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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Volta às Aulas - 98% das Escolas Particulares terão que aplicar reajuste nas mensalidades de 2025, devido aos altos custos de operação da educação no Brasil

9 em cada 10 escolas terão que reajustar suas anuidades de 2025, que variam em sua maioria entre 8% e 10%. Entre os principais custos, estão o reajuste salarial dos professores e auxiliares, investimentos extras no corpo pedagógico para atender a surpreendente alta de laudos médicos emitidos para alunos especiais e por consequência as obrigatoriedades legais impostas às instituições de ensino.

 

A Meira Fernandes, maior empresa de gestão e soluções para Instituições de Ensino, que assessora cerca de 1.500 escolas particulares, realizou pelo 3º ano consecutivo, uma pesquisa de abrangência nacional para entender quais serão os rumos do segmento educacional em 2025. A pesquisa considerou os custos financeiros, as principais demandas de Julho de 2023 a Julho de 2024 para as escolas, os atrasos médios nas mensalidades e da inadimplência de pais e responsáveis, bem como a probabilidade de rematrículas para 2025, e por fim entendeu quais os impactos desses fatores no reajuste das mensalidades escolares para o próximo ciclo.

 

A pesquisa que foi iniciada no dia 18 de junho, durante um encontro presencial com dezenas de mantenedores, e depois realizada via internet em todo Brasil foi finalizada no dia 16 de julho, com adesão de centenas de gestoras escolares. No total, a pesquisa ouviu escolas que são responsáveis por mais de 66.290 matrículas em nove estados brasileiros, sendo eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás e Paraná – ao total esses estados juntos representam cerca de 70,14% de todas as escolas privadas existentes no país.

 

O segmento da educação particular brasileira conta com diversas peculiaridades e calendários próprios, ou seja, os reajustes são traçados em Junho/Julho de cada ano tentando prever o ano seguinte. Isso faz com que, muitas vezes, custos inesperados surjam ao longo do caminho, e os dados da pesquisa deste ano corroboram essa versão, levando em conta que em Junho de 2023, quando foram pensados o equilíbrio de contas para 2024, a discussão, condição e diagnóstico de alunos especiais estava apenas se iniciando.

 

“Nos últimos nove meses, o tema alunos especiais ganhou um protagonismo surpreendente nas secretárias das escolas. Nunca um tema teve tanto impacto jurídico e financeiro como este. Pais e responsáveis passaram a olhar com mais atenção seus filhos - muitas vezes por orientação e cuidado da própria escola – e os diagnósticos realizados por médicos e especialistas começaram a ser mais frequentes, o que ao nosso entendimento é muito positivo, do ponto de vista da inclusão, aprendizado e atenção. Porém, não podemos esquecer que essa adaptação estrutural e do corpo pedagógico da escola também é impactado diretamente - e que esse custo não estava previsto em Junho/2023 - quando os valores foram pensados, o que leva as escolas a buscar um reequilíbrio para o próximo ciclo”, diz Dra. Mabely Meira Fernandes – Diretora Jurídica da Consultoria Meira Fernandes. 

 

A pesquisa apontou que 58% das escolas tiveram um aumento entre 1% a 5% em diagnósticos voltados ao desenvolvimento da educação especial em seus alunos matriculados e novas matrículas. Outras 38% das instituições tiveram um salto que gera ainda mais atenção: ficando entre 5% e 20% mais alunos e matrículas com estes reconhecimentos.

 

Entre os principais pareceres aferidos na pesquisa - 44,12% dos aumentos dos diagnósticos estão relacionados ao TEA (Transtorno do Espectro Autista), outros 41,18% ao TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade) e 14,71% são do TDI (Transtorno de Desenvolvimento Intelectual).

 

“As escolas sempre serão um lugar de acolhimento e socialização, essa é a base e principalmente o sentimento dos mantenedores brasileiros. Isso para nós é muito claro quando atendemos dezenas deles diariamente - o ponto é que esses investimentos para melhor acolher, ensinar e servir precisam ser mostrados e compartilhados, não é apenas uma questão financeira que está em discussão, já que 96,97% delas apontaram impacto em sua operação nessa situação; mas sim a evolução do processo de inclusão da educação brasileira”, complementa Dra. Mabely.


 

O IMPACTO NO CUSTO DA OPERAÇÃO ESCOLAR

 

Nos últimos três anos, as escolas foram diretamente impactadas pelo aumento significativo do custo de sua operação. De 2021 a 2023, houve um aumento médio de 7,65% nos custos da folha de pagamento dos professores (índice /SINPRO)* e Auxiliares da Administração Escolar (Índice/SAAESP)**, ou seja, um índice equivalente aos reajustes praticados quando comparados diretamente.

 

Há ainda que se considerar as pesadas negociações durante a pandemia de COVID-19, entre os anos de 2021 e 2022, que para evitarem um colapso ainda maior na evasão de alunos, que chegou a superar os 15% em todo Brasil, as escolas concederam descontos e flexibilização nas mensalidades nunca antes praticados e que ainda estão em franca recuperação.

 

Para 2024, já existe um aumento certo na operação escolar, que já está validado. Será de 5% tanto para o (índice/SINPRO) quanto para o (Índice/SAAESP), esses valores quando somados aos custos da inadimplência mais os investimentos na estrutura de pessoal para os novos atendimentos a demanda de alunos especiais, torna o reajuste que as Instituições de Ensino irão propor, menor que os custos que estão sendo impostos as escolas - sem aumento real de lucratividade.


 

OS ATRASOS E A INADIMPLÊNCIA CONTINUAM A “SANGRAR” OS CAIXAS DAS ESCOLAS

 

Ao total 100% das escolas que responderam à pesquisa, afirmaram que estão sofrendo um atraso(1) significativo no recebimento das mensalidades por parte de pais e responsáveis: 49,17% dos mantenedores afirmaram que de Janeiro a Junho sofreram atrasos de 4% ou mais de toda a receita que a escola gera com serviços educacionais. Outros 23,33% dizem que este atraso está em cerca de 2% a 3% e outros 27,50% dizem que o atraso está em 0,5% e 2%. 

 

“O segmento da educação particular não é um segmento com margens de lucro altas e os custos de operação são expressivos – para empreender nesse setor é preciso muita garra e paixão pela educação como vemos diariamente, porém estar atenta ao fluxo de caixa, a uma gestão eficiente das contas/tributos e principalmente muito critério e racionalidade ao lidar com os atrasos é o primeiro passo para manter a escola funcionando bem e garantir a longevidade do negócio”, alerta Husseine Fernandes – Diretor da Consultoria Meira Fernandes.

