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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Tributação de lucros e dividendos desestimularia investimentos e seria prejudicial para a retomada econômica

Em ofício às lideranças do Senado e do Ministério da Economia, FecomercioSP expõe os prejuízos da proposta ao empresariado

 
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) vê com preocupação a notícia, divulgada nas últimas semanas, de que o governo federal e o Congresso Nacional estariam alinhando uma nova proposta sobre a tributação de lucros e dividendos, com alíquota de 10%. A medida prejudicaria a retomada econômica do País, ao desestimular os investimentos nos negócios, uma vez que elevaria os custos ao empresariado. Para exemplificar, a empresa tributada pelo regime de lucro real teria um aumento na carga tributária de 34% para 37%.
 
O cálculo considera os porcentuais, preliminarmente divulgados, de alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) no montante de 30%, e a inclusão da cobrança de 10% sobre lucros e dividendos. Ciente do enorme retrocesso que o retorno da cobrança traria ao ambiente de negócios, os conselhos Superior de Direito (CSD) e de Assuntos Tributários (CAT), ambos da Federação, enviaram ofícios ao Senado Federal e ao Ministério da Economia, com simulações de impactos da tributação sobre o lucro.

 


Para as empresas prestadoras de serviços tributadas pelo regime de lucro presumido, haveria aumento de 17,53%, para 24,63% da carga tributária, conforme demonstra as simulações descritas a seguir.

 


Vale lembrar que, nas empresas de menor porte, é comum a distribuição de grande parte dos lucros aos seus sócios e, por este motivo o restabelecimento da tributação afetará, principalmente, as empresas de médio e pequeno portes. 

A redação atual do PL 2.337/2021 estabelece que negócios com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões estariam isentos do IR sobre a distribuição de dividendos. Ainda não há informações sobre este ponto na nova proposta, mas a tendência é de que sejam contempladas todas as companhias.
 
Além da majoração do imposto já exposta acima, outro aspecto negativo é a possibilidade de tributar a distribuição dos lucros e dividendos auferidos antes da eventual alteração legislativa. Nesta situação, as empresas que distribuírem lucros sobre resultados auferidos nos anos anteriores à implementação da medida estariam expostas a uma carga tributária maior. Isso, porque a tributação sobre a pessoa jurídica ocorrerá na alíquota de 34%, enquanto para aquela que distribuir o lucro auferido a partir da mudança, a incidência será de 30%.
 
Neste sentido, a Entidade destaca às lideranças do Senado e do Ministério da Economia que permitir que esta diferenciação ocorra fere a isonomia tributária e constitui, ainda, flagrante ofensa à segurança jurídica.
 
Desde 1996, a distribuição de lucros e dividendos é isenta do IR, em razão da dificuldade do controle do Fisco e para inibir a evasão fiscal, uma vez que se optou pela cobrança centralizada na empresa. A justificativa foi apresentada, à época, na propositura do próprio Executivo para aprovar a medida. O restabelecimento da tributação agora ocasionaria a “distribuição disfarçada” de lucros, com complexidade de apuração e dificuldade de fiscalização, o que elevaria a ocorrência de litígios.
 
Além disso, por necessitar de práticas mais rigorosas de compliance, na prática, a medida exigirá que a empresa tributada pelo lucro presumido mantenha escrituração contábil (atualmente, facultativa).

Diante do exposto, a FecomercioSP avalia, que em vez de incentivar o empreendedorismo e o desenvolvimento empresarial, a discussão resultará em aumento da carga tributária para a maioria dos contribuintes e em complexidade e litigiosidade, desestimulando o crescimento dos negócios.
 

FecomercioSP


Poupatempo mantém atendimento exclusivo de forma remota durante o feriado de Corpus Christi

Unidades reabrem na sexta-feira, 17 de junho, com atendimentos previamente agendados pelos canais eletrônicos 

 

Os postos do Poupatempo estarão fechados no dia 16 de junho devido ao feriado nacional de Corpus Christi. Na sexta-feira (17), as unidades do Estado voltam a funcionar normalmente para o atendimento presencial, mediante agendamento prévio obrigatório. A exceção é para a cidade de Piracicaba que, devido ao feriado municipal, seguirá fechada. Importante: durante o feriado, o Poupatempo continuará oferecendo serviços por meio dos canais online. 

No portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital e totens de autoatendimento - o cidadão conta com 206 serviços online, como renovação de CNH, licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho Digital, Seguro-desemprego, Atestado de Antecedentes Criminais e acesso à carteira digital de vacinação contra a Covid-19, por exemplo. 

Para informações, consulta de endereço e horário de funcionamento das unidades, basta acessar o site do Poupatempo, que está de cara nova, reformulado, para atender às necessidades da população.


High-tech precisa ser low touch?

