Larissa Lucena, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, destaca que o aleitamento materno é benéfico tanto para o bebê quanto para a mãe. “No pós-parto imediato a amamentação é muito importante para a mãe porque o mesmo hormônio que ejeta o leite na boquinha do bebê é o mesmo hormônio que faz o útero contrair. O útero contraindo vai prevenir infecções, vai prevenir sangramento, vai fazer com que o corpo da mãe volte ao normal mais rápido, porque a barriga vai desinchar mais rápido. Para o bebê é o boom de anticorpos. Por isso que a gente pede que a amamentação seja iniciada na primeira hora de vida, porque isso vai auxiliar muito na proteção que o bebê recebe de anticorpos prontos. É aquela proteção imediata para ele que ainda não recebeu nenhuma vacina e está totalmente vulnerável”. 

Contudo, nem todas as mulheres têm facilidade em amamentar. “Todo mundo acredita que a amamentação é simples, que é só colocar o bebê no seio e vai dar tudo certo, mas não. A mãe tem que saber posicionar o bebê corretamente, tem a forma com que ele pega no seio, na aréola, tem que ter um ensinamento da mãe e é importante que essas orientações sejam feitas ainda no pré-natal, por isso que é importante que no pré-natal a mãe passe com uma pediatra também para fazer essas orientações em relação à mamada”, orienta a especialista. “A fonoaudióloga na primeira semana de vida do bebê é muito importante, porque ela vai auxiliar nesse posicionamento correto do bebê no seio, ele precisa conseguir abocanhar o máximo possível da aréola da mãe e não só do bico”, completa. 

 

Outras dificuldades

Larissa Lucena explica ainda sobre outras dificuldades que o recém-nascido pode apresentar para mamar. “Outra coisa que pode dificultar o bebê fazer essa pega correta é a linguinha presa, por isso também na primeira semana de vida tem que ter avaliação da fono, se ela acreditar no exame físico dela que o bebê tem necessidade de fazer uma frenectomia, que é aquele cortezinho debaixo da língua, tem que ser direcionado para uma odontopediatra que vai fazer esse tratamento, o cortezinho para o bebê conseguir fazer a pega correta ao mamar”. 

Alguns bebês precisam de translactação ou relactação, são técnicas semelhantes nas quais se utiliza uma sonda próxima ao mamilo para conduzir o leite de um recipiente para a boca do bebê. A diferença é que na translactação se usa o leite materno e na relactação utiliza-se o leite artificial. Ambas situações são formas de se estimular a sucção mamilar por parte do bebê até que o leite materno seja produzido de forma satisfatória ou até o bebe “aprender” o processo de sucção. “O bebezinho é colocado para fazer a pega no seio da mãe, só que o leite em vez de sair do mamilo vai sair através de uma sonda. A gente indica para o bebê estimular o máximo possível a sucção no seio da mãe. Se a gente quer estimular que o seio produza novamente leite ou aumente a quantidade, a gente precisa fazer com que o bebê sugue”, destaca a médica.

 

Volta ao trabalho

Muitas pessoas ainda acreditam que as mães que vão retornar ao trabalho precisam desmamar ou antecipar a introdução alimentar. Porém, a pediatra Larissa Lucena ressalta que tudo não passa de mitos. “Quando a mãe for voltar ao trabalho ela tem que se preparar para ordenhar e deixar o leite para o bebê ou iniciar a fórmula, ela tem que fazer uma consulta com o pediatra para ser orientada. A introdução alimentar antecipada nunca é orientada, em hipótese alguma. A gente só começa a introdução alimentar quando o bebê tem seis meses e os sinais de prontidão: precisa sustentar a cabeça, sentar com o mínimo de apoio, segurar objetos na mão e levar até a boca, isso reduz as chances de engasgo. Outra coisa que reduz também são os índices de alergias alimentares por introdução precoce de alimento”. 

Para retirar o leite materno para guardar para o bebê a mãe precisa ordenhar. “A ordenha pode ser feita em bombinha, seja manual ou elétrica, ou pode fazer a ordenha manual, com a própria mão. Mas a gente sabe que é bem difícil da mãe fazer a ordenha com a própria mão e que ordenha é um grande volume para deixar para o bebê, então geralmente a gente indica as bombinhas elétricas, que são mais fáceis, você consegue ajustar a pressão para não fazer machucado no mamilo da mãe. A gente orienta para a mãe ordenhar o leite entre as mamadas, o bebê não vai ser prejudicado por isso, porque se você está ordenhando, o seu seio vai produzir mais leite, não vai faltar para o seu bebê. E leite ordenhado tem que ser aquecido depois em banho-maria, não pode de forma alguma ir no micro-ondas e nem na chama direto no fogão. Em geladeira só vale por 12 horas e em freezer até 15 dias”, destaca a especialista sobre o protocolo brasileiro para validade do leite materno. 