 

Por ser um setor com regulações e controles rigorosos, os pais e responsáveis correm o risco de não conseguir matricular o filho no ano seguinte, caso não regularizem a situação financeira, o que faz com que as escolas tenham como característica sempre estarem dispostas a negociação, para manter a relação positiva para ambos os lados. Tanto que na mesma pesquisa, os 52,50% dos mantenedores estimam que a inadimplência(2) anual deve ficar entre 1% e 3%. Para 33,33% o cenário é um pouco mais delicado e devem encerrar 2024 entre 4% e 6% de inadimplência e para outras 14,17% esse número encerra entre 7% a 10% ou mais, ficando bem acima da média do estado com mais escolas no país: São Paulo, que apresentou nos últimos dois anos uma média de 7,07% de inadimplência.

 

“Para alguns pais pode parecer que a mensalidade – apenas do filho(a) dele, não impacta em nada uma escola, mas sim ela tem impactos e isso prejudica o bom andamento e a saúde financeira da instituição. Nossa recomendação é não deixar um desequilíbrio momentâneo passar e se tornar uma “bola de neve”, sugerimos aos pais que procurem as escolas o mais rápido possível, o diálogo e a transparência são o caminho mais curto para uma boa solução. Atendemos as escolas e sabemos que 100% das mantenedoras sempre estão dispostas a uma negociação positiva e racional”, complementa Husseine Fernandes.


 

NÃO SE TRATA DE AUMENTO E SIM DE RECOMPOSIÇÃO

 

Quando todos esses dados são analisados pelos mantenedores/donos de escolas, a sensibilidade pedagógica e o amor à educação pesam bastante na tomada de decisão em relação aos reajustes praticados pelas escolas.

 

Ao total 48,33% das escolas aplicarão reajuste entre 8% e 10% buscando um empate e equilíbrio direto nas contas. Outras 33,33% irão aplicar reajustes entre 5% e 7%, apenas 1,67% das instituições trabalharão com índice entre 1 e 4% para 2025 e outras 15% das escolas aplicarão um índice superior que ficará entre 11% a 15% para o próximo ano.

 

“O reajuste tem como único objetivo trazer um equilíbrio nas contas das escolas, é um erro traçar um comparativo direto apenas com a inflação. Estamos falando de mais de 850.000 postos de trabalho na Educação Básica, que incluem tanto professores quanto auxiliares de sala, e esses profissionais precisam ser valorizados pela entrega na formação de alunos de todo país. As escolas precisam recompor os percentuais que são acordados entre os sindicatos da categoria, é uma questão simples de equidade”, reforça Dra. Mabely Meira Fernandes.

 

Ainda não está nessa conta, porém, os donos de escolas já estão preocupados com os desdobramentos e impactos da nova reforma tributária que promete acertar em cheio o setor, trazendo mais um aumento de custo para as instituições de ensino, seja pelos tributos diretamente falando na atividade, seja pelo nível maior de acuracidade na rotina financeira ou no aumento da burocracia interna e que demandará a contratação de mais profissionais na área administrativa das escolas e que fogem do core business do negócio: ENSINAR/EDUCAÇÃO!


 

A PESQUISA MEIRA FERNANDES

 

Este é o 3º ano que a Meira Fernandes realiza a pesquisa de índices de reajustes, rematrículas, matrículas e inadimplência no segmento educacional. Todas disponíveis na íntegra, no formato PDF, para os interessados da imprensa e do setor educacional.

 

A pesquisa realizada de maneira presencial e também digital, foi endereçada aos donos das escolas particulares, os chamados “Mantenedores” e também a seus diretores da área financeira, que responderam ao questionamento feito de maneira direta e objetiva com cerca de 10 perguntas que buscam trazer um retrato claro do setor e os impactos sofridos ao longo do ano.

 

LINK PARA ACESSAR A PESQUISA COMPLETA:

 

https://www.meirafernandes.com.br/TRABALHOS_2024/EMAIL_MARKETING/PESQUISA_MENSALIDADE_E_REMATRICULA/ARQUIVO_PESQUISA_FINAL/PESQUISA%202025%20-%20MEIRA%20FERNANDES%20-%20C&M.pdf

 

  



*(índice /SINPRO – Sindicato dos Professores) é levado em consideração o índice do SINPRO – Estado de São Paulo (maior sindicato da categoria).


**(Índice/SAAESP) – Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de São Paulo (maior da categoria) *** São Paulo é o Estado com a maior quantidade de Escolas Particulares do Brasil em média o estado possui: 10.833 escolas.


(1) Considera-se atraso: a falta de pagamento acumulada entre os meses das mensalidades.


(2) Considera-se inadimplência: o valor das mensalidades não pagas por pais ou responsáveis de um ano para o outro.


Fonte solar chega a 45 gigawatts no Brasil e ultrapassa R$ 211,7 bilhões de investimentos acumulados

De acordo com a entidade, a participação da fonte solar já equivale a 19% da matriz elétrica brasileira e evitou a emissão de 55 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade

 

A fonte solar acaba de ultrapassar a marca de 45 gigawatts (GW) de potência instalada, de acordo com a Associação Brasileira de Energia fotovoltaica (ABSOLAR). Segundo a entidade, o setor fotovoltaico já atraiu mais de R$ 211,7 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 1,4 milhão de empregos verdes no País.
 

Atualmente, a participação da fonte solar equivale a 19% da matriz elétrica brasileira. Adicionalmente, pelos cálculos da ABSOLAR, o setor fotovoltaico já evitou a emissão de 55 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. De acordo com a entidade, desde 2012, os negócios no setor fotovoltaico garantiram mais de R$ 65,5 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
 
Na geração distribuída, são 30,7 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 148,82 bilhões em investimentos, R$ 44,6 bilhões em arrecadação e mais de 920 mil empregos verdes acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração distribuída no País, liderando com folga o segmento.
 
Já no segmento de geração centralizada, as grandes usinas solares possuem mais de 14,8 GW de potência no País, com cerca de R$ 62,9 bilhões em investimentos acumulados e mais de 442,9 mil empregos verdes gerados desde 2012.
 
