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terça-feira, 2 de maio de 2023

65% dos inadimplentes dizem que situação financeira impacta diretamente no trabalho, segundo pesquisa da Serasa

Mais de 75% tiveram que fazer ‘bicos’ e trabalhar informalmente para complementar a renda


Mesmo com o desemprego mostrando sinais de recuperação, o nível de inadimplência dos brasileiros continua alto. O último Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa, divulgado em março, mostra que 70,71 milhões de pessoas estão nesta condição. O cenário traz uma reflexão importante neste 1º de Maio sobre os efeitos que as dificuldades financeiras trazem na vida do trabalhador. 

Levantamento feito pela Serasa às vésperas do primeiro de maio mostra as diferenças das perspectivas entre os brasileiros que negociaram suas dívidas no último Feirão Limpa Nome, realizado em março, e os inadimplentes. De acordo com a pesquisa Impactos da Vida Financeira no Trabalho, 65% dos inadimplentes concordam que a situação financeira impacta diretamente na sua vida profissional. 

"Aproveitamos o Dia do Trabalhador para mostrar como a saúde financeira impacta na vida profissional, seja no crescimento individual como na produtividade. É muito importante que a educação financeira seja uma pauta constante, mas também que esteja na agenda das empresas e empregadores em ações que auxiliem a vida financeira dos brasileiros", comenta a gerente e especialista em educação financeira da Serasa, Patrícia Camillo. 

A pesquisa buscou entender, entre os consumidores, quais os sentimentos em relação ao futuro profissional. Para o grupo de pessoas em situação de negativação, a palavra 'superação’ foi a mais apontada (39%), enquanto o grupo que conseguiu renegociar dívidas elegeu o termo 'motivação' (38%). "Esses sentimentos são muito simbólicos para nós, porque mostram que, quando a pessoa tem a oportunidade de quitar dívidas, voltar a ter acesso ao crédito, ter respiro financeiro, elas se sentem motivadas a voltar a sonhar e fazer planos, sejam eles pessoais ou profissionais, muitas vezes com mais consciência do que antes", explica Patrícia. 

Entre os aspectos que as dificuldades financeiras mais impactaram na vida profissional, está o aumento do estresse no ambiente de trabalho (19%) e a redução de oportunidades de crescimento profissional (17%), os quais foram unânimes entre os dois públicos. Um segundo ponto apontado pelos inadimplentes foi o sentimento de medo constante de perder o emprego (13%). 

O levantamento trouxe também um dado preocupante sobre informalidade: 76% dos entrevistados precisaram recorrer a um trabalho extra, os chamados "bicos", para complementar a renda.  "Isso traduz também, além da inflação e do alto desemprego, a falta de acesso ao crédito no mercado, já que muitas pessoas não têm por onde conseguir crédito e recorrem a informalidade", analisa. 

Mesmo com o alto nível de desemprego, de acordo com a pesquisa, o brasileiro segue otimista sobre o futuro profissional: 49% dos consumidores disseram estar esperançosos e têm melhores perspectivas em relação ao mercado de trabalho. 

Sobre as metas pessoais que desejam alcançar a partir da vida profissional, quitar as dívidas continua sendo o maior objetivo para os dois públicos, principalmente entre os inadimplentes (57%). Para os consumidores que fecharam acordo no último Feirão, esse percentual é de 43%, mas alguns planos como comprar um imóvel ou casa própria (31%), investir e empreender (25%) ganham mais espaço. 

Perguntados se irão conseguir pagar suas contas em dia a partir de agora, 65% do grupo que renegociou dívidas respondeu que sim, enquanto 29% afirmam não ter certeza e 6% não acreditam que isso seja possível. Entre os negativados, 51% estão confiantes em manter suas contas em dia, 38% não têm certeza e 11% acreditam não conseguir arcar com as despesas.  

A pesquisa ouviu 4.610 consumidores da base Serasa entre os dias 22 e 26 de abril de 2023, via questionário online.

 

Serasa Limpa Nome

Durante todo o ano, o Serasa Limpa Nome oferece ofertas e condições especiais para estimular a quitação das dívidas. Para consultar, acesse os canais oficiais da empresa:

·         Site: http://www.serasalimpanome.com.br  

·        App Serasa no Google Play e App Store  

·        WhatsApp 11 99575–2096   

 

Veja como renegociar pelos canais da Serasa  

Aplicativo: https://youtu.be/too-JJ_6OCw   

Site: https://youtu.be/nLJrUpyDkSM   

WhatsApp: https://www.youtube.com/watch?v=DVyx1QY5xD0  

 


Serasa
www.serasa.com.br


PEDIGREE® e CPTM realizam mutirão de castração gratuito na Estação José Bonifácio

Em parceria com a ONG AMPARA Animal, ação castrará gratuitamente 200 pets, entre cães e gatos, de tutores que realizarem o agendamento prévio ao procedimento

 

Reforçando seu compromisso de combater o abandono animal, a PEDIGREE® -- por meio do programa Adotar é tudo de bom, se uniu à CPTM para promover um mutirão de castração gratuito para cães e gatos, entre os dias 11 e 12 de maio. 

