Pesquisar no Blog

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Sangramentos nasais podem indicar pressão alta e até tumor


Embora o calorão potencialize essas ocorrências, médico do Hospital Paulista recomenda investigação mais aprofundada em casos de reincidência 

 

A nova onda de calor que se faz presente em todo o território nacional, ao longo desta semana, demanda atenção redobrada em relação aos casos de sangramento nasal, que se tornam mais recorrentes e não podem ser ignorados. 
 
De acordo com o Dr. Arnaldo Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, as altas temperaturas favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos e, por isso, o problema tende a ocorrer com maior frequência nessas ocasiões. 
 
“Isso acontece porque, no tempo quente, os vasos sanguíneos se dilatam e o sangramento tende a ocorrer com maior frequência”, explica o médico, acrescentando que feridas, inflamações e o ressecamento das vias nasais costumam ser as principais causadoras dessas hemorragias. 


 
É importante atenção! 
 
Ainda assim, o especialista recomenda uma investigação mais aprofundada para esse tipo de ocorrência – principalmente quando ela persiste. Isso porque podem estar associadas a quadros de aumento da pressão, desidratação, problemas respiratórios ou até mesmo questões mais graves.  
 
“O sangramento nasal também pode ser um sinal de alerta para tumores, como nasoangiofibromas, pólipos e hemangiomas, entre outros. Eles estão entre as causas menos prevalentes, mas não podem ser descartados”, alerta. 
 
Dr. Arnaldo explica que a hemorragia, por si só, já deve ser encarada como um sintoma de que algo com a saúde não está bem. “Quando os sangramentos nasais acontecem repetidamente, eles não podem ser considerados comuns. Pelo contrário, merecem preocupação e, seja qual for a intensidade, devem ser analisados por um otorrino."  


 
O que fazer? 
 
O médico esclarece que, quando os sangramentos acontecem esporadicamente, ao assoar o nariz, por exemplo, não há motivos para alarde. “Nesses casos, é necessário manter a cabeça sempre posicionada para frente, nunca para trás, para evitar engasgos. O paciente também pode apertar as narinas por dois minutos para ajudar a cessar o sangramento e, ao soltar, colocar gelo por 10 minutos”, ressalta. 
 
Nesses dias de calor intenso, segundo Dr. Arnaldo, a principal recomendação para evitar essas hemorragias é hidratar o nariz com soro fisiológico. “Caso perceba alguma sujeira ou corpo estranho, evite cutucá-lo, principalmente em dias de tempo seco. O ideal é lavá-lo com água corrente.” 
 
Já nos casos de hemorragias frequentes, o especialista reforça a importância de consultar um otorrinolaringologista. “Isso é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados, que pode demandar o uso de medicamentos, cauterizações e até cirurgias nasais”, finaliza. 


  

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Vacina contra o HPV: médico do CEUB defende prioridade para vítimas de violência sexual

Ministério da Saúde amplia vacinação contra o papilomavírus humano para vítimas de abuso sexual entre 9 e 45 anos


Diante de uma série de evidências do perigo de vulnerabilidade, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para as vítimas de violência sexual. A medida visa assegurar a proteção de indivíduos com idades entre 9 e 45 anos que ainda não receberam a vacina ou não concluíram o esquema de imunização contra esse vírus. Nícolas Cayres, ginecologista e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), esclarece os mitos e verdades sobre a vacina e defende a medida de ampliação dos grupos prioritários. 

Responsável pela formação de verrugas na pele, as lesões genitais podem ser de alto risco, pois são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer de colo do útero e do pênis. De acordo com o ginecologista, a ausência de prevenção contra o HPV pode acarretar complicações graves, sendo o câncer de colo do útero a principal delas. "O Papilomavírus é o primeiro entre as causas ginecológicas de câncer", alerta o especialista. 

Cayres revela que a falta de vacinação contra o HPV em homens afeta diretamente as mulheres. "Quando os homens não se vacinam, eles podem se tornar portadores do vírus e transmiti-lo a suas parceiras sexuais ", frisa o professor. Embora o câncer de pênis possa ser decorrente da ausência de prevenção contra o HPV em homens, o especialista afirma que sua incidência é muito baixa quando comparada ao câncer de colo do útero na população em geral. Por isso, a vacinação para meninos protege as mulheres do aumento da incidência desse tipo de câncer.

 

Prevenção do HPV é autocuidado

Nícolas Cayres afirma que há uma conscientização maior sobre a prevenção das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) nas mulheres devido às graves sequelas causadas pela infecção do HPV. Segundo levantamento divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2023, ocorrerão cerca de 17.000 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil. Essa incidência é alarmante e reforça a necessidade de prevenção. 

Além da vacina, o ginecologista reforça o exame de Papanicolau como fundamental para o diagnóstico precoce de lesões invasoras causadas pelo HPV no colo do útero. Segundo ele, essas lesões têm potencial de se tornarem câncer, mas são completamente tratáveis quando detectadas em estágios iniciais. O Ministério da Saúde recomenda que a mulher faça esse exame a cada três anos, caso tenha dois exames anteriores normais. O simples ato de realizar o Papanicolau regularmente pode evitar o desenvolvimento dessa doença evitável. 

Para aumentar o engajamento nas campanhas de imunização contra o HPV, o docente do CEUB afirma ser fundamental que as famílias, escolas e profissionais de saúde trabalhem juntos para conscientizar sobre a importância da prevenção, visando uma vida sexual saudável e livre de complicações causadas por essa infecção. "A prevenção do câncer de colo do útero é uma questão de autocuidado e responsabilidade", reforça.

