Cirurgião vascular
dá seis dicas que podem aliviar o sintoma
O corpo da mulher passa por inúmeras alterações
durante a gestação e essas mudanças podem afetar a saúde da futura mamãe. Entre
os problemas mais comuns está o inchaço das pernas e dos pés, que podem
aumentar na reta final da gravidez e nos dias marcados por altas temperaturas.
Tudo começa com aquela sensação de peso nas pernas
e logo aparece o inchaço que está associado ao aumento na quantidade de sangue
e líquidos no organismo, afetando o sistema circulatório. Além disso, a
gestante está mais predisposta à retenção de líquido.
“Com a proximidade do nascimento do bebê, o útero
já está bem maior e comprime ainda mais a veia cava inferior, que é a
responsável por transportar o sangue do abdômen, da pelve e dos membros
inferiores para o átrio direito do coração. Com isso, a tendência é que o
inchaço piore afetando pés e pernas”, explicou o Dr. Márcio Steinbruch, cirurgião
vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
Além disso, o especialista também ressalta que as
altas temperaturas podem afetar o funcionamento dos vasos linfáticos, que são
responsáveis pela drenagem do excesso de líquido nos tecidos.
“Desde que o inchaço seja somente nos membros
inferiores e que atinja da mesma forma os dois pés e as duas pernas, a gestante
não precisa se preocupar. Agora, se apenas um dos membros aumenta de tamanho ou
se após uma noite de descanso os membros não desincham é indicado procurar um
especialista, pois pode ser um sinal de trombose ou hipertensão”, alertou o
cirurgião vascular.
Infelizmente não é possível evitar o inchaço
durante a gestação, mas a boa notícia é que pequenas mudanças de hábitos,
especialmente durante o verão, podem ajudar a reduzir o inchaço nas pernas e
pés. Confira abaixo as dicas do Dr. Márcio Steinbruch.
1- Aumente o consumo de líquidos: a hidratação, com
água, água de coco e sucos naturais, é fundamental para desintoxicar e eliminar
as toxinas, porque irá estimular a troca de líquidos no corpo; membros
inferiores.
2- Pratique atividades físicas: reservar alguns
minutos diários para fazer exercícios, como caminhadas, que fortalecerá a
musculatura da panturrilha, melhorando de maneira considerável a circulação
sanguínea pelo corpo. A hidroginástica também é uma boa opção. Porém, antes de
iniciar qualquer atividade, consulte o seu obstetra.
3- Mantenha uma alimentação balanceada: optar por
refeições equilibradas, com alimentos leves e ingestão de mais frutas e
legumes, pode ajudar na eliminação de líquidos. Há opções diuréticas que também
podem ser aliadas, como: kiwi, alface, melancia, melão, capim-cidreira, água de
coco e pera;
4- Faça massagem ou drenagem linfática: elas contribuem
com o retorno venoso e, assim, diminuir o inchaço;
5- Evite passar longos períodos na mesma posição:
se você trabalha em pé ou sentado, intercale momentos a cada uma hora para dar
alguns passos.
6 – Use roupas e sapatos confortáveis: evite peças
e sapatos apertados e que limitem os movimentos. Faça a opção por tecidos
leves, sem elásticos e soltinhos. Já os melhores sapatos são as rasteirinhas e
chinelos. Salto alto deve ser evitado.
O especialista também indica que é preciso ficar
atento após o parto e se o inchaço persistir depois de 30 dias, é fundamental
procurar um especialista para investigar as causas desses desconfortos.
Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade
de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo
Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela
Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro TITULAR da
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