A ação acontecerá dentro da Estação José Bonifácio, que atende a Linha 11-Coral da CPTM, e as vagas são limitadas, ao todo, serão 200 castrações. As cirurgias serão realizadas pela equipe da AMPARA Animal e, para participar, os tutores precisam realizar um agendamento prévio no dia cinco de maio, no próprio local. Os cadastros com distribuição de senhas iniciam a partir das 9 horas e serão feitos por ordem de chegada. Neste dia, os veterinários passarão todas as informações sobre o preparo e o procedimento. 

O mutirão marca o início de uma parceria da CPTM e PEDIGREE® para combater o abandono animal, por meio da conscientização sobre guarda responsável e prevenção aos maus tratos, além de ações que promovam a adoção e castração. 

“Essa é a primeira vez em que uma ação deste tipo acontece em uma Estação da CPTM e acreditamos que esta será mais uma maneira de incentivar o bem-estar dos nossos passageiros: cuidando dos seus melhores amigos”, afirma Pedro Moro, presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). 

A parceria também faz parte das comemorações dos 15 anos do programa PEDIGREE® Adotar É Tudo de Bom, que já garantiu um lar para mais de 80 mil cães e incentiva a castração para promover adoções responsáveis e garantir que os abrigos sejam uma solução temporária. 

“Temos o propósito de fazer um Mundo Melhor para os Pets e isso inclui garantir que todo animal tenha um lar feliz. Conscientizar as pessoas sobre a importância da castração é um dos principais meios de evitar o crescimento populacional de forma descontrolada (e consequentemente um número maior de animais abandonados), garantindo assim formas mais eficazes de proporcionarmos uma vida melhor para os pets”, comenta Eduardo Lima, diretor de Marketing da Mars Petcare, empresa dona da marca PEDIGREE®. 

Para realizar o cadastro do procedimento é necessário que os tutores apresentem RG, CPF e comprovante de endereço de São Paulo, capital, e não há necessidade de levar os animais. 

Nos dias 11 e 12, os animais devem estar em jejum, é muito importante respeitar o horário marcado e apresentar os documentos originais. As castrações terão início às 9 horas, com previsão de término às 15 horas, sendo 50 cães e 50 gatos por data. 

O procedimento, que é considerado uma cirurgia simples e de rotina com anestesia geral, leva em média de 15 a 30 minutos e os pets recebem alta em algumas horas. O período de recuperação pode variar de 7 a 12 dias e os veterinários recomendam que os animais usem roupa cirúrgica ou o colar elizabetano por pelo menos cinco dias. 

Tanto o mutirão quanto os veterinários responsáveis pelos procedimentos, possuem registro do CRMV -- Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo.
 

SERVIÇOS:

Mutirão de castração PEDIGREE® e CPTM
Local: Estação José Bonifácio da CPTM
Endereço: Av. Nagib Farah Maluf, 1500 - COHAB José Bonifácio, São Paulo - SP, 08255-000
Data: 11 e 12 de maio
Horário: início às 9 horas com previsão de término às 15 horas
Documentos necessários: apresentar RG, CPF e comprovante de endereço do tutor
 

INSCRIÇÃO*:
Local: Estação José Bonifácio da CPTM
Endereço: Av. Nagib Farah Maluf, 1500 - COHAB José Bonifácio, São Paulo - SP, 08255-000
Data: 5 de maio (somente nesta data)
Horário: distribuição de senhas a partir das 9 horas
Documentos necessários: RG, CPF e comprovante de endereço de São Paulo, capital do tutor

*O serviço será disponibilizado para os primeiros 100 cães e 100 gatos que realizarem a inscrição antes do término das vagas. 

Mars

 

Os tênis da minha infância e os retrocessos de um país fechado

Toda pessoa que teve sua infância no Brasil entre as décadas de 1980 e 1990 presenciou uma guinada absoluta, não apenas na sociedade e no país, mas em todas as mudanças que vimos no decorrer de nossa juventude. Acompanhamos a era da telefonia analógica e das linhas de telefone sendo passadas em testamento, até chegar aos dias de hoje, em que chips com números variados são comprados em qualquer lugar. Vimos a chegada dos primeiros computadores – a preço muito superior ao de um veículo popular – e passamos pela popularização da informática. Fizemos pesquisas em enciclopédia, utilizamos a internet discada (apenas após a meia noite, era mais barato) e, com muito espanto, presenciamos a chegada da banda larga e, depois, do wi-fi.

Em todas essas mudanças, a sociedade mudou e o país também. Até a abertura comercial brasileira, ocorrida em 1992, havia preponderantemente cinco tipos de tênis, três dos quais manufaturados pelas maiores marcas de então como opção aos consumidores. Dos outros dois, o mais barato era inviável: destruía-se após pouco uso. O mais caro era impossível comprar: importado, chegava ao país em pequenas quantidades e sua propriedade era privilégio de poucos.

A chegada dos importados mudou não apenas o preço dos tênis mais caros, como deu aos consumidores brasileiros – até então escravos de poucas opções de produtos e serviços – novas opções de compra. A maior parte delas era não apenas melhor do que o que se oferecia domesticamente, mas era também mais barata. Enquanto para os consumidores esse momento foi incrível, as indústrias nacionais padeceram: a abertura, feita quase que do dia para a noite, não se preocupou em melhorar o ambiente de negócios do país ou estimular a inovação. As empresas brasileiras de então, protegidas por décadas de cotas às importações e tarifas absurdas aos itens estrangeiros, lucravam com uma demanda muito mais alta do que a oferta. Com as poucas opções disponíveis no mercado, os consumidores brasileiros contentavam-se com aquilo que acreditavam ser bom. Até a chegada dos importados...