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, ressalta que o protagonismo da tecnologia fotovoltaica na transição energética brasileira contribui fortemente para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, em todas as esferas da sociedade. “Além de acelerar a descarbonização das atividades econômicas e ajudar no combate ao aquecimento global, a fonte solar tem papel cada vez mais estratégico para a competitividade dos setores produtivos, alívio no orçamento familiar, independência energética e prosperidade das nações”, explica.
 
“A energia solar é uma das fontes mais competitivas do Brasil. E, por isso, é a que cresce mais rápido, seja nos sistemas de pequeno porte nos telhados e terrenos e seja nas grandes usinas conectadas no Sistema Interligado Nacional (SIN). Quem investe na geração própria fotovoltaica, por exemplo, consegue economizar até 90% na conta de energia. E o retorno é rápido, pois o preço dos módulos caiu mais de 50% no ano passado”, acrescenta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. 


Aeroporto de Congonhas inaugura melhorias para embarque em carros de aplicativo

     Nova sinalização com setores identificados por letras, números e cores facilita o encontro de motoristas e passageiros

·         São 13 novas vagas de parada no piso inferior, um aumento de 33% após a redistribuição dos locais de ônibus; acréscimo vai agilizar o processo de embarque e aumentar a fluidez do trânsito

 

 O Aeroporto de Congonhas ampliou nesta semana as vagas para o embarque de passageiros em carros de aplicativo e criou uma nova setorização para facilitar o encontro entre motoristas e passageiros. As mudanças têm como objetivo dar mais agilidade e melhorar o fluxo viário local.

Ao solicitar uma viagem, o aplicativo mostrará o setor no qual o passageiro deverá aguardar a parada de seu veículo. Essa designação é feita automaticamente para distribuir os chamados de maneira uniforme entre todos os setores disponíveis. As seções A1 a A5 estão localizadas na primeira linha do meio-fio, na área coberta. Do B1 ao B3, as vagas ficam na faixa intermediária, semicoberta, e ocupam o lugar anteriormente destinados aos ônibus. O setor C1 está presente na área descoberta.

A mudança dos pontos de parada de parte dos ônibus permitiu a ampliação das vagas destinadas aos carros de aplicativos, que passaram de 39 para 52 locais para veículos, e a criação do novo setor B. Com as melhorias implementadas, haverá uma redução no tempo de permanência dos veículos no local e aumento da capacidade de embarque de passageiros.

O primeiro passo do projeto de melhoria do fluxo viário no Aeroporto de Congonhas ocorreu no último dia 11, com a inauguração de um bolsão exclusivo para motoristas de carros de aplicativo. O bolsão tem uma área total de 4.000 m² e capacidade para 145 vagas para veículos à espera de passageiros. Com ele, os motoristas não precisam mais circular pelas vias internas e externas do aeroporto enquanto aguardam uma nova chamada, o que já reduziu o impacto no trânsito local. 

Nos primeiros 20 dias de operação, foram identificados alguns casos de uso indevido do local. Para melhorar a eficiência do sistema e a experiência do passageiro, estão sendo avaliadas, em conjunto com as empresas envolvidas, medidas para coibir tais abusos. Entre as possibilidades, está a cobrança de uma taxa aos motoristas que utilizarem o bolsão por tempo excessivo.  Para entrar no bolsão, é necessário comprovar que o motorista está na fila virtual do aplicativo. 

Além disso, a intenção da Aena é que as vagas de táxi fiquem concentradas no piso superior. Dessa forma, das atuais oito posições para táxis do piso inferior, sete também passariam a ser dedicadas a carros de aplicativos. Permaneceria no local uma vaga destinada a táxi acessível, adaptado para passageiros com necessidades especiais. Essa medida ainda depende de aprovação da Prefeitura de São Paulo. Caso aprovada, o total de vagas para carros de aplicativos no piso inferior subirá para 59.



Futura praça de integração

Para 2025, a Aena prevê uma segunda fase do projeto com a criação de uma praça para o embarque de passageiros em carros de aplicativos. Com cerca de 70 vagas de parada, o local ficará na cobertura do atual edifício garagem, com acesso facilitado logo após a saída do desembarque de voos. Para aumentar o conforto dos passageiros, serão criadas áreas comerciais e lounges de espera. 

A entrada e a saída dos carros de aplicativos na praça serão feitas por dois novos viadutos de acesso, desviando esses veículos do tráfego das vias do aeroporto. As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre deste ano.


Conheça o Breaking, nova modalidade dos Jogos Olímpicos

Plataforma de viagens conta sobre a origem do breakdance, desde sua criação até Paris 2024

 

Também conhecido como breaking ou b-boying, o breakdance é um estilo de dança urbana que faz parte da cultura do gênero musical hip hop. Empresa de tecnologia no mercado de turismo há 13 anos, o Hurb explica como a prática - alçada a modalidade esportiva este ano - surgiu, trazendo destinos que fazem parte da história desse movimento. O,, compartilha um pouco sobre a história do breaking.

 

O breakdance foi criado na década de 1970 pelas comunidades negra e latina, no bairro do Bronx, em Nova York (EUA). Acredita-se que esse estilo de dança foi promovido por DJs, que isolavam os trechos instrumentais de hits de soul e funk, estimulando os festeiros a se moverem conforme a nova batida. A popularidade veio nos anos seguintes, principalmente a partir dos anos 90, com o surgimento de competições nacionais e internacionais, como “A batalha do ano” e a “The Notorious IBE”.

 

Nas competições, os breakdancers competem individualmente em duelos. Além dos breakers, outros elementos, como DJs, rappers e grafiteiros, são geralmente incluídos nos cyphers - nome dado aos duelos artísticos da cultura hip hop. Os breakers são avaliados em rounds por cinco juízes, que consideram criatividade, personalidade, técnica, variedade, performance e musicalidade como critérios.

 

Parte do programa esportivo das Olimpíadas de Paris 2024, a inclusão da modalidade busca tornar os Jogos Olímpicos mais urbanos e atrativos para o público mais jovem, assim como ocorreu com a abertura ao surfe e ao skate street. “Olimpicamente”, a modalidade estreou nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires, e foi um sucesso. Consequentemente, será uma das novidades desse ano, com a estreia na competição marcada para o dia 9/8.

