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sábado, 7 de janeiro de 2023

Janeiro branco: por que é importante falar sobre saúde mental durante todo o ano

Em 2023, a campanha tem como tema ‘A Vida pede Equilíbrio’. objetivo é alertar para os cuidados com a saúde mental da população

 

Todo início de ano é uma oportunidade para um novo começo. Adotar hábitos mais saudáveis e olhar para si próprio são metas que costumam estar na lista de muita gente. O primeiro mês do calendário também é marcado pela campanha Janeiro Branco, dedicada a promover a saúde mental e emocional. Em 2023, o tema é ‘A Vida pede Equilíbrio’, visando promover a reflexão e a renovação de ações e pensamentos para o ano que se inicia. 

A campanha faz um alerta para os cuidados com a saúde mental da população, com ênfase na prevenção de doenças decorrentes do estresse, incluindo transtornos mentais comuns, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Além disso, a síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, passou a ser enquadrada como doença ocupacional, e trouxe um alerta para a importância de se promover boas condições mentais no ambiente de trabalho. 

Segundo dados de setembro de 2022 da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais casos de depressão na América Latina, além de ser o segundo no continente americano. A doença é a principal causa de incapacidade no mundo. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com esse transtorno, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde. 

“A saúde mental é um estado de bem-estar no qual estamos cientes de nossas próprias habilidades para lidarmos com o estresse normal da vida. Ela implica em um estado de espírito estável, com certo grau de controle sobre si próprio e sobre as próprias emoções e ações, respondendo com comportamentos proporcionados às diversas situações que possam surgir. Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. É um trabalho de longo prazo e que deve ser feito permanentemente”, frisa Milene Rosenthal, psicóloga e co-fundadora da Telavita, clínica digital de saúde mental, que atende pacientes em todo o país. 

A escolha do mês para a campanha está conectada ao período em que as pessoas estão mais inclinadas a repensarem suas vidas e emoções, mas não é somente nele que o tema deve vir à tona. “Se a pessoa sentir que durante 2022 não prestou a devida atenção à saúde mental ou que os esforços não foram suficientes, é importante tentar implementar novas atitudes este ano para alcançar o bem-estar. Um sinal de alarme é quando há emoções que ocorrem com muita frequência e intensidade, difíceis de regular. Se preciso, procure ajuda profissional”, acrescenta. 

Segundo a psicóloga, a conscientização está cada vez maior e as pessoas, mais abertas a falarem sobre si e seus transtornos. Prova disso é o aumento constante da procura por terapia. A Telavita, por exemplo, teve um aumento de 100% na procura por terapia em 2022 com relação ao ano anterior, segundo Milene. “Vejo como muito positivo o fato de cada vez mais as pessoas procurarem acompanhamento e demonstrarem preocupação com a saúde mental. É sinal de que estão compreendendo como é importante a jornada do autoconhecimento para uma evolução constante em todas as áreas da vida”, encerra.

 

Telavita

 

Líderes de RH apontam falta de Segurança Psicológica nas empresas como uma das maiores preocupações

 Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP) divulga pesquisa inédita sobre o tema, realizada com colaboradores de empresas brasileiras 


A falta de Segurança Psicológica está entre as maiores preocupações de líderes e profissionais de RH no País. É o que constata pesquisa inédita realizada pelo Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP) entre os dias 26 de abril e 7 de dezembro de 2022.  Foram ouvidos 361 colaboradores de empresas brasileiras e 99,2% deles querem mais informações sobre o tema, embora mais da metade (56,9%) tenha algum conhecimento sobre o assunto. E a explicação é simples: times que contam com ambiente seguro para expor ideias ou até suas insatisfações são mais produtivos e engajados. Resultado: as organizações tornam-se mais lucrativas, competitivas e inovadoras quando apostam em uma gestão mais consciente e humana.

 “Ao contrário do que se pensa, um ambiente psicologicamente seguro não é um lugar quentinho e gostosinho. É um lugar bastante desafiador, pois requer que conversas adultas aconteçam para que as decisões possam ganhar outra amplitude e provocar novas linhas de pensamentos”, explica a psicóloga e uma das fundadoras da IISP, Patricia Ansarah.

É um ambiente seguro que faz com que as equipes sejam mais ousadas para arriscar e inovar, porque não temem represálias ao apresentar ideias, inseguranças, menos ainda discordar de alguma decisão já estabelecida ou confrontar pares e superiores, acrescenta a também psicóloga e fundadora do Instituto, Veruska Galvão.

“Empresas preparadas para isso são empresas corajosas, que entenderam que para se manterem competitivas e relevantes no mercado, precisam desafiar o modelo de operação atual para gerarem novas formas de fazer negócio, por meio de relações saudáveis”, comenta Veruska.  

E nem pense que implantar um ambiente psicologicamente seguro é algo exclusivo de grandes corporações. Qualquer empresa que queira se manter no mercado de forma saudável e sustentável deve aprender a estabelecer a Segurança Psicológica na prática. Mas 74,2% dos entrevistados afirmam que suas organizações nunca desenvolveram qualquer projeto com foco em Segurança Psicológica.

“Um programa de segurança psicológica começa com os membros da equipe estabelecendo seus indicadores de sucesso, o que inclui a positividade das relações e o resultado desejado por todos. Tomar consciência dos fatores que estão impedindo aquele time de alcançar todo o seu potencial criativo é o primeiro passo”, esclarece Patricia. 

Para quem acha que atuar nesse cenário é algo complicado, uma boa notícia: a pesquisa revela que 52,8% dos entrevistados se consideram aptos a desenvolver soluções de Segurança Psicológica e isso é muito bom porque deve ser um movimento coletivo.

“Uma empresa que se propõe a trabalhar com o modelo da segurança psicológica se destaca diante de outras porque consegue inovar, buscar soluções diferentes em meio a crises. É ainda uma empresa que promove uma dinâmica onde as pessoas aprendem umas com as outras, estão engajadas e desejam contribuir para gerar impacto no negócio”, diz Patricia.