Metaverso, lives, avatares, calls, home - ou até anywhere - office. Tudo leva a crer que o futuro é touchless. Mas será mesmo? Especialmente para as empresas de tecnologia, a necessidade de trabalhar presencialmente já é ponto considerado por alguns profissionais para analisar a participação ou não no processo de seleção para uma vaga de emprego. Com a possibilidade de trabalhar da sala de casa no Brasil para uma empresa que fica do outro lado do mundo, até mesmo o modelo híbrido acaba sendo descartado por muitos talentos da área. 

Uma pesquisa da Microsoft sobre tendências no trabalho, com dados de 31 mil pessoas em 31 países, mostrou que, no mundo todo, 51% dos trabalhadores híbridos têm vontade de mudar para o regime totalmente remoto. Mas, para provar que ainda não há consenso nesse assunto, 57% dos profissionais remotos também consideram mudar para o híbrido.

Não há como negar que nossas relações, e isso inclui - e muito - o ambiente de trabalho, nunca mais serão as mesmas. O futuro está aí e ele é tecnológico e inteligente. Não há mais espaço para o formato “chegar, sentar, trabalhar e sair”. Sempre no mesmo lugar, sempre no mesmo horário, sem analisar se isso faz sentido para as tarefas que você executa e para as ferramentas que você dispõe. Mas existe um lado do trabalho remoto que pouca gente admite publicamente: ele não é produtivo da mesma forma para todos e nem a melhor opção em todos os momentos da sua trajetória e projetos profissionais.

Há inclusive estudos que mostram que mesmo o crescimento da produtividade não é ponto pacífico nesse assunto. Uma pesquisa do Instituto Becker Friedman, da Universidade de Chicago, mostrou que, enquanto houve um aumento de 30% nas horas de trabalho durante a pandemia, a produtividade caiu 20%. E não se trata apenas do quanto se produz. Mas também de como se produz. 

Empresas são feitas de pessoas. E pessoas não vivem completamente sem contato. A ida ao escritório beneficia atividades sociais como reuniões de times, solução de problemas e conversas entre os colegas. Também fortalece a cultura da empresa e permite identificar de maneira mais imediata gargalos de processos. A verdade é que o contato pessoal é imprescindível para a recuperação do ritmo e do entrosamento nos ambientes profissionais. Aos poucos, vamos lembrando como muitas soluções criativas e sugestões práticas surgem de conversas espontâneas lado a lado. 

E isso não nos torna menos high-tech. O ambiente coletivo é parte da formação de um time, não sozinho. Mas dentro de uma estratégia maior, que pensa nas particularidades de cada membro da equipe e suas necessidades, principalmente dentro de um contexto de pós-pandemia. A mesma pesquisa da Microsoft mostrou que 71% dos profissionais entrevistados declararam que a preocupação com o bem-estar é maior agora do que antes da pandemia. E não há melhor forma de praticar a empatia do que, de fato, conviver com o outro.

Não é ter que escolher entre o agasalho confortável ou o terno apertado. É perceber que há um caminho do meio. Em que podemos tirar proveito de tudo que a tecnologia nos proporciona, mas lembrar que o low touch também não nos cabe em todos os momentos.

 

Márcio Viana - CEO da TOTVS Curitiba


Nematoide que acomete a parte aérea da planta, ainda com poucos resultados de estudos, também é o vilão causador da Síndrome da haste verde e retenção foliar na soja, e apresenta maior perigo com incidência elevada de chuvas


Não é só o produtor de soja que deve se preocupar com o ataque de Aphelenchoides besseyi, nematoide que se alimenta de fungos presentes no solo e restos culturais e que parasita a parte aérea da planta. Na soja, causa a Síndrome da haste verde e retenção foliar (“Soja Louca II”), que leva a mais de 60% de abortamento das inflorescências. Mas ele não fica restrito à oleaginosa, os pesquisadores - a nematologista Rosangela Silva, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, e Santino Aleandro, da Agronema, consultoria nematológica, têm visto a campo grandes estragos do fitonematoide em lavouras de algodão, com perda em alguns casos de 80% a 100% dos frutos, ou seja, das plumas.

Um fator muito importante para quantificar o nível de infestação e multiplicação desse nematoide é o regime de chuvas. Se desde o início do plantio da cultura houve muita precipitação e com constância até o florescimento, segundo Santino, observam-se situações em que as perdas vão de 80 até 100% da produção de frutos. “O produtor não vai colher nada nessa área que foi atacada. É uma preocupação que se deve ter com a soja, mas também com o algodão”, destaca. Um dos agravantes apontados por ele são as regiões sob pivô, pois ainda que a chuva cesse é possível criar condições favoráveis “por conta da umidade oferecida pela irrigação”.


Situação em Mato Grosso

Referência em produção de algodão, Mato Grosso plantou na safra 2021/22, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), uma área de cerca de 1,18 milhão de hectares. No Estado, o início da semeadura acontece de dezembro a fevereiro e a colheita a partir de junho, momento que possivelmente as lavouras implantadas mais cedo já estão sendo colhidas. “É a partir daí que o produtor vai verificar as perdas, visualizando até a presença de plantas que continuam vegetando quando deveriam começar a senescência. Ainda que ele possa utilizar o dessecante químico, essas plantas podem continuar vegetando”, pontua o pesquisador da Agronema.