 

A entrada dos novos esportes no programa, no entanto, não é arbitrária. Segundo o estatuto do Comitê Olímpico Internacional (COI), para que um esporte seja considerado uma modalidade olímpica, ele deve ser "amplamente praticado por homens em pelo menos 75 países e quatro continentes, e por mulheres em pelo menos 25 países e três continentes".

 

O Breaking no Brasil

O breaking chegou ao Brasil pouco tempo depois, em meados dos anos 1980. Embora a delegação brasileira não tenha b-boys ou b-girls classificados para as Olimpíadas, a cultura do breakdance é presente, especialmente em São Paulo. O Brasil é conhecido por movimentos únicos, muitos deles influenciados pela capoeira e pelos passinhos das favelas cariocas.

 

Para conhecer aqueles que movimentam a cena do breaking no Brasil, vale acompanhar a grande Final Mundial do Red Bull BC One 2024. O Brasil receberá pela terceira vez a fase global da maior competição de breaking 1x1 do mundo no dia 7 de Dezembro, no Rio de Janeiro!

 

 

Hurb
imprensa@hurb.com


O avanço regulatório do hidrogênio verde e o investimento em inovação

O uso do hidrogênio verde como uma alternativa mais sustentável a favor da descarbonização vem sendo amplamente discutido nos últimos anos, diante de sua versatilidade de aplicações favoráveis a uma transição energética mais ecológica. A aprovação, no Congresso, do PL 2.308/2023, é um passo importante nesse objetivo, o qual poderá contribuir, significativamente, para uma indústria menos poluidora através do fomento a atividades de PD&I relacionadas à cadeia de hidrogênio de baixa emissão de carbono, bem como com a criação de um ambiente de negócios com clareza regulatória, o que é essencial para investimentos, sejam em infraestrutura para esta cadeia ou em PD&I. O PL 2.308/2023 aguarda apenas a sanção presidencial.

De forma estrutural, o PL elenca os princípios e objetivos da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono. Trata-se de princípios e objetivos que nortearão o Poder Público no que diz respeito à política de Hidrogênio, o que, com isso, dará mais previsibilidade à iniciativa privada, uma vez que há publicidade acerca das pretensões desta política.

Nesse sentido, seu maior objetivo é, justamente, o fomento a atividades de PD&I relacionadas a essa área, partindo da importância do hidrogênio verde como um protagonista frente à descarbonização da indústria e, consequentemente, da mitigação às alterações climáticas. Afinal, o cenário que estamos presenciando, hoje, é extremamente preocupante.

Em dados divulgados no estudo “The Macroeconomic Impact of Climate Change: Global vs. Local Temperature”, os danos econômicos decorrentes da crise climática são seis vezes piores do que se pensava anteriormente. Na prática, segundo os pesquisadores, um aumento de 1°C na temperatura global poderá levar a uma queda de 12% no PIB mundial, estimativa muito maior do que a feita em análises anteriores.

Declínios precipitados consideráveis tenderão a ser percebidos na produção, capital e no consumo, o que evidencia, ainda mais, a importância do hidrogênio verde para combater esses riscos. Afinal, por ser produzido com base em fontes renováveis, não emitirá gases de efeito estufa durante sua produção ou utilização, tornando-o uma solução extremamente vantajosa de ser incorporada.

Dentre suas aplicações, uma das mais notáveis está, justamente, no uso como combustível em uma enorme variedade de casos, das quais se destacam a indústria e transporte, uma vez que são típicos grandes consumidores de combustíveis (renováveis e não renováveis) e, por isso, geram grande quantidade de carbono.

Porém, é importante ressaltar que, até o momento, nenhum país possui uma infraestrutura inteiramente preparada para produzir, armazenar e transportar o hidrogênio em larga escala, como se fosse uma cadeia de valor já consolidada. Por isso, a aprovação de um marco regulatório é tão importante, pois, desta forma, os agentes interessados nesta cadeia podem tomar decisões com segurança jurídica, e o ambiente de negócios (incluindo esta infraestrutura) será construído por meio de investimentos públicos e privados.

Paralelamente, os projetos de PD&I são tão essenciais quanto os investimentos na cadeia produtiva do hidrogênio verde, os quais poderão, inclusive, nortear como será a infraestrutura para esta cadeia de valor. Muitos projetos foram iniciados nos últimos dois anos, inclusive, em um volume de investimentos que enseja uma resposta célere por parte do poder público no que diz respeito a criar as regras melhores e mais claras deste jogo.

Neste ponto, o PL, além de elencar como princípio e objetivo da legislação o fomento a pesquisas nessa temática, também cria incentivos fiscais para sua produção e permite o sandbox regulatório, o que oportuniza a criação projetos pilotos para novos desenvolvimentos ou aplicações e conceitos experimentais, sem que estes sejam passíveis de sanções na esfera regulatória por eventuais descumprimentos. O objetivo é justamente o oposto: flexibilizar, com segurança, para que haja espaço para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação.

Há uma forte tendência e expectativa de que esta aprovação auxilie no aumento de investimentos em P&D do hidrogênio verde, com possibilidades infinitas de possíveis contribuições dessas pesquisas visando essa incorporação, ainda mais em um país continental como o Brasil. Agora, é o momento de ficar atento aos mecanismos de fomento que já estão vigentes, mas também ter o radar ligado para novos instrumentos, especialmente subvenções e linhas não reembolsáveis, que possam ser usufruídos pelas empresas nacionais em prol do meio ambiente.

 


João Ricardo de Freitas - líder de Planejamento Estratégico no FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I.

Luana Bendo - Gerente de Negócios na Região Sul do Brasil.



FI Group
https://br.fi-group.com/

 

8 estratégias para diminuir o turnover em uma empresa

Imagem de Rosy
 Bad Homburg / Germany
Pixabay

A alta taxa de turnover, ou rotatividade de funcionários, é um desafio significativo para muitas empresas, independentemente do porte. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em levantamento feito pela Robert Half, revelam que o Brasil registrou 56% de aumento no turnover no final de 2022, colocando o país com o maior índice de rotatividade de funcionários em todo o mundo.