Quem quiser saber mais e ter insights pode conferir o site do IISP, que dispõe de muito conteúdo para você ficar por dentro do tema. “Disponibilizamos muitas informações em artigos traduzidos, vídeos, webinars, podcast, entrevistas etc. Como instituto, fazemos a curadoria dos conteúdos e atuamos de forma cuidadosa para oferecer materiais atualizados”, informa Veruska. Ela lembra também que o IISP oferece a única certificação internacional em segurança psicológica do Brasil para quem quer atuar com o tema dentro das organizações.

Segundo Patricia, o modelo da segurança é simples, mas implica em reorganizar a dinâmica das relações frente à estratégia do negócio e é possível mensurar. Com indicadores claros, revisão dos acordos de funcionamento e preparação da liderança, as empresas conseguem avaliar como estão indo nesse processo. 

“Uma outra forma é utilizar o assessment que mede o nível de segurança psicológica dentro dos times, que o IISP trouxe com exclusividade para o Brasil. Esta ferramenta revela quais são os padrões de comportamentos disfuncionais e o que precisa ser feito de forma mais assertiva”, acrescenta Patricia. 

 

Outro lado da moeda

Falta de ferramentas e desconfiança de times e colaboradores foram listados no levantamento como os principais desafios para se implementar Segurança Psicológica em uma empresa. Aliás, a liderança tem papel fundamental nessa jornada. Líderes que dão exemplo de vulnerabilidade, que dizem que não sabem, quando não estão num dia bom ou quando estão com problemas pessoais, abrem as portas para criar relações de confiança mútua e espaços psicologicamente seguros.

De acordo com as especialistas, criar práticas de gestão que estimulem a contribuição de todos da equipe, fazendo mais perguntas, dando menos respostas para estimular o senso de pertencimento e valorizando as ideias, aumentam o nível de contribuição e  conexão. Também cria vínculos mais significativos a um propósito maior e comum,  além de diálogos mais produtivos para tomar decisões ágeis e inteligentes.  

“As empresas precisam começar a entender que a sobrevivência do negócio depende da saúde emocional dos seus colaboradores. E um primeiro passo é responsabilizar a liderança pelos indicadores relacionados à saúde das pessoas e clima no time, e não só pelos resultados financeiros”, finaliza Veruska.

  

Patricia Ansarah - fundadora do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP), master trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times. Com certificação internacional em Coaching & Action Learning e em modelagem de cultura. Facilitadora de aprendizagem de grupos e desenvolvimento de liderança com mais de 20 anos atuando em RH com experiência executiva em grandes empresas como Colgate-Palmolive, McDonalds, J&J, Latam Airlines e Serasa Experian. 

Veruska Galvão - É fundadora do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP), master trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times. Psicóloga especialista em relacionamentos humanos nas organizações, com certificação internacional em Coaching e em modelagem de cultura e pós MBA em docência empresarial e liderança. Ao todo 20 anos atuando com desenvolvimento de liderança e cultura organizacional em grandes empresas como Manpower, Hertz e Coca-Cola FEMSA.


Janeiro Branco: Garantir saúde mental nas empresas traz resultados financeiros

Shopify/Matthew Henry
"A Vida Pede Equilíbrio" é o tema da campanha em 2023

 

Um novo ano começou e com ele os cuidados com a saúde mental ganham destaque através da campanha "Janeiro Branco", que em 2023 tem como tema "A Vida Pede Equilíbrio". 

O mundo pós pandemia não é o mesmo. Depois de dias em home office, podendo estar mais perto da família, vendo os filhos crescerem de perto, estando ao lado dos animais de estimação ou simplesmente podendo almoçar em casa, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional se tornou urgente para muitas pessoas. Um ano após o reconhecimento da Síndrome de Burnout como doença ocupacional, a preocupação com a saúde mental continua em destaque no mundo corporativo. 

"A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que para cada 1 dólar investido na saúde mental dos colaboradores, a empresa terá 4 dólares retornados em produtividade e capacidade de trabalho. Ou seja, não estamos falando apenas de ações para atrair funcionários ou cumprir protocolos, mas de ações que trarão benefícios, inclusive financeiros, para a empresa. A OMS ainda alerta que 15% dos trabalhadores vivem com um transtorno mental", diz Juliana Chiavassa, especialista em Saúde Mental e Desenvolvimento Humano. 

Se em 2022 os desafios de promover saúde mental se tornaram concretos para as organizações, em 2023 chegou o momento de colocar em prática e colher os resultados do que já foi feito para garantir o bem-estar dos colaboradores. A campanha Janeiro Branco pode ajudar a potencializar as reflexões pessoais e empresariais sobre a busca de uma vida mais equilibrada.


Em novembro, os pequenos negócios responderam por 9 a da 10 novos empregos

No acumulado do ano, as MPE foram responsáveis por aproximadamente 73% do total de vagas criadas 

 

As micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis em novembro por 93,5% dos empregos formais gerados no país. Segundo estudo realizado pelo Sebrae, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados, no conjunto da economia brasileira, 135 mil postos de trabalho no penúltimo mês de 2022. Desse universo, 126 mil vagas estavam entre os pequenos negócios, o que corresponde a 93,5% das novas vagas.

Apesar de todos os portes terem apresentado saldos positivos, o mês de novembro representou o segundo menor saldo de geração de empregos de todo o ano. Os 135 mil empregos criados na economia superaram apenas os 97 mil gerados no mês de março e representaram apenas 58% da média de geração de vagas de 2022, que era de 233 mil até outubro.

No acumulado de todo o ano passado, o Brasil se aproxima da marca dos 2,5 milhões de novos empregos. Nesse contexto, as MPE foram as grandes geradoras de postos de trabalho, respondendo por quase 1,8 milhão das novas contratações (cerca de 73% do total). A participação das médias e grandes na geração de empregos ficou em 21,5%, com quase 530 mil contratações. "Os pequenos negócios são os maiores geradores de emprego do país. São as micro e pequenas empresas que fazem a economia girar e o Brasil crescer. São elas que ajudarão na reconstrução da economia do país", destaca o presidente do Sebrae, Carlos Melles. 