Os produtos importados, que inundaram o mercado brasileiro a partir de 1992, nos mostraram um novo mundo de funcionalidades e de qualidade. Com isso, não apenas nos tornamos mais exigentes enquanto consumidores, mas aquelas empresas brasileiras que quiseram prosperar precisaram inovar, se reorganizar e se reestruturar para a nova era de concorrência que se abria ali.

Depois de pelo menos três décadas de abertura comercial brasileira, é triste perceber que o ambiente de negócios do Brasil não melhorou. Segue-se sufocando o setor produtivo com burocracias desnecessárias e desconexas, e com o sistema tributário mais insano possível. Agora, na era da internet e do digital, em que os consumidores sabem o que há de melhor e mais barato fora daqui, fica cada vez mais difícil convencer os que se conectam a tudo o que existe por todo o mundo com poucos cliques.

Para passarmos a competir bem num cenário cada vez mais concorrido, deveríamos pensar em ciência e tecnologia, inovação, desoneração, reforma tributária e infraestrutura. Ao invés disso, tomamos a saída mais fácil: o protecionismo. Se até então havia a isenção de US$ 50 dólares para que os consumidores comprassem itens do exterior, essa isenção deixa de existir. É certamente mais fácil fecharmos as fronteiras mais uma vez do que tentarmos produzir melhor e mais barato.

Ainda que o governo insista que essa isenção nunca existiu, nosso confuso repertório de leis prova o contrário: uma portaria do Ministério da Fazenda de 1999 (Portaria MF 156, de 24 de junho de 1999) e uma instrução normativa da Receita Federal do Brasil do mesmo ano (Instrução Normativa SRF n.º 096, de 4 de agosto de 1999) isentavam as remessas de até US$ 50 para o nosso país.

Por favor, não me entendam mal: esse texto não é uma defesa de produtores chineses, muito menos da SHEIN, que sabidamente explora seus trabalhadores com jornadas semanais de mais de 80 horas. É uma defesa da nossa liberdade de escolha, é um apelo a um governo que se preocupe com soluções de longo prazo e não com as facilidades imediatas.

A partir de 11 de abril deste ano, todas as compras brasileiras feitas por qualquer plataforma de e-commerce que cheguem ao país seriam taxadas – mais ou menos como se fazia com os tênis da minha infância, além daquelas três marcas conhecidas. No fundo, essa medida do governo buscava não apenas arrecadar, mas privilegiar uma produção nacional que certamente seria melhor e mais barata caso não fosse estrangulada pelo próprio governo. Aqui, mais uma vez, o governo tenta nos enganar ao afirmar que quem pagaria os tributos seriam as empresas (como se essas empresas não fossem repassar esses valores em custos aos consumidores finais). A repercussão negativa foi, por óbvio, tão grande que o governo voltou atrás. Infelizmente, nossos governantes não voltaram atrás na estapafúrdia ideia de manter estatais deficitárias em funcionamento ou no aumento dos salários do Judiciário e Legislativo. 

No fundo, a taxação das compras on-line repetiria as velhas fórmulas falidas: ao invés de se aprimorar o ambiente de negócios, desonerar o setor produtivo e realizar finalmente as reformas administrativa e tributária; seguir-se-ia o caminho mais fácil. Se as políticas econômicas da década de 1980 estiverem voltando, logo estaremos de polainas.

 

João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

 

O home office veio para ficar. E agora?

Nos últimos anos, um movimento inesperado tomou conta de empresas de todo o mundo: o home office. E o que era pra ser “momentâneo” durante a pandemia, se tornou o padrão para muitas empresas, que seguiram atuando dessa forma ou adotando o modelo híbrido, que concilia esses dois “mundos”. E aí ficou a questão: como ser realmente produtivo fora do ambiente formal de trabalho? 

Trabalhar em home office é o desejo de milhares de pessoas mundo afora. Mas se, por um lado, inegavelmente, essa modalidade de trabalho revela diversas vantagens e benefícios, tanto para as empresas quanto para os colaboradores, por outro lado há também o desafio da produtividade. Afinal, nem todo mundo tem a mesma performance e desenvoltura trabalhando de casa e nem sempre as empresas conseguem mensurar a produtividade de seus funcionários. E como resolver isso? É possível ser produtivo no home office? 

O modelo de trabalho home office, que algumas empresas já adotavam antes de 2020, foi certamente acelerado na ocasião da pandemia. Assim, nos quatro cantos do mundo, empresas e colaboradores se viram obrigados a atuarem remotamente e se adequar às inúmeras dificuldades daquele momento, como ter em casa os aparatos necessários em relação aos equipamentos e conectividade, logística para transformar o espaço do lar em “escritório”, aprender a mexer com diferentes dispositivos de comunicação, entre outros desafios. Não foi fácil para ninguém, desde a liderança e a gestão até os funcionários, todos tiveram que se adaptar.