Sobre desmamar em razão do bebê já estar maior, a pediatra ressalta que também é um grande equívoco. “A Sociedade Brasileira de Pediatria indica que a amamentação seja feita até os dois anos ou até quando a mãe quiser. A amamentação tem que ser prazerosa pra mãe e pro bebê. Se ela está sendo prazerosa e não está gerando nenhum prejuízo, a criança não deixa de comer pra mamar, não tem porque ser retirado. E o leite materno continua tendo os seus benefícios, várias vitaminas, anticorpos, que ainda auxiliam o filho, independente da idade”, afirma Larissa Lucena. 


Casos da febre do oropouche aumentaram quase 200 vezes neste ano comparados à última década

Em território nacional, foram detectadas infecções autóctones
em áreas anteriormente não endêmicas nas cinco regiões,
com casos relatados em 21 unidades federativas e aumento de
quase 200 vezes na incidência
 (
imagem produzida pela Agência FAPESP com base em gráficos do artigo)
Dados preliminares publicados por pesquisadores brasileiros mostram que o patógeno passou por alterações que o tornaram mais agressivo, contribuindo para o ressurgimento da doença no Brasil entre 2023 e 2024

 

A epidemia atual de oropouche é causada por uma nova variante do arbovírus OROV capaz de se replicar até cem vezes mais do que a original e de evadir parte da resposta imune. As conclusões são de um estudo divulgado em versão pre-print (artigo sem revisão por pares) no repositório medRxiv.

A febre do oropouche faz parte do rol de doenças negligenciadas, como a malária e outras arboviroses (dengue, por exemplo). É transmitida por moscas hematófogas da espécie Culicoides paraensis e causa dor de cabeça, artralgia, mialgia, náusea, vômito, calafrios e fotofobia – mas também pode levar a complicações mais graves, como hemorragia, meningite e meningoencefalite.

Apesar de documentada na América do Sul desde a década de 1950, a doença apresentou um aumento substancial de casos entre novembro de 2023 e junho de 2024 no Brasil, Bolívia, Colômbia e Peru. Em território nacional, foram detectadas infecções autóctones em áreas anteriormente não endêmicas nas cinco regiões, com casos relatados em 21 unidades federativas e aumento de quase 200 vezes na incidência em comparação com a última década.

Para investigar os fatores virológicos por trás desse ressurgimento, pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp), de São Paulo (USP), do Kentucky, do Texas (Estados Unidos) e da Federal de Manaus (Ufam), além do Imperial College London (Reino Unido) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), combinaram dados genômicos, moleculares e sorológicos de OROV do período entre 1º de janeiro de 2015 e 29 de junho de 2024, além de caracterização in vitro e in vivo, em um estudo financiado pela FAPESP (projetos 18/14389-022/00723-122/10408-6 e 23/11521-3).

O primeiro passo foi testar por PCR um grupo de 93 pacientes do Amazonas com doença febril não identificada e negativos para Malária, entre dezembro de 2023 e maio de 2024. O resultado foi positivo para OROV em 10,8% dos casos e, posteriormente, foi isolado o soro de sete pacientes em culturas de células.

Em seguida, esses isolados foram usados para avaliar a capacidade replicativa em diferentes células – de primatas e humanos – sempre em comparação com um isolado antigo de OROV. Por fim, foi avaliada a capacidde de ambos os vírus serem neutralizados por anticorpos presentes no soro de camundongos previamente infectados com o OROV e de humanos convalescentes para linhagens anteriores, infectados até 2016. Para isso, foi feito um teste de neutralização por redução de placas (PRNT50), que mede a redução do número de partículas virais viáveis formadas após a incubação com diferentes diluições do soro dos pacientes ou de camundongos.

“Percebemos que o novo OROV apresenta replicação aproximadamente cem vezes maior em comparação com o protótipo”, explica Gabriel C. Scachetti, pesquisador do Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve) da Unicamp e um dos autores do estudo. “Além disso, produziu 1,7 vez mais placas, de tamanhos 2,5 vezes maiores, um indício de maior virulência.”