Pela primeira vez no ano,  puxado pelas festas de final de ano, o setor de Comércio das Micro e Pequenas Empresas foi o grande gerador de empregos, com 84 mil postos criados. O setor de Serviços, principal responsável pela geração de emprego ao longo do ano, ficou em segundo lugar com 53 mil vagas de trabalho. Apesar desses bons resultados nesses dois setores, tanto as MPE quanto as MGE apresentaram mais desligamentos do que admissões em quatro setores de atividade: Indústria de Transformação, Agropecuária, Construção Civil e Indústria de Transformação.


Ano novo, trabalho "novo": dicas para se manter criativo no ambiente de trabalho

Freepik
Criatividade é a palavra-chave no trabalho, mas ser criativo se aprende ou não? Provando que sim, especialistas dão dicas de como aguçar sua criatividade


Todo início de ano é a mesma coisa: as pessoas fazem planos, estabelecem metas e criam novos sonhos. No ambiente de trabalho, não poderia ser diferente. E, para lidar com os 365 dias disponíveis, a criatividade é a palavra chave, e engana-se quem pensa que ser criativo não se aprende. Especialistas em inovação e psicologia afirmam que a criatividade pode ser adquirida assim como qualquer outra habilidade. Dentro do mundo corporativo, incentivar a equipe a desenvolver o aspecto criativo e curioso provoca soluções inovadoras para os problemas e desafios relacionados aos processos presentes no dia a dia. Mas como?
 

Em um estudo recente realizado pela International Business Machines Corporation, chamado “Capitalizing on Complexity”, os grandes CEOs mostram que liderar de forma criativa exige o abandono de crenças antigas e limitantes, trazendo para sua tática de gestão abordagens ainda mais originais ao invés de tradicionalismo. Entre integridade, influência, dedicação e outras soft skills importantes para definir um bom líder, a criatividade foi escolhida por 60% dos entrevistados. 

Mas, engana-se quem pensa que é fácil ser criativo em meio a tantas demandas de trabalho atuais. “É como se estivéssemos dentro de um ringue, e toda hora fôssemos golpeados pelas redes sociais, procrastinação, pela vontade de fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguir organizar a prioridade daquele momento”, revela Andressa Furtado, CEO e Founder da Agência Mentha, especializada em diversos eixos da comunicação, como marketing digital e de influência, tráfego pago, assessoria de imprensa, entre outros. 

O psicólogo Fernando Machado, do Hospital Anchieta de Brasília, explica sobre o processo cerebral que ocorre para o surgimento de novos conhecimentos: “nosso cérebro é capaz de conectar neurotransmissores que muitas vezes acontecem decorrentes de novos conhecimentos. Na maioria das vezes, precisamos nos observar, ouvir, tocar, para que as novas tecnologias sejam desenvolvidas”. 

Ainda conforme o psicólogo, estimular e provocar maneiras diferentes de se enxergar o mundo faz com que as pessoas possam ter novas formas de solucionar problemas. “Ser curioso, analítico e ter a capacidade de transformar as restrições em oportunidades são essenciais na rotina de um ser criativamente ativo”.

Confira a seguir outras dicas para se manter criativo no ambiente de trabalho!

 

5 dicas para se manter criativo, de acordo com a empreendedora Andressa Furtado:


1. Consuma
Ouça podcasts, leia livros e siga perfis que abordam temas interessantes, diferente de seu habitual.
 

2. Seja um observador

Treine o seu olhar diariamente para observar o mundo à sua volta. Entender como qualquer lugar que você esteja pode se tornar referência para a criação de algo.


3. Tenha referências

Fotografe, salve posts, converse com pessoas, anote tudo e coloque em uma pasta para ver sempre que estiver querendo criar algo.


4. Inovação

A inovação está muito ligada ao que é lançado. Coloque em prática algo diferente do que está sendo feito.


5. Descanse

Um dos pontos mais importantes desta lista. O ócio criativo, aquele momento em que você não tem a obrigação de entregar algo, é o que geralmente permite que sua mente crie ainda mais. Então dormir bem, assistir filmes, caminhar no parque, se exercitar, deitar numa rede… não fazer nada! É daí que a criatividade vem.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Dia de Reis: conheça a história e os os costumes da data

Além de encerrar as celebrações natalinas, o Dia de Reis carrega uma série de significados. Entenda mais no Conexão123!

 

Celebrado em 6 de janeiro, o Dia de Reis é conhecido como o momento em que as celebrações natalinas se encerram e a árvore de Natal é desmontada. A data possui uma série de significados e é comemorada de formas diversas ao redor do mundo 

No calendário cristão, o Dia de Reis marca o momento em que três reis magos, provenientes do Oriente, teriam visitado o recém-nascido Jesus Cristo. A data é também conhecida como Dia da Epifania ou Teofania, o que quer dizer a revelação, chegada ou confirmação de que o filho de Deus teria nascido. 

Na Bíblia, a referência sobre os três reis magos está no evangelho de São Mateus. O relato conta que, alguns dias após o nascimento de Jesus, magos guiados por uma estrela foram visitar e oferecer presentes para o recém-nascido filho de José e Maria. Esses presentes têm um papel importante na celebração. Segundo a narrativa cristã, Deus provê para os seus fiéis sempre que eles precisam, ou seja, as oferendas dos magos faziam parte dessa provisão divina.  

De acordo com a tradição, os presentes foram ouro, incenso e mirra, que era um óleo muito valioso usado para embalsamar mortos. O ouro e a mirra foram essenciais para a sobrevivência de José e Maria quando fugiram para o Egito, a fim de proteger seu filho Jesus.  

Ao longo dos séculos e em diferentes partes do mundo, as tradições de celebração do Dia de Reis e da noite de Natal foram se misturando. A troca de presentes costumava acontecer no Dia de Reis, quando os três reis magos realmente presentearam Jesus, e não na noite do Natal. As datas muito próximas acabaram por alterar esses hábitos.

Agora, vamos conhecer as tradições e peculiaridades envolvendo a data em diversos lugares do mundo, incluindo o Brasil! 

As tradições do Dia de Reis e da noite de Natal foram se misturando ao longo dos séculos

Dia de Reis: Brasil 

As celebrações do Dia de Reis no Brasil são conhecidas popularmente como Folia de Reis ou Reisado. Estão difundidas por diferentes regiões do país. Uma das práticas mais consolidadas são as visitações que grupos musicais chamados Terno de Reis costumam fazer às residências, marcadas por cantorias. 