 

A rotatividade frequente pode ser onerosa, disruptiva e impactar negativamente a moral dos funcionários restantes. Reduzir a taxa de turnover requer uma abordagem multifacetada - inclui desde a melhoria das condições de trabalho, até a promoção de um ambiente positivo. Algumas estratégias incluem:

 

- Contratação adequada: é importante que os novos contratados se ajustem bem à cultura da empresa e possuam as habilidades necessárias para o trabalho;


- Programa de integração: se bem estruturado, ajuda os novos funcionários a se adaptarem mais rapidamente e a se sentirem parte da equipe desde o início;


- Oportunidades de desenvolvimento: oferecer iniciativas de crescimento pode manter os funcionários engajados e motivados;


- Reconhecimento: isso pode incluir bônus, aumentos salariais ou até mesmo simples elogios;


- Promoção de cultura de trabalho positiva e inclusiva: criar um ambiente em que os funcionários se sintam valorizados e respeitados é essencial;


- Incentivo à comunicação aberta e transparente: facilitar a comunicação entre a liderança e os funcionários pode promover um ambiente mais colaborativo;


- Apoio ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal: políticas de licença flexíveis e promoção da saúde mental podem ajudar a manter um bom equilíbrio;


- Revisão e ajuste regular de pacotes de remuneração: garantir que os pacotes de remuneração estejam alinhados com o mercado e recompensem adequadamente o desempenho é fundamental.

 

Para pequenas, médias e grandes empresas, as abordagens podem variar. No caso de empresas pequenas, a oferta de horários de trabalho flexíveis e opções de trabalho remoto, quando possível, pode ser interessante. A cultura de trabalho acolhedora e colaborativa e o sistema de feedbacks contínuos podem ser mais facilmente implementados em empresas com menor número de colaboradores.

 

Quando falamos de médias empresas, uma sugestão é a oferta de pacotes de benefícios que incluem seguro de saúde, programas de bem-estar e outras vantagens. Além disso, o desenvolvimento de um plano de carreira é essencial para que os funcionários consigam ver um futuro na empresa. Por fim, é recomendável a realização contínua de pesquisas de satisfação dos funcionários, para que se tomem medidas com base no feedback recebido.

 

A abordagem para grandes empresas inclui, principalmente, o desenvolvimento da alta liderança. É essencial que os gestores estejam preparados para liderar sua equipe de maneira eficaz. O fomento a oportunidades de mobilidade interna também pode ser uma boa estratégia, para que os funcionários tenham a chance de explorar diferentes carreiras dentro da empresa. Políticas de diversidade e inclusão criam um ambiente de trabalho mais equitativo e atraente.

 

Reduzir turnover é um processo contínuo; requer uma análise cuidadosa das causas subjacentes. As empresas devem coletar dados por meio de entrevistas de saída e pesquisas de clima organizacional para entender melhor os motivos pelos quais os funcionários estão saindo. Com base nessas informações, é possível desenvolver estratégias personalizadas para abordar esses problemas específicos.

 

Este desafio exige esforço e compromisso. Ao implementar as estratégias adequadas para o porte da empresa e focar na criação de um ambiente de trabalho positivo e de suporte, as organizações podem não apenas reter seus talentos, mas também construir equipes mais engajadas e produtivas.

 



Virgilio Marques dos Santos - sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria, gestor de carreiras, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.


A força feminina liderando o Empreendedorismo de Impacto no Brasil

 

O panorama do empreendedorismo de impacto no Brasil vem sendo redesenhado por um movimento inspirador: o protagonismo das mulheres. Elas assumem cada vez mais a liderança de negócios inovadores que, além de gerar lucro, visam solucionar problemas sociais e ambientais, construindo um futuro mais justo e sustentável para todos. 

Para se ter uma ideia, entre 2017 e 2022, o número de empresas lideradas por mulheres no Brasil cresceu 44%, segundo o Sebrae. Levando a discussão para os negócios de impacto social e ambiental, mais da metade (52%) dos negócios liderados por mulheres estão em setores de impacto social e ambiental, como educação, saúde, sustentabilidade e desenvolvimento social. Isso significa que, além de prosperar, essas empresas estão gerando transformações positivas na vida das pessoas e no planeta. 

Quando falamos em perfil, as mulheres que lideram negócios de impacto no Brasil são majoritariamente jovens, com idade média de 35 anos, e possuem alto nível de qualificação, com ensino superior completo. Dentre os fatores que impulsionam o avanço feminino nas últimas décadas, podemos destacar o acesso à educação e à informação qualificada, que tem empoderado as mulheres, permitindo que desenvolvam as habilidades e conhecimentos necessários para empreender. 

Além disso, diversas iniciativas públicas e privadas, como programas de mentoria, incubadoras e aceleradoras, oferecem suporte e orientação para aquelas que desejam abrir ou expandir seus negócios. E, claro, também a crescente demanda por produtos e serviços que geram impacto positivo na sociedade e no meio ambiente abre um leque de oportunidades para as mulheres empreendedoras. 

Mas, apesar das conquistas e avanços, sabemos que existem ainda muitos desafios. As mulheres continuam enfrentando obstáculos como a disparidade salarial e a dificuldade de acesso ao crédito, o que limita seu potencial de crescimento. A baixa representatividade feminina nos cargos de liderança e a dificuldade em se quebrar certos paradigmas profissionais são outros fatores que impedem uma maior igualdade de gênero nesse sentido. 

De qualquer forma, as perspectivas são muito promissoras para as mulheres brasileiras. Espera-se que o número de empresas lideradas por elas continue crescendo nos próximos anos, impulsionado por sua capacidade de inovar, gerar impacto positivo e liderar com empatia e colaboração. 

Mesmo em meio a um cenário desafiador para a liderança feminina, as mulheres estão liderando a construção de um futuro mais justo, sustentável e próspero para todos. Para que esse movimento continue a crescer, é fundamental superar os desafios que persistem e investir no potencial das mulheres empreendedoras.  



Alcione Pereira - Fundadora e CEO da Connecting Food. Com formação em Engenharia de Alimentos, Mestrado em Sustentabilidade e MBA em Gestão Empresarial, Alcione Pereira é Fundadora e CEO da Connecting Food – uma foodtech de impacto socioambiental que trabalha na gestão inteligente de doações de alimentos excedentes. Além disso, ela é co-idealizadora do Movimento Todos à Mesa, primeira coalizão de empresas brasileiras unidas para a redução do desperdício de alimentos e combate à fome, e cofundadora do Pacto Contra a Fome, um movimento suprapartidário e multissetorial que tem como propósito contribuir para o combate à fome e para a redução do desperdício de alimentos no Brasil. Também atua como consultora técnica em projetos relacionados à cadeia de suprimentos humanitária, incluindo a redistribuição de alimentos oriundos do desperdício, para a FAO/ONU e Ministério da Cidadania.