“Também infectamos camundongos com as duas cepas e vimos que o vírus antigo não protege contra o novo – a redução na capacidade de neutralização foi de pelo menos 32 vezes”, completa Julia Forato, também autora e pesquisadora do Leve.

Saúde pública

“Além de traçar um panorama da epidemia de oropouche, o trabalho apresenta possíveis explicações para o aumento no número de casos, servindo de base para ações de controle epidemiológico”, afirma José Luiz Proença Módena, professor do Instituto de Biologia da Unicamp (IB-Unicamp), líder do Leve e um dos coordenadores do estudo. “Se o novo vírus escapa da proteção em áreas com alta soroprevalência, há maior probabilidade de infecções e transmissão, inclusive com disseminação para outras regiões do Brasil, portanto precisamos confirmar e monitorar casos positivos e lançar mão de ferramentas para diminuir o risco de transmissão.”

“Essa epidemia está longe de acabar e tem potencial de causar estragos em áreas onde não havia qualquer circulação do vírus”, alerta o pesquisador.

As professoras Ester Sabino Camila Romano, ambas da Faculdade de Medicina da USP, participaram do estudo. William Marciel de Souza (Universidade de Kentucky) e Pritesh Jaychand Lalwani (Ufam e Fiocruz Manaus) também são coautores.

O artigo Reemergence of Oropouche virus between 2023 and 2024 in Brazil pode ser lido em: www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.27.24310296v1.

 

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/casos-da-febre-do-oropouche-aumentaram-quase-200-vezes-neste-ano-comparados-a-ultima-decada/52394


Como acertar na compra de mamadeiras, chupetas e fraldas? Confira dicas essenciais!

 

 istock

Atentar-se à faixa etária que o produto é direcionado, à durabilidade e ao material está entre as principais recomendações

 

Diante de tantas opções no mercado, escolher os melhores produtos para os filhos torna-se uma tarefa difícil. As mamadeiras, por exemplo, apresentam vários modelos, bicos, materiais e funções, e, por isso, geralmente são dignas de muitas dúvidas na hora da compra. O mesmo se aplica para a grande variedade de chupetas e fraldas, afinal, esses três produtos são muito presentes no início da vida do bebê e, por isso, devem ser escolhidos com cautela e assertividade. Para te ajudar,  separamos algumas dicas: 

 

  • Fraldas 

Escolher fraldas confortáveis e seguras é uma das tarefas mais importantes para garantir o bem-estar do bebê. Isso porque fraldas inadequadas podem ocasionar desde vazamentos até irritações e assaduras na pele, o que impacta diretamente na saúde e no humor da criança. Em geral, há dois principais modelos de fraldas: as descartáveis e as de pano. As descartáveis apresentam vantagens como praticidade e capacidade de absorção, enquanto as de pano, por sua vez, são mais duráveis, sustentáveis e permitem uma melhor respiração da pele do bebê.  

Ambas têm suas vantagens e desvantagens, cabe a você decidir o mais viável e melhor para sua criança. 

 

  • Chupetas 

Conhecidas por sua capacidade de distrair e acalmar os pequenos, as chupetas são bastante requisitadas no mercado infantil. Mas, devido à grande diversidade de opções, costumam causar dúvidas sobre o tamanho, modelo e material adequados, e, por isso, realizar uma compra informada é essencial. No que diz respeito ao tamanho apropriado da chupeta, para escolher, você deve ler a embalagem do produto para saber se é adequado à faixa etária de sua criança.  

Em relação ao material, há três opções: látex, silicone e ortodôntico. Neste caso, o modelo ortodôntico é o mais indicado, uma vez que não prejudica a formação dentária da criança e, ainda, é mais confortável.

 

  • Mamadeiras 

As mamadeiras têm uma ligação direta com a formação inicial do bebê,  visto que é por meio delas que ele se alimenta, desenvolve e cresce saudável. Por isso, junto do pediatra de seu filho, opte sempre por opções mais confortáveis e livres de BPA (bisfenol A, substância prejudicial), para que sua criança tenha uma experiência positiva, segura e eficaz ao se alimentar. Diante deste cenário, lembre-se de se atentar em relação aos seguintes pontos:

 

  • Idade 

Atentar-se à idade da criança é imprescindível para uma escolha assertiva, visto que, de acordo com o crescimento e desenvolvimento dela, as necessidades em relação ao tamanho da mamadeira, formato do bico e receptividade do fluxo mudam, e, por isso, é necessária uma compra alinhada a tais mudanças. Neste caso, uma estratégia fundamental para ficar mais seguro sobre a escolha é procurar pelo símbolo de indicação de idade no rótulo. 