Esse ano, os meses de janeiro, fevereiro e março foram chuvosos, mas dentro da média prevista, com o acumulado mensal na casa de 200 milímetros. No entanto, em abril, a quantidade de chuva caiu significativamente, ficando abaixo de 80 milímetros. “Essa redução influencia na presença dos sintomas de Aphelenchoides porque deixa de oferecer condição ideal para o desenvolvimento do patógeno”, conta Santino. Ainda assim, não se pode descuidar, já que ano após ano, de acordo com as condições climáticas, há maior ou menor incidência do problema.


Identificação recente

A Síndrome da haste verde da soja é relativamente nova. Seu agente causal foi identificado há quase uma década e, somente em 2017, a presença da doença foi observada no algodão, especificamente no município de Sapezal-MT. “Já sabemos que em áreas onde há o patógeno sem o manejo de plantas daninhas, o problema tende a ser mais agravado porque boa parte delas, principalmente as leguminosas e dicotiledôneas, multiplicam mais esse nematoide, permitindo que esteja não só presente no campo, mas em maior quantidade”, explica Rosangela.

Santino diz que o plantio direto traz uma série de melhorias para o solo e produção, mas, por outro lado, também oferece condições de manutenção desse fitonematoide, por causa da umidade e da palhada, que permitem a multiplicação de fungos. Estes, por sua vez, alimentam Aphelenchoides besseyi na entressafra. A introdução desse nematoide nas áreas em que ainda não há a sua presença também pode acontecer por meio do plantio de sementes forrageiras, especialmente a braquiária, “que não foi devidamente processada, que tenha restos de torrões e sem tratamento nematicida”.

A recomendação de ambos os pesquisadores é evitar, sempre que possível, a sequência de plantio de algodão em áreas que estavam com soja com histórico da Síndrome da haste verde. Também orientam para que, em plantações com grande infestação, adote-se o revolvimento do solo. A prática, mesmo ainda sem dados técnicos científicos de comprovação, é observada com bons resultados aliados à utilização de nematicidas em tratamento de sementes e/ou aplicação de algum produto foliar.

“Estamos em um momento inicial das pesquisas. Há vários testes com produtos químicos e biológicos sendo conduzidos. Ainda não temos uma posição técnica que ofereça um manejo com a certeza de um nível de controle satisfatório. A Fundação MT está com experimentos em andamento e esperamos em breve ter resultados. Por isso, fica o alerta para a máxima atenção às lavouras, seja de soja ou algodão”, completa a pesquisadora Rosangela.

 

Fundação MT

 www.fundacaomt.com.br


Trabalho híbrido: como fazer para que os colaboradores não se sintam vigiados

 Especialista comenta o que fazer para não transformar esse novo modelo em um Big Brother


Para administrar o formato híbrido de trabalho, amplamente disseminado durante a pandemia, as empresas intensificaram as formas de monitoramento e reforçaram a fiscalização da rotina e da produtividade dos funcionários.

Mas essa questão tem feito alguns colaboradores se sentirem pressionados. “Após experimentar a autonomia do trabalho remoto, os profissionais não se sentem mais confortáveis com os excessos de cobranças para provar que estão trabalhando”, afirma Gabriela Mative, diretora de RH da Luandre.

A especialista ressalta que ter uma forma de entender a produtividade do time é importante, mas que isso pode ser feito com outras ferramentas que priorizem indicadores e entregas - “é fundamental que a empresa não retroceda no quesito autonomia para o colaborador e entenda o que o motiva e o que pode melhorar seu desempenho, assim como o que o incomoda na dinâmica de trabalho”, diz Gabriela.

Para que o profissional não se sinta vigiado e compartilhe sua rotina de forma natural, a especialista dá dicas cruciais para atingir esse equilíbrio nas cobranças:


Uso da tecnologia como aliada

A tecnologia é uma grande aliada, tanto no formato presencial quanto no híbrido. Por meio de aplicativos é possível centralizar informações e realizar uma melhor gestão de pessoas, sem que sejam necessários outros dispositivos de controle, como plugins que controlem a quantidade de horas trabalhadas ou até câmeras que verifiquem se o profissional está à frente do computador, durante o home office.  

“Os gestores podem se inteirar sobre sistemas e aplicativos que ajudem a tornar o fluxo organizacional mais produtivo, como a entrega de demandas”, explica Gabriela.

Aplicativos também permitem marcar visitas, atribuir atividades aos responsáveis e compartilhar informações entre gestor e equipe.