 

Números no Brasil

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 87,08% das meninas receberam a primeira dose da vacina em 2019, mas em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura caiu de 61,55% para 52,16% no mesmo período. 7 em cada 10 casos de câncer de colo de útero no Brasil são causados por um vírus que pode ser combatido com vacina gratuita oferecida pelo SUS. 

Quanto à violência sexual, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde publicado em maio deste ano revelou 202.948 casos notificados envolvendo crianças e adolescentes. Desse total, somente em 2021, foram registradas 35.196 notificações, marcando o maior número observado durante esse intervalo de tempo. No estado de São Paulo, 30% das vítimas de violência sexual atendidas pelos serviços de saúde contraíram HPV.

 

Aumentam casos de demência no Brasil

Imagine um mundo onde os adultos são minoria. Jovens e crianças seguem a mesma tendência o que acontece sobretudo pela menor taxa de nascimentos e maior longevidade. Esta realidade já está se desenhando segundo especialistas que estudam o envelhecimento.

Em um levantamento concluído neste ano, a psiquiatra Cleusa Ferri da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) compilou um estudo que aponta pelo menos 1,76 milhão de pessoas possuem alguma forma de demência no Brasil, sem contar os subdiagnósticos.

Com o envelhecimento da população esses casos podem chegar a 5,5 milhões até 2050. A iniciativa, que tem a participação de profissionais de neurologia, geriatria e saúde mental, quer mobilizar o governo e contribuir para criação de uma estratégia nacional para lidar com o tema.

 

Diante da realidade que se apresenta – e que confirma que estamos, de fato, vivendo mais, estaríamos também melhorando nossa qualidade de vida para, além de viver mais, também viver melhor?

 

Uma das principais consequência do aumento da expectativa de vida, segundo os especialistas em envelhecimento é também o aumento de doenças crônicas ligadas ao envelhecimento, em especial as doenças neurodegenerativas, principalmente Doença de Alzheimer.

 

A Doença de Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência, trata-se de uma condição progressiva causada pelo acúmulo das proteínas tau e beta-amilóide no cérebro. Essas proteínas deterioram as regiões e estruturas cerebrais. Quando essas proteínas não desempenham suas funções adequadamente, as sinapses, que são as conexões entre os neurônios, deixam de funcionar, resultando na morte desses neurônios devido a esse mau funcionamento.

 

No entanto, é possível promover a saúde cerebral ao longo da vida para retardar o aparecimento dos sintomas da Doença de Alzheimer. Nesse contexto, a adoção de hábitos saudáveis, o manejo do estresse, a alimentação adequada, a prática regular de exercícios físicos e a ginástica para o cérebro ou treino cerebral desempenham um papel crucial para prevenir o aparecimento desta e de outras demências.

 

“A luta contra a Doença de Alzheimer é complexa, uma vez que ainda não temos uma cura definitiva. Além disso, cuidados com a qualidade do sono, saúde vascular, atividade física regular, dieta equilibrada e estimulação cognitiva ou ginástica para o cérebro desempenham um papel fundamental na redução dos riscos”, alertou a assessoria científica do Método SUPERA – Ginástica para o cérebro, professora- doutora pela USP (Universidade de São Paulo), Thais Bento Lima.

 

O que posso fazer hoje para reduzir o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer? Dado que o Alzheimer é uma condição multifatorial, a prevenção deve envolver diversos fatores. O primeiro passo é cuidar da saúde geral do organismo, controlando doenças crônicas como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e hipertensão, além de incorporar atividades físicas e uma alimentação equilibrada.

 

Uma vez que o corpo está saudável, é importante também monitorar de perto o desempenho das habilidades mentais, com a prática de ginástica para o cérebro e utilizando estratégias de memória e estímulos cognitivos para prevenir ou postergar o aparecimento dos sintomas da doença. Ao estimular a neuroplasticidade cerebral, é possível desenvolver uma reserva cognitiva robusta. Essa reserva ajuda o cérebro a resistir melhor aos danos causados pelo envelhecimento ou por doenças. Além disso, ter parentes de primeiro grau com a doença não é necessariamente uma sentença, pois é possível fazer muito para fortalecer o cérebro, criando essa reserva cognitiva e antecipando-se a qualquer sintoma futuro.

 

Conheça 12 fatores de risco para demência segundo a Alzheimer's Disease International:

 

1.     Falta de atividade física;

2.     Tabagismo;

3.     Excesso de consumo de álcool

4.     Poluição

5.     Traumatismo cefálico;

6.     Isolamento social;

7.     Baixa escolaridade;

8.     Obesidade;

9.     Hipertensão arterial;

10. Diabetes;

11. Depressão;

12. Perda auditiva;

 

Câncer de ovário é silencioso e pode evoluir depressa se não tratado em estágio inicial: entenda a doença

Com maior incidência após os 50 anos, neoplasia é o sétimo tipo de tumor mais comum no público feminino. Oncologista explica por que pode acontecer, tipos e como identificar

 

Considerado o nono tipo de tumor mais comum entre as mulheres no mundo, o câncer de ovário merece atenção. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2023-2025 sejam diagnosticados 7.310 novos casos da neoplasia ao ano. Quanto ao número de óbitos, o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2020 apontou 3.921 mortes no período.

Quando não tratado em estágio inicial, o câncer de ovário pode evoluir rapidamente e costuma ser assintomático. No entanto, quando existem sinais da doença, são bastante discretos, podendo dificultar o diagnóstico.

