Você é apaixonado pelo seu trabalho? Para muitos, essa pergunta pode ser um pouco complexa de ser respondida. Afinal, como é possível medir essa paixão pela empresa? E mais: por que é importante descobrir isso? Por muitos motivos! Ser apaixonado pelo que se faz é extremamente importante para o crescimento profissional – e, claro, para que a companhia atinja resultados cada vez melhores. Esse é um estado emocional que vai além da famosa felicidade no trabalho, e que, quando realmente sentida, trará ganhos importantes para ambos os lados.
Sendo mais técnico nestes conceitos, a felicidade
corporativa diz respeito a estados emocionais e atitudes positivas que trazem
satisfação e motivação para que a pessoa faça seu trabalho. Há um forte senso
de contentamento em suas funções, fazendo com que trabalhe com mais alegria,
entusiasmo e, consequentemente, seja mais produtivo em seu dia a dia.
Já a paixão pelo negócio, por sua vez, expande essa
teoria. É uma sensação muito mais intensa de dedicação e interesse por suas
responsabilidades, estando profundamente envolvido e motivado a superar
desafios e conquistar a excelência em sua área. Ela está relacionada a
encontrar significado e propósito nas atividades desempenhadas, tendo conexão
emocional intensa e se identificando com a cultura da empresa.
Quando permeada verdadeiramente, times apaixonados
pelo que fazem atingem resultados muito melhores, estimulados a crescer cada
vez mais e contribuir para o sucesso do negócio. A satisfação interna é visivelmente
percebida, o que também contribui para uma redução de turnover e maior retenção
dos talentos – até mesmo, em vista de novas propostas. Afinal, quando estão
realmente felizes na empresa, pensarão muito antes de aceitar uma nova vaga em
um local em que não conhecem e não tem certeza de terem o mesmo senso de
pertencimento.
Isso foi comprovado, inclusive, em uma pesquisa
realizada pelo Center for Positive Organizational Scholarship, da
Universidade da Califórnia. Os dados divulgados demonstram que profissionais
felizes são, em média, 31% mais produtivos, três vezes mais criativos,
apresentam um desempenho 27% maior do que seus colegas, 125% menos esgotamento
e 32% mais comprometimento. Insights realmente valiosos, mas que
ainda enfrentam certos desafios em serem conquistados.
Garantir que as equipes estejam apaixonadas nas
empresas depende de diversos fatores em conjunto, através da criação de um
ambiente saudável, oferta de um salário adequado, construção de um plano de
carreira atrativo e estimulante, e uma comunicação completamente transparente
com os membros.
Será dever da companhia criar um local encorajador
a seus times para que sejam quem realmente são, sem qualquer tipo de restrição
ou discriminação. O ambiente de trabalho deve ser acolhedor, estimulando que
todos compartilhem sempre suas ideias de melhorias e tenham liberdade para
testá-las. Caso contrário, qualquer atitude repressora ou condenadora, apenas
irá reprimir essa proatividade e barrar a vinda de ideias inovadoras e
criativas que alavanquem a marca em seu segmento.
Em uma pesquisa feita pela Pulses, por exemplo, 54%
dos colaboradores acreditam que sofrerão represálias caso cometam alguma falha
na empresa. Esse é um típico comportamento prejudicial a qualquer negócio –
afinal, se os próprios times não se sentem à vontade para testarem suas
sugestões, não há como se tornarem apaixonados pelo local onde estão.
Todos esses itens positivos precisam ser reforçados
desde o processo de recrutamento, comunicando esses valores aos candidatos e
buscando por aquele que esteja mais alinhado possível – tanto em questão de
perfil quanto tecnicamente – a esses pontos. Ainda, devem ser mantidos
periodicamente em todos os membros da empresa, através de práticas como
pesquisas de satisfação que colham suas impressões sobre a marca, se mantiveram
suas opiniões desde o processo seletivo, e o que podem melhorar para criar um
local de trabalho acolhedor e satisfatório para todos.
Por mais que a paixão no trabalho seja algo
completamente individual e subjetivo, é extremamente importante sempre colher
estes dados internamente e levá-los aos altos cargos, buscando por estratégias
que engajem seus times constantemente. Uma responsabilidade que, mesmo sendo
normalmente desempenhada pelo departamento de recursos humanos e dos gestores,
também deverá ser buscada pelos próprios profissionais, descobrindo o que os
motiva e sempre comunicando suas impressões sobre o que está sendo feito na
prática.
Ouvir seus times será a peça-chave para construir este sentimento internamente. Peça feedbacks sobre os pontos positivos e negativos de como essa cultura está sendo transmitida e implementada, e tenha práticas de iniciativa a essa meta. Assim, a construção de talentos realmente apaixonados pelo que fazem e pelo negócio será a combinação perfeita para um futuro promissor.
Camila Paiva - Diretora de Gente e Gestão da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.
Pontaltech
https://www.pontaltech.com.br/
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