Confusão sobre o termo “comprometimento”

Muitas empresas comprovaram que o trabalho remoto não afetava os resultados, durante a pandemia, período em puderam notar até avanço na produtividade. Contudo, muitos gestores acreditam que passada a impossibilidade do contato presencial, o melhor é voltar à rotina de ida ao escritório e restringir bastante o home office.

“A questão aqui é que muitos profissionais se adaptaram muito bem ao trabalho remoto e continuaram a entregar resultados excelentes, por isso, controlar a assiduidade do presencial como medida para seu desempenho deixou de fazer sentido para muitos deles”, afirma a especialista da Luandre.   

Nesses casos, nem sempre é possível se chegar a um acordo, mas é possível tentar argumentar com a liderança que o comprometimento é o mesmo no esquema de trabalho remoto e que a opção por ele facilita outras questões de logística no dia a dia. 


Acordo entre lideranças e equipes

A boa comunicação entre as equipes e seus gestores é fundamental para

o controle das atividades, para além das ferramentas escolhidas. O colaborador precisa ter conhecimento prévio dos horários em que será contatado pela empresa e por quais meios esses contatos podem acontecer -- se por videoconferência ou áudio -- e o gestor deve cumprir com esses combinados, sem desrespeitar o início e o fim do expediente.

“Não é porque o profissional tem acesso remoto aos sistemas que ele tem de estar disponível a qualquer momento para prestar serviços. Há casos de emergência, é claro, mas em geral os intervalos para almoço e fins de semana devem ser respeitados”, acredita Gabriela.

 

Luandre Soluções em Recursos Humanos


Todos os portes de empresas apresentaram melhora, mas os micro e pequenos negócios ainda lideraram o número de requisições

 

O Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian registrou queda de 37,0% na comparação ano a ano. Foram 58 pedidos de recuperação judicial feitos em maio de 2022 frente aos 92 realizados no mesmo mês de 2021. De acordo com o Índice, as micro e pequenas empresas demandaram mais pelo recurso, com 36 pedidos. Porém, mesmo representando a maior quantidade, a análise anual mostra que houve uma diminuição de 40% nas solicitações de recuperações judiciais por parte das micro e pequenas empresas em maio/22. Confira os dados completos na tabela abaixo:


Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o quadro atual de dificuldades financeiras que vêm sendo enfrentado pelas empresas do país fez com o que os donos de negócios procurassem outros meios de agir. “Lidando com a alta da inflação e da taxa de juros os empreendedores estão buscando renegociar suas dívidas junto aos credores ao invés de se valerem do instrumento de recuperação judicial, que é sempre mais caro e demorado”. 

A análise por segmento revelou a retração da recuperação judicial em todas as áreas. No entanto, mesmo caindo de 62 para 28 requisições, as empresas do setor de Serviços ganharam destaque negativo com o maior número de pedidos (28). Veja as informações na íntegra na tabela abaixo: 



Falência das empresas mostra diminuição

Ainda na avaliação ano a ano (maio/21 x maio/22), os pedidos caíram 27,2%, indo de 103 para 75 solicitações. Os micro e pequenos negócios também lideraram a demanda pelos processos de falência, com 49 requisições. No comparativo, apenas as empresas de médio porte sofreram aumento, de 12 para 18. Em relação aos segmentos, todos demonstraram melhora, com destaque para o setor de Serviços, que caiu de 60 para 39 pedidos. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



Trabalho remoto: como cultivar os vínculos sociais à distância?

Imaginar um modelo de trabalho 100% à distância ou, ao menos híbrido, era uma realidade distante para diversas empresas há alguns anos. Mas, com o isolamento social, a viabilidade e benefícios proporcionados pelo trabalho remoto fez com que essa modalidade venha sendo cada vez mais adotada por inúmeras companhias. Em uma nova rotina profissional, muito além do que prezar pela entrega de resultados, garantir um vínculo social entre os times distantes fisicamente, se tornou uma gestão indispensável dentre organizações dos mais diversos portes e segmentos.

Não há dúvidas de que, mesmo as companhias mais avessas à essa tendência, logo notaram as vantagens do trabalho remoto para a redução de custos e, principalmente, uma maior produtividade dos profissionais em suas casas. A autonomia e liberdade proporcionada por esse modelo se tornou um enorme atrativo no mercado – sendo considerado, até mesmo, como um fator decisivo para a contratação e retenção de talentos.

Em uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), 78% dos brasileiros desejam manter o trabalho remoto, mesmo após o fim da pandemia. Questionar tais benefícios e preferências é impossível – porém, ao mesmo tempo, torna inegável a carência e falta de contato humano sentido por muitos nessa nova rotina.

Somos seres sociáveis por natureza. Mesmo diante dos mais sofisticados recursos tecnológicos de comunicação, o contato humano e presencial com colegas, amigos e familiares é algo que nenhuma ferramenta é capaz de trazer com a mesma sensação de realidade. Dependendo do perfil de cada um, essa falta de convivência se tornou um dos maiores desafios do home-office, abrindo uma lacuna que, às vezes, se torna muito difícil de ser preenchida à distância.