Connecting Food
Saiba mais sobre a empresa clicando aqui

 

4 dicas para as lideranças aprenderem a encantar seus colaboradores e parceiros

Mirar em pontos-chave traz consequências positivas dentro do cenário geral da empresa, impactando positivamente na saúde do colaborador e resultando em um ambiente mais proativo e acolhedor


 

 Por que você trabalha na sua atual empresa? Quando alguém lhe pede indicação para um novo emprego, você a recomenda?” Na maioria dos casos, a resposta a essas duas perguntas está relacionada aos benefícios que são oferecidos aos funcionários, como salários e convênios. Porém, antes desses fatores entrarem na equação, existe um questionamento-chave que deve ser levado em consideração: você se sente bem no meu ambiente de trabalho?

 

Uma pesquisa da Microsoft levantou que, em 2021, 18% das pessoas pediram demissão quando perceberam que sua rotina de trabalho não estava mais alinhada com suas prioridades - e não acaba aí: um levantamento da Gallup deste ano também apontou que 44% dos colaboradores em empresas ao redor do mundo se sentem estressados no dia a dia corporativo. Sendo assim, um bom ambiente de trabalho previne que problemas, tanto de saúde quanto pessoais, afetem os funcionários e a empresa.

 

Para Fernando Sapata, Diretor de Pessoas, Cultura e Encantamento na Select Soluções, uma empresa que oferece soluções utilizando a tecnologia cloud da Amazon Web Services (AWS), pensar sobre o próprio bem-estar no trabalho, causa uma certa familiaridade com o conceito de encantamento em uma empresa. “Quando um funcionário se sente pertencente à empresa em que trabalha, podemos dizer que ele está encantado. Em outras palavras, os ideais pessoais estão alinhados aos da corporação, resultando em um ambiente proativo e harmonioso. Trata-se, portanto, de um lugar que trata seus colaboradores não como mão de obra, mas sim como seres humanos, com suas próprias necessidades,individualidades e sonhos”, explica.


 

Mas afinal, o que significa encantar funcionários?

 

O encantamento está intrinsecamente ligado ao trabalho interno da empresa, voltado ao seu ecossistema e também à humanização do colaborador. É um branding corporativo pensado nos funcionários, capaz de traduzir e comunicar a eles as práticas e os valores da corporação; os resultados dessa prática, obviamente, são sempre positivos. “Para que possa encantar, um líder precisa ver o liderado como ser humano. Qual é o sonho dessa pessoa? É papel de um bom gestor encontrar meios para fazê-lo acontecer. O melhor exemplo disso está na promoção de funcionários: em vez de oferecermos somente aumentos e benefícios, pensamos em como alinhar os nossos processos para oferecer oportunidades que estejam alinhadas com esse sonho pessoal do colaborador, com isso fazemos com que ele se sinta pertencente à equipe”, diz.

 

De acordo com ele, outra possibilidade é trazer o time geral para decisões importantes para a empresa. “Isso pode acontecer em reuniões de criação e implementação de produtos, não focando as decisões apenas no parecer do time técnico - todos os funcionários têm experiências valiosas que podem ser aproveitadas durante reuniões. Afinal, todas as pessoas da corporação, independentemente de sua função dentro dela, serão impactadas pelo sucesso do produto depois de implementado”, ressalta Sapata.

 

É preciso transformar a empresa em um local na qual as pessoas se sintam valorizadas pelo que são, e não necessariamente pela função que exercem. Abaixo, o especialista lista as principais dicas para alcançar esse objetivo. Confira: 

 

1. Adotar ferramentas para medir o nível de encantamento: “O principal meio de medir o nível de encantamento e, consequentemente, a satisfação dos funcionários é aplicar pesquisas do tipo NPS (net promoter score), sempre levando em consideração o anonimato das pessoas. É importante que esses questionários tenham uma frequência regular e elevada, a fim de que os gestores possam visualizar e trabalhar com mais facilidade os fatores que receberam uma nota baixa”, entende.

 

2. Oriente o time executivo da empresa: “É necessário estabelecer um responsável do time executivo para entrar em contato pessoalmente para entender o que aconteceu em caso de nota baixa. Deve-se levar em consideração os três tipos de NPS: colaborador, cliente e parceiros. Quando uma pessoa se dispõe a investigar e entender o feedback negativo ‘direto da fonte’, a empresa consegue se preparar melhor para mitigar os pontos negativos que os avaliadores encontram nos serviços prestados”, orienta o Diretor de Encantamento da Select.

 

3. A empresa deve fugir apenas do básico: “Pagar o salário em dia e tratar seus funcionários com sensibilidade é o mínimo do mínimo em qualquer ambiente corporativo. Quanto mais a corporação mostrar que está atenta às necessidades de seus colaboradores, maiores as chances destes de demonstrarem satisfação em relação ao ambiente de trabalho”, alerta.

 

4. Estabeleça uma boa comunicação com os funcionários: “Existem algumas alternativas que podem ser adotadas por grandes empresas para que todos os colaboradores sejam alcançados, como ter um canal de comunicação direto para tratar de variados assuntos e também um canal anônimo para denúncias dentro da corporação; traçar objetivos, de forma estratégica, sobre como funcionam determinados setores da empresa; e investir em multiplicadores, ou seja, mostrar ao funcionário o que é o processo e o que ele deve/pode esperar do encantamento. Esses são alguns métodos para espalhar a cultura do ambiente de trabalho e incentivar que ela seja adotada e seguida pelos demais funcionários, formando o pilar do encantamento”, finaliza Fernando Sapata.

  



Select Soluções
https://www.selectsolucoes.com.br/

 

O uso da tecnologia na recuperação do Rio Grande do Sul e na prevenção de outras


Passada a fase chocante da tragédia que se abateu sobre o Estado do Rio Grande do Sul, quando as águas baixam e a limpeza é feita, as luzes voltam a ser ligadas, as redes voltam a funcionar e a tecnologia, com seu potencial transformador, é capaz de dar, ao menos, alguns caminhos, insights e soluções para a retomada das vidas e da economia. Os equipamentos e soluções mais atualizados, e até alguns já usados no passado, são pontos iniciais para medidas práticas de retomada. A recuperação vai ser longa, exigindo muita resiliência e persistência, afinal foram afetados 469 dos 497 municípios do Estado, com 172 mortos e mais de 575 mil pessoas desabrigadas.