 

  • Escolha opções anticólica  

Uma excelente maneira de reduzir o desconforto e os episódios de cólica de seu bebê é optar por mamadeiras anticólica, uma vez que são projetadas para diminuir a ingestão de ar durante a sucção. Tal mecanismo é bastante eficiente e, por isso, ajuda a reduzir a formação de gases, soluços e tornar o momento da amamentação mais prazeroso e tranquilo. Mamadeiras Avent, Natural Flow e MAM são alguns exemplos de produtos que têm essa característica.  

Mas lembre-se: se tiver qualquer dúvida sobre a compra desses produtos, consulte o pediatra de sua confiança, para que ele te auxilie a fazer escolhas assertivas. Esperamos que nossas dicas sejam úteis!

 

Consumo de medicamentos para colesterol alto cresce 7,98% em 2023 no estado de São Paulo

 

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Cardiologista e presidente da Santa Casa de Chavantes destaca a importância de manter o colesterol em níveis saudáveis para garantir a saúde do coração

 

Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostram um aumento na distribuição de medicamentos para o tratamento de colesterol alto em 2023. No ano passado, foram distribuídos 41.465.940 comprimidos para pacientes diagnosticados com hipercolesterolemia, um crescimento de 7,98% em comparação aos 38.401.549 de 2022.

 

Nos primeiros cinco meses de 2023, o aumento foi de 5,37%, com 16.584.054 comprimidos distribuídos. Em 2022, foram 15.739.201. Já em 2024, esse crescimento foi ainda mais significativo, com 18.508.235 comprimidos fornecidos pela rede pública, representando um aumento de 11,60% em comparação aos números de 2023.

 

No dia 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, que visa promover ações de conscientização e prevenção contra o colesterol alto, um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares.

 

Segundo o cardiologista e presidente da Santa Casa de Chavantes, Dr. Anis Ghattás Mitri Filho, “o colesterol é uma substância gordurosa essencial para o nosso organismo. Ele é utilizado na produção de hormônios, vitamina D e na formação das membranas celulares”.

 

Existem dois tipos principais de colesterol: o LDL, conhecido como "colesterol ruim", que se acumula nas artérias, formando placas gordurosas que obstruem a passagem do sangue, podendo desencadear infartos e doenças cardíacas. Já o HDL, conhecido como "colesterol bom", atua removendo o excesso de colesterol das artérias e transportando-o para o fígado, onde é metabolizado.

 

“O colesterol alto pode ser causado por fatores genéticos, bem como histórico familiar e hábitos de vida pouco saudáveis. Dietas ricas em gorduras saturadas e trans, sedentarismo, obesidade e tabagismo, além de pessoas com diabetes e hipertensão, também podem desenvolver colesterol alto”, explica Dr. Anis.

 

O diagnóstico da hipercolesterolemia é feito através de exames de sangue que medem os níveis de colesterol. Além do tratamento com medicamentos, envolve mudanças no estilo de vida, como adoção de uma dieta saudável, prática regular de exercícios físicos e perda de peso.

 

“Entre os principais meios de prevenção está uma dieta equilibrada, rica em fibras, prática regular de atividades físicas e a redução do consumo de álcool e tabaco. Além disso, a realização de exames periódicos permite monitorar os níveis de colesterol e adotar medidas preventivas adequadas”, alerta o cardiologista. O médico ainda enfatiza a importância da prevenção: "As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, e a prevenção é essencial para reduzir esse risco. Manter o colesterol em níveis saudáveis é um passo fundamental para a saúde do coração."



Não é só para o avião: meias de compressão devem ser usadas para viagens em qualquer veículo

A recomendação é para qualquer deslocamento longo. Confira cinco dicas importantes para quem planeja fazer longas viagens sem descuidar da saúde vascular


Entre julho e agosto, a busca por viagens aumenta, assim como as dúvidas sobre o que levar na mala. No entanto, existe um item indispensável para longos deslocamentos: a meia de compressão. Pode parecer um mito, mas é uma verdade comprovada. Conforme a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), as meias são essenciais para prevenir a trombose venosa profunda. O que talvez a maioria das pessoas não saiba é que isso vale não apenas para os trajetos de avião, mas para carro, trem ou qualquer outro veículo. 