“A neoplasia possui uma maior incidência em mulheres acima de 50 anos. Na grande maioria dos casos, não é possível que os fatores de risco sejam identificados previamente, tornando este tipo de câncer agressivo", comenta a Dra. Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

Tipos de câncer de ovário

Ao todo, é estimado que existam cerca de 30 tipos de câncer de ovário, podendo ser denominados a partir de suas células de origem.

"Em 95% dos casos, o câncer de ovário é derivado das células epiteliais, que revestem o ovário. Já os outros 5% são das células germinativas, que formam os óvulos, e também das estromais, responsáveis por produzir grande parte dos hormônios femininos", comenta a oncologista.
 

Vale lembrar ainda que o câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum em mulheres, ficando atrás somente do câncer de colo de útero. Os três principais grupos da neoplasia são:

  • Carcinoma epitelial de ovário – vem da superfície do ovário (o epitélio) e é o subtipo mais comum. O câncer de tuba uterina e o câncer primário do peritônio estão incluídos neste grupo;
  • Carcinoma de células germinativas de ovário – origina-se nas células reprodutivas ou germinativas dos ovários, ou seja, aquelas que dão origem aos óvulos;
  • Carcinoma de células estromais de ovário – forma-se nas células do tecido conjuntivo.

Há também o carcinoma de pequenas células hipercalcêmico do ovário, que não se enquadra nos três grupos acima e é extremamente raro. Ainda não foi identificado em que tipo de células ele se origina.

Sintomas e sinais do câncer de ovário

O câncer de ovário é uma doença silenciosa e em seus estágios iniciais não costuma apresentar sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar:

  • Inchaço no abdômen;
  • Dor no abdômen;
  • Dores na região pélvica, nas costas ou nas pernas;
  • Náuseas;
  • Indigestão;
  • Gases;
  • Funcionamento anormal do intestino (prisão de ventre ou diarreia);
  • Fadiga constante;
  • Perda de apetite e de peso sem razão aparente;
  • Sangramento vaginal anormal, especialmente depois da menopausa;
  • Aumento na frequência e/ou na urgência de urinar.


Por que o tumor pode acontecer?

"Não se tem um motivo ao certo, mas existem alguns fatores de risco que podem colaborar para o surgimento do câncer de ovário. Dentre eles, é possível citar: a obesidade, sedentarismo, tabagismo, endometriose, idade maior a 50 anos, fatores hormonais (menarca precoce ou menopausa tardia), histórico familiar, mutações em genes BRCA1 e BRCA2, fatores reprodutivos (mulheres que não tiveram filhos possuem um risco aumentado de desenvolver a doença), entre outros", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

Alguns estudos sugerem que o uso de pílula anticoncepcional pode ser adotado como método preventivo, pois o número excessivo de ovulações tende a levar ao aparecimento de tumores. "A partir dos resultados, foi possível analisar que o medicamento diminuiu em até 33% o risco de câncer de ovário, seguido por 34% no de endométrio e 19% no de intestino", explica.
 

Diagnóstico
 

Infelizmente, até o momento não existe um exame específico que possa detectar o câncer de ovário, assim como o Papanicolau para o câncer de colo de útero ou a mamografia para o câncer de mama.

"Os sintomas da neoplasia podem ser facilmente confundidos com outras doenças. Por isso, caso qualquer um deles apareça, é muito importante procurar ajuda médica o mais rápido possível", comenta a oncologista.

A partir disso, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem, para identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Se houver suspeita de câncer de ovário, é necessário uma avaliação cirúrgica.
 

Vale lembrar que pode ser realizado também um raio x ou tomografia computadorizada do tórax, com o intuito de analisar derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações.


Tratamento

Apesar do câncer de ovário ser o tumor ginecológico de maior índice de óbito no mundo, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura podem aumentar. "O tratamento irá depender do tipo de estágio do câncer de ovário. Além disso, deve-se levar em conta os desejos da paciente, ou seja, se há a vontade de ter filhos. A partir disso, a cirurgia é o principal tratamento, mas pode significar a retirada unilateral ou bilateral dos ovários. Já no caso da quimioterapia, ela pode ser realizada antes ou depois da cirurgia", comenta a Dra. Marcela Bonalumi.

Por isso, a oncologista aconselha que a decisão sempre seja tomada junto com o especialista. "O melhor método é aquele com o objetivo de salvar a vida da paciente, mas sem perder de vista os sonhos futuros. Contudo, devemos realizar uma abordagem personalizada para cada caso, pensando não só nas questões físicas, mas também nas emocionais durante todo o processo", finaliza.


Grupo Oncoclínicas
https://grupooncoclinicas.com/


Como a osteopatia pode melhorar o desempenho no universo corporativo

Segundo a AOB (Associação dos Osteopatas do Brasil) a osteopatia, método diagnóstico e terapêutico que utiliza apenas o contato manual, diz respeito à relação de corpo, mente e espírito na saúde e na doença, enfatizando a integridade estrutural e funcional do corpo e a tendência intrínseca do corpo de direcionar-se à própria cura (OMS, 2010). 

Levando em consideração que no nosso dia a dia estimulamos boa parte dos nossos sentidos, a vida rotineira no meio corporativo nos traz consequências comuns decorrentes de estresse, mal estar, mudanças climáticas, entre outros fatores. 

Não é novidade que, se o nosso corpo estiver funcionando bem, tudo acaba fluindo melhor. Livres de desconfortos, podemos desenvolver de forma mais agradável nossas atividades tanto dentro de casa, como nossas funções profissionais ou acadêmicas. 