Mas, apesar das adequações, é fato que muitas pessoas apresentaram dificuldades com o modelo, sobretudo no que se refere à produtividade, não conseguindo produzir tanto em casa quanto no modelo presencial. Mas há, sim, formas de driblar esses percalços. 

A seguir, listo algumas atitudes que devem fazer parte do dia a dia de quem quer continuar nesse mundo do home office, mas sem que isso signifique perda de produtividade.

- Elimine distrações: O seu lar é o ambiente propício para inúmeras distrações, não é mesmo? Seu pet que late e pede sua atenção; o bebê que chora; a televisão ligada; entre diversos outros motivos que dificultam o foco e a atenção. Dessa forma, é crucial que, ao atuar em home office, você “elimine” todas essas nuances, tendo um ambiente mais “isolado” da rotina da casa;

- Tenha uma rotina bem definida: Nosso cérebro precisa se adaptar ao ambiente de trabalho em casa. Por isso, você precisa de uma rotina bem definida;

- Liste as atividades: Tenha sempre um cronograma a seguir e, no dia anterior ou no começo do dia, faça a lista de suas tarefas a realizar. Ao concluir, risque uma a uma. Isso lhe ajudará a ter um controle do volume de entrega e a manter o foco em seu trabalho;

- Estipule horários: Estipule um horário para realizar suas tarefas mais importantes, se arrume como se fosse trabalhar fora, defina suas metas diárias e procure cumpri-las. Além disso, respeite o horário de almoço, da mesma forma como seria dentro da empresa. Isso pode evitar que você se sinta sobrecarregado;

- Faça pausas: Momentos de pausa são essenciais para uma relação saudável com o home office. Aliás, nosso cérebro precisa delas, para depois retomar a produção de uma maneira melhor. Uma dica que você pode aplicar agora mesmo é trabalhar de 40 até 50 minutos e fazer uma pausa de 10 minutos. Repare que sua produtividade terá um aumento significativo.

 

 

Carlos Rugger - engenheiro e fundador do Instituto Sua Melhor Performance


Como lidar com o assédio no ambiente de trabalho?

Luiz Fernando Prado de Miranda, advogado e professor da Braz Cubas, explica quais são os tipos de assédio e o que a lei diz em relação aos crimes

 

O assédio moral em qualquer ambiente de trabalho, presencial ou remoto, representa um conjunto de ações promovidas com o intuito de expor a vítima a situações humilhantes e constrangedoras, feitas de forma repetitivas e prolongadas no exercício das atividades laborais. Quando ocorridas em repetidas ocasiões, as ações violadoras acarretam danos à dignidade da vítima, causando prejuízo a saúde e deixando pesado o ambiente de trabalho. 

Para Luiz Fernando Prado de Miranda, advogado e professor do curso de Direito do Centro Universitário Braz Cubas, nas disciplinas de Direito Civil, Direito Empresarial e Processo Civil, o assédio moral no emprego não é algo novo, porém a discussão se faz necessária.  

“Se considerarmos que o mercado de trabalho, muitas vezes, representa um campo de batalhas, no qual muitos querem se elevar perversamente em busca de melhores resultados, infere-se que, desde tempos remotos, o assédio moral transita em ambiência do trabalho. Por exemplo, as práticas de escravidão até hoje presentes em estruturas empresariais no Brasil contemporâneo”, destaca o docente. 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 75 mil trabalhadores apresentaram um quadro de depressão e pediram afastamento do emprego causado pelo assédio moral. 

O que diz a Lei 

Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) do Brasil, dentro do poder diretivo do empregador, não está assegurado o desrespeito à pessoa. O Código Civil, por sua vez, garante que deve ser reparado dano a outrem provenientes de toda e qualquer ação ou omissão. 

“A Constituição Federal, que tem por fundamento preservar a dignidade da pessoa humana, bem como o valor social do trabalho (artigo 1º), assegura o direito à honra, à saúde e ao trabalho (artigos 5º, X e 6º)”, explica o especialista.  

Miranda diz que dependendo do caso, às vezes, o acusado de assédio precisa ser afastado do trabalho até a apuração final. “Diante da confirmação do denunciado, é preciso aplicar as sanções previstas na lei, que podem ir de uma advertência verbal ou por escrito, gerando suspensão por até 30 dias ou mesmo a dispensa por justa causa.” 


Tipos de assédio 

Além do assédio moral, diversos tipos de agressão podem acontecer entre chefe, funcionário e colega de trabalho. E são capazes de prejudicar a saúde mental e física do colaborador. São eles:  

- Assédio Psicológico: praticado com o propósito de desestabilizar emocionalmente a vítima. Os danos causados se ligam a transtornos psicológicos de médio a longo prazo, culminando na vítima a diminuição da autoestima e desempenho; 

- Assédio Sexual: quando praticada por superior hierárquico, é tipificada como crime (artigo 216A, Código Penal). Manifesta-se como um constrangimento a alguém, com a finalidade de obter favorecimento ou favores sexuais; 

- Assédio Virtual: também conhecido como Cyberbulling. Compreendem as mesmas condutas descritas no Assédio Moral, contudo, ocorridas em ambiente virtual ou com o uso de tecnologias de informação e comunicação digitais. 