O risco está no tempo que o indivíduo fica parado. A partir de duas horas de viagem, é recomendado o uso do acessório. E aqui, estão incluídos tanto passageiros como condutores. 

A falta de movimentação aumenta as chances do surgimento da trombose profunda ou “trombose do viajante”, caracterizada pela formação de coágulos nas veias das pernas, que obstruem a passagem do sangue e podem causar sintomas como dor e inchaço nas áreas afetadas. 

Além das dores, os coágulos podem se desprender e deslocar para outras regiões, como os pulmões, onde há o risco de quadros mais graves como a embolia pulmonar, uma obstrução dos vasos do pulmão que pode ser fatal.
 

Maior risco no ar

O quadro de trombose pode ocorrer em qualquer tipo de viagem, no entanto, possui maior incidência nos voos. Isso ocorre devido à falta de movimentação pelo espaço ser pequeno, em geral, e também por conta da menor umidade e oxigenação, algo que contribui para que o sangue fique mais viscoso.


 

Saiba cinco dicas importantes para viajar e cuidar da saúde das pernas
 

Mexa-se 

Quando estiver sentado, é importante mover pés e panturrilhas. Se possível, a cada duas horas, levante-se para fazer uma caminhada na aeronave, ônibus ou trem. No caso dos carros, a recomendação é parar em algum local seguro para esticar as pernas.
 

Hidratação 

A água é uma grande aliada para melhorar a fluidez do sangue, a circulação e evitar o estreitamento dos vasos, mas tome cuidado com as bebidas alcoólicas, café e estimulantes.
 

Remédios para dormir 

Evite medicamentos que induzem o sono e demais sedativos. Eles podem aumentar o tempo do passageiro sem se movimentar.
 

Tratamento 

É possível tratar a trombose com medicamentos anticoagulantes, que popularmente "afinam o sangue" e ajudam a dissolver os coágulos e reestabelecer a circulação. No entanto, esses fármacos não podem ser utilizados preventivamente antes das viagens. Se houver qualquer dúvida, ou sintomas como dores nas pernas após algum trajeto, é essencial consultar um médico angiologista.
 

Meias de compressão 

As meias suaves de compressão precisam ser usadas em viagens a partir de duas horas de duração. Existem modelos específicos para este tipo de situação e devem ser escolhidas conforme as medidas de cada pessoa. A meia de compressão pode ser utilizada por qualquer adulto saudável. No entanto, gestantes, pessoas que utilizam anticoncepcionais orais, idosos e pacientes com quadros de diabetes, hipertensão, obesidade, doenças que afetam o sistema linfático e isquemia, devem conversar com um médico antes. 

A meia de compressão colabora para a circulação saudável em diferentes situações do cotidiano, auxiliando na prevenção de doenças venosas, diminuindo a sensação de cansaço muscular e aumentando o conforto das pernas. Modelos como os produzidos pela SIGVARIS GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica, podem se adequar a qualquer necessidade pessoa, desde viagens longas, a esportes e pós-cirúrgicos, com eficácia o tratamento de doenças venosas e linfáticas.
 



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Dia Nacional da Saúde: Apenas 22% dos brasileiros praticam atividade física diariamente

O Dia Nacional da Saúde, comemorado anualmente em 5 de agosto, é uma data que nos lembra da importância de manter hábitos saudáveis e cuidar do bem-estar físico e mental.

 

O Dia Nacional da Saúde, comemorado anualmente em 5 de agosto, é uma data que nos lembra da importância de manter hábitos saudáveis e cuidar do bem-estar físico e mental. Este dia é uma homenagem ao nascimento do médico e sanitarista Oswaldo Cruz, que teve um papel fundamental na erradicação de epidemias no Brasil e na promoção de políticas públicas de saúde.

Cuidar da saúde vai além de evitar doenças. Envolve a adoção de uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividades físicas, a manutenção de uma boa qualidade do sono e o cuidado com a saúde mental. Esses hábitos são essenciais para uma vida mais longa e com qualidade.

Atualmente, 52% dos brasileiros não praticam atividades físicas regularmente, de acordo com a Pesquisa Saúde e Trabalho do Sesi. Dentre os que se exercitam, 22% o fazem diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana e 8% duas vezes por semana.

Além disso, o mercado de alimentos de saúde e bem-estar global crescerá US$452,93 milhões até 2027, conforme  prevê a empresa canadense de pesquisa de mercado Technavio. A taxa anual de crescimento para o segmento será de 8,5% durante o período. As categorias de alimentos analisadas pela empresa foram o de alimentos naturais saudáveis, alimentos funcionais, alimentos BFY (Better For You, ou "Melhor Para Você" na tradução literal), alimentos orgânicos e produtos de intolerância alimentar.

Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, é um exemplo de dedicação à saúde. Adepto do esporte, pratica futebol desde jovem e não consegue viver sem atividade física. "O futebol sempre fez parte da minha vida. Não consigo imaginar um dia sem me exercitar. A prática regular de esportes me trouxe disposição e melhorou minha saúde e imunidade", comenta Mothé. Ele também ressalta a importância da alimentação saudável: "Adotar uma dieta equilibrada fez uma enorme diferença na minha vida e na vida da minha família. Sentimos uma melhora significativa na disposição ao longo dos anos e fiz disso o meu negócio mais lucrativo."

A nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, destaca a relevância de uma alimentação balanceada como pilar fundamental para uma vida saudável. "Uma dieta rica em nutrientes é crucial para o bom funcionamento do organismo. Alimentos naturais e minimamente processados fornecem vitaminas e minerais essenciais que ajudam a prevenir doenças e a manter a energia e disposição ao longo do dia", afirma Larralde.

Ela ainda reforça a importância de escolher alimentos frescos e variados, priorizando frutas, verduras, legumes, proteínas magras e grãos integrais. "A alimentação saudável não precisa ser complicada. Pequenas mudanças, como reduzir o consumo de açúcar e sal, evitar alimentos ultraprocessados e incluir mais vegetais nas refeições, já fazem uma grande diferença na saúde a longo prazo", recomenda a nutricionista.

A preocupação com a saúde também é refletida nas estatísticas de doenças crônicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 45% dos brasileiros sofrem de hipertensão arterial, e 7% são diagnosticados com diabetes. Esses números evidenciam a necessidade de uma abordagem preventiva e de cuidados contínuos com a saúde.

Além da alimentação, a prática de atividades físicas é fundamental. Segundo Fernanda, exercícios regulares ajudam a controlar o peso, melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico e promover a sensação de bem-estar. "Encontrar uma atividade física que você goste e praticá-la regularmente é uma das melhores formas de cuidar da saúde. Pode ser uma caminhada, andar de bicicleta, nadar ou até dançar. O importante é se movimentar", sugere.

Neste Dia Nacional da Saúde, é importante refletir sobre os hábitos diários e fazer escolhas que promovam o bem-estar. Investir na saúde é investir em qualidade de vida e em um futuro mais saudável.




Bio Mundo

 

Referências: 1- Nature. International Atherosclerosis Society guidance for implementing best practice in the care of familial hypercholesterolaemia. Disponível em: LINK. Acesso em: 30 de julho de 2024. 2- American Heart Association. Disponível em: Link. Acesso em: 30 de julho de 2024. 3- HCor. Avanço da obesidade aumenta riscos de doenças cardiovasculares. Disponível em: Link. Acesso em 02 de agosto de 2024.

Novos dados revelam como testes genéticos podem auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares 

 

Dia 8 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, data criada para conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares. Hoje em dia já é possível identificar a predisposição genética ao problema de forma precoce por meio de testes genéticos, o que facilita a adoção de um plano de medicina preventiva com o apoio de um médico especialista. 

Embora o colesterol desempenhe funções essenciais no organismo, como fazer parte da estrutura das células e ser fundamental para a produção de hormônios e vitaminas, seu excesso, especialmente do LDL-colesterol (o colesterol "ruim"), pode ser prejudicial.(1) 

“O teste genético é uma importante ferramenta da medicina preditiva personalizada e pode ser realizado para detectar não só a propensão ao colesterol alto, mas também outros problemas que podem estar relacionados. É importante destacar que o resultado não é um diagnóstico, no entanto o conhecimento do risco permite que o paciente busque um médico e adote cuidados a fim de reduzir a chance de realmente desenvolver a doença.” explica Ricardo Di Lazzaro, doutor em genética e cofundador do laboratório Genera. 

Dados recentes da Genera, que possui uma base de dados com mais de 300 mil testes genéticos, mostram que 28,66% das pessoas analisadas apresentam predisposição para a redução dos níveis de colesterol total em resposta ao exercício físico. Isso significa que para esse grupo a prática regular de atividades físicas pode ser uma estratégia particularmente eficaz para controlar os níveis de colesterol, contribuindo significativamente para a prevenção de doenças cardiovasculares. 