A produtividade precisa estar em dia. Independente da sua função ou segmento, é importante ter um bom empenho, trabalhar disposto e proativo. Uma boa terapia direcionada aos seus objetivos podem trazer um bem estar e, consequentemente, um melhor desempenho no universo corporativo. 

Aliar a saúde do seu corpo com os seus afazeres faz toda a diferença, com as técnicas apropriadas utilizadas pelo osteopata, fisioterapeuta especializado em osteopatia, que conta com um processo totalmente manual, estimulando através da manipulação física, do alongamento e da massagem. 

A osteopatia possui diversos recursos, como o RPG, que se trata de uma reeducação postural; as ventosas terapias; laser terapia; reabilitação de joelho etc. Técnicas que, além de curativas, ajudam a prevenir futuras disfunções. 

Sem restrição de idade, apenas com adaptações em relação aos métodos aplicados, não precisa necessariamente possuir algum mal estar para procurar um profissional, pois as sessões visam estimular várias áreas do corpo. 

Assim, promoverá melhora na qualidade de vida do paciente, de forma tanto física quanto mental, e prevenindo de possíveis dores, que resultará numa melhor execução e produtividade de tarefas no dia a dia e, claro, consequentemente, também no meio corporativo, onde há geralmente uma maior precisão de disponibilidade dos nossos sentimentos corporais e psicológicos.

 

Luis Henrique Zafalon - fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante.

 

Dia do ortopedista: dados da FIDI mostram que mulheres são as que mais realizam exames para confirmar fraturas

No dia do ortopedista, comemorado no dia 19 de setembro, a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) divulga seus dados de raios-X para confirmação de diagnósticos de fratura. Os números mostram que as mulheres são as que mais realizam esse tipo de exame, respondendo por quase 61% do total – ante 39% dos homens.

Foram realizados mais de 1,73 milhões de exames, sendo que em 0,15% a lesão foi confirmada. 2019 foi o ano com a maior incidência de análises, com quase 31% do total. Por faixa etária, os adultos (20 a 59 anos) são os mais frequentes nas salas de raio-X, com mais de 49% da amostra, seguidos pelos idosos (a partir dos 60 anos) com 36%, pelas crianças (recém-nascido a 12 anos), com 8,7%, e pelos adolescentes (13 aos 19 anos), com 6,3%.

A ortopedia e traumatologia é a segunda especialidade mais procurada no Brasil. Mesmo com alta demanda, são 20.972 titulados no país, sendo somente a sexta com o maior número de profissionais - um para mais de 10 mil brasileiros, de acordo com o último estudo da Demografia Médica no Brasil, divulgado esse ano (1).  

Os dados da FIDI correspondem a exames de raios-X realizados desde 2018 em 78 cidades localizadas nos estados de São Paulo, Goiás e Amazonas.  



FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas


21 de setembro: Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer

 Academia Brasileira de Neurologia alerta: tratamentos sem comprovação científica e fake news podem matar


A Doença de Alzheimer é atualmente uma das enfermidades mais afetadas pela desinformação da a internet, das fake news e dos desvios de maus profissionais que viralizam tratamentos sem comprovação científica. Trata-se de um risco importante aos pacientes, tendo em vista que pesquisa do Google de 2019 revela que 26% dos brasileiros recorrem a buscas on-line quando se deparam com um problema de saúde.

A verdade é que há milhões de internautas suscetíveis, podendo crer e adotar práticas sem fundamento e pseudo-tratamentos com prejuízos à saúde. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, com 1,2 milhão de pessoas diagnosticadas no Brasil e 100 mil novos casos por ano, segundo o Ministério da Saúde, e 50 milhões de pessoas diagnosticadas em todo o planeta, de acordo com a Alzheimer’s Disease International – número que tende a crescer devido ao envelhecimento da população, chegando a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.

A Academia Brasileira de Neurologia, neste mês de setembro em que se celebra o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, mais uma vez vem a público para cumprir sua missão de alerta os cidadãos e as autoridades sobre o problema, conclamando gestores, entidades médicas e de saúde, além de representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo, a uma intervenção firme de combate à desinformação.

A própria ABN, durante todo o ano, realiza inúmeras iniciativas de esclarecimento à população. Também mantém um canal permanente, Mitos e Verdades em Neurologia, para elucidar dúvidas de forma ética e concisa (mitoseverdades@abneuro.org.br) a médicos e pacientes, conforme informa Adalberto Studart Neto (SP), membro titular da Academia e secretário do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento (DCNCE).


Relatos não são comprovação

Recentemente, multiplicaram-se notícias infundadas sobre o caso de um senhor de 78 anos que teria a enfermidade estabilizada e seus sintomas supostamente revertidos com “melhoras no humor, sono e memória” após o início de um tratamento experimental com extrato composto por THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol). O caso foi publicado em uma revista médica (Ruver-Martins et al. Journal of Medical Case Reports (2022) 16:277).

Embora tenham o papel de documentar situações de interesse científico, os relatos de caso não permitem tirar conclusões sobre a eficácia ou não de tratamentos, sendo os ensaios clínicos controlados com placebo o meio mais adequado para isso.

De outra forma, os resultados podem ser obtidos por mero acaso e pode haver efeitos colaterais não documentados. É necessário salientar ainda que o uso de canabinóides para o tratamento de condições neurológicas é atualmente alvo de intensa pesquisa, com resultados não uniformes até o momento.

