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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Outubro Rosa: Benefícios da Cannabis medicinal e de uma nutrição equilibrada no tratamento do câncer de mama

Entenda os efeitos positivos que uma dieta equilibrada e novas terapias podem oferecer


Este mês é conhecido por suas ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e câncer do colo do útero, em um movimento que ficou marcado como Outubro Rosa. A campanha é feita como forma de promover a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico, que podem contribuir para a redução das mortes. A Endogen, healthtech de Cannabis medicinal e nutrição fundamentada em ciência para gerar qualidade de vida, apresenta os benefícios da Cannabis medicinal e qual é o papel nutrição equilibrada na prevenção do câncer de mama. 

O câncer de mama acomete mulheres em todo o mundo e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2022 no Brasil foram estimados 66.280 novos casos. Não é surpresa que adotar uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis ajudam a fortalecer o bem-estar e serve de medida preventiva contra diversas doenças, como o câncer de mama. Possuir uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é fundamental para prevenção e pode ajudar a reduzir os fatores de risco associados à doença também nos períodos de tratamento e após este. Dados apontam que entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, e é possível dizer que as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos e os estilos de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos da doença.

“Junto da Endogen produzimos o Pro Collagen for Women, desenvolvido à base de substâncias bioativas, vitaminas e minerais, que são antioxidantes também encontrados na natureza, com propriedades protetoras contra o câncer de mama. Assim ajudando a combater os radicais livres, que podem danificar as células e aumentar o risco”, comenta o farmacêutico Christoph Nussbaum.

Além disso, há pesquisas recentes que exploram novas abordagens para aliviar os sintomas causados pelo tratamento do câncer de mama, incluindo o uso de canabinoides. A Cannabis medicinal pode ajudar a amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia, promovendo um aumento na qualidade de vida. De acordo com Daniele Tondolo, anestesiologia e médica pós graduada em Cannabis medicinal pela Unyleya, a cannabis vem sendo aliada no combate aos efeitos colaterais do câncer. "A cannabis pode ser aplicada como um tratamento sintomático, ou seja, para aliviar os sintomas dos pacientes com câncer. Assim, proporcionando alívio da dor e melhorando a náusea, especialmente após a quimioterapia. Além disso, auxilia no sono e desempenha um papel crucial no relaxamento muscular", explica.
 

Endogen


Você sabe o que é Discalculia? O Instituto ABCD explica esse transtorno da aprendizagem e elenca alguns desafios da compreensão Matemática



A discalculia é um transtorno específico da aprendizagem que afeta a capacidade de compreender e realizar operações matemáticas, o processo de memorização de fatos, a resolução de problemas e a organização de informações numéricas, impactando negativamente a vida de crianças e adultos que convivem com esse transtorno específico da aprendizagem. Para aumentar a conscientização sobre essa condição, o Instituto ABCD, organização social sem fins lucrativos, que se dedica a promover e divulgar conhecimentos que tenham impacto positivo na vida de brasileiros com dislexia, elenca os desafios, as dificuldade para acessar o diagnóstico e as estratégias que podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades numéricas. 

De acordo com Associação Americana de Psiquiatria (2023), a discalculia é um transtorno específico da aprendizagem que atinge de 5% a 15% da população brasileira. “As implicações da discalculia na vida cotidiana podem afetar habilidades necessárias para a vida adulta. Tarefas diárias que envolvem matemática, como medir ingredientes para cozinhar, calcular troco, seguir instruções de um GPS ou calcular horários de transporte público, tornam-se mais desafiadoras para essas pessoas", avalia Juliana Amorina, diretora presidente do Instituto ABCD. Para a especialista, é fundamental que a sociedade, pais e educadores trabalhem juntos para garantir que ninguém seja excluído em virtude dessas dificuldades. 

Para Ricardo Moura, especialista em aprendizagem e desenvolvimento cognitivo pela Universidade Federal de Minas Gerais e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, a identificação precoce da discalculia é ideal para proporcionar apoio adequado às crianças e adultos impactados, apesar do processo não ser tão simples. "O diagnóstico precoce colabora para que as pessoas com discalculia entendam quais são suas limitações, embora não haja barreiras intransponíveis, encontrem estratégias conscientes de compensação e, com o apoio adequado, desenvolvam habilidades matemáticas e alcancem seu pleno potencial acadêmico e profissional”, garante.

 

Atenção a alguns sinais e sintomas


A discalculia é uma condição complexa e seus sintomas podem variar de uma pessoa para outra - por isso, é importante que um profissional especializado avalie e diagnostique, pois outros fatores podem contribuir para dificuldades matemáticas. Para o Dr. Ricardo Moura, é preciso tomar cuidado para não antecipar um diagnóstico definitivo que, na verdade, pode ser apenas uma dificuldade temporária ocasionada por fatores sociais, emocionais ou questões individuais.
 