Para alguém entender se vive situações de violência no trabalho, Miranda considera fundamental que a pessoa converse sobre os casos - não silenciar é um primeiro passo importante e, por isso, pode ajudar a evitar marcas profundas nas vítimas. 

“De igual forma, é também dever da instituição combatê-las, evitando os silenciamentos cotidianos. Ainda, para evitar todas as formas de assédio, é necessário promover ações como: veiculação, educação, normatização e denúncia. Além disso, a denúncia formal junto aos órgãos competentes se faz necessária, pois gera um registro, impele a instituição a tomar providências e dá visibilidade para os casos”, afirma. 


O que as empresas devem fazer para evitar assédio?  

De acordo com o especialista, a companhia deve conscientizar os seus funcionários sobre o que é agressão moral no trabalho, mapear os setores tóxicos da empresa, ou seja, os locais de maior incidência de denúncias, fazer campanhas contra todas as formas de assédio e instruir os líderes de todos os setores, criar e divulgar na empresa o canal e local para o encaminhamento das denúncias, além de ser energética com todas as ocorrências consistentes de assédio.  

O docente salienta que devemos ter ciência que sempre quando houver a denúncia e a confirmação de uma situação de qualquer forma de abuso, todas as medidas cabíveis deverão ser tomadas. “Ouça todos os envolvidos na história; converse com as testemunhas do caso, se houver; recolha as provas necessárias e não hesite em tomar as medidas necessárias, oferecendo a resolução mais justa e coerente ao caso”, diz. 

O professor do curso de Direito da Braz Cubas ainda comenta que, caso ocorra uma situação de violência, o funcionário não deve se calar e, se possível, acompanhado de provas, deve levar o assunto ao setor de Recursos Humanos, Departamento Jurídico, Compliance ou Ouvidoria da empresa. 

“Além disso, pode também o trabalhador procurar auxílio junto a um membro da advocacia, apoio junto ao Sindicato da Categoria e também levar a denúncia ao Ministério Público do Trabalho”, finaliza. 

 

Centro Universitário Braz Cubas
www.brazcubas.br


Apesar da intenção em valorizar a Segurança Pública, reajuste de Tarcísio é insuficiente para recompor salários da Polícia Civil, afirma Sindpesp

Para o Sindicato dos Delegados de SP, aceno ao setor no início da nova gestão é positivo, no entanto correção é insuficiente para tirar o estado dentre os que pior pagam os policiais no País; entidade também questiona percentuais diferenciados que privilegiam a Polícia Militar em detrimento da Polícia Civil

 

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) recebeu com ressalvas o anúncio do reajuste salarial para a Polícia Civil proposto por Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). O projeto de lei que versa sobre o tema foi entregue à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na manhã desta 3ª feira (2/5). Para Jacqueline Valadares, presidente do Sindpesp, apesar de positivo o aceno do governador à Segurança Pública, a correção é insuficiente para tirar o estado do ranking de uma das piores remunerações do País: 

"Entendemos que não é possível reverter 30 anos de descaso, ao qual a Polícia Civil foi submetida, em apenas quatro meses do novo governo. Dessa forma, consideramos que o anúncio de hoje é bem-vindo, uma vez que sinaliza uma retomada da valorização da categoria por parte do Estado. Por outro lado, havia uma expectativa muito grande em torno deste reajuste, que, nem de longe, é o que se esperava", destaca a delegada. 

Para o Sindpesp, a correção prevista por Tarcísio é insuficiente para uma efetiva recomposição salarial da categoria que representa (delegados) e da Polícia Civil de forma geral. Ao longo do governo de João Doria (na época, do PSDB), o acumulado em correção para a instituição foi de 25%. A nova gestão propõe para o cargo de delegado de polícia, por exemplo, uma média de 17,85%, segundo documento protocolado nesta manhã na Alesp.  

São Paulo, líder de arrecadação de impostos no Brasil em 2022, com R$ 1,03 trilhão, ocupava a 24° posição no ranking dos salários de delegados entre as 27 unidades da federação, com piso de R$ 12.458,97 para o início de carreira. Agora, com o reajuste, passará a ocupar a 22ª posição: 

“A porcentagem anunciada há pouco não vai tirar São Paulo, o estado mais rico da Nação, da vergonhosa colocação entre os que pagam os piores salários aos policiais civis no Brasil. Para se ter ideia, Mato Grosso, 14º em arrecadação no ano passado, com R$ 42,2 bilhões, é o que oferece o melhor vencimento do País a um delegado: R$ 25.407,95 – muito superior à remuneração paulista”, lamenta Jacqueline.

 

Sem diferenciação

O Sindpesp, conforme destaca sua presidente, também não concorda com a diferenciação no percentual de reajuste entre as Polícias Civil e Militar previsto no projeto do Governo de São Paulo e que, agora, será apreciado pelo Parlamento bandeirante. O ideal, reforça Jacqueline, é que o reajuste fosse “equânime e justo” entre as forças de segurança. 

Ocorre que, comparando o aumento dos oficiais da Polícia Militar com o dos delegados da Polícia Civil, o primeiro grupo recebeu 4,7% a mais.  

