Dra. Tamires
explica que a pessoa que vive estressada tende a desenvolver problemas físicos,
emocionais, psicológicos, cognitivos e comportamentais
Apesar da conotação negativa que adquiriu nos
tempos atuais, o estresse é uma resposta fisiológica comportamental normal do
ser humano a um determinado evento que o faz sentir-se ameaçado ou com medo.
Diversas situações podem ocasionar estresse, tais como problemas de
relacionamento; problemas financeiros; sobrecarga de trabalho e chefe hostil;
mudanças e nova rotina; incertezas, angústias e até má alimentação, sono
insuficiente e dores.
A médica especializada em saúde mental, com foco em
ansiedade e depressão, Dra. Tamires Cruz, explica que o estresse se torna um
problema quando é experimentado com constância por uma pessoa, em sua rotina, o
que não raramente acarreta sintomas físicos, emocionais e psicológicos,
comportamentais e cognitivos.
Entre os sintomas psicológicos do estresse, a
médica especializada em saúde mental destaca a baixa autoestima. “Isso pode
acontecer principalmente se o indivíduo tem a impressão de que as pessoas ao
seu redor têm sucesso em suas carreiras e ele não. Por isso começa a sentir-se muito
negativo sobre a vida, e acaba por perder o interesse em seus sonhos ou na
busca deles”, diz. Nesse sentido, de acordo com dra. Tamires, o estresse pode
levar à depressão, um de seus efeitos mais graves.
Sobre os sintomas emocionais, a médica especializada
em saúde mental afirma que pessoas muito estressadas ficam mais suscetíveis a
oscilações de humor, com irritações constantes e também se sentem agitadas e
não relaxadas. “Costumam ainda acreditar serem solitárias, mesmo que não sejam,
tornando-se assim deprimidas e infelizes”, comenta.
No que se refere aos efeitos nocivos causados pelo
estresse na cognição humana, o mais comum deles, segundo dra. Tamires é a perda
de memória, que pode ser temporária ou de longo prazo. “Outro efeito comum é a
incapacidade de concentração, que pode prejudicar muito o desempenho em todas
as áreas da vida”, comenta. Além disso, ressalta a médica especializada em
saúde mental, é comum que estresse baixe o desejo sexual, diminuindo todas as
formas de intimidade.
Aumento ou diminuição de apetite, insônia ou
excesso de sono, isolamento social, desinteresse nas responsabilidades do
trabalho ou mesmo na casa são alguns dos principais sintomas comportamentais
causados pelo estresse. Outros recorrentes, de acordo com dra. Tamires, são:
adoção de hábitos nocivos à saúde, como ingerir bebidas alcóolicas e fumar
(estratégias de escape); tomada de decisões irracionais, como comprar um carro
quando se tem problemas financeiros; e tornar-se violento.
Quando os níveis de estresse ficam fora de controle
eles podem causar diversos prejuízos à saúde física, entre os quais: dores
agudas ou crônicas, na área do peito, da cabeça e da barriga e problemas
digestivos, como prisão de ventre, constipação e diarreia. “Doenças cardíacas
também podem derivar do estresse, assim como a obesidade”, destaca a médica
especializada em saúde mental. Além disso, segundo dra. Tamires, o estresse
também pode acarretar hipertensão arterial e doenças na pele, como acne.
Diante de um problema com implicações variadas e
graves, o estresse precisa ser manejado da melhor maneira possível. “O estresse
impede o indivíduo de desfrutar a vida e atingir seus objetivos. Tomar medidas
para eliminá-lo é o primeiro passo para viver a vida de maneira mais
gratificante”, afirma dra. Tamires. Desse modo, segundo ela, a primeira medida
a se tomar é a descobrir o problema. “A pessoa deve tentar encontrar quando a
tensão começou, pois isso irá permitir a ela identificar a causa do estresse e
combatê-la”, afirma.
Outro passo importante no alívio do estresse,
segundo a médica especialista em saúde mental, é deixar alguém saber pelo que
você está passando. “Simplesmente conversar com uma pessoa em que confia, às
vezes só para desabafar”, diz. Aprender a gerir o tempo também é uma boa estratégia
para se livrar do estresse. “Às vezes podemos ter uma carga de trabalho
gerenciável que se torna insuportável devido à má administração do tempo.
Assim, podemos encontrar algum alívio do estresse por simplesmente aprendermos
a planejar bem o tempo”, comenta dra. Tamires.
Já ignorar o estresse é o primeiro passo para não o
controlar. Dessa forma, conforme a médica especialista em saúde mental, deve-se
prestar atenção nos sinais que o corpo dá e nas mudanças de comportamento. Ao
aprender a perceber os sinais de estresse e identificar suas causas, o
indivíduo deve procurar evitar as situações estressantes. “Se a pessoa sabe que
certos eventos, locais ou até mesmo pessoas a deixam tensas, ela deve
evitá-los”, afirma.
A causa do estresse, muitas vezes, se encontra no
excesso de tarefas que as pessoas buscam cumprir em sua rotina diária. Nesse
sentido, de acordo com dra. Tamires, conhecer as próprias limitações e
estabelecer metas realistas são duas ótimas forma de evitar a frustração e o
estresse de “dar um passo maior que a perna”. Evitar ser multitarefa e contar
com o apoio de outros também é uma boa saída para conseguir cumprir suas
responsabilidades mais tranquilamente. Na correria do dia a dia, para mitigar o
cansaço e o estresse, é imprescindível, segundo a médica especializada em saúde
mental, estabelecer pausas e aprender a relaxar
Mudanças no estilo de vida também são capazes de
diminuir os efeitos do estresse do dia a dia no corpo físico e mental do
indivíduo. Assim, a médica especializada em saúde mental, recomenda a prática
exercícios físicos, dieta baseada em alimentos saudáveis, higiene do sono,
práticas de relaxamento, meditação e yoga. Do mesmo modo, adotar
comportamentos mais positivos ajudam a aliviar o estresse. Desse modo, dra.
Tamires sugere ter bom senso de humor; ser altruísta, oferecendo ajuda aos
outros sempre que possível. socializar e evitar o isolamento; ter pensamentos
positivos, em suma, ser feliz.
Por fim, a médica especializada em saúde mental,
aconselha que a pessoa estressada não hesite nunca em buscar ajuda
profissional, principalmente se estiver se sentindo desta maneira por muito
tempo. “Nunca é bom ficar guardar seus sentimentos ou emoções negativas apenas
para si mesma, pois isso só gera mais estresse. Obter ajuda profissional pode
ajudá-la a encontrar a libertação e voltar a viver a vida normalmente”, afirma.
Dra. Tamires Cruz, graduada em Medicina (FMJ) e
graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação
em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar)
e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão. Mestre e
Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP. Concluindo
redidência em psiquiatria. Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia
que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da
depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora
Gente