Cultivar vínculos sociais no trabalho remoto não é uma missão fácil, mas essencial para garantir uma satisfação no ambiente corporativo e, acima de tudo, retenção dos profissionais na empresa. Seja optando pelo modelo completamente remoto ou híbrido, a empresa deve ser coerente em sua rotina de trabalho. É preciso criar uma disciplina de agenda, focada em trazer um dinamismo para as relações que engajem os membros das equipes e os façam enxergar seu propósito para a prosperidade do negócio.

Ao mesmo tempo que o trabalho remoto traz uma maior produtividade e redução de gastos, promover encontros presenciais é essencial para levar a cultura interna a todos os profissionais. Por isso, é importante que todas as empresas busquem organizar esses momentos com certa frequência, principalmente, para aquelas que oficialmente, se definirem como companhias em home-office.

Seja por meio de eventos corporativos, festas de celebração de aniversários ou happy hours, as companhias que estiverem engajadas em estimular o convívio social entre seus times, certamente conseguirão satisfazer cada vez mais profissionais – contribuindo, ainda, para uma maior atração, retenção e perpetuação de sua cultura organizacional.

Muitas ferramentas disponíveis no mercado são completamente capazes de nos munir de meios de comunicação à distância. Contudo, o toque, a confidência, e o relacionamento fortificados no presencial, são características que nenhuma tecnologia substitui. As empresas que se preocuparem com essas ações, certamente manterão equipes mais unidas, felizes, produtivas e alinhadas em prol do desenvolvimento do negócio.

 


Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/


Chatbot nas redes sociais: quais seus impactos para o aumento das vendas?

Velocidade, proximidade e comodidade. Esses são alguns dos maiores desejos do consumidor moderno em sua jornada de compra, diante de um mercado intensamente digital. Em busca de atender estes requisitos, atraindo e retendo cada vez mais consumidores, o uso dos chatbots nas redes sociais vem se destacando como uma valiosa estratégia para alavancar as vendas.

Disponíveis 24 horas por dia e, sete dias por semana, estes famosos robôs de atendimento vieram para suprir uma carência comum dentre muitos usuários: a insatisfação no atendimento. Demoras para responder uma mensagem e um tratamento indiferente eram situações corriqueiras vividas por muitos consumidores – tratativas que, felizmente, já apresentaram importantes mudanças impulsionadas pelo atendimento online automatizado.

Com a ampla concorrência e a maior dificuldade em atrair a atenção dos clientes, os chatbots nas redes sociais vieram para entregar uma percepção de mais atenção e imediatismo ao consumidor.

Em uma primeira abordagem de interação, eles são capazes de solucionar inúmeras dúvidas e procedimentos básicos e rotineiros do público-alvo, permitindo que consigam sanar suas necessidades de forma mais rápida e em uma comunicação mais próxima.


Benefícios dos chatbots nas redes sociais

Segundo um levantamento feito pela Allin, em parceria com a Etus e a Opinion Box, cerca de 76% dos clientes recorrem às redes sociais para realizar uma compra – junto com 56% que as usam para avaliar recomendações de outros usuários. Frente à uma demanda claramente perceptiva, é papel dos chatbots agilizar o atendimento para solicitações costumeiras, fornecendo uma comunicação mais assertiva e abrindo portas para um relacionamento muito mais próximo entre as partes.

O ganho de empatia é certeiro, atingido diretamente por um enorme impacto positivo que elevará as chances de buscar novamente a marca para uma futura compra. Ou, até mesmo, para o tão famoso marketing boca a boca. Qualquer companhia, independente de seu porte ou segmento, certamente se beneficiará com os chatbots nas redes sociais. Mas, para isso, precisam se atentar a determinados pontos cruciais para seu uso.


Como utilizar chatbots nas redes sociais

A padronização na comunicação é um dos pontos mais importantes destas ferramentas. Seja qual for a plataforma escolhida, a linguagem utilizada deve ser a mesma, de forma que o usuário consiga interagir com a marca sem empecilhos e, caso prefira, migrar seu contato para outro canal de sua preferência. A comunicação omnichannel é indispensável no comércio online.

Mesmo se tratando de um robô otimizado, o aprendizado constante deve, indispensavelmente, fazer parte do uso dos chatbots. Não se trata apenas de implantá-lo em suas redes sociais, mas sim de cultivá-lo constantemente, a fim de que consiga tratar as necessidades de seus consumidores da melhor forma possível – mesmo se precisar redirecioná-lo a um atendente humano.

Em um exemplo prático, no WhatsApp – utilizado por 78% dos consumidores para interagirem com as marcas, segundo um estudo divulgado pela Opinion Box – a inteligência artificial aplicada no chatbots garante um atendimento veloz e de qualidade. As companhias podem programá-lo para responder perguntas costumeiras de seus clientes, combinando inputs e direcionando para a melhor resolução de suas necessidades. Ao elaborar as dúvidas mais frequentes, basta configurá-lo com uso constante das APIs.