O levantamento também indica que 17,28% das pessoas analisadas apresentam maior suscetibilidade para níveis elevados de triglicerídeos. Os triglicerídeos são a forma de gordura mais comum no corpo e utilizados como fonte de energia. Níveis elevados dessa gordura combinado ao maior nível de LDL, está associado ao acúmulo de gordura nas paredes das artérias, o que pode levar uma pessoa ao infarto (2). 

Outro fator de risco para as doenças cardiovasculares é a obesidade. Ainda de acordo com o levantamento da Genera, 64,04% das pessoas analisadas apresentam predisposição ao IMC elevado. Das seis principais causas de morte no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão.(3) “Se a pessoa identifica a predisposição para o IMC elevado, por exemplo, pode adotar uma série de medidas preventivas personalizadas, além do monitoramento constante da saúde”, complementa Di Lazzaro. 

“A genética não é o fator único e determinante para o desenvolvimento dessas condições cardiovasculares. Outros fatores, como estilo de vida, alimentação e prática de atividade física, possuem uma influência ainda maior. No entanto, conhecer todas essas predisposições possibilita um trabalho personalizado de prevenção das doenças. É fundamental que o resultado do teste seja sempre acompanhado da orientação de um especialista”, finaliza Di Lazzaro. 

A combinação de conhecimento genético, maior conscientização e o apoio de profissionais multidisciplinares permite combater o colesterol alto as doenças cardiovasculares de maneira mais eficaz, diminuindo o impacto na saúde das pessoas.

Genera


Referências:
1- Nature. International Atherosclerosis Society guidance for implementing best practice in the care of familial hypercholesterolaemia. Disponível em: LINK. Acesso em: 30 de julho de 2024.

2- American Heart Association. Disponível em: Link. Acesso em: 30 de julho de 2024.

3- HCor. Avanço da obesidade aumenta riscos de doenças cardiovasculares. Disponível em: Link. Acesso em 02 de agosto de 2024.



5 de agosto - Dia Nacional da Saúde

Estudos internacionais comprovam: atividade física diminui risco de cânceres como mama e próstata

 

Há quem ainda associe a prática de atividade física à regularidade da presença em academias e centros de crossfit, por exemplo. Ledo engano: qualquer tempo dedicado a movimentar o corpo, independentemente da intensidade, trará benefícios à saúde, até mesmo na prevenção do câncer.

Dois estudos recentes, inclusive, publicados em dezembro de 2023 e janeiro deste ano, reforçam a afirmação acima. O primeiro, uma pesquisa sueca feita com cerca de 58 mil homens, com idade média de 41,4 anos, publicada no British Journal of Sports Medicine, constatou que aqueles com maior capacidade cardiorrespiratória apresentam 35% menos risco de terem câncer de próstata quando comparados com os de aptidão reduzida.

Já em relação ao câncer de mama, um levantamento do Instituto de Pesquisa em Câncer do Reino Unido, publicado no Journal of Clinical Oncology, concentrou-se em mulheres na pré-menopausa. Ao analisar dados dos relatos de pouco mais de 547 delas foi identificado que níveis mais altos de atividade física no lazer estavam associados à redução de 10% no risco da enfermidade.

Quem se exercita, além de ganhar mais disposição, consegue, obviamente, controlar o peso, o que diminui as chances de obesidade, um dos principais fatores desencadeadores de grande parte das doenças oncológicas.

Já temos estudos que mostram que a prática de atividade física regular corrobora para um estilo de vida mais saudável, ou seja, aqueles que se preocupam em manter o hábito, tendem a se alimentar melhor, beber mais água, etc. Todo esse rol de cuidados previne uma série de doenças metabólicas, endócrinas, como diabetes e hipertensão, além dos tumores neoplásicos.

Apesar de todas as atividades serem importantes, as aeróbicas, muitas delas simples e fáceis de serem feitas no dia a dia, como subir escadas, caminhar no parque, além de utilizar a bicicleta para se deslocar, melhoram o condicionamento físico e promovem alterações hormonais capazes de prevenir doenças cardiovasculares. Vale lembrar que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é realizar pelo menos 150 minutos [de atividades físicas aeróbicas] por semana.

O melhor momento da vida para incorporar a atividade física na rotina é a infância. Porém, nunca é tarde para começar. Os próprios pacientes em tratamento oncológico, devem se movimentar também.

Pesquisas atuais, aliás, comprovam que o principal aliado para combater a fadiga causada tanto pela doença oncológica quanto pelo tratamento quimioterápico, é a atividade física.