Um exemplo é o uso ampliado da Internet das Coisas (IoT) para monitoramento de rios, do solo, de encostas e até de infraestruturas como pontes, torres e postes, por meio da coleta em tempo real de dados, que permitam o uso de ferramentas de análise computacional e de interação de realidade aumentada na predição e de atuação para os órgãos de planejamento urbano, defesa civil e gestão climática. Infelizmente, o adensamento urbano e a ocupação desordenada de várzeas ou banhados promoveram a excessiva impermeabilização do solo, tornando a situação mais complexa e com impactos mais graves, o que torna prioritário o uso de tecnologias avançadas e já disponíveis.

Sensores de chuva, de nível de água radar, de nível de água capacitivo e de pressão barométrica são elementos já adotados extensivamente para garantir mais assertividade em previsões, mas é por meio da Inteligência Artificial (IA), muito falada hoje, que uma verdadeira revolução pode ser conduzida. Ela não é nova, tem mais de 50 anos, porém o que ela realmente tem de novo é a capacidade de “aprender” a partir do armazenamento e processamento de grandes volumes de dados. A IoT entra nessa equação com dispositivos de baixo custo e de maior precisão para levantar os dados como avaliações sobre movimentos geomorfológicos, gerando modelos preditivos muito mais precisos.

A retomada da conectividade é uma das maiores preocupações - foram 300 mil assinantes sem conexão e, segundo a InternetSul, associação de provedores gaúchos, o custo do restabelecimento é estimado em R$ 1,21 bilhão. A recuperação das redes elétricas e de fibra ótica são um imenso desafio para a volta da conectividade, uma vez que as operadoras perderam grande parte de sua malha, elementos vitais para a conexão de residências e interligação entre as cidades. Muitos elementos das redes de fibra óptica ficaram energizados sob a água, trazendo riscos terríveis para a população. Além disso, houve interrupções de 4 grandes linhas de transmissão e milhares de metros de cabos elétricos e de comunicações posteados levados pela enxurrada - foram cerca de 200 interrupções de cabos, além de concentradores de rede e pontos de presença, que tiveram operações comprometidas.

Em momentos como esses, em que os dutos estão repletos de barro, esgoto e todo tipo de contaminação, as companhias de telecomunicações sempre olham para a tecnologia de rádio como alternativa porque ela não consome muita energia e são de rápida implantação: existem conexões de capacidade média, consumindo pouco mais que uma lâmpada elétrica, e que habilitam a conectividade com a utilização de pequenos geradores. Alternativas “sem fio” se apresentam. Rádios ponto-a-ponto combinados a redes “Mesh” em faixa não licenciada, proporcionam, com algumas restrições de interferência e capacidade, uma conexão simplificada para os múltiplos dispositivos em uma estrutura de malha, ao permitir cada nó atuar como um ponto de acesso, eliminando a necessidade de roteadores e possibilitando uma boa capacidade de transmissão; e a outra é a conexão satelital para atuar na restituição de alguns sistemas e na reconstituição de alguns backbones ainda que com capacidade reduzida e custo mais elevado, mas que se apresentam como solução razoável neste momento emergencial.

Telemedicina e Saúde Mental 
Para atender todas as pessoas que ficaram isoladas após o abalo das redes, o atendimento remoto pela Telemedicina tem um papel muito importante, pois, à distância, os profissionais conseguem obter informações sobre os parâmetros do corpo, como a composição sanguínea, a pressão e temperatura e outra série de dados encapsulados em formatos para internet ou via rádio em maletas da saúde, transmitindo-os para que o atendimento à distância possa ser feito com médicos conectados. O uso desses devices por entidades de saúde, hospitais e clínicas para promover essa integração maior com especialistas que não podem estar de forma maciça nas cidades - até porque muitos deles também podem ter perdidos suas casas e equipamentos - é de grande valia em um momento tão grave em que se fala em mais de 3 mil unidades de saúde destruídas. O atendimento de profissionais de saúde mental também é primordial porque muitas pessoas perderam suas casas, bens, histórias, recordações, sustento e precisam de apoio e acolhimento para conseguirem fazer parte dessa grande reconstrução.


Realidade local    

Todo o trabalho de recomposição no Rio Grande do Sul precisa ser feito levando em conta o perfil das diferentes populações, os lugares e as formas de ocupação. O Governo Federal liberou uma parte do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para atender a conectividade dos provedores, mas muitos municípios perderam metade da sua área e algumas milhares de pessoas terão que ser realocadas. Tudo isso demanda um nível de planejamento extremamente elevado para usar esses recursos em sintonia com os desafios da natureza, de forma a reduzir os efeitos de outras eventuais catástrofes com tecnologias associadas à coleta e análise de dados, modelos de gêmeos digitais e ferramentas de inteligência artificial.

Essas iniciativas devem partir das cidades para o uso mais eficiente dos repasses que estão chegando. Cada município tem suas demandas específicas e não dá para tratar todos de maneira uniforme. Cada localidade possui características socioeconômicas diversas e distintos níveis de susceptibilidade a impactos hidro geoclimáticos, impondo a realização de inventários específicos. Passo a passo, juntando esforços humanos e tecnológicos e levando em conta as diferentes dinâmicas populacionais do Estado, essa tragédia pode ser superada e outras podem ter impacto menor. Esperamos que tudo que aconteceu no Rio Grande do Sul sirva de aprendizado para um futuro capaz de lidar melhor com eventos extremos, trazendo menos sofrimento e prejuízos aos cidadãos com o apoio da tecnologia.

 

Hermano Pinto - Diretor do Portfólio de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom, maior evento de tecnologia, telecomunicações e transformação digital da América Latina.

 

Agosto Lilás: o lado invisível da violência contra a mulher

Freepik
O Agosto Lilás marca a campanha de combate e conscientização da violência contra a mulher.


Muitas pessoas acreditam que a violência acontece somente quando é fisicamente visível e deixa marcas, no entanto, alguns tipos são silenciosos e muitas vezes passam despercebidos pela vítima. Isso porque ela está inserida no ciclo de abusos, o famoso bate e assopra, que tem finalidade de confundi-la: em alguns momentos se sente amada, em outros, rejeitada.

Uma das violências mais difíceis de identificar é a psicológica, pois acontece sem que a vítima perceba. Essas condutas abusivas costumam ocorrer, por exemplo, em datas comemorativas.