A mesma estratégia pode ser usada no Instagram, outra popular rede social utilizada pelas empresas. Conhecendo as perguntas mais frequentes dos usuários, o chatbot pode ser configurado para fornecer respostas automáticas e em tempo real. Eles permitem conduzir um fluxo de conversação completo, com a possibilidade de criar botões de resposta para otimizar ainda mais a resolução.

O timing na comunicação precisa ser perfeito, evitando que o cliente quebre as expectativas em sua experiência. Para trazer o maior êxito possível nessa missão, o apoio de uma curadoria pode ser completamente estratégico, auxiliando no entendimento das necessidades do usuário e antecipando necessidades que ajudem no aprendizado deste robô.

Use a jornada de seu cliente como base de desenvolvimento dos chatbots em suas redes sociais. Entenda o perfil de seu consumidor, a forma como prefere ser abordado, e sempre o responda em tempo hábil, de forma clara e assertiva. Com esta adaptação, as empresas terão ferramentas poderosas para satisfazer seus clientes e potencializar suas vendas no mercado.

 

 Bruno Cedaro - COO Digital e CBDO da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


Quem pode realmente ser neurocientista? Especialista aponta riscos de atalhos na formação desses profissionais

Assunto relativamente novo, o conhecimento e a prática da Neurociência em vários campos da vida e da sociedade tem assumido um protagonismo crescente.

A Neurociência é o campo científico que se dedica ao estudo do sistema nervoso - que é o aparelho formado pelo cérebro, medula espinhal e nervos periféricos.

Segundo a especialista Sandra Raphael, devido ao avanço da ciência com grandes descobertas relacionadas ao sistema nervoso humano e sua atuação na vida, saúde e comportamento dos indivíduos, o tema instiga cada vez mais a busca por entendimento de seus adeptos, hoje de várias áreas. Para além disso, ainda conforme ela, vem se tornando cada vez mais frequente a busca por seu conhecimento e aplicabilidade.

“O curso de Neurociências na Europa, por exemplo, é parte integrante de uma titulação relacionada às ciências médicas como: biologia; biomedicina; medicina; física e psicologia”, disse.

“Já no Brasil, levando-se em conta que ainda não existe uma legislação clara e específica que regule a prática da neurociência, tem-se instituído que isso se trata de um tema internacional e, portanto, existe o curso ligado aos cursos da área das ciências médicas mas também uma vertente mais ‘comercial’ do assunto”, emendou.

Sandra lembrou ainda que nos Estados Unidos os neurocientistas são doutores, que lá, geralmente, é considerado apta a desempenhar a função a pessoa que possua as formações bases já citadas, mas que deem continuidade a preparação e obtenha doutorado em Neurociências.

Conforme Sandra, podemos encontrar abordagens a neurociências relacionadas às áreas do marketing, comunicação, educação, comportamento, entre outras.

Para ela, a especialização ou extensão em neurociências no sentido “puro” do tema tem especificidades e exige conhecimentos profundos e sólidos de temas complexos em relação ao funcionamento biológico.

“Podemos exemplificar citando o sistema nervoso, componentes celulares, sinapse, memória, bases moleculares, neuropatologias e uma infinidade de interações e interferência com o corpo humano e seu funcionamento”, argumentou.

Sandra comenta ainda que acredita que parece evidente que o tema da neurociência deve sempre ser abordado por especialistas, formados e reconhecidos em uma das áreas médicas acima referidas, com profundo conhecimento e trabalhos científicos que validem a competência de determinada pessoa para o assunto.

“Vale lembrar que o tema recorrente dos trabalhos científicos só podem ser aplicados após apresentação a uma banca que, através de critérios bem documentados e evidenciados, atribui a referida titulação ao seu autor”, pontuou.

Para Sandra, precisamos sempre refletir e salientar sobre as armadilhas do uso do tema, suas referências e autotitulação como neurocientista por parte de profissionais totalmente leigos em relação às áreas médicas e que fazem uso ou recurso do tema, suas descobertas e inferências em relação ao comportamento humano, meios de aprendizagem, hábitos de consumo, entre outros, porque trata-se de uma área muitíssimo secreta do cérebro, de complexos conhecimentos que não podem, nem devem, ser abordados de modo simplista e pouco rigoroso.

“A brevidade dos processos de aprendizagem, a busca pela diferenciação, a vida imediata pode fazer com que alguns profissionais enveredem por atalhos no campo da neurociência, promovendo um certo descrédito ao tema e, mais grave ainda, colocando a saúde física, mental e emocional dos que se aventuram em mãos não qualificadas a tratamentos ou inferências sem base científica”, alertou.