O melhor caminho para o paciente é sempre conversar com o médico, acompanhado por um educador físico, alinhando os exercícios mais aptos para seu cenário e assim diminuir os riscos de lesão e excesso. O mais importante, contudo, é que a atividade física será sempre a melhor escolha. Proporciona não só benefícios físicos e estéticos, mas também mentais. O paciente dorme melhor, se alimenta bem e, ao se exercitar, libera hormônios de prazer que contribuem para que ele enfrente o tratamento com mais otimismo. É um remédio importante e complementar para a quimioterapia. Não pode, jamais, ser negligenciado, muito menos ignorado.

 

Elisa Fontes - oncologista

Fim do fogacho é possível? Cientista dá dicas de como superar esse sintoma

menopausa é um processo pelo qual todas as mulheres vão passar. Porém, para algumas, esse momento traz uma série de desconfortos físicos e psicológicos. Dois sintomas da menopausa que comumente interferem na qualidade de vida são as ondas de calor, conhecidas como fogacho, e o suor excessivo. “Embora não seja possível evitar que a menopausa aconteça, as mulheres podem passar por esse momento com mais tranquilidade, aliviando esses calores intensos”, garante a doutora em Engenharia Biomédica Izabelle Gindri, cientista, farmacêutica e cofundadora e CEO da bio meds Brasil, fabricante de implantes absorvíveis para tratamentos de reposição hormonal.


Por que as ondas de calor ocorrem?

A menopausa é um período em que há uma queda brusca na produção dos hormônios estrogênio e progesterona. Uma das funções do estrógeno é regular a temperatura corporal. Sem esse “regulador”, o corpo fica mais “sensível” a pequenas alterações na temperatura. Em outras palavras, o corpo entende que está superaquecido ao sofrer uma pequena mudança de temperatura e dispara uma série de reações para tentar conter o aumento percebido. Os vasos sanguíneos dilatam, aumentando a circulação de sangue para a superfície da pele. Com isso a pele fica ruborizada, avermelhada. Para ajudar a esfriar a pele, o corpo aumenta a produção de suor, uma vez que suor ajuda a esfriar a pele ao evaporar. Essa situação pode se manifestar de várias maneiras, incluindo suores noturnos, suores frios ou calorosos e suores excessivos em situações normais.


Muito além do físico

Imagina que você está em uma importante reunião de trabalho, ou em um encontro com as amigas e de repente começa a sentir aquele calor que vem subindo, o corpo esquenta, o rosto fica vermelho e a testa começa a suar. Bate aquela vergonha, apreensão do que os outros irão pensar, e a autoconfiança vai lá embaixo. Passar frequentemente por esse constrangimento pode se tornar uma preocupação que gera ansiedade e estresse, podendo inclusive afetar o rendimento no trabalho.


É difícil administrar essa situação?

Felizmente, existem maneiras de lidar com estes sintomas. Uma das principais maneiras de fazer isso é manter um estilo de vida saudável e equilibrado. Isso inclui se exercitar regularmente, ter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo excessivo de álcool e cafeína, que podem agravar a sensação. Além disso, existem tratamentos medicamentosos que podem ajudar no controle dos sintomas. Isso inclui a terapia de reposição hormonal.

A terapia de reposição hormonal (TRH) envolve a administração de hormônios com o objetivo de normalizar os seus níveis e dessa forma resolver os sintomas e melhorar a qualidade de vida na menopausa. Existem diversas opções de TRH atualmente, seja por medicamentos orais, adesivos e implantes subcutâneos. É importante que cada mulher discuta com seu médico para personalizar o tratamento de acordo com suas necessidades individuais e avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios.


Qual o benefício da TRH por implante?

O principal benefício deste tipo de tratamento é a diminuição dos efeitos colaterais envolvidos com a utilização dos hormônios. A aplicação dos implantes subcutâneos é um procedimento ambulatorial indolor, feito por profissionais médicos treinados e capacitados para uma implantação segura. Após a aplicação, não é necessário realizar a remoção dos implantes, pois eles são completamente absorvidos pelo organismo.

É importante lembrar que o excesso de suor na menopausa é um sintoma normal e comum, e não é um sinal de doença. No entanto, se a sudorese estiver interferindo significativamente na qualidade de vida da mulher, é importante procurar orientação médica. Com cuidados adequados, é possível lidar com a situação e continuar vivendo uma vida saudável, ativa, e mais feliz”, diz a cientista Izabelle Gindri.


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