No artigo de posicionamento publicado pela Academia no periódico científico Arquivos de Neuropsiquiatria (Brucki SMD et al.Canabinoids in Neurology. Arq. Neuro-Psiquiatr. 79 (04) • Apr 2021), um painel de especialistas constatou que até o momento não há evidência científica que corrobore o uso do THC ou do CBD para o tratamento dos sintomas cognitivos ou neuropsiquiátricos do Alzheimer, tampouco para sua reversão ou estabilização da doença, que apresenta evolução progressiva. Médicos aguardam o avanço das pesquisas para orientar o uso do canabidiol com segurança.

O Consenso Brasileiro de Demências, que sintetiza as recomendações de tratamento da doença de Alzheimer serve como um guia a todos os profissionais de saúde que lidam com a doença, é gratuito e está disponível no site da ABN: scielo.br/j/dn/i/2022.v16n3suppl1/. Nele, especialistas apresentam os remédios que podem ser utilizados em cada fase da doença que estão comprovados cientificamente e os tratamentos não farmacológicos, como atividade física, fonoaudiologia, musicoterapia, terapia de reabilitação com psicólogo ou terapeuta ocupacional.



Entendendo a enfermidade

“A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que eventualmente causa a morte de neurônios. Hoje, sabe-se que a doença é caracterizada pelo acúmulo de duas proteínas principais, o o peptídeo beta-amilóide e a proteína tau fosforilada. O acúmulo dessas proteínas é tóxico para o cérebro e esse depósit no cérebro ocorre de dez a vinte anos antes do aparecimento dos sintomas. Com a morte neuronal, há um acometimento gradual das funções cognitivas, aquelas intelectuais, responsáveis pela memória, pela atenção, pelo raciocínio. Idosos a partir de 65 anos são os principais afetados, mas adultos antes dos 65 anos também podem ser doença de Alzheimer”, explica Raphael Ribeiro Spera, médico-assistente da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMSUP) e membro titular da ABN.

A dificuldade para se lembrar de fatos ocorridos há pouco tempo é um dos sintomas usuais da doença. Segundo o dr. Raphael, nesse momento as famílias começam a perceber que o paciente está bastante repetitivo. “Ele pode dar um ‘bom dia’ várias vezes ou voltar sempre ao mesmo assunto. A pessoa se perde dentro do próprio discurso.” Há outros tipos de sintomas: desatenção, falta de concentração, troca de sílabas, dificuldade para encontrar palavras e para se localizar geograficamente. “Não são raras as vezes em que os portadores de Alzheimer chegam a se perder na rua.”

“Muitas famílias negligenciam os sinais dados pela enfermidade, acham que é normal. O que recomendamos é que o indivíduo seja acompanhado ao médico, de preferência ao neurologista, afinal, quanto mais cedo for feita a avaliação, melhor. Aplicamos testes que analisam memória, atenção, raciocínio, e quando alguma alteração é constatada, requisitamos uma série de exames essenciais, como o de sangue, tomografia ou ressonância. Se necessário, até mesmo exames mais complexos”, explica.

Quanto à prevenção, o neurologista esclarece que não há uma fórmula mágica para evitar a enfermidade. Nada, por exemplo, como a informação falsa que circulou nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, em agosto do ano passado, indicando que “fazer exercícios com a língua é eficaz para reduzir o aparecimento da doença de Alzheimer”.

Movimentar regularmente o corpo e o cérebro – seja com leituras, palavras cruzadas, sudoku, instrumentos musicais, novos idiomas, quebra-cabeça, xadrez ou qualquer sorte de atividade que exerça estímulos cognitivos -, sim, é um dos hábitos que podem auxiliar na prevenção da doença. Também convém manter uma dieta balanceada, a exemplo da mediterrânea, rica em frutas, vegetais, leguminosas e peixes, e pobre em carnes vermelhas, açúcar refinado e gorduras saturadas.



Novidades

Tratamentos de ponta têm sido desenvolvidos a partir de diversas pesquisas científicas. Elas são apresentadas em consagrados encontros de especialidade, como a Alzheimer's Association International Conference, que aconteceu entre o fim de julho e o início de agosto de 2023, na Holanda. Lá foram exibidos os resultados do estudo do Donanemab, uma droga modificadora que pretende desacelerar a evolução da doença.

“No entanto”, pondera o dr. Raphael, “estamos falando de produtos caros, que ainda precisam ser importados e sequer foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Para a maior parte da população, o que está disponível são medicamentos sintomáticos que ajudam a desacelerar a progressão dos sintomas. Surgiram nas décadas de 1990 e 2000, são usados amplamente, aprovados pela Anvisa e disponibilizados pelo SUS”.


Estrutura presente em até 20% dos tumores de pâncreas pode ser biomarcadora de resposta à imunoterapi

Tumor de pâncreas contendo uma estrutura linfoide terciária madura.
Nas duas primeiras imagens à esquerda, núcleo de linfócitos B
(em vermelho) e zona externa de linfócitos T CD8/CD4 (em azul e verde,
 respectivamente). Na terceira imagem, linfócitos T reativos ao tumor
produzem a quimiocina CXCL13 (em rosa), que atrai linfócitos B CXCR5+
 (em amarelo) (
imagem: Gabriela Kinker)

Descoberta feita por pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center e colaboradores abre caminho para o desenvolvimento de um teste capaz de selecionar os pacientes mais receptivos ao tratamento imunoterápico contra adenocarcinoma ductal, o tipo mais comum de câncer pancreático

 

Pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center e colaboradores identificaram uma estrutura que se forma em torno do tipo mais comum de tumor de pâncreas e que pode predizer respostas ao tratamento por imunoterapia.