A delegada também lamenta o fato de o Sindpesp não ter sido convidado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública para discutir o reajuste, já que é o legítimo representante da carreira de delegado de Polícia:   

"O Sindpesp enxerga com bons olhos que o secretário (de Segurança Pública) Guilherme Derrite e o governador Tarcísio (de Freitas) tenham aberto diálogo com o comando das Polícias Civil e Militar, mas espera que, em futuras negociações, haja lugar na mesa para a entidade. Afinal, a Diretoria foi eleita legitimamente pelos integrantes da carreira de delegado de Polícia para representá-los e conhece bem seus anseios. Além de não ter sido convidado para colaborar com o debate, o Sindpesp não teve acesso aos estudos e aos valores da recomposição remuneratória antes do seu envio ao governador”.

 

Sucateamento

Os baixos salários pagos para a Polícia Civil também colaboram, há décadas, com o sucateamento da estrutura disponibilizada para o trabalho dos policiais, segundo Jacqueline. Levantamento recente do Sindpesp revela que a instituição tem déficit de 38,5% em seus quadros: 

“Ou seja, são 16 mil policiais a menos, incluindo delegados, investigadores e escrivães, entre outros cargos imprescindíveis para uma prestação de serviços efetiva para a população, que clama, dia a dia, por mais segurança. Com os baixos salários que são pagos hoje, infelizmente a Polícia Civil de São Paulo não consegue reter seus profissionais, o que acaba impactando negativamente no serviço prestado ao povo”, finaliza a delegada.


ARTESP e concessionárias terão mais de 300 ações de conscientização sobre trânsito seguro no Maio Amarelo

Fonte: Agência de Transporte do Estado de São Paulo
Campanha estimula a adoção de atitudes que contribuam para redução dos acidentes com veículos, ciclistas, pedestres e caminhoneiros

 

Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo apoiam o Movimento Maio Amarelo e irão realizar mais de 300 ações educativas e de conscientização de segurança no trânsito ao longo do mês. A campanha chama a atenção da sociedade para as fatalidades no trânsito, além de estimular boas práticas que contribuam para torná-lo mais seguro. 

Neste ano, o mote da campanha será “No Trânsito, escolha a vida”, iniciativa do CONTRAN. A ARTESP terá em sua programação para o mês da segurança viária: peças de comunicação com o tema da campanha que estarão fixadas nas cancelas de pedágio em todas as rodovias concedidas do Estado.  

A frase tema do Maio Amarelo também será veiculada nos painéis eletrônicos (PMVs) ao longo dos 11,1 mil quilômetros de malha rodoviária concedida, sempre acompanhadas de dicas de segurança viária. Veja abaixo algumas das frases que serão exibidas ao longo do mês:

 

Maio Amarelo 

No trânsito, escolha a vida 

 

Não use celular enquanto dirige 

No trânsito, escolha a vida 

 

 

Maio Amarelo 

No trânsito, escolha a vida 

 

Use o cinto de segurança 

No trânsito, escolha a vida 

 

Maio Amarelo 

No trânsito, escolha a vida 

 

Pedestre, use a passarela 

No trânsito, escolha a vida  

 

Maio Amarelo 

                                            No trânsito, escolha a vida 

 

Motorista, respeite o ciclista 

                                           No trânsito, escolha a vida

 

Fonte: Agência de Transporte do Estado de São Paulo

A publicação de mensagens educativas, com orientações à população, será intensificada também nas redes sociais da Agência Reguladora e das concessionárias. Outra iniciativa será a iluminação dos edifícios das operadoras e da ARTESP com luzes na cor amarela.

“As ações em apoio ao Maio Amarelo reforçam nosso compromisso e preocupação em garantir um comportamento consciente a todos que utilizam a malha viária, seja conduzindo um veículo ou como pedestre”, afirma Milton Persoli, diretor geral da ARTESP. “Acreditamos que isso é fundamental e contribui diretamente na redução de fatalidades e acidentes no trânsito”, ressalta Persoli.



Programação

As ações de preservação de vidas, redução de acidentes e segurança nas estradas, começaram já no dia 1º de maio. As atividades abertas ao público serão divulgadas no site da Agência. As atividades do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado abordam as mais diferentes formas e temas relacionados à segurança viária no Maio Amarelo, como manutenção preventiva, risco de sonolência ao volante, importância do uso do cinto de segurança, travessia segura, conscientização de motoqueiros sobre condução segura, orientações aos ciclistas, entre outros temas. Acompanhe aqui a programação das concessionárias de rodovias para o Maio Amarelo.

As concessionárias vão oferecer ainda serviços de verificação de glicemia, colesterol e pressão arterial. Também entregarão folhetos e outros materiais com dicas de segurança viária, orientações sobre direção defensiva e boas condutas no trânsito, inclusive de incentivo ao uso do cinto de segurança.


Presidente da Associação Paulista Viva fala sobre as ações para minimizar problemas de insegurança na Av. Paulista

 O retorno das cabines para os policiais, corredor ativo de segurança e doação de bicicletas para rondas ostensivas fazem parte das ações

 

A Avenida Paulista teve o maior número de roubos em dez anos, com 1.106 registros (média de 3 por dia); já os furtos (6.343) atingiram o segundo maior patamar histórico, atrás apenas de 2019, último ano pré-pandemia, com mais de 7,5 mil ocorrências, segundo números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Além de conversas diárias com o poder público, Livio Giosa, presidente da Associação Paulista Viva ponta as ações realizadas pela APV como retorno das cabines, corredor ativo de segurança e doação de bicicletas para a PM estão entre as ações para melhorar e ampliar a segurança na região. 