  • Dificuldade na compreensão de conceitos e leitura de sinais matemáticos: Pessoas com discalculia podem ter dificuldade em compreender conceitos fundamentais, como adição, subtração, multiplicação e divisão, e os símbolos matemáticos de + (mais), - (menos), x (vezes) e ÷ (dividido). Eles podem confundir ou interpretar incorretamente esses símbolos;
  • Problemas com cálculos básicos: A discalculia muitas vezes se manifesta como dificuldade em realizar cálculos simples, como somar ou subtrair números pequenos. Os erros frequentes em cálculos simples podem ser um indicador;
  • Problemas com sequências numéricas: A discalculia também pode se manifestar como dificuldade em contar em sequência ou em reconhecer padrões em números. Isso pode ser notado em problemas como contar de 1 a 100, onde a pessoa pode pular números ou se perder na contagem;
  • Lentidão na resolução de problemas matemáticos: A discalculia pode resultar em um processo mais lento para resolver problemas matemáticos, mesmo que a pessoa compreenda os conceitos, e junto disso, pode surgir dificuldade em estimar quantidades e fazer aproximações, o que pode afetar seu desempenho em tarefas escolares e na vida cotidiana que envolvem matemática;
  • Desafios na organização de informações matemáticas: Pessoas com discalculia podem ter dificuldade em organizar informações matemáticas em sequências lógicas, como tabelas de multiplicação, séries numéricas ou frações;
  • Dificuldade em lidar com frações e decimais: Pessoas com discalculia frequentemente enfrentam desafios ao lidar com frações e números decimais. Eles podem ter dificuldade em entender a relação entre frações, números inteiros e porcentagens, o que pode afetar seu desempenho em tarefas envolvendo medidas precisas.
  • Dificuldade em compreender e usar medidas: Pessoas com discalculia podem ter dificuldade em entender a relação entre diferentes unidades de medida, como quilogramas e gramas, ou metros e centímetros. Elas podem ter dificuldade em converter entre essas unidades ou em aplicar corretamente medidas em problemas matemáticos. Essa dificuldade pode se manifestar desde a confusão entre unidades de medida até a incapacidade de estimar e comparar tamanhos, pesos ou volumes. 

Juliana Amorina reforça que, “quem acompanha a criança possui um papel vital em seu processo de aprendizagem. Cada indivíduo com discalculia é único, e as estratégias de ensino devem ser adaptadas às suas necessidades específicas. Nesse processo, pais e educadores podem ajudar a desenvolver estratégias para superar as barreiras impostas aos alunos com discalculia, promovendo a autoconfiança e o sucesso acadêmico”.

 

Instituto ABCD


Nova tecnologia para o tratamento do crescimento da próstata

O crescimento da próstata é um dos problemas de saúde que mais afetam os homens ao longo da vida. 40% dos homens aos 50 anos são afetados com o problema e em 55% dos pacientes a tendência é que os sintomas piorem paulatinamente1.

Um novo tratamento, que usa o vapor para limitar o crescimento e os sintomas causados pela hiperplasia prostática benigna (HPB) acaba de chegar ao país e é especialmente direcionado para homens com próstatas de menor paciente e também para jovens, mas não só.

O RezumR consiste num gerador que transforma a água destilada em vapor e através de uma “endocâmera” introduzida via canal urinário, chega até a próstata, onde é inserida uma agulha que coloca uma energia entre as células a 103 graus Celsius e que vai atingir, dentro das células, uma temperatura de 70 a 80 graus Celsius.

Isso induz a uma morte celular e durante o processo, que vai de algumas semanas até 3 meses, no máximo, vai provocar uma atrofia do tecido. A liberação dessa energia atinge um halo de 1 centímetro. Normalmente, se faz mais de uma injeção em cada um dos dois lobos prostáticos e, se houver, um lobo mediano (aquele que entra na bexiga). Após esse período de atrofia, estima-se uma redução em torno de 40% do volume prostático, principalmente da parte que está ao redor do canal urinário, da uretra. A atrofia vai liberar o trajeto do canal urinário, possibilitando um esvaziamento da bexiga de uma forma mais fácil, com menor resistência.

O procedimento é minimamente invasivo, feito através de uma endoscopia do canal urinário e dura menos de cinco minutos, sob sedação leve e anestesia local. Após o procedimento, o paciente vai embora com uma sonda vesical, ficando por cinco a sete dias para evitar infecções e outros problemas em decorrência do processo inflamatório do vapor d’água no tecido.

O paciente pode ter alta cerca de duas horas após o procedimento. Sem necessidade de internação, reduzem-se os custos hospitalares. O procedimento chegou ao Brasil há dois meses e já foram feitos cerca de 50 casos. “O número de pacientes deve crescer bastante a partir da adesão de mais urologistas e dos pacientes, pois trata-se de uma tecnologia rápida e efetiva, minimamente invasiva, que promove uma recuperação rápida e o retorno às atividades em curto prazo”, informa o urologista do Hospital Moriah, Ricardo Vita.

Por se tratar de uma tecnologia ainda recente no país ele não é coberto pelos planos de saúde e o Hospital Moriah tem sido pioneiro nos tratamentos de próstata, por meio do Instituto da Próstata. Além deste procedimento ser indicado aos homens com próstatas menores, ele também é indicado para homens que não desejam perder o poder de ejaculação, que acontece em alguns tratamentos.
 


1) Santos, Pedro Bargão. Hiperplasia benigna da próstata – Considerações gerais e tratamento médico


Estado da Ciência: Periodontite Crônica e Saúde Sistêmica

 Diabetes, doenças cardiovasculares, respiratórias, osteoporose, partos prematuros, artrite reumatóide entre outros, podem estar relacionados às patologias periodontais

 

As doenças periodontais inflamatórias revelaram uma associação significativa com uma série de condições sistêmicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares, respiratórias, osteoporose, partos prematuros e artrite reumatóide, entre outras. Esta descoberta foi obtida através de uma minuciosa revisão das evidências científicas disponíveis no banco de dados PubMed. Contribuindo para esclarecer esse assunto, contamos com a experiência e conhecimento da especialista Maria Fernanda Kolbe, mestre em periodontia e associada à Clínica Sorr em São Paulo, além de atuar como SDA da lick/5311ac8b-f6e1-4ecd-383e-08db0df155e2/https%253a%252f%252fwww.ems-dental.com%252fen/f014ff9a-7451-4e41-919a-7fc8ef21955e/redacaojr@outlook.com/True" >EMS (Electro Medical System). 

Podemos associar características da periodontite crônica, como perda de dentes, à múltiplas condições sistêmicas. Estudos relatam numerosas associações epidemiológicas ligando a periodontite crônica a condições como diabetes, osteoporose, artrite reumatóide, certos tipos de câncer, disfunção erétil, demência, bebês prematuros e doenças cardiovasculares, respiratórias ou renais. Não há consenso entre os especialistas sobre a natureza dessas associações, contudo, sinais de periodontite crônica, como perda de dentes, mostram relações consistentes com estas condições. Portanto, o tratamento eficaz das infecções periodontais, como a profilaxia, é importante para atingir os objetivos de saúde bucal, bem como para reduzir os riscos sistêmicos de inflamação local crônica e bacteriana. 

Maria Fernanda Kolbe enfatiza a importância de reconhecer a interconexão entre a saúde bucal e a saúde sistêmica: “A boca não é apenas um 'acessório' do corpo; está integrada a todo o nosso sistema. Muitos pacientes não estão cientes dessa relação, e é fundamental que eles compreendam a importância do acompanhamento odontológico regular”.

 

Parto Prematuro 

Um estudo realizado pelo Duke University Medical Center revelou que cuidados periodontais inadequados podem aumentar o risco de partos prematuros. A exposição a patógenos orais durante a gravidez pode levar a internações na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) e prolongar o tempo de internação dos bebês. A Academia Americana de Periodontologia recomenda a intervenção odontológica imediata em mulheres grávidas, independentemente do estágio da gravidez, para evitar complicações para a saúde fetal. 

Maria Fernanda Kolbe sublinha a importância do acompanhamento odontológico pré-natal, especialmente para mulheres que planejam engravidar: “A correlação entre a periodontite crônica e o parto prematuro, enfatiza a necessidade de cuidados odontológicos durante a gravidez”.
 

Diabetes 

Indivíduos com diabetes enfrentam desafios adicionais em relação à saúde bucal, incluindo problemas de higiene oral e agravamento da doença periodontal. A relação mútua entre diabetes e doença periodontal é bem estabelecida, com pacientes diabéticos tendo maior dificuldade em controlar os níveis de açúcar no sangue quando apresentam doença periodontal ativa. O controle do diabetes também pode ser prejudicado por uma doença periodontal não tratada.

 

Doenças Cardiovasculares 

Há evidências substanciais sugerindo que pacientes com periodontite têm um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Isso destaca a importância de cuidados odontológicos regulares para pacientes cardíacos e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar quando doenças periodontais persistentes não respondem ao tratamento padrão. 

“A periodontite é uma doença inflamatória de origem infecciosa, causada por um conjunto de bactérias que desencadeiam a inflamação. Em termos sistêmicos, ainda não está totalmente esclarecido se são as próprias bactérias ou as substâncias inflamatórias resultantes dessa infecção que aumentam o risco de problemas cardíacos. Portanto, é crucial que pacientes com problemas cardíacos mantenham visitas regulares ao dentista. Da mesma forma, quando o dentista identifica doenças periodontais persistentes em pacientes que seguem cuidados ideais, mas não respondem ao tratamento como esperado, é aconselhável encaminhar o paciente para outras especialidades médicas, a fim de investigar possíveis condições sistêmicas que possam estar influenciando a doença periodontal”, explica Kolbe. “Essa abordagem integrada é fundamental para a saúde bucal e sistêmica”.
 

Doenças Ósseas 

A periodontite, uma inflamação das gengivas, é a principal causa de perda óssea na saúde bucal, afetando pessoas de todas as idades. Sua relação com a osteoporose, uma condição de perda de densidade óssea, é complexa e requer mais pesquisas para compreensão completa. “Há duas formas principais de periodontite: uma mais agressiva que afeta pacientes jovens e progride rapidamente, e outra mais comum que se desenvolve de maneira mais lenta em indivíduos com mais de 35 anos. Essa relação sugere que quanto mais avançada a periodontite, maior pode ser seu impacto sistêmico, destacando a importância da prevenção e tratamento adequados para reduzir riscos associados a problemas ósseos e sistêmicos”, explica a especialista. 

A osteoporose e a periodontite apresentam complexidades devido à cronicidade de ambas as condições. Estudos foram conduzidos para avaliar a perda dentária, a altura da crista alveolar e a perda clínica de inserção, mas a aplicação de dados é desafiada por tamanhos de amostra limitados, desenhos de estudo inadequados e compreensão limitada da relação entre as duas doenças. “Além disso, a perda óssea ao redor dos dentes pode ser causada pela periodontite agressiva, que afeta desde jovens com uma bactéria específica que acelera a progressão da doença periodontal. O tratamento precoce é fundamental para evitar a perda rápida de dentes”, enfatiza Kolbe.

 

Artrite 

Ensaios clínicos têm explorado os efeitos do tratamento periodontal nos sintomas da artrite, com resultados promissores, embora a compreensão completa dessa relação ainda seja limitada. A periodontite pode ser um fator desencadeante da artrite reumatóide, destacando a importância de manter a saúde gengival para reduzir o risco dessa condição. 

“Para garantir uma boa saúde bucal e, consequentemente, reduzir os riscos sistêmicos associados à inflamação crônica e bacteriana local, visitas regulares ao dentista são fundamentais. Além disso, avanços tecnológicos, como o protocolo Guided Biofilm Therapy (GBT), desenvolvido pela EMS, oferecem métodos modernos e indolores para melhorar a saúde bucal e detectar precocemente condições sistêmicas relacionadas à periodontite”, finaliza a periodontista Maria Fernanda. 

Para encontrar uma clínica que ofereça o protocolo GBT no Brasil, os pacientes podem acessar o "FIND A GBT PRACTICE" .


Incontinência urinária e impotência sexual podem ser tratadas e prevenidas com fisioterapia pélvica; saiba mais sobre o tema!

Profissionais da área falam como o fortalecimento dos músculos da região promove a qualidade de vida das pessoas

 

Área da saúde dedicada a estudar o movimento do corpo, a Fisioterapia tem aplicações que vão além do tratamento de problemas ortopédicos e dores crônicas. A incontinência urinária e disfunção sexual, por exemplo, são patologias que podem ser combatidas por meio de exercícios conduzidos por profissionais de fisioterapia, para fortalecer o assoalho pélvico e evitar problemas do tipo na região íntima.


O assoalho pélvico é uma estrutura composta por músculos, ligamentos e tecidos — que sustentam os órgãos da pelve — e que desempenha um papel fundamental em funções vitais, como controle urinário, fecal, função sexual e suporte para órgãos internos. Quando esse sistema enfraquece, uma série de problemas de saúde podem surgir, afetando tanto homens quanto mulheres, conforme aponta Alexandre Fontes, fisioterapeuta da rede AmorSaúde.


“As consequências do enfraquecimento dessa musculatura são prolapso genitais, disfunções amenorreicas e urinárias para mulheres, homens e crianças, algias na pelve, além da disfunção sexual para ambos os sexos”, explica o profissional.


Frente às disfunções, a fisioterapia pélvica desempenha um papel crucial na saúde e no bem-estar de homens e mulheres, oferecendo uma solução eficaz para problemas que podem causar vergonha, ansiedade e depressão, além de permitir que as pessoas recuperem o controle sobre sua saúde e qualidade de vida. “A fisioterapia pélvica é um trabalho de conscientização, de conhecimento do próprio corpo e de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico”, elucida a fisioterapeuta do AmorSaúde, Aline Cristina Soares.


Confira detalhes sobre o tratamento fisioterapêutico para problemas na pélvis:


 

Tratamento para elas


Para as mulheres, a fisioterapia pélvica é especialmente relevante. Problemas como escape urinário, prolapsos de órgãos pélvicos (como bexiga, reto e uretra), dor durante o sexo e perda de libido são frequentemente associados ao enfraquecimento do assoalho pélvico. Mulheres que passaram por múltiplos partos sem a devida reabilitação, por exemplo, podem ser candidatas a esse tipo de tratamento.


“No ambiento sexual, o desempenho, a questão do prazer e tudo o mais são afetados quando esses músculos estão rígidos demais ou com fibrose por conta de alguma cirurgia de episiotomia, por exemplo, o que influencia até mesmo a falta de libido, porque se a paciente sente dor, ela, consequentemente, não vai ter vontade de ter relação sexual”, fala Aline, que atende na unidade de Maringá.


Existem inúmeros exercícios que ajudam a fortalecer esses músculos, restaurando o controle sobre essas funções e melhorando a qualidade de vida. “Todos os exercícios que trabalham fortalecimento de abdômen e glúteo influenciam na força do assoalho pélvico, porém os exercícios de Kegel são voltados especificamente para esse fim”, exemplifica Aline, que indica também a necessidade do uso de equipamentos, como perinas, laser e biofeedback para avaliar a força e a contração dos músculos do assoalho pélvico.


