Faltam menos 130 dias para o exame mais importante do ano e quem sonha com uma vaga na Universidade Pública segue com foco nos estudos e na temida redação, que vale de 0 a 1.000 pontos.
Para garantir uma
boa redação, são duas habilidades principais e igualmente essenciais: o domínio
da linguagem escrita e o pensamento associativo.
Domínio da
linguagem escrita: não adiantaria nada ter ótimas ideias e uma boa análise do
tema se isso não ficar claro utilizando palavras e frases bem construídas.
Pensamento
associativo: a capacidade de estabelecer conexões entre diferentes ideias,
conceitos e informações para criar um texto coeso. Envolve a habilidade de
relacionar argumentos, exemplos, evidências e diferentes perspectivas de forma
lógica e organizada.
Como a
ginástica para o cérebro ajuda a desenvolver estas habilidades?
A ginástica para o
cérebro é uma prática que ajuda a desenvolver habilidades e no Brasil, é
oferecida em formato de curso.
Reflexões
em sala de aula: as aulas do curso sempre têm temas,
com atividades de debate em sala de aula, estimulando os alunos a defenderem
pontos de vista diferentes. Isso ajuda a expandir as habilidades argumentativas
e a conexão de ideias.
Desafios
lógicos: a resolução de desafios lógicos
contribui para a habilidade de identificar relações de causa e efeito entre
diferentes eventos, fenômenos ou conceitos. Isso fortalece a argumentação ao
explicar os motivos por trás de determinado fenômeno e suas consequências.
Atividades lúdicas
e jogos: fazem parte das aulas e envolvem a criatividade e a memória melhoram a
capacidade de pensar em exemplos, analogias e comparações para ilustrar e
reforçar seus argumentos. Essas estratégias ajudam a tornar o texto mais
concreto e compreensível para o leitor.
Conhecimento
de mundo e escrita
A neurocientista
parceria do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, Livia Ciacci, lembra que
conhecimento de mundo desempenha um papel fundamental na escrita de uma
redação, especialmente no contexto do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Um bom repertório
de conhecimento de mundo pode ser bastante significativo, pois ele fornece ao aluno
uma base sólida de informações e referências que podem ser utilizadas para
entender o contexto social, político, cultural e histórico relacionado ao tema
em questão. Isso ajuda o aluno a compreender as nuances e os aspectos
relevantes do assunto, permitindo uma análise mais aprofundada, inclusive sendo
capaz de citar casos reais que fortalecem os argumentos apresentados”, lembrou.
Mas não basta
citar exemplos só por citar, a banca avaliadora valoriza qual tipo de relação
foi feita entre as informações, então tenha cuidado e muito pensamento crítico,
para não correr o risco de citar uma fake news como fato, por exemplo.
Inteligência
Artificial: vilã ou mocinha da redação?
A inteligência
artificial tira totalmente a personalidade da pessoa impressa no texto, porque
cada pessoa desenvolve uma “voz” textual própria refletida no seu estilo de
escrita. Isso fica perceptível, e se o aluno “imitar” um texto de IA em sua
redação os avaliadores entenderão como um texto sem identidade, de baixa
qualidade.
“O hábito de
copiar e colar o conteúdo gerado atrapalha a compreensão e o aluno não se
apropria do material e limita a aprendizagem e o desenvolvimento
individual. A inteligência artificial é um apoio, mas nunca deve ser
utilizada como substituta da nossa capacidade criativa”, lembrou a
neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.
Outras
habilidades desenvolvidas pela ginástica para o cérebro que podem ajudar:
· Linguagem e interpretação - usar a linguagem de forma eficaz
para se comunicar e compreender informações escritas ou faladas;
· Pensamento crítico - analisar, avaliar e questionar
informações de forma objetiva e fundamentada, considerando diferentes
evidências;
· Criatividade - aplicar a imaginação e o pensamento
divergente nos mais variados cenários;
· Atenção focada - concentrar-se de forma direcionada em uma
tarefa, ignorando distrações e mantendo o foco;
· Memória - codificar, armazenar e recuperar informações ao
longo do tempo.