Por fim, Sandra afirma que Neurocientista tem que ter uma titulação na área da Saúde, deve ser autor de trabalhos científicos devidamente reconhecidos e aprovados em bancas acadêmicas, por doutores no assunto e que gozem de uma formação acadêmica, investigativa e científica séria e comprovada. 

 

Sandra Raphael - Administradora de Empresas e pós-graduada em Gestão, pela Nova School of Business & Economics – Lisbon, Portugal. Master Coach certificada pela The International Association of Coaching e SLAC Sociedade Latino Americana e tem Certificação Internacional de Chief Happiness Officer. Fundadora da escola de negócios em Luanda, Angola. Palestrante, treinadora e consultora, especialista em multiculturalidade e interculturalidade. Vasta experiência nos mercados brasileiros, europeu e africano. Autora e co-autora de artigos e case studies sobre a Gestão em Ambiente Multicultural.

 

Conheça os benefícios dos grupos de aprendizagem para adultos

 Seguindo o conceito de lifelong learning, profissionais buscam o conhecimento de forma contínua e variada

 

Grandes líderes e profissionais nunca param de aprender. Ainda mais no contexto atual, em que o mercado muda suas demandas com uma rapidez impressionante, é necessário ter um repertório de conhecimentos cada vez mais variado. Por isso, o conceito de lifelong learning, ou, em uma tradução livre, “aprendizado ao longo da vida”, tem sido cada vez mais valorizado. Na prática, é não se limitar ao estudo formal (em escola, faculdade) e estar sempre em busca de aprender mais, com o uso de diversos métodos e plataformas.

De acordo com o Lifelong Learning Council Queensland (LLCQ), o lifelong learning é “flexível, diverso e disponível em momentos e lugares diferentes”. Isto é, podemos buscar esse conhecimento de diversas formas, seja  por meio de cursos, livros, palestras ou conteúdos na Internet, ultrapassando o ensino formal.


Grupos de aprendizagem

Embora esse aprendizado contínuo seja importante, ter disciplina para manter uma rotina de estudos e buscar referências não é uma tarefa fácil para quem lida com a correria no dia a dia. Por isso, os grupos de aprendizagem são tão importantes.

Além disso, participar de um grupo para estudos entre adultos é uma maneira de fazer novos contatos, tornar as conversas mais interessantes e até mesmo aliviar o stress, realizando atividades leves e dinâmicas. No entanto, é necessário que o grupo tenha um bom planejamento e uma metodologia estimulante de verdade.

Pensando nisso, Vivian Rio Stella, especialista em comunicação corporativa e fundadora da VRS Academy, criou a Confraria do Saber. Trata-se de um grupo interativo com reuniões on-line mensais, que tratam de temas variados e contam com o Menu de Saberes, uma série de conteúdos planejados para que cada integrante possa investir continuamente em sua aprendizagem mesmo fora dos encontros.

Em junho, a Confraria do Saber completa dois anos, e sua criadora só tem a comemorar diante dos resultados. “Nesses dois anos de existência, tivemos 28 temas de aprendizagem, 22 facilitadores diferentes, 56 horas de encontros gravados, 24 Menus de Saberes, 24 boletins dos encontros, muitas enquetes, conversas e aprendizados”, enumera Vivian. Os temas tratados são os mais variados, como oratória, metodologias para lifelong learning, storytelling, marketing pessoal, literatura, arte, cinema e até mesmo drinks para ocasiões sociais.

Os dados podem ser vultosos para um grupo relativamente recente, mas a quantidade de participantes é limitada para incentivar a interação: “A ideia é ser um grupo de troca, diálogo, não um supergrupo em que cada pessoa é apenas um número. Vale dizer que a Confraria do Saber é um lugar onde sua voz é ouvida. Seja no grupo de mensagens do WhatsApp, por e-mail, ao vivo nos encontros, no chat do Zoom, seja onde for: é valioso para nós ouvir o que você tem a dizer”, conta.

De acordo com a especialista, a Confraria do Saber reúne diversas vantagens que não seriam possíveis com estudos individuais, sem orientação. “Os participantes ampliam o repertório cultural enquanto fazem parte de uma comunidade que aprende junto. Assim, reservam um momento mensal para a aprendizagem e conectam-se a novas pessoas”, afirma. Utilizando a assinatura do grupo, também é possível ganhar descontos exclusivos nos outros programas de aprendizado da VRS Academy e nas mentorias de facilitadores. 

“A ideia de reunir pessoas que gostam de aprender de forma leve e contínua deu tão certo que este mês estamos completando dois anos de muita troca, onde transmitimos um repertório cultural que gera conhecimento por meio de experiências compartilhadas”, comemora a comunicadora.  

 

Vivian Rio Stella - Doutora em linguística pela Unicamp, com pós-doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação. Idealizadora da VRS Academy. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Cásper Líbero. Começou a realizar textos, produzir materiais didáticos e a dar curso sobre redação de e-mails, e do mundo da academia queria migrar para o mundo corporativo. Passou anos como consultora, até que montou a VRS Academy. Ao longo dessa trajetória, Vivian já realizou palestras, workshops e consultorias a mais de 100 empresas, dos mais variados portes.