No trabalho, publicado na revista Gut, os cientistas descreveram também um conjunto de marcadores moleculares que mostram a presença dessa estrutura.

No futuro, o grupo pretende traduzir os achados em um teste molecular que identifique os pacientes mais receptivos ao tratamento imunoterápico, aquele em que o sistema imune é estimulado para combater os tumores.

“Os estudos clínicos de imunoterapia para adenocarcinoma ductal pancreático, esse tipo mais comum de câncer de pâncreas, não mostraram benefícios na população de maneira geral. Nosso trabalho mostra que os pacientes que possuem essa estrutura têm mais chance de se beneficiar desse tipo de tratamento”, destaca Tiago da Silva Medina, pesquisador do Centro Internacional de Pesquisa e Ensino (CIPE) do A.C.Camargo Cancer Center apoiado pela FAPESP.

O trabalho contou com a colaboração de médicos e pesquisadores do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto, do próprio A.C.Camargo, bem como da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital de Amor (antigo Hospital do Câncer de Barretos).

A estrutura linfoide terciária (TLS, na sigla em inglês), como é conhecida, é muito parecida com um linfonodo, órgão que concentra células do sistema imune que ajudam a combater infecções e tumores. No entanto, enquanto os linfonodos estão previamente distribuídos pelo corpo, a TLS surge em volta de tumores.

Em melanoma, sarcomas de tecido mole, carcinoma de células renais e carcinoma urotelial, o tipo mais comum de câncer de bexiga, a presença das TLS já indicou respostas favoráveis aos inibidores de checkpoint, uma das imunoterapias disponíveis atualmente.

“Quando o tumor começa a crescer, essa estrutura se forma em torno dele, como se fossem minilinfonodos. É um agregado de células de defesa, principalmente linfócitos B e T. Nós mostramos que, dentro das TLS, os linfócitos B são programados para secretar anticorpos e os linfócitos T, ativados para combater o tumor por meio de diversos mecanismos”, explica Medina.


Perspectivas

Tumores de pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático foram analisados por diferentes técnicas. Cerca de 10% a 15% apresentavam a estrutura linfoide terciária num estágio maduro, ou seja, as células estavam organizadas espacialmente de forma que podiam se comunicar entre si, uma condicionante para a geração de respostas imunes robustas.

“Um detalhe interessante é que a maturação caminha junto com a organização espacial dessas estruturas. Nos estágios iniciais, as células estão distantes umas das outras. À medida que a estrutura se torna madura, ela toma um formato específico”, conta Gabriela Sarti Kinker, primeira autora do estudo – parte de seu pós-doutorado conduzido no A.C.Camargo Cancer Center com bolsa da FAPESP.

Nessa forma madura, as células se dispõem em um centro de linfócitos B envolto por um manto de linfócitos T. Quando atinge esse nível de organização, a estrutura se torna muito semelhante a um linfonodo.

Segundo os pesquisadores, os pacientes que possuem as TLS maduras seriam fortes candidatos a estudos clínicos de imunoterapia. Isso porque a grande quantidade de células de defesa, bem organizadas em volta do tumor, poderia se beneficiar dos fármacos conhecidos como inibidores de checkpoint.

Os checkpoints são como freios do sistema imune. Normalmente, eles são necessários para que o próprio sistema imune não prejudique o órgão, levando-o a perder a função. Quando a resposta imune normal não é capaz de controlar o tumor, a inibição desses checkpoints pode ajudar a eliminar o câncer.

“No entanto, essas estruturas não são simples de serem identificadas no microscópio. São necessárias lâminas de alta qualidade provenientes de peças cirúrgicas para que um patologista consiga identificá-las, algo que nem sempre está disponível. Nosso trabalho traz um conjunto de genes cuja expressão pode indicar a presença das TLS, o que no futuro poderia ser feito apenas com um exame de biópsia”, explica a pesquisadora.

Um passo seguinte seria entender como exatamente ocorre a maturação. Parte do caminho foi descoberta no estudo publicado agora. Segundo os autores, um ator central é o fibroblasto, célula bastante presente no corpo humano, inclusive nos tumores de pâncreas.

Os fibroblastos produzem TGF-β, proteína bastante conhecida no contexto do câncer. Ela que age sobre os linfócitos T reativos ao tumor, promovendo a produção de outra proteína conhecida como CXCL13. Essa última, por sua vez, atrai os linfócitos B. Está formada a estrutura.

“Se entendermos melhor como isso se dá, podemos buscar um tratamento que induza a formação das TLS maduras nos 85% dos pacientes que não desenvolvem a estrutura, aumentando as chances de cura desse câncer tão agressivo”, completa Medina.

Os pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático têm uma taxa de sobrevida de 10% depois de cinco anos do diagnóstico. Ainda que avanços em quimioterapia tenham ocorrido nos últimos anos, a maioria dos sobreviventes está dentro de um grupo de 10% a 20% que possui tumores que podem ser operados.

O artigo Mature tertiary lymphoid structures are key niches of tumour-specific immune responses in pancreatic ductal adenocarcinomas pode ser lido em: https://gut.bmj.com/content/early/2023/05/25/gutjnl-2022-328697.