Os dados da Secretaria de Segurança Pública, apontam que o 4° Distrito Policial da Consolação, que atende a região da Avenida Paulista, registrou uma alta de 85% de furtos na região comparado ao mesmo período do ano passado. “Há 15 anos, a APV promoveu a instalação em toda a extensão da Avenida mais de 30 cabines de segurança, com o objetivo de trazer mais segurança para quem trafega pela região. O tempo passou e com a questão da mobilidade, a Polícia Militar resolveu acabar com esse projeto e agora debatemos insistentemente com a autoridades com a Polícia Militar e com a Guarda Civil Metropolitana a possibilidade de reinstalar as cabines de segurança em vários pontos da avenida”, pontuou Livio. 

Os números da Secretaria de Segurança Pública também apontaram que, depois da pandemia, um em cada três crimes acontece nas proximidades do Masp - Museu de Arte de São Paulo. No ano passado, 42,3% dos casos se deram a, no máximo, 350 metros do prédio histórico – em 2019, menos de um terço das ocorrências (30,9%) se concentrava por ali. Mas os crimes seguem sendo cometidos em outros locais, como nos encontros da avenida com a Consolação e a Augusta. 

Na maioria das vezes, os crimes são cometidos por pequenos grupos, com menores de idade como integrantes. A ação ocorre tanto a pé quanto com a utilização de bicicleta. “Os criminosos aproveitam da não percepção dos turistas, para atacá-los. Outro ponto em que também acontecem os crimes é a região da Rua Augusta e da Rua Padre João Manoel que têm a proximidade com hotéis e com grande fluxo de pessoas. Pela facilidade de se misturar na multidão, os criminosos costumam atuar em trechos mais cheios da avenida. Na outra ponta que é a Praça Oswaldo Cruz também ocorrem roubos e furtos, já que há grande concentração de espaços culturais que são muito visitados”, diz Livio. 

O presidente Ligio Giosa lembra que, no final do ano passado, foi realizada uma doação de 20 bicicletas para a Polícia Militar. “As bikes foram doadas totalmente equipadas para que a PM pudesse realizar as rondas preventivas na ciclofaixa, já que os criminosos utilizam bicicletas e também atuam em outros pontos da avenida”, pontuou.

 

Corredor Ativo de Segurança

Expandir a segurança na via mais famosa do país é a proposta do programa “Corredor Ativo de Segurança” e está entre as metas da Associação Paulista Viva em conjunto com as demais entidades da segurança pública. “A iniciativa irá operar com o Centro de Operações da Polícia Militar e a Polícia Civil do Estado de São Paulo, que irá compartilhar as imagens de câmeras de 24 horas de videomonitoramento, captadas pela empresa com os órgãos policiais, quando solicitadas”, finalizou Giosa.


Sobre a Associação Paulista Viva (APV)

A Associação Paulista Viva (APV) é uma organização da Sociedade Civil de interesse Público e sem fins lucrativos que trabalha pela melhoria da qualidade de vida, preservação, segurança e valorização da região da Avenida Paulista. Seu trabalho consiste em estimular ações de relevância social e incentivar a cultura e a arte em todas as suas manifestações, contribuindo para a conservação e o enriquecimento do patrimônio histórico e cultural da região e da cidade de São Paulo. Em 2021, a APV lançou durante o Fórum de Sustentabilidade “Caminhos para a Transformação das Cidades”, o programa Av. Paulista Sustentável, projeto de sustentabilidade que consiste na criação do Distrito Sustentável Local e envolve a iniciativa privada, poder público, sociedade civil e entidades para criar metas de redução de emissão de carbono na Av. Paulista, com indicadores para atuar em cinco grandes vertentes: eficiência energética, uso racional de água, destino final dos resíduos eletroeletrônicos, mobilidade, a poluição do ar e a educação ambiental. Lançou também, durante o “Fórum Tecnologia & Urbanidade: Inovação Transformando as Cidades”, o projeto Sou Mais Av. Paulista, para incentivar o consumo na região.

 

Relembre os principais direitos do trabalhador

Trabalhadores com carteira assinada possuem uma série de direitos, assegurados durante a gestão de Getúlio Vargas


Comemorado no último dia 1º de maio, o Dia do Trabalho é um dos feriados mais relevantes do calendário brasileiros. Alguns chamam a data de Dia do Trabalho, outros de Dia do Trabalhador ou até mesmo de Festa do Trabalho. E todas estão corretas.  

Independente de como ele é conhecido, o feriado foi celebrado de diversos jeitos Brasil afora. Atualmente, a data foi marcada por shows, festivais e atividades de lazer aos trabalhadores. Mas antigamente, o objetivo era outro.  

Afinal, a classe trabalhadora ainda buscava seus direitos. Hoje, quem tem carteira assinada possui uma série de direitos assegurados, podendo ter maior proteção aderindo a seguradora com garantia trabalhista. 


Origem do Dia do Trabalho no Brasil 

Em relação a origem da data, as primeiras comemorações do tipo aconteceram no ano de 1891, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Curiosamente, as celebrações foram no dia 14 de julho daquele ano, e não no dia 1º de maio, por conta da influência da Revolução Francesa.  

"No caso nacional, as primeiras comemorações da data, realizadas na cidade do Rio de Janeiro, a partir de 1891, por iniciativa de militantes socialistas, mantinham essa postura e, não raras vezes, tornavam-se também atos patrióticos, em apoio à jovem República [proclamada dois anos antes]," afirma Isabel Bilhão, historiadora e professora da Universidade do Rio dos Sinos, em artigo publicado na Revista Brasileira de História.  

A mudança de data ocorreu durante a gestão do mineiro Artur Bernardes, que perdurou de 1922 até 1924. Quase no fim de seu mandato, Artur decretou a criação do feriado no dia 1º de maio.  

O documento afirma: "Artigo único: é considerado feriado nacional o dia 1 de maio, consagrado à confraternidade universal das classes operárias e à comemoração dos mártires do trabalho; revogadas as disposições em contrário".  

Naquela época, os trabalhadores utilizavam a data para protestar e reivindicar os direitos trabalhistas. Ou seja, não era bem uma festa ou comemoração. 

Mas o feriado ganhou fama em meio a presidência de Getúlio Vargas, que inibia qualquer tipo de manifestação contrária ao governo durante o feriado. Vargas aproveita a data para divulgar ações governamentais, como a criação das férias remuneradas, salário-mínimo e  Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).  

Hoje em dia, o Dia do Trabalhador é marcado por comícios feitos por sindicatos, que reivindicam os direitos da classe, shows e uma série de atividades para a recreação dos trabalhadores. 

 

Afinal, o que são direitos trabalhistas?

Os direitos trabalhistas, presentes na CLT, são leis e normas que explicitam os direitos e deveres do empregador e do empregado.  

Além disso, também servem para amparar o trabalhador, garantindo remuneração correta, jornada justa e proteção no ambiente de trabalho, por exemplo.   

Como citado, os direitos foram criados junto com a CLT, elaborada por Getúlio Vargas em 1943, por meio do decreto 5.452.  

No entanto, somente colaboradores CLT, com carteira assinada, têm acesso aos direitos. Desse modo, trabalhadores informais, sem qualquer vínculo empregatício, não se beneficiam. 

Quais são os principais direitos do trabalhador brasileiro 


Pagamento correto do salário

Conforme a CLT, o salário deve ser pago até o quinto dia útil de cada mês. Se o pagamento passar da data, a empresa pode ser multada ou até mesmo processada. O valor da multa varia entre um e dois salários mínimos, dependendo do caso. 


Auxílio transporte

O auxílio transporte serve para que os trabalhadores não necessitem gastar com o deslocamento até o local de trabalho. Assim, as empresas devem pagar, de maneira adiantada, as despesas mensais com transporte. Vale destacar que o desconto máximo do salário base é de 6%.  

Com a pandemia do novo coronavírus, as normas em relação ao auxílio transportes passaram por alterações. Agora, as empresas não possuem a obrigação de pagar o auxílio a empregados em home-office 


Registro em carteira de trabalho

Depois da admissão, o empregador precisa assinar a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em, no máximo, 48 horas.  

Em virtude da criação da CTPS digital, as empresas adeptas ao eSocial podem realizar as anotações na carteira de trabalho digital. Essa opção foi lançada em 2019 pelo Ministério do Trabalho. 


Folga remunerada

De acordo com o artigo 67 da Consolidação das Leis de Trabalho, trabalhadores com carteira assinada deve ter uma folga remunerada a cada semana. O colaborador pode negociar o dia com a empresa. Mas as folgas acontecem preferencialmente aos domingos.  

Com isso, a lei proíbe que funcionários prestem serviços aos domingos e também nos feriados. Porém, quem trabalha em hospitais, na polícia e no transporte público, por exemplo, é exceção à regra. 


Horas extras

As horas extras se caracterizam pelo trabalho que excede a carga horária diária estipulada na CLT. Com isso, toda vez que o colaborador ultrapasse o limite, a empresa deve pagar as horas com adição de, no mínimo, 50% em dias úteis. O valor aumenta em domingos e feriados, passando para 100%.  

Existe a possibilidade de criar um banco de horas trabalhadas. Assim, o funcionário pode receber folgas ao invés do pagamento adicional. 


Férias

O período de férias é o mais aguardado pelos trabalhadores brasileiros. A CLT garante que, após um ano de trabalho, a empresa necessita conceder um período de descanso a seus funcionários. Vale lembrar que a remuneração não é afetada na época das férias. 


13º salário 

Fim de ano é sinônimo de Natal, Réveillon e, claro, 13º salário. Trabalhadores sob o regime CLT têm direito a um salário extra no mês de dezembro. O pagamento é feito em duas parcelas, sendo a primeira em novembro.  

Além disso, de forma complementar, muitas empresas também oferecem benefícios como folga no dia do aniversário, a oferta de um bônus para atividades físicas e de lazer. Isso sem contar os planos de seguro de vida (seja individual ou coletivo) para garantir maior conforto e estabilidade aos colaboradores. Para isso, muitas organizações contam com a parceria de seguradoras como a Seguros Unimed, entre outras.


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