 

 

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Mensalidade: R$39,90 

 

Emissão de vistos para oficiais do governo brasileiro explode em abril

Foram 23 emissões ao todo, maior registro deste dezembro de 2019

 

A realização da Cúpula das Américas, que irá acontecer de 6 a 10 de junho em Los Angeles, fez a emissão de vistos para oficiais do governo brasileiro crescer em abril, segundo dados levantados pelo escritório de advocacia AG Immigration junto ao Departamento de Estado americano. 

De acordo com os números, em abril, foram emitidos 23 vistos C-3 para brasileiros – alta de 64,2% sobre a quantidade de março. Trata-se da maior quantidade desde dezembro de 2019, quando haviam sido autorizados 25 vistos C-3 para funcionários do governo do Brasil e seus dependentes. 

O C-3 é um visto destinado exclusivamente para que oficiais governamentais e seus familiares entrem nos EUA e fiquem no país por um período máximo de 29 dias. 

Os números de maio ainda não foram divulgados pelo governo americano, mas a tendência é de que a quantidade cresça conforme a proximidade da Cúpula das Américas. Além disso, para fins de comparação, considerando-se apenas de janeiro a março de 2022, a média foi de doze autorizações de C-3 por mês. 

“O Brasil é o quarto país que mais leva turistas para os EUA. Mais do que isso, a maior comunidade de brasileiros no exterior vive justamente na América. Há, portanto, laços profundos entre os dois países, tanto do ponto de vista cultural quanto econômico, comenta Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration.

 

Vistos de turismo continuam em alta

O levantamento da AG Immigration junto ao Departamento de Estado americano mostra que o visto de turismo continua sendo o mais popular entre os brasileiros, representando 93,1% do total dos vistos em abril. 

Aliás, os 70.292 vistos expedidos em abril é a segunda maior marca do ano, atrás apenas de fevereiro, quando bateu recorde. 

Entre os vistos imigratórios – aqueles que concedem o green card, ou seja, o direito de morar e trabalhar permanentemente nos EUA –, o EB-2 foi o mais popular. 

O EB-2 é destinado para pessoas com “habilidades excepcionais”, geralmente mestres, doutores ou profissionais com carreira de destaque em suas áreas. O crescimento na emissão deste visto é um reflexo da nova onda de fuga de cérebros do Brasil. 

“O Brasil hoje já é o quarto país que mais recebe o EB-2 e o EB-1, o que reforça a tendência dos nossos principais talentos de saírem do País, em busca de oportunidades compatíveis com suas qualificações. Vemos principalmente muitos médicos, enfermeiros, dentistas, pilotos de avião, engenheiros e profissionais de TI indo atrás de emprego na América”, explica Costa. 

 

AG Immigration 

 www.agimmigration.law 

 

As indenizações em decorrência da covid-19 e o papel das empresas de Segurança e Saúde no Trabalho para a proteção das pessoas

 Centenas de pedidos de indenização decorrentes da covid-19 tramitam na justiça e os serviços de saúde precisam estar atentos para cuidar das pessoas e orientar as empresas

 

          Já em setembro do ano passado a FenaPrevi (Federação Nacional de Vida e Previdência) contabilizada que as seguradoras já haviam pagado às famílias das vítimas da covid-19 R$ 3,7 bilhões em indenizações. Só o banco Bradesco, de janeiro a setembro de 2021, pagou R$ 31 bilhões em indenizações e benefícios para seus segurados.

         Surpresa zero se considerarmos que a covid já matou mais de 30 milhões de pessoas no mundo e mais de 660 mil no Brasil.

Fato é que a pauta das indenizações em decorrência da doença já se reflete nas ações da Justiça do Trabalho. Tanto que já são mais de uma centena de ações deste tipo, e a tendência é que mais vítimas ou de familiares das vítimas busquem indenizações por ter ocorrido óbito ou a alguma incapacidade gerada pela covid-19.

Essa é uma questão secundária, originada com as discussões se a covid é ou não uma doença ocupacional.

Para Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, CEO da Oncare Saúde e presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho), tudo depende se a contaminação estiver relacionada a atividade exercida pelo trabalhador. “A covid-19 pode ser reconhecida como doença ocupacional, mas para que isso ocorra, é necessário que se caracterize o nexo causal entre o desempenho das atividades profissionais e a infecção. É sabido que muitos trabalhadores foram acometidos e sofreram com as consequências decorrentes da doença, sendo que alguns ainda sofrem com as suas sequelas e outros vieram a falecer. Até por isso surgiu a controvérsia se a covid-19 poderia ser enquadrada como doença ocupacional, ensejando pretensões reparatórias, inclusive com a interposição de ações de indenização na Justiça do Trabalho, tendo como parte os herdeiros dos falecidos trