Imagine um mundo onde os adultos são minoria. Jovens e crianças seguem a mesma tendência o que acontece sobretudo pela menor taxa de nascimentos e maior longevidade. Esta realidade já está se desenhando segundo especialistas que estudam o envelhecimento.
Em um levantamento
concluído neste ano, a psiquiatra Cleusa Ferri da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp) compilou um estudo que aponta pelo
menos 1,76 milhão de pessoas possuem alguma forma de demência no Brasil, sem
contar os subdiagnósticos.
Com o
envelhecimento da população esses casos podem chegar a 5,5 milhões até 2050. A
iniciativa, que tem a participação de profissionais de neurologia, geriatria e
saúde mental, quer mobilizar o governo e contribuir para criação de uma
estratégia nacional para lidar com o tema.
Diante da
realidade que se apresenta – e que confirma que estamos, de fato, vivendo mais,
estaríamos também melhorando nossa qualidade de vida para, além de viver mais,
também viver melhor?
Uma das principais
consequência do aumento da expectativa de vida, segundo os especialistas em
envelhecimento é também o aumento de doenças crônicas ligadas ao
envelhecimento, em especial as doenças neurodegenerativas, principalmente
Doença de Alzheimer.
A Doença de
Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência, trata-se de uma condição
progressiva causada pelo acúmulo das proteínas tau e beta-amilóide no cérebro.
Essas proteínas deterioram as regiões e estruturas cerebrais. Quando essas
proteínas não desempenham suas funções adequadamente, as sinapses, que são as
conexões entre os neurônios, deixam de funcionar, resultando na morte desses
neurônios devido a esse mau funcionamento.
No entanto, é
possível promover a saúde cerebral ao longo da vida para retardar o
aparecimento dos sintomas da Doença de Alzheimer. Nesse contexto, a adoção de
hábitos saudáveis, o manejo do estresse, a alimentação adequada, a prática
regular de exercícios físicos e a ginástica para o cérebro ou treino cerebral
desempenham um papel crucial para prevenir o aparecimento desta e de outras
demências.
“A luta contra a
Doença de Alzheimer é complexa, uma vez que ainda não temos uma cura
definitiva. Além disso, cuidados com a qualidade do sono, saúde vascular,
atividade física regular, dieta equilibrada e estimulação cognitiva ou
ginástica para o cérebro desempenham um papel fundamental na redução dos
riscos”, alertou a assessoria científica do Método SUPERA – Ginástica para o
cérebro, professora- doutora pela USP (Universidade de São Paulo), Thais Bento
Lima.
O que
posso fazer hoje para reduzir o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer? Dado que o Alzheimer é uma condição multifatorial, a
prevenção deve envolver diversos fatores. O primeiro passo é cuidar da saúde
geral do organismo, controlando doenças crônicas como diabetes, obesidade,
doenças cardiovasculares e hipertensão, além de incorporar atividades físicas e
uma alimentação equilibrada.
Uma vez que o
corpo está saudável, é importante também monitorar de perto o desempenho das
habilidades mentais, com a prática de ginástica para o cérebro e utilizando
estratégias de memória e estímulos cognitivos para prevenir ou postergar o
aparecimento dos sintomas da doença. Ao estimular a neuroplasticidade cerebral,
é possível desenvolver uma reserva cognitiva robusta. Essa reserva ajuda o cérebro
a resistir melhor aos danos causados pelo envelhecimento ou por doenças. Além
disso, ter parentes de primeiro grau com a doença não é necessariamente uma
sentença, pois é possível fazer muito para fortalecer o cérebro, criando essa
reserva cognitiva e antecipando-se a qualquer sintoma futuro.
Conheça 12 fatores
de risco para demência segundo a Alzheimer's Disease International:
1. Falta
de atividade física;
2. Tabagismo;
3. Excesso
de consumo de álcool
4. Poluição
5. Traumatismo
cefálico;
6. Isolamento
social;
7. Baixa
escolaridade;
8. Obesidade;
9. Hipertensão
arterial;
10. Diabetes;
11. Depressão;
12. Perda
auditiva;
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