Após ouvir sobre a violência psicóloga em uma de minhas palestras, uma participante, que sempre gostou de celebrar seus aniversários, compreendeu a dinâmica que viveu por muitos anos com o marido. Lembrou que, ainda nos dias que antecediam a data, surgia um clima de tensão.

De acordo com ela, o marido parecia incomodado, reclamava da falta de dinheiro e a conversa sempre acabava em desentendimento. Por fim, a comemoração do aniversário que ela tanto adorava, passava sob conflito e estresse.

Por se tratar de uma data importante, a violência psicológica será perpetuada e ficará registrada. Inconscientemente, fará a vítima se sentir mal em todos os outros aniversários. Essa violência é tão cruel que, mesmo invisível, deixa marcas para o resto da vida. O prazer do abusador é que o outro tenha uma vida infeliz.

No caso de uma amiga que se divorciou, a violência psicológica foi somada à violência patrimonial, atingindo duas filhas que recebem pensão do genitor. Após alguns anos separada, a mulher engatou um namoro que prosperou.

O novo casal fazia juras de amor em redes sociais e se mostrava muito feliz. Foi quando o genitor, empresário, portador de um grande patrimônio e de uma vida extremamente luxuosa, resolveu parar de custear as necessidades das filhas.

Geralmente, a felicidade da ex-companheira dói aos olhos dos medíocres, que desejam mantê-las encarceradas, sozinhas e infelizes, mesmo após o divórcio em comum acordo. Essa conduta não costuma ser lembrada como violência, no entanto, não apenas é, como pode ser considerada grave.

Imagine que, sem dinheiro suficiente para pagar escola, aluguel e outras atividades das filhas, a mulher vai ao supermercado e, já sabendo que seus recursos financeiros são inferiores aos custos, sentirá ansiedade e angústia. Essa aflição se reproduzirá todas as vezes em que precisar efetuar pagamentos.

A conduta do pai não apenas prejudica o desenvolvimento das crianças, como a saúde física e emocional da mulher, que tende a desenvolver doenças psicossomáticas desencadeadas pelo estresse.

Como consequência, os comportamentos ansiosos e traumas são inseridos de alguma forma na sociedade, onde essa família disfuncional necessitará de cuidados médicos, psicólogos, medicamentos etc. Por fim, um único genitor é capaz de promover graves problemas emocionais e financeiros à sociedade, que pagará a conta.

É momento de dar visibilidade às violências cotidianas que costumam ser aceitas e normalizadas. O Agosto Lilás é um chamado a todos para identificar, denunciar e combater abusos domésticos, onde “ninguém quer meter a colher”.

A sociedade precisa entender que, quando uma mulher é maltratada pelo companheiro, tais atitudes refletem nos filhos e acabam sendo perpetuadas. Combater a violência contra a mulher é papel de todos nós. 




Gab Saab - especialista em psicologia jurídica, graduanda em Direito, palestrante e autora do livro “Abuso Guia Prático: como identificar e se libertar de relacionamentos abusivos


O que explica o recorde de empresas abertas em São Paulo? Saiba como se dar bem com um novo negócio

O brasileiro tem espírito empreendedor, mas é preciso ter alguns cuidados para ter bons resultados com um novo negócio, explica o mentor empresarial Guga Medeiros 

 

De acordo com dados recentes divulgados pela Junta Comercial do Estado de São Paulo, apenas no primeiro semestre deste ano, o estado teve mais de 174.000 empresas abertas, o que seria o maior número registrado pelo órgão desde 1998, superando também em 14,7% a quantidade do mesmo período de 2023.

 

O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Desenvolvimento Econômico de SP, Jorge Lima, atribuíram o aumento à melhora do ambiente dos negócios no estado.

Mas o grande número de novas empresas contrasta com dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - de que 80% das micro e pequenas empresas não sobrevivem ao seu primeiro ano e 60% fecham antes dos cinco anos.

 

Pouco planejamento = Fim precoce


De acordo com o mentor empresarial e especialista em neurolinguística, Guga Medeiros, além do ambiente do país, a falta de planejamento antes da abertura de um negócio é o principal motivo pela ‘morte’ precoce das empresas.

Além das dificuldades naturais do ambiente econômico instável do país, a falta de planejamento é um grande problema para os novos empreendedores, muitas empresas fecham cedo porque não têm um plano sólido antes de começar e, principalmente, se manter”.

Sem uma estratégia muito bem pensada fica difícil enfrentar os desafios e garantir que o negócio dure”, ressalta.

 

Como fazer um bom planejamento para abrir uma empresa?

De acordo com Guga Medeiros é importante não apenas contar com os gastos iniciais, mas também com os gastos para manter o negócio até que ele comece a “se pagar”.

Comece pesquisando o mercado e conhecendo bem o seu público-alvo para entender a demanda que terá que lidar. Depois disso, elabore um plano de negócios claro, incluindo metas, estratégias e orçamento”.

Considere todos os custos envolvidos, como aluguel, funcionários e marketing, considere até mesmo os menores custos, conte também com os gastos para manter a empresa funcionando até que ela comece a ‘girar’ sozinha”, explica Guga Medeiros.

 

Público-alvo: O segredo do sucesso

O público-alvo de uma empresa é o grupo específico de pessoas que a empresa deseja atingir com seus produtos ou serviços, ele é definido com base em características como idade, interesses, localização e comportamento de compra. Ter um público-alvo bem definido ajuda a usar os recursos da empresa da melhor forma possível, ressalta Guga Medeiros.

Saber quem é o seu público-alvo é o pilar de um bom planejamento, isso ajuda a determinar qual será o seu produto ou serviço, vai direcionar sua estratégia de marketing, quais investimentos são mais prioritários, etc., ajuda a destinar seus recursos para a área que trará mais retorno”, alerta.

 



Guga Medeiros - formado em Administração pela Faculdade Estácio de Florianópolis e Master em Programação Neurolinguística (PNL), com experiência de 18 anos no comércio varejista, passando pela gestões de marketing, estratégica e comercial. Também é especialista em Psicodinâmica do mundo dos negócios, analista comportamental e com especialização em psicanálise em curso. Hoje atua mais fortemente nas áreas de consultoria e treinamentos, sobretudo em gestão de clínicas do mercado estético, mas também de consultórios odontológicos.


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