 

André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estrutura-presente-em-ate-20-dos-tumores-de-pancreas-pode-ser-biomarcadora-de-resposta-a-imunoterapia/44865


4 utilidades do Botox que você nunca imaginou

De acordo com a Médica pós graduada em dermatologia, Dra. Nicolly Machado, o Botox não é usado apenas para tratamentos anti envelhecimento

 

O Botox é provavelmente a substância utilizada em procedimentos estéticos mais famosa do mundo, a queridinha de muitas celebridades e uma das mais buscadas em clínicas, mas você sabia que a toxina botulínica pode ser usada para diversas outras funções? 


O botox ficou conhecido pelo seu uso na estética, mas o seu efeito de paralisador muscular pode ser benéfico para uma infinidade de outros tratamentos que a maioria das pessoa sequer imagina” Afirma a Médica pós graduada em dermatologia, Dra. Nicolly Machado.

 

01 - Enxaqueca

As aplicações de botox são bastante usadas para tratar casos de enxaqueca com muito sucesso ajudando a reduzir dores. A toxina botulínica age no bloqueio de sinais nervosos, o que reduz a percepção da dor, além de proporcionar um relaxamento muscular no local” Explica Dra. Nicolly Machado.

 

02 - Bruxismo

O relaxamento muscular gerado pelo botox também é bastante explorado em tratamentos de bruxismo possibilitando a redução do bruxismo noturno e diurno, além de melhorar as dores de cabeça e desgastes dentários decorrentes da condição” Afirma.

 

03 - Hiperidrose

A hiperidrose é uma condição que causa suor excessivo de forma involuntária em algumas partes do corpo, como mãos, axila e rosto, no entanto, a aplicação de botox pode ser uma aliada no seu tratamento pois bloqueia os nervos próximos às glândulas sudoríparas responsáveis pelos sintomas da hiperidrose, o que ajuda a reduzir o suor excessivo”.

 

04 - Doenças neurológicas

O Botox também pode ser usado no tratamento de doenças neurológicas bloqueando os sinais dos nervos para os músculos, reduzindo espasmos e enrijecimento muscular, além de ser utilizado para hipersalivação, comum nestes casos, ajudando a melhorar a qualidade de vida do paciente” Conta a Dra. Nicolly Machado.

 

 

 

Dra. Nicolly Machado - Médica pós graduada em Dermatologia clínica, estética e cirúrgica, conhecida como Dra. Sem Rugas, é especialista em cuidados dermatológicos e dedicada a promover saúde e beleza para seus pacientes.

 

DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO

Doenças cardiovasculares acometem 14 milhões de brasileiros


O calendário assinala que 29 de setembro é o Dia Mundial do Coração, data criada há mais de vinte anos pela Federação Mundial do Coração. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) elegeu o mês inteiro para chamar a atenção sobre a prevenção e o combate às doenças cardiovasculares, bem como a importância de cuidar do coração.  

Nada menos que 500 milhões de pessoas, ao redor do mundo, e 14 milhões no Brasil são acometidas por doenças cardiovasculares, responsáveis por 30% das mortes registradas a cada dia. Segundo dados divulgados pela SBC, o país contabiliza uma morte a cada 40 segundos – o dobro de óbitos causados por todos os tipos de câncer juntos, três vezes mais que as doenças respiratórias e seis vezes mais que todas as infecções, incluindo a Aids, o que sinaliza a gravidade do problema.  

Ana Carolina Campos Berbel, cardiologista do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), afirma que os principais fatores de risco para desenvolver a doença cardiovascular são colesterol alto, hipertensão, tabagismo, diabetes, obesidade e sedentarismo. “É de extrema importância consultar um cardiologista, fazer uma avaliação da saúde do coração, controlando os fatores de risco, e, assim, evitar as doenças do coração que leva a tantos óbitos no mundo em nosso país”, sublinha Ana Carolina. 

Confira algumas atitudes recomendadas para a prevenção dessas doenças: praticar atividade física regularmente, controlar o peso e os níveis de colesterol, manter hábitos alimentares saudáveis, evitando o excesso de bebidas alcoólicas e o sal, além de gerenciar o estresse – fator que, conforme a Federação Mundial do Coração, pode dobrar o risco de ataque cardíaco.


Obesidade: Saiba o que é, quais são as causas e tratamentos

Professora do curso de Nutrição do UDF, explica como a doença afeta a saúde humana

 

Sem sombra de dúvidas a comida pode proporcionar momentos maravilhosos na vida de muitas pessoas, mas quando as refeições em família e as preparações caseiras são substituídas por lanches rápidos, como fast foods e alimentos ultraprocessados, diversas enfermidades podem aparecer, entre elas, a obesidade.

Segundo a professora do curso de Nutrição do Centro Universitário do Distrito Federal – UDF, Rafaella Alves, a obesidade é uma doença crônica não transmissível de causa multifatorial, sua etiologia está associada a diferentes fatores, como: genética, sedentarismo, alterações hormonais, processos inflamatórios, consumo alimentar inadequado, mudanças no ambiente e sistema alimentar, entre outros, podendo trazer sérios prejuízos à saúde.

Rafaella Alves aponta que no Brasil, os últimos inquéritos populacionais mostraram mudanças nos indicadores do estado nutricional dos indivíduos, com o aumento das prevalências dos casos de sobrepeso e obesidade nos diferentes ciclos da vida, atingindo especialmente as populações mais vulneráveis, como as de baixa renda e escolaridade.

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2025 a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30kg/m²”, informa a professora do curso de Nutrição.

Rafaella ressalta que as pessoas com obesidade sofrem com o fenômeno da estigmatização da doença, o qual é capaz de causar sérias consequências para a saúde, seja física, psíquico-emocional ou afetiva, e talvez por isso, algumas pessoas fazem buscas por tratamentos milagrosos.

Para a professora do UDF, o tratamento da obesidade deve ter por finalidade o alcance de uma série de objetivos globais em curto e longo prazo e para isso, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, formada por nutricionistas, profissionais de educação física, fisioterapeutas, psicólogos, médicos e demais especialistas da saúde, que serão responsáveis por direcionar o tratamento, considerando a individualidade do paciente.

“Em se tratando da alimentação adequada e saudável, devemos nos basear nos princípios do Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), e dar preferência para alimentos in natura ou minimamente processados (frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas, castanhas, farinhas, leite, carnes, ovos), limitar o consumo de alimentos processados (alimentos in natura ou minimamente processados fabricados com adição de sal, açúcar ou outra substância de uso culinário em sua composição) e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes, macarrão instantâneo etc).

Por fim, a nutricionista salienta que é importante que a sociedade entenda que a obesidade é um problema de saúde pública, sendo necessário o fortalecimento de políticas, ações e estratégias intersetoriais para o seu enfrentamento.

 

Centro Universitário do Distrito Federal – UDF
www.udf.edu.br


Dia Mundial Sem Carro: 5 dicas para aderir a hábitos saudáveis e melhorar o condicionamento físico

Profissional de Educação Física da TotalPass explica como se preparar para incluir exercícios físicos como caminhada e bicicleta na rotina


A campanha do Dia Mundial Sem Carro é comemorada em 22 de setembro e promove pautas que vão desde o meio ambiente e sustentabilidade à mobilidade urbana. Mas, além disso, a data, que ao longo dos anos 2000 chegou às grandes metrópoles conquistando mais adeptos, é uma oportunidade para as pessoas que já estão pensando em mudar de hábito e incluir exercícios físicos na rotina.

“A preferência pelo carro para se deslocar é uma realidade muito comum, principalmente em áreas urbanas. Porém, o deslocamento por meio de exercícios físicos como caminhada ou bicicleta traz diversos benefícios, não só para a saúde, mas também em relação a estresse e produtividade no trabalho, pois estão diretamente ligados a hormônios do prazer”, explica Ana Carolina Matos Correia, profissional de Educação Física da TotalPass.

Estudos da Universidade de Dartmouth reforçam a afirmação da profissional. A pesquisa foi realizada pela instituição com 275 voluntários e apontou que a maioria das pessoas que se deslocavam de carro apresentavam estresse nas primeiras horas da manhã, que permanecia ao longo do dia. Já com o grupo que  utiliza a bicicleta para se deslocar para o trabalho, foi observado um início de dia mais tranquilo, com mais disposição e agilidade para cumprir as tarefas.

Para auxiliar nessa mudança de hábitos, a especialista reúne cinco dicas sobre como as pessoas podem se preparar fisicamente para aderir ao dia mundial sem carro e desenvolver mais saúde e bem-estar.


1 - Preparar o corpo
De acordo com o profissional, é importante começar a incorporar caminhadas ou pedaladas na rotina diária. Isso ajudará a fortalecer os músculos, melhorar a resistência cardiovascular e acostumar o organismo com essas formas de locomoção. “A preparação ajuda a aquecer os músculos e as articulações, aumentando a circulação sanguínea e a flexibilidade. Isso reduz o risco de lesões musculares, distensões e entorses durante o exercício. Um aquecimento apropriado prepara o corpo para um melhor desempenho, aumenta a capacidade dos músculos e do sistema cardiovascular”, explica.


2- Alimentar-se de forma adequada antes de sair de casa
Ter uma boa alimentação antes da prática de exercícios é essencial, pois fornece ao corpo os nutrientes e a energia necessários para um bom desempenho físico. “Os carboidratos são uma das principais fontes de energia para o corpo durante o exercício. Além disso, comer antes da atividade ajuda a manter os níveis de glicose no sangue estáveis. Isso é importante para evitar a hipoglicemia, que pode causar fraqueza, tontura e até desmaios”, alerta o profissional.


3 - Usar equipamentos indicados para a prática de exercícios
Existem diferentes modelos de tênis que são desenvolvidos especificamente para melhorar a experiência do exercício e garantir a segurança e o conforto durante a atividade física. “Seja para a caminhada ou para pedalar, é importante escolher o tênis mais adequado para os diferentes tipos de pisada, pois garantem mais estabilidade para os tornozelos e menor impacto para os joelhos e quadril, prevenindo doenças articulares. Se a preferência for por bicicleta, o uso do capacete é indispensável para a segurança no trânsito”, reforça.


4 - Ter uma boa noite de sono
A prática de exercícios aumenta os níveis de serotonina, endorfina e dopamina no organismo, fazendo com que uma sensação de felicidade e satisfação seja constante no dia a dia. Para quem está focado em mudar de hábitos e movimentar a rotina, o sono é crucial para a realização da atividade, pois auxilia na recuperação e na melhora do condicionamento físico. “O descanso é fundamental para que o corpo se recupere adequadamente. A falta de sono pode aumentar os níveis de estresse e afetar negativamente a energia e capacidade de se exercitar”, complementa.


5 - Respeitar os limites
É importante deixar claras as metas, incluindo a distância que será percorrida a pé ou de bicicleta e o tempo que será dedicado à atividade física. “É recomendável definir metas alcançáveis para o condicionamento físico, ter objetivos definidos pode ajudar a manter o foco e a motivação. Além disso, é importante reforçar que, para reduzir os riscos, o mais adequado é contar com o acompanhamento profissional”, finaliza.

 

Posts mais acessados