“Como eu vou saber ou mostrar a essa mulher que ela tem uma ou não contração efetiva? Às vezes é preciso que eu ensine a ela essa consciência por meio do toque. Não é confortável, há o tabu e existem aparelhos que mensuram essa contração ou fraqueza. Então não é só olhar e falar ‘você precisa fazer o fortalecimento’, pois muitas vezes a paciente nem sabe contrair aquela musculatura especificamente”, elucida a profissional.


 

Tratamento para eles


No caso dos homens, a fisioterapia pélvica também desempenha um papel fundamental. Problemas como prolapso, incontinência fecal e disfunção erétil podem ser abordados e tratados com sucesso por meio dessas técnicas.


“Embora não seja fatal, a incontinência fecal está associada a elevada morbilidade, uma vez que leva à ansiedade e vergonha, assim muitas vezes o paciente não faz nenhum tipo de exercícios, ficando só em seu local de forma sedentária. O tratamento envolve equipe médica, a exemplo do proctologista, que constata a causa e prescreve o tratamento medicamentoso, além de direcionar o paciente para o tratamento com fisioterapeuta especializado na área”, elucida Alexandre, que atende na unidade Campo Limpo, em São Paulo capital.


Os exercícios de Kegel e outras abordagens específicas ajudam a fortalecer esses músculos, restaurando o controle sobre essas funções e melhorando a qualidade de vida.


“O fortalecimento do assoalho pélvico pode levar a ereções mais fortes e duradouras, melhorando a vida sexual masculina de maneira significativa”, explica Aline.


 

Como é uma sessão de fisioterapia?

 

Realizar sessões de fisioterapia é um passo crucial na busca pelo bem-estar e pela recuperação da saúde. Em geral, a sessão dura, aproximadamente, 40 minutos, sendo adaptada para cada paciente conforme diagnóstico.


No primeiro encontro com um profissional da área, será feita uma avaliação física detalhada, que servirá como base para o profissional entender a condição e as necessidades do paciente. Além disso, a anamnese é uma parte fundamental desse processo, na qual o fisioterapeuta coleta informações sobre o histórico médico do paciente, sintomas atuais e objetivos de tratamento. Essa troca de informações ajuda a direcionar o plano de cuidados de forma personalizada.


A parte ativa da sessão de fisioterapia envolve exercícios de alongamento e fortalecimento, projetados para melhorar a flexibilidade, a força e a funcionalidade do corpo, dependendo das necessidades individuais do paciente.

A frequência das sessões varia de paciente para paciente, geralmente recomendando-se duas a três vezes por semana, com intervalos de, pelo menos, um dia entre as sessões. “Isso permite que o corpo se adapte ao estímulo e compreenda a diferença entre a contração e o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico”, fala Aline.


Outro aspecto importante da sessão de fisioterapia é a manipulação. O fisioterapeuta utiliza técnicas específicas para realizar manipulações em partes do corpo que estão relacionadas ao diagnóstico do paciente. Essas manipulações visam aliviar a dor, reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade.

Para muitas pessoas, o tabu em torno desses problemas também pode dificultar o acesso ao tratamento, o que destaca a importância de conscientização e educação sobre a fisioterapia pélvica.


Relatório mostra que melhorias habitacionais aumentam sensação de bem-estar, autoestima e diminui sintomas de doenças


O relatório da Pesquisa de Percepção de Mudança aplicada com as famílias atendidas pelo programa de melhoria habitacional da Habitat para a Humanidade Brasil, em 2022, mostra o impacto positivo na saúde mental e física da população beneficiada por ações de melhorias habitacionais. Foram entrevistadas um total de 227 famílias, moradoras de nove comunidades localizadas nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, que foram beneficiadas com melhorias em sua moradia pela Habitat Brasil. Entre as ações realizadas, estão intervenções no banheiro, no telhado, reboco, pintura, entre outros. 

Desse total, 97% declararam que a casa ficou mais confortável e saudável após as intervenções. Das famílias com um ou mais integrantes que possuem problemas respiratórios, 87% declararam melhora nos sintomas. Os problemas respiratórios mais comuns entre essa população são rinite, sinusite, bronquite, bronquite asmática e asma. 

Foi percebida uma maior facilidade na limpeza e higiene dos ambientes após a intervenção por 93% das famílias. O bem-estar e a autoestima foram outros elementos destacados pelas famílias. Ao todo, 98% declararam ter sentido mudança positiva na autoestima e bem-estar por conta das melhorias em suas casas. 

“Esses dados do relatório mostram o quanto uma moradia adequada impacta na saúde física, emocional e psicológica das pessoas. Um teto, apenas, não é o suficiente. Para que as pessoas tenham uma vida digna, é necessário termos moradias que ofereçam saneamento, privacidade, segurança, espaço, conforto e condições mínimas para viver e morar. Sem isso, as populações mais vulneráveis não têm condições de estudar, por não terem espaço; de trabalhar, por não terem saúde; de socializar, por não poderem receber visitas de forma confortável, além de tantos outros impedimentos. É por isso que falamos que os direitos das pessoas começam com um lar digno para se viver. Caso contrário, estamos impedindo diversos acessos a milhões de pessoas do nosso país”, comentou a diretora executiva da Habitat Brasil, Socorro Leite.

 

Favela dos Sonhos

Um dos exemplos de locais que receberam melhorias foram as famílias moradoras da Favela dos Sonhos. Localizada em Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo, as melhorias foram realizadas por uma parceria entre a Habitat para a Humanidade Brasil e a Gerando Falcões, que atua na transformação das favelas em ambientes dignos, digitais e desenvolvidos. O projeto foi viabilizado pelo programa Favela 3D, da Gerando Falcões e, em 2022, realizou intervenções em moradias de 81 famílias. Dessas, 99% das famílias entrevistadas afirmaram uma melhora na autoestima e bem-estar após as intervenções.

 

Habitat para a Humanidade Brasil


Outubro Rosa: como a nutrição pode combater o câncer de mama

Nutricionistas da Magrass afirmam que hábitos alimentares podem influenciar na doença


O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, 24,5% dos novos casos de câncer em mulheres são de mama e é também a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, aponta o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

No Brasil, entre 2016 a 2020 o maior percentual na mortalidade por câncer em mulheres, foram na região Sudeste (17,2%) e Centro-Oeste (16,8%), seguidos pelo Nordeste (15,6%) e Sul (15,5%). A maior prevalência são em mulheres acima dos 50 anos.  

No Outubro Rosa, mês da conscientização sobre o câncer de mama, muito se fala sobre como estar atento aos sinais, sintomas e a realizar o autoexame, que consiste em se tocar na região para analisar se existe algum nódulo. Mas é preciso debater sobre como a alimentação e qualidade de vida influenciam para o surgimento da doença.  

Entre os fatores de risco para esse tipo de câncer estão, além da idade, genética e uso de hormônios externos, a obesidade e consumo de álcool. Ou seja, em alguns casos é possível prevenir.  

Diante disso, as nutricionistas Carolina Martins e Gabrielle Satini, da rede de emagrecimento saudável Magrass, explicam que manter uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos regulares, controle da gordura corporal, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e até a amamentação podem ajudar.  

“A alimentação e o estilo de vida tem tudo a ver com a prevenção de doenças e na manutenção do peso corporal. Já que o excesso de gordura pode provocar alterações hormonais e inflamação, aumentando o risco de surgimento da doença”, afirma Carolina.  

Já Gabrielle conta que alimentos como carne vermelha em excesso e suas gorduras, leites e derivados, alimentos embutidos e industrializados, óleos refinados, açúcar refinado e doces, e refrigerantes são algumas opções que podem aumentar o risco de câncer de mama e que devem ser evitados.  

Além disso, elas listam algumas dicas que podem ajudar no dia a dia:  

  • Alimentos in natura, em especial os de origem vegetal ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas; 
  • O indicado é consumir cinco porções por dia de alimentos naturais, sendo duas porções de frutas e três de verduras e legumes sem amido, como cenoura, couve-flor, berinjela e tomate; 
  • Opte por gorduras saudáveis (azeite de oliva, óleo de abacate), gorduras poli-insaturadas (óleo de sementes de girassol) e ácidos graxos ômega-3 (salmão, nozes, semente de linhaça, óleo de peixe); 
  • A hidratação é essencial para o organismo. Para saber a quantidade multiplique 35 ml por quilo do seu peso atual. 
  • A amamentação também é importante na proteção. Estudos mostram que a mulher que amamenta seu bebê até os dois anos de idade ou mais, além de proteger seu filho contra o sobrepeso e obesidade infantil, se beneficia reduzindo o risco de desenvolver o câncer de mama.
     

Os nutricionistas complementam afirmando que nenhum alimento sozinho tem o poder de cura. A alimentação saudável deve ser variada e composta por diferentes tipos de alimentos, como frutas, legumes, verduras, feijões e outros leguminosos, cereais integrais, castanhas e outras oleaginosas. Consuma alimentos de diferentes cores: vermelha, verde, amarela, branca, roxa e laranja. Quanto mais colorida for sua refeição, mais componentes antioxidantes e antiinflamatórios. 

O acompanhamento nutricional é essencial para a mudança de hábitos e uma alimentação completa e equilibrada, que proporcione benefícios para a saúde, mais disposição, prevenção de doenças e bem-estar.


O papel da alimentação na endometriose: Consumir os alimentos certos pode ajudar a aliviar os sintomas

Estudos demonstram que a dieta desempenha um papel importante no combate da inflamação e ajuda a equilibrar os níveis de estrogênio 


A endometriose atinge 10% da população feminina em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença provoca o crescimento do tecido ao redor do útero, causando dor crônica, inflamação e, em até 50% dos casos, podendo levar a mulher à infertilidade. Por ser um quadro relacionado a um desequilíbrio hormonal, a alimentação tem papel importante no seu controle. Alguns alimentos podem agravar os sintomas, enquanto outros podem amenizá-los.

“Evidências científicas comprovam que os alimentos ingeridos e o estilo de vida podem influenciar em uma série de aspectos, inclusive no metabolismo das prostaglandinas, que atuam nos processos inflamatórios do corpo, no ciclo menstrual e na atividade do estrogênio. Assim, uma dieta deficitária e o sedentarismo podem impactar na endometriose”, aponta o ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

Alimentos ricos em vitamina B e ômega 3 são ideais para reduzir os sintomas e as dores causadas pela doença, de acordo com um estudo publicado pela revista alemã GebFra Science. Já o álcool, a carne vermelha e as gorduras trans demonstraram um efeito amplificador, tanto no inchaço pélvico, quanto na dor crônica acarretados pela endometriose.

Em geral, recomenda-se às mulheres diagnosticadas manter uma alimentação balanceada e sem glúten, com ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, propriedades anti-inflamatórias e com efeitos positivos no metabolismo de estrogênios e hormônios.

“Sementes de girassol, nozes e linhaça, legumes como brócolis ou couve-flor, frutas como abacate, limão e mirtilos, e óleos de oliva e prímula são alguns deles. Esses alimentos estão presentes na dieta mediterrânea, que é um bom modelo a ser seguido”, recomenda a nutricionista Julia Beux, que faz a orientação das pacientes na clínica Bellelis.

Priscila Pinheiro, também responsável pela área de nutrição da clínica, destaca que estar atenta ao que deve ser evitado também é fundamental. “Além de consumir alimentos que podem contribuir para o bem-estar, é importante evitar certos tipos de comida. Além das carnes vermelhas, gorduras trans e do álcool, recomendamos evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares refinados, laticínios e cafeína”, alerta a nutricionista.

Ela também destaca a importância do bom funcionamento do intestino. “Alimentos ricos em fibras podem ser um socorro. Seu corpo se livra do excesso de estrogênio nas fezes. Sem uma evacuação saudável todos os dias, você provavelmente está constipada e seus níveis de estrogênio podem estar muito altos, o que pode ser bastante prejudicial para quem tem endometriose”, finaliza Priscila.

 



Clínica Bellelis - Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital de Câncer de Barretos.


ARTROPLASTIA: COMO TER BOA RECUPERAÇÃO NO PÓS OPERATÓRIO

Fisioterapeuta especialista em membros inferiores explica que a reabilitação não termina após a alta hospitalar, o paciente deve continuar sendo monitorado por um fisioterapeuta.

 

O quadril desempenha um papel fundamental em atividades diárias como levantar-se, sentar ou simplesmente se locomover. No entanto, ao longo do tempo, a cartilagem nessa região pode se desgastar, levando a condições que requerem intervenções médicas, como no caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou por uma artroplastia de quadril em 29 de setembro, devido ao diagnóstico de artrose. Essa enfermidade afeta cerca de 30 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

Inicialmente, a alta hospitalar estava programada para ocorrer nesta segunda-feira (2) ou terça-feira (3). Porém, devido à recuperação do presidente, a equipe médica optou por antecipá-la. Esta intervenção cirúrgica envolve a substituição de uma articulação danificada por uma prótese artificial e é frequentemente realizada em pacientes que sofrem de osteoartrite, artrite reumatoide, lesões traumáticas nas articulações ou outras condições que causam danos severos às articulações. 

No quadro do presidente Lula, a cirurgia foi necessária devido à presença de artrose da cabeça do fêmur, que é uma condição degenerativa das articulações que afeta a região em que o osso da coxa (fêmur) se encontra com a pelve, formando a articulação do quadril. Essa condição é principalmente causada pelo desgaste da cartilagem que reveste a articulação do quadril, resultando em intensa dor, rigidez e limitação de movimentos. Cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos têm o problema. "Essa condição faz com que os pacientes experimentem dor ao caminhar, ao deitar sobre a região, ao se abaixar ou mesmo ao realizar movimentos simples, o que os obriga a conviver constantemente com o desconforto” explica a fisioterapeuta Raquel Silvério, Diretora Clínica do Instituto Trata, Unidade de Guarulhos. 

Ainda segundo Raquel, a artroplastia é um procedimento recomendado quando o paciente apresenta dor extrema, além de perda de função, mobilidade e qualidade de vida. “Embora possa parecer um processo extremamente difícil, a artroplastia, em alguns casos, é a melhor opção para o paciente. No entanto, mais do que a cirurgia em si, o processo de recuperação irá definir como será a vida daquela pessoa dali para frente. Esse período pode garantir uma retomada eficaz das atividades diárias e esportivas", comenta a fisioterapeuta.
 

Processo de recuperação 

Os exercícios de fisioterapia são geralmente iniciados pouco tempo após a cirurgia. Eles têm como objetivo principal melhorar a amplitude de movimento, fortalecer a musculatura na região afetada, aumentar a eficiência da articulação e ajudar a restabelecer o funcionamento normal do quadril. 

Segundo Raquel Silvério, uma reabilitação adequadamente conduzida, considerando o tempo necessário para a recuperação fisiológica, mas também aplicando os estímulos apropriados, é de extrema importância. 

No que diz respeito ao período de recuperação, Silvério observa que em aproximadamente 45 dias, as funções devem estar restauradas, mas o paciente deve continuar o tratamento fisioterapêutico por alguns meses adicionais. "A fase de reabilitação deve se estender por até cinco meses. Durante as primeiras três semanas, começamos a incentivar o paciente a caminhar com o auxílio de um andador e a estimular a perna, porém com extrema cautela para evitar qualquer deslocamento indesejado da prótese", enfatiza a especialista. 

Silvério ainda ressalta que esta é uma cirurgia de grande porte e, além disso, movimentos incorretos ou negligentes durante a reabilitação podem resultar em deslocamento da prótese, o que poderia exigir um retorno do paciente ao centro cirúrgico. 

“A reabilitação não termina após a alta hospitalar, o paciente deve continuar sendo monitorado por um fisioterapeuta para garantir uma recuperação completa e duradoura. A recuperação pós-operatória é um período difícil, mas com a abordagem certa e o apoio adequado, os pacientes podem voltar a viver uma vida ativa e saudável." finaliza.

 

Raquel Silvério - Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.


Dia Mundial da Coluna Vertebral: Desafios e Alternativas no Tratamento da Hérnia de Disco

Os quatro pilares fundamentais para compreender e adotar medidas tanto no tratamento quanto na prevenção dessa condição


Dia 16 de outubro, o mundo volta a atenção para a saúde da coluna vertebral, um componente essencial para a qualidade de vida de milhões de pessoas. Entre os principais problemas que afetam essa estrutura, a hérnia de disco surge como uma condição comum, muitas vezes associada a comportamentos cotidianos. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que cerca de 80% da população já experimentou algum episódio de dor lombar, indicando a relevância do tema. A hérnia de disco pode variar de desconfortos sutis a dores incapacitantes, e em alguns casos, pode até ser assintomática. Para os que buscam reabilitação, especialmente em atividades de alto impacto como a corrida, a jornada tem sido desafiadora. A intervenção cirúrgica muitas vezes é vista como a única saída. No entanto, especialistas ressaltam que essa não deve ser a primeira opção.

A Dra. Walkyria Fernandes, Ph.D. em Ciências da Reabilitação, traz uma abordagem inovadora no tratamento da hérnia de disco. Sua técnica busca não apenas aliviar os sintomas, mas também corrigir desequilíbrios musculares e restrições articulares. Embora seja uma alternativa promissora, é importante lembrar que cada caso é único e requer uma avaliação individualizada. Segundo especialistas em ortopedia consultados, a cirurgia deve ser considerada como último recurso, sendo necessária em apenas cerca de 5% dos casos de hérnia de disco. A maioria dos pacientes pode encontrar alívio e recuperação através de abordagens conservadoras e bem orientadas.

A reabilitação funcional e os exercícios direcionados são pilares no processo de recuperação. A terapia manual, aliada aos exercícios específicos, proporciona alívio da dor e restauração da mobilidade de forma gradual e controlada. No entanto, é crucial ressaltar que a hérnia de disco é uma condição complexa e que cada paciente pode vivenciar o problema de maneira distinta. Portanto, a busca por tratamentos deve ser pautada na individualidade e no acompanhamento multidisciplinar.

Neste Dia Mundial da Coluna Vertebral, especialistas reforçam a importância da conscientização sobre a saúde da coluna e a necessidade de considerar opções de tratamento além da cirurgia. A Dra. Walkyria Fernandes, Ph.D. em Ciências da Reabilitação, destaca a importância de uma abordagem personalizada na reabilitação de pacientes com hérnia de disco. Sua técnica busca não apenas aliviar os sintomas, mas também corrigir desequilíbrios musculares e restrições articulares, oferecendo uma alternativa eficaz à cirurgia.

Aqui estão quatro pilares fundamentais para compreender e adotar medidas tanto no tratamento quanto na prevenção dessa condição:

A prevenção é chave: adotar uma rotina de exercícios para fortalecimento muscular, controlar o peso e buscar orientação profissional ao menor sinal de desconforto nas costas são passos essenciais na proteção da coluna e na prevenção da hérnia de disco. A ciência e a inovação unidas para trazer alívio e qualidade de vida aos pacientes com hérnia de disco.

Atividade Física e Fortalecimento Muscular: Exercícios que fortalecem a musculatura das costas e do core são aliados na prevenção da hérnia de disco. A prática regular de atividades físicas, como natação e pilates, pode fortalecer os músculos e proporcionar uma base sólida para a coluna.

Controle de Peso e Alimentação Balanceada: Manter um peso saudável é importante para evitar riscos à saúde da coluna vertebral. A obesidade pode aumentar a pressão sobre os discos, predispondo à formação de hérnias. Adotar uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, é uma medida preventiva valiosa.

Conscientização Postural: Instituições e profissionais de saúde podem fornecer orientações valiosas sobre como evitar inatividade prejudicial e adotar comportamentos que protejam a coluna.

Avaliação Profissional e Tratamento Adequado: Ao menor sinal de desconforto ou dor nas costas, procurar orientação médica é fundamental. A hérnia de disco pode ter uma ampla variedade de apresentações e um profissional de saúde capacitado pode diagnosticar e indicar o tratamento adequado.

Neste Dia Mundial da Coluna Vertebral, especialistas reforçam a necessidade de conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis e do cuidado com a coluna. A adoção de medidas preventivas aliada a uma busca por tratamentos adequados pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e bem-estar de cada indivíduo.


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