O crescimento da próstata é um dos problemas de saúde que mais afetam os homens ao longo da vida. 40% dos homens aos 50 anos são afetados com o problema e em 55% dos pacientes a tendência é que os sintomas piorem paulatinamente1.
Um novo tratamento, que usa o vapor para limitar o crescimento e os sintomas
causados pela hiperplasia prostática benigna (HPB) acaba de chegar ao país e é
especialmente direcionado para homens com próstatas de menor paciente e também
para jovens, mas não só.
O RezumR consiste num gerador que transforma a água destilada em vapor e
através de uma “endocâmera” introduzida via canal urinário, chega até a
próstata, onde é inserida uma agulha que coloca uma energia entre as células a
103 graus Celsius e que vai atingir, dentro das células, uma temperatura de 70
a 80 graus Celsius.
Isso induz a uma morte celular e durante o processo, que vai de algumas semanas
até 3 meses, no máximo, vai provocar uma atrofia do tecido. A liberação dessa
energia atinge um halo de 1 centímetro. Normalmente, se faz mais de uma injeção
em cada um dos dois lobos prostáticos e, se houver, um lobo mediano (aquele que
entra na bexiga). Após esse período de atrofia, estima-se uma redução em torno
de 40% do volume prostático, principalmente da parte que está ao redor do canal
urinário, da uretra. A atrofia vai liberar o trajeto do canal urinário,
possibilitando um esvaziamento da bexiga de uma forma mais fácil, com menor
resistência.
O procedimento é minimamente invasivo, feito através de uma endoscopia do canal
urinário e dura menos de cinco minutos, sob sedação leve e anestesia local.
Após o procedimento, o paciente vai embora com uma sonda vesical, ficando por
cinco a sete dias para evitar infecções e outros problemas em decorrência do
processo inflamatório do vapor d’água no tecido.
O paciente pode ter alta cerca de duas horas após o procedimento. Sem
necessidade de internação, reduzem-se os custos hospitalares. O procedimento
chegou ao Brasil há dois meses e já foram feitos cerca de 50 casos. “O número
de pacientes deve crescer bastante a partir da adesão de mais urologistas e dos
pacientes, pois trata-se de uma tecnologia rápida e efetiva, minimamente
invasiva, que promove uma recuperação rápida e o retorno às atividades em curto
prazo”, informa o urologista do Hospital Moriah, Ricardo Vita.
Por se tratar de uma tecnologia ainda recente no país ele não é coberto pelos
planos de saúde e o Hospital Moriah tem sido pioneiro nos tratamentos de
próstata, por meio do Instituto da Próstata. Além deste procedimento ser
indicado aos homens com próstatas menores, ele também é indicado para homens
que não desejam perder o poder de ejaculação, que acontece em alguns
tratamentos.
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