Além disso, outra tradição interessante, com origem em Portugal, é comer romãs no Dia de Reis, para pedir aos reis magos tudo o que mais podemos desejar na vida: saúde, dinheiro, amor e paz. O Dia de Reis encerra o ciclo natalino, sendo o momento em que as decorações natalinas são desmontadas. 

 

Dia de Reis: Portugal 

Em Portugal, o destaque é o bolo-rei da celebração de Reis. O quitute tradicionalmente traz uma fava e quem pegar a fatia com ela deverá preparar o bolo no ano seguinte. Há uma variação da iguaria, o chamado bolo-rainha, com frutas cristalizadas. Sobretudo nas zonas mais rurais, existe o hábito de cantar as Janeiras, quando grupos de pessoas vão às ruas para cantar de porta em porta, recebendo como agradecimento comidas e bebidas. 

A Folia de Reis faz parte da tradição portuguesa e começa no dia 24 de dezembro e termina no dia 6 de janeiro. As datas marcam quando o estandarte do Natal se levanta e se abaixa. Em Portugal, um bolo de reis também é ofertado. É uma iguaria doce com frutas cristalizadas, muito apreciada pelas crianças. 

 

Dia de Reis: Itália  

Ainda hoje, na Itália, algumas pessoas preservam a tradição de fazer a troca de presentes na véspera do dia 6 de janeiro. Além das refeições de Natal e de Ano-Novo, comuns do Brasil, no país Europeu há ainda uma ceia da Epifania, realizada na data.  

Uma lenda italiana conta a história de uma bruxa bondosa, chamada Befana, que, segundo uma lenda popular, ajudou os Três Reis Magos que se perderam no caminho para Belém até o Menino Jesus. A data é aguardada com ansiedade pelas crianças. Segundo a tradição, é preciso deixar a janela aberta, com uma meia vazia, para a velhinha encher de doces e caramelos as meias das crianças que se comportaram bem no ano anterior, e aquelas que foram travessas e malvadas ganham um pedaço de carvão.

 

Dia de Reis: Espanha 

Em terras espanholas, os mais apegados às tradições fazem a troca de presentes no Dia de Reis, e não no Natal. A comida mais típica da comemoração do Dia de Reis na Espanha é o Roscón de Reyes, um bolo natalino de massa doce, feito com nozes, recheio de creme e frutas.  

Ao pôr do sol do dia 5 de janeiro também ocorrem desfiles com pessoas em roupas típicas tradicionais, montadas em cavalos, conhecidos como “Cavalgada do Dia de Reis”. O evento da cidade de Alcoy ocorre desde 1885 e trata-se do desfile dos Reis Magos mais antigo da Espanha.

Na Espanha, tem até desfile no Dia de Reis

Dia de Reis: Porto Rico 

Na madrugada de 5 para 6 de janeiro, as crianças recolhem um pouco de erva ou folhas no pátio das suas casas e colocam numa caixa ao lado da cama. Reza a lenda que os camelos alimentam-se disso e os Reis Magos deixam um presente como recompensa. 

 

Dia de Reis: Peru 

O Dia de Reis na cidade de Cusco e região tem algumas características peculiares, tornando-a bastante especial. Nesta data os fiéis vão às igrejas para participar de uma missa levando suas imagens do Menino Jesus para que sejam abençoados pelo padre. O costume é comprar novas roupinhas para o Menino Jesus nesta data. Na cidade de Ollantaytambo, por exemplo, as celebrações se iniciam no dia 5 e vão até o dia 8 de janeiro, com toda a comunidade em trajes típicos, muita música e danças tradicionais.

 

Conexão123


Agenda de Planetas Retrógrados em 2023 ajuda a planejar o Ano

Movimento retrógrado aparente recebe interpretação simbólica na astrologia. Sem motivo para pânico, acompanhar as retrogradações é válido para planejamento, ensina a astróloga Virginia Gaia 

 

Nos últimos anos, a popularização da astrologia fez com que a expressão “Mercúrio retrógrado” ganhasse maior espaço na vida das pessoas. Fenômeno conhecido desde a Antiguidade, a retrogradação dos planetas não deve ser temida, explica a astróloga e psicanalista Virginia Gaia. “No período em que um planeta está retrógrado no céu, há sempre a oportunidade para se repensar ou fazer ajustes nos temas simbolicamente atrelados a ele”, conta.    

Diz-se que um planeta está retrógrado quando ele parece caminhar na direção oposta à sequência dos signos do zodíaco, na perspectiva de observação a partir da Terra. Esse fenômeno acontece em virtude das diferentes distâncias entre as órbitas dos planetas no Sistema Solar e a velocidade de cada um em seu movimento ao redor do Sol. Trata-se, portanto, de uma ilusão de ótica, já que as órbitas planetárias não são alteradas.  

Todos os planetas ficam retrógrados em algum período. Dessa forma, conhecer antecipadamente a agenda das mudanças de direção aparente no céu é bastante útil, já que pede-se maior atenção aos temas regidos por determinado planeta, durante o seu período de retrogradação.  

Seguem, abaixo, os planetas retrógrados em 2023 e os signos onde acontecem as retrogradações. Ao identificar a casa astrológica onde acontece a retrogradação de determinado planeta, é possível saber qual área da vida será afetada. Para calcular gratuitamente o mapa astral, saber o signo ascendente, bem como as casas astrológicas e áreas da vida regidas pelos signos em destaque, é só ir a este link: www.virginiagaia.com.br/mapa-astral-gratuito 

Mercúrio retrógrado: planeta regente da comunicação e do cotidiano, Mercúrio retrógrado costuma gerar pequenos atrasos, dificuldades com aparelhos e transações eletrônicas.   

- De 29 de dezembro de 2022 a 18 de janeiro de 2023, em Capricórnio

- De 21 de abril a 15 de maio, em Touro.

- De 23 de agosto a 15 de setembro, em Virgem.

- De 13 de dezembro de 2023, em Capricórnio, a 2 de janeiro de 2024, em Sagitário.  

 

Vênus retrógrado: planeta regente dos relacionamentos e valores pessoais, Vênus retrógrado inspira revisões no campo da relações humanas e da diplomacia, além de gerar instabilidade nos temas relacionados às finanças.  

- De 22 de julho a 3 de setembro, em Leão

 

Marte retrógrado: planeta regente da ação e da iniciativa, Marte retrógrado pode trazer a sensação de demora ou a de que todos os começos podem estar menos assertivos do que o habitual. 

- De 30 de outubro de 2022 a 12 de janeiro de 2023, em Gêmeos. 


Júpiter retrógrado: planeta regente da expansão, da educação e das grandes viagens, Júpiter retrógrado pede revisão nas questões relacionadas às crenças pessoais e às relações internacionais, além de alterar o ritmo de crescimento em projetos de longo prazo.

- De 4 de setembro a 30 de dezembro, em Touro.  


Saturno retrógrado: planeta regente do planejamento e dos grandes ciclos de tempo, Saturno retrógrado demanda revisão dos planos e projetos de longo prazo.  

- De 17 de junho a 4 de novembro, em Peixes.    

   

Urano retrógrado: planeta regente da inovação e da tecnologia, Urano retrógrado gera reflexão sobre assuntos relacionados à ciência e às organizações sociais.   

- De 24 de agosto de 2022 a 22 de janeiro de 2023, em Touro.

- De 28 de agosto de 2023 a 27 de janeiro de 2024, em Touro

 

Netuno retrógrado: planeta regente do psiquismo e dos movimentos de massa, Netuno retrógrado estimula revisão dos assuntos ligados à coletividade, à religiosidade e à compaixão. 

- De 30 de junho a 6 de dezembro, em Peixes.   


Plutão retrógrado: planeta regente da sexualidade, do ocultismo e do inconsciente, Plutão retrógrado evoca a reflexão sobre temas tabu, assuntos obscuros e as relações de poder. 

- De 1° de maio, em Aquário, a 10 de outubro, em Capricórnio.   

 

 Virginia Gaia - Astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística, Virginia Gaia também ministra cursos e palestras para audiências variadas. Com presença constante como especialista em diversos meios de comunicação, é colaboradora fixa de conteúdo na Istoé. Estudiosa das ciências herméticas, do ocultismo, de religião e mitologia comparada há mais de 20 anos, Virginia é também sexóloga profissional e, em sua abordagem terapêutica, une conceitos das áreas de desenvolvimento da espiritualidade, da afetividade e da sexualidade para estimular o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos melhores.


O sentido holístico da gratidão


O Dia da Gratidão, 6 de janeiro, celebra uma das mais importantes virtudes do ser humano. Sua prevalência é fator espiritual, emocional, psicológico e de caráter que favorece o afloramento de outros valores e qualidades e uma interação pessoal e social mais harmoniosa. 

O indivíduo grato é mais justo, pois reconhece as ações do próximo e tudo o que recebeu, seja algo tangível, uma palavra de conforto ou força moral num momento difícil. Exercita, assim, a reciprocidade da gentileza, do apoio e do ombro amigo. Pelas mesmas razões, é menos egoísta, mais solidário, altruísta e tolerante. Ou seja, convive melhor com as diferenças, ao valorizar cada gesto e a mais singela atenção por parte dos que o cercam na família, no trabalho e no cotidiano, independentemente da crença, etnia, ideologia e gênero. 

Na área da Psicologia Social, é possível notar com clareza como essas posturas ou a ausência delas impactam de modo expressivo, positiva ou negativamente, as conexões de um indivíduo com os seus grupos de interação. O mais importante no caso é saber que as pessoas podem mudar seu comportamento no âmbito familiar, profissional e social, não apenas num esforço subjetivo, como também por meio de ajuda profissional. A ciência contribui para isso, por meio de apoio psicológico. A religião também ajuda muito, nutrindo os corações com a bênção da boa vontade. 

A gratidão é particularmente relevante para o florescimento do dom do perdão, decisivo para a boa convivência. Ao percebermos e valorizarmos o que recebemos de bom diariamente nas nossas interações, torna-se muito mais fácil relevar eventuais ofensas e atos que nos contrariam. Se analisarmos com um pouco mais de atenção nossas rotinas diárias, desde as soluções de questões familiares e profissionais, passando pelas discordâncias políticas, até eventuais situações de conflitos no trânsito, concluiremos, sem dúvidas, ser impossível viver em sociedade sem exercitar diariamente o perdão. 

Não era sem razão que Martinho Lutero, precursor da Reforma Protestante no Século XVI, afirmava que “a graça (grifo meu, para enfatizar o valor semântico do termo na frase como sinônimo de gratidão) é uma qualidade que dá ao homem a força de executar as exigências da lei”. Numa visão menos pragmática e mais espiritual, também deixou claro que a única recompensa plausível pelo perdão, de Deus e das pessoas, é a gratidão, imaterial, mas soberana como preceito cristão. Esta, aliás, é uma das fortes bases filosóficas e doutrinárias que inspiraram suas convicções e moveram sua vivência religiosa. 

Com fé espiritual e crença na capacidade humana de melhoria dos nossos processos interativos, por meio da introjeção holística da gratidão em nosso universo cognitivo, teremos mais empatia com as pessoas e os distintos grupos sociais nos quais convivemos. Ah, não nos esqueçamos de agradecer cada passo que dermos nesse movimento permanente de aprimoramento pessoal. E muito obrigado, caros leitores, pela atenção a este artigo! 

 

Robinson Grangeiro Monteiro - chanceler do Instituto Presbiteriano Mackenzie, mestre em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba, doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Ministério pelo Reformed Theological Seminary (USA).


Excesso de tecnologia pode afetar a saúde mental


Nossa sociedade está cada vez mais conectada pelos mais variados dispositivos tecnológicos. 

Só para termos uma ideia, o Brasil possui mais smartphones do que habitantes, como apontam dados recentes divulgados pela FGV: Há 242 milhões de celulares em um país que possui uma população de 214 milhões de habitantes. 

À medida que novas soluções tecnológicas surgem, nos tornamos mais dependentes desses aparelhos para certas necessidades, como trabalhar, estudar e nos conectar, através das mídias sociais, com o mundo externo, com notícias veiculadas com um dinamismo enorme.

Essas mídias foram criadas e pensadas para serem viciantes. Quanto mais tempo passamos consumindo tal conteúdo, maiores serão as chances de desenvolvermos problemas na saúde mental, como estresse, ansiedade e até depressão. 

Ficamos mais imediatistas e nos obrigamos a estar sempre bem informados sobre os assuntos da atualidade.

Tal fenômeno acaba sendo maléfico, pois desperta no cérebro a fobia chamada  “Fomo” ( do inglês “Fear of Missing Out”). A Fomo consiste em uma neurose que nos faz sentir ameaçados de perder algum assunto importante que esteja acontecendo naquele momento em que estamos sem acesso ao celular.

Fazendo parte deste mesmo cenário, existe a Nomofobia, que ocorre quando existe o medo da pessoa ficar sem o aparelho celular por alguns instantes, desencadeando sintomas característicos da ansiedade e depressão, como taquicardia e irritabilidade. 

Apesar de a tecnologia beneficiar e, por vezes, simplificar o cotidiano de milhares de pessoas ao redor do mundo, é fundamental controlar o uso impulsivo da tecnologia para não acarretar, além de problemas na saúde mental, inconvenientes que prejudiquem a vida social e profissional. 

O ambiente virtual pode potencializar os problemas já existentes na vida real, deixando todos expostos a práticas como cyberbullying, rejeição e até sentimentos de solidão e frustração, pois as redes sociais “pintam” um mundo idealizado e não alicerçado na realidade. 

É importante termos atenção quanto ao conteúdo visto e tempo empregado na internet. Durante a pandemia, por exemplo, houve um aumento no número de acessos e períodos prolongados dentro das redes, e sem qualquer tipo de equilíbrio. 

As mídias sociais não se tornarão menos prejudiciais, pelo contrário. Elas possuem algoritmos que identificam quais tipos de imagens ou assuntos que levarão a pessoa a ficar mais tempo na rede social, em um ciclo que se torna preocupante. 

É preciso controlar o acesso consciente dessa importante ferramenta tecnológica, a fim de evitar não apenas o surgimento de algum transtorno mental, mas também a piora dos casos associados à ansiedade.

Em qualquer uma das hipóteses é necessário apoio psicológico e psiquiátrico, com o objetivo de tratar essa dependência, controlar a rotina e vencer a ansiedade. 

 

Saulo Barbosa - médico psiquiatra formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro com residência médica em psiquiatria pelo IPUB-RJ. Atende pacientes presencialmente em Minas Gerais, e on-line em todo Brasil e exterior.


Psicóloga Márcia Tosin avalia que férias escolares necessita de atenção dos pais sobre estímulos aos filhos

 Para especialista é importante que as crianças tenham contato com sua cultura e façam atividades socializadoras para a aprenderem naturalmente sobre a questão da moderação 

 

As férias escolares começam após o período das festividades de final de ano, um momento oportuno para que pais e filhos consigam passar mais tempo juntos e desfrutar da companhia uns dos outros. Atualmente, a imposição dos pais, que obrigam os filhos a estar em determinado sítio ou a realizar certa atividade, contra a sua vontade, pode ser geradora de conflitos, ansiedade e estresse. 

Para a psicóloga Márcia Tosin, as férias chegam como um período onde os pais podem ensinar aos filhos sobre o que fazer e quando é necessário controlar o seu próprio tempo. Segundo ela, os adultos não devem olhar como um prejuízo ou algo a se livrar rápido, mas uma importante construção de iniciativas que trazem como produto a noção de equilíbrio do próprio tempo. 

“As crianças ficam bastante tempo no computador, em tablets, videogames e celulares, muitas vezes, porque os adultos estão  ocupados ou cansados. A maioria dos pais sabem que essa não é uma condição ideal, mas há pouco o que fazer nesse sentido. Reunir a família e traçar metas conjuntas de apoio entre todos pode ser uma boa saída. As trocas podem ser boas, mas não no sentido de gratificação por determinado comportamento desejado, mas sim pelo entendimento da cooperação e equilíbrio em quem todos podem ser beneficiados”, ponderou a psicóloga.

Os pais precisam compreender, que em alguns casos a criança não possui desenvolvimento cerebral para um mundo cheio de estímulos e que para elas é complicado compreender o que podem ou não podem fazer. A maior dificuldade dos pais é, justamente, a falta de entendimento sobre essa etapa dos filhos e o que isso interfere no comportamento. 

“Sabemos que as crianças até 4 anos de idade não conseguem controlar seu próprio comportamento, mesmo que entendam que determinada ação seja proibida. Controlar algo que gere muito desejo custa muito para um cérebro em desenvolvimento que leva até os 25 anos para amadurecer. Essa idade é considerada, atualmente, como o fim da adolescência”, explicou a especialista. “O melhor é investir em regulação emocional, estratégias de organização de tempo e rotinas e evitar estímulos que ativam de modo exagerado a criança”, completou.

 Em diversas situações é notada a preocupação dos pais que temem a ideia em dizer "não" ou mesmo deixar a criança fazer tudo o que quer. “A preocupação deve estar baseada em manter a criança em segurança, com boa alimentação, bons estímulos, boa organização e rotina equilibrada. Com o desenvolvimento do cérebro e a exposição da criança à sua cultura e atividades socializadoras, os menores aprenderam naturalmente a questão da moderação”, finalizou Márcia Tosin. 


A transformação digital está nos deixando mais solitários?

@Kukota
A tecnologia está conectando ou isolando as pessoas? O psicólogo da Holiste Psiquiatria, Cláudio Melo, avalia o fenômeno da solidão entre os brasileiros

 

Mais da metade dos brasileiros afirmam que se sentem solitários. A informação faz parte de um levantamento realizado pela Ipsos com pessoas de 28 países sobre o impacto da Covid. Dentre todas as nações, o Brasil registrou o maior índice de solidão. Outra pesquisa sobre o fenômeno, com foco em adolescentes, sugere que uma das possíveis causas pode ser o uso excessivo de smartphones. Será que o estilo de vida conectado isola as pessoas? Para o psicólogo Claudio Melo, especialista da Holiste Psiquiatria, não se deve vilanizar a tecnologia.

"A transformação digital pode ter um impacto na solidão de algumas pessoas, ao afastá-la de outras atividades sociais e face a face. No entanto, também pode ser uma maneira eficaz de combatê-la, por exemplo, nos conectando a amigos e familiares à distância. O que precisamos nos atentar é que o sentimento pode ser uma experiência normal e saudável em determinadas situações, mas a solidão excessiva ou prolongada pode ser um sinal de problemas de saúde mental ou emocional", alerta.

Nos casos mais graves, quando a pessoa não tem controle ou possui severas dificuldades em conviver com os outros, em função de seu comportamento ou personalidade, a solidão pode ser sinal de problemas relacionados à saúde mental. O psicólogo aponta que, em alguns casos, mesmo na companhia de outras pessoas, vivenciamos solidão, pois não sentimos conexão ou apoio de quem nos cerca, mas esta percepção também pode indicar sinais de adoecimento emocional.

"Em resumo, é importante equilibrar o uso da tecnologia com atividades sociais e de interação presencial. A solidão é uma experiência humana não necessariamente patológica que pode surgir em qualquer momento da vida. Algumas pessoas podem sentir-se solitárias em momentos de transição, como mudar de cidade ou após um divórcio. Isso faz parte do processo de adaptação, o que chamamos de trabalho de luto. Contudo, se a solidão estiver afetando negativamente a sua saúde mental, é hora de procurar ajuda profissional", destaca Claudio Melo.


Grupos mais vulneráveis

Apesar de poder afetar a todas as pessoas em algum momento, o especialista da Holiste Psiquiatria afirma que a solidão pode ser um problema mais recorrente em determinadas fases da vida: adolescência e velhice. "Na adolescência, por exemplo, em que o jovem está passando por um processo de transição para a vida adulta, estas mudanças podem ser fonte de solidão. Outro caso muito comum é na terceira idade, seja por conta do afastamento dos entes queridos e até mesmo pela morte de amigos ou companheiros de vida, ou até mesmo pela própria estrutura social que isola e desampara as pessoas nessa idade".

Assim, são muitos os aspectos que podem ser gatilhos para a solidão. O mais importante é perceber que se há sofrimento emocional e psíquico, a ajuda profissional pode ser o primeiro passo para uma vida menos solitária. Quando o assunto é saúde mental, a informação é o primeiro passo do tratamento. Para saber mais sobre o tema, acesse: https://holiste.com.br/


Holiste
www.holiste.com.br

O que as lições de Mises podem nos ensinar sobre os problemas atuais


As seis lições, livro que reúne palestras ministradas por Mises na Argentina em 1959, traz ensinamentos que governos e pessoas ao redor do mundo deveriam estudar. Ao longo de seis capítulos, Mises aborda temas como capitalismo, socialismo, intervencionismo, investimento estrangeiro, inflação, política e ideias. Obviamente, é impossível dissociar cada um desses temas, dado que as ações políticas e econômicas geram diversas consequências em cadeia. Após dois anos de pandemia e com uma guerra em curso, podemos dizer com certeza que o papel do governo está sendo repensado em todas as nações. Portanto, o momento é oportuno para refletirmos sobre as lições de Mises.

O principal ponto de discussão hoje talvez seja a inflação. Países desenvolvidos como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha etc. não enfrentavam esse problema há tempos. Até o início de 2020, estávamos vivendo a era dos juros baixos, o que só era possível porque a inflação estava sob controle/dentro da meta. Naquele ano, porém, teve início em todo o mundo a pandemia do COVID19 que levou países inteiros a realizarem lockdowns, ou seja, o fechamento total das economias e o isolamento das pessoas dentro de suas casas. O primeiro impacto que podemos citar dessas medidas é a crise das cadeias de suprimentos, dado que várias fábricas pararam de produzir e o transporte dentro – e entre – países foi afetado. Isso levou a uma redução de oferta. O segundo é consequência da reação dos governos que, ao verem o povo trancado em casa sem poder trabalhar, se viram obrigados a criar programas de auxílio social. Nesse caso, tivemos expansões monetária e fiscal como nunca antes vistas. Isso levou, então, a um aumento de demanda. Citando os Estados Unidos como exemplo, nos últimos dois anos, a base monetária americana subiu mais de seis trilhões de dólares1. Enquanto isso, a inflação anual dos Estados Unidos está em 7,7% em outubro2. Esta alta da inflação não deveria surpreender ninguém, diante das ações tomadas durante a pandemia. Mises já dizia em seu livro que a impressão de papel-moeda leva à queda progressiva do poder de compra da unidade monetária e à correspondente elevação dos preços.  

Ainda em relação ao mundo pós-pandemia, podemos observar que o nível de intervenção dos governos na economia aumentou. Primeiro, por conta das restrições de mobilidade, que geraram, entre outras coisas, a inflação. Por sua vez, a inflação tem levado a decisões equivocadas como a tentativa de controle de preços. Em setembro desse ano, a então primeira ministra do Reino Unido, Liz Truss, anunciou uma série de medidas para conter a crise energética, que incluía o limite de preços de gás natural e energia para as famílias, pelo período de dois anos3. É possível que Liz não tenha lido as obras de Mises, pois, se tivesse, saberia que esse tipo de medida já foi adotado diversas vezes ao longo da história com a intenção de controlar a inflação e o resultado sempre foi o mesmo: fracasso. Mises explica de forma muito didática o porquê disso. Dando o exemplo do leite, demonstra como o tabelamento de preço leva a um aumento da demanda por parte de pessoas que não poderiam comprar caso o preço continuasse subindo, ao mesmo tempo que leva a uma queda da oferta, já que produtores começam a ter prejuízos por não poderem reajustar seus preços. A consequência de tudo isso é o desabastecimento. Além disso, Mises demonstra também que o controle de preço de um item específico tende a ser adotado para diversos itens até que o governo esteja interferindo em toda economia. 

Como mencionado no início do texto, todas as seis lições são interligadas. Já vimos que a inflação tem levado ao intervencionismo, por exemplo. Outra lição apresentada no livro diz respeito ao investimento estrangeiro. Mises explica que um empecilho ao desenvolvimento de economias é a escassez de capital. Logo, algumas economias são mais desenvolvidas que outras por ter um maior capital per capita investido. Ele também narra a história de diversos investimentos britânicos em outros países da Europa e nos Estados Unidos e mostra como o investimento estrangeiro foi importante para esses países evoluírem. Ao longo dos últimos anos, avançamos muito em direção à globalização, ou seja, as cadeias de suprimentos ao redor do mundo foram se tornando mais e mais integradas e, com isso, a dependência entre os países cresceu. Nesse contexto, os investimentos estrangeiros aumentaram, com muitas empresas construindo fábricas em países da Ásia, por exemplo. No capítulo referente a esse tema, Mises menciona os receios relacionados à expropriação do capital estrangeiro. Hoje, não só por conta dos efeitos da pandemia, mas também por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, estamos vendo os países se fechando novamente e indo na direção contrária ao investimento estrangeiro. É um momento novo da nossa história, com a segurança global em xeque. É impossível saber exatamente como será essa nova dinâmica e em que grau os investimentos estrangeiros serão afetados, mas é muito provável que as nações foquem em investir uma parcela maior parte do seu capital em território nacional.

A partir dos temas explorados até aqui, já podemos perceber que o mundo hoje está sofrendo diversas mudanças, em boa parte acarretadas pela pandemia. Diante de tantas alterações no cenário macroeconômico, as populações se voltam aos seus governos em busca de soluções. Os políticos, por sua vez, na ânsia de acalmar os ânimos do povo, acabam cedendo e implementando medidas populistas como o controle de preços que mencionamos. Este é um momento perigoso, pois as ideias socialistas que defendem o Estado grande e controlador ganham força enquanto o capitalismo é apontado muitas vezes como vilão. Apesar da experiência soviética do socialismo ter falhado e do capitalismo ter elevado os padrões de vida e permitido um aumento exponencial da população, segue no imaginário de muitos que o Estado deveria ser o responsável por intervir na economia e promover o bem-estar. Como Mises nos ensina em seu último capítulo, ideias podem ser derrotadas por outras ideias. Cabe a nós, portanto, disseminar as ideias liberais, mostrando a partir de fatos históricos por que o liberalismo é o melhor caminho a ser seguido. 

 

 Larissa Utiyama - formada em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos. Analista de ações em fundo de investimentos.

 

Sedentarismo nas férias: confira dicas para movimentar a criançada neste período

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O sedentarismo infantil é uma realidade que vem crescendo nas últimas décadas e no período de recesso escolar é ainda mais evidente 

 

No período do recesso escolar, a preocupação com o sedentarismo infantil é ainda maior, já que as crianças não têm as atividades obrigatórias. Isso pode significar mais horas em casa, em frente às telas e longe de brincadeiras que movimentam o corpo. Ao contrário de gerações passadas, as crianças da atual geração Z não estão tão acostumadas com atividades na rua, que envolvem o movimento do corpo. Se antigamente os pais brigavam para que os meninos e as meninas voltassem da rua, agora eles quase imploram para que os pequenos brinquem mais ativamente e desliguem as telas. 

Para colaborar na redução desta realidade, o professor de educação física do Colégio Objetivo DF, Rodrigo Bueno,indica a prática de atividades prazerosas que possam ser feitas em grupo, como andar de bicicleta, de patins, andar ou correr em um parque ou fazer trilhas. "A  primeira coisa é saber o que pode ser mais prazeroso, uma vez que uma pessoa sedentária, ainda mais de férias, estaria em sua zona de conforto", comenta Rodrigo. Já em casa, o profissional recomenda que seja montado um canto atrativo para praticar atividades como polichinelos, corrida estacionária, agachamentos ou pular corda.  

Contudo, vale lembrar que uma rotina de exercícios durante todo o ano é fundamental e, inclusive, auxilia no processo de aprendizagem, haja vista que contribui para a oxigenação do cérebro, para a respiração, para o controle da ansiedade, para a concentração e para a  velocidade de raciocínio. Durante o ano letivo, o professor de educação física sugere atividades que façam sentido para a criança ou jovem. "Não é impor, é mostrar a ela a importância da atividade física e apresentar opções que possam gerar a sensação de prazer. Práticas de esportes coletivos são interessantes para incentivar e iniciar na atividade física, pois desenvolvem a interação", pontua o profissional. 

 

Consequências do sedentarismo 

Com o aparecimento de tecnologias cada vez mais acessíveis para a criançada, muitas vezes eles têm preferência por passar o tempo livre em frente às telas, brincando com videogames e navegando pelas redes sociais ao invés de praticarem brincadeiras mais dinâmicas que exijam do corpo. Isto tem se tornado um agravante para o sedentarismo infantil, que após os tempos de isolamento social sofreu grandes aumentos. 

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constatou que, antes da pandemia, 67,8% das crianças praticavam atividade física pelo menos duas vezes na semana. Contudo, durante o primeiro mês de isolamento, o número caiu para 9,77%. O cenário preocupa os especialistas. Afinal, o sedentarismo infantil pode trazer profundas consequências para a saúde das crianças. Além da obesidade, a falta de atividade física é capaz de afetar a qualidade do sono, o desempenho nos estudos, causar cansaço excessivo e a falta de força muscular.

"Qualquer atividade, sejam exercícios físicos, brincadeiras e recreação, é essencial para o desenvolvimento físico, motor, intelectual e social da criança interferindo no seu desenvolvimento integral, além de ajudar a prevenir a obesidade infantil", afirma o médico endocrinologista do Hospital São Francisco, José Couto. 

O médico acrescenta ainda que a companhia dos pais é fundamental neste processo e destaca a função social e motivacional das atividades. "O ambiente também influencia no comportamento das crianças. Por isso, é fundamental que os pais sejam exemplos e motivem com brincadeiras e recreações, além de mostrarem a importância da atividade física para a saúde dos filhos. O isolamento social contribuiu para o sedentarismo e dificultou o convívio entre as crianças, principalmente em relação às aulas. Dessa forma, afetou a relação entre as habilidades esportivas e a motivação e inclusão social que o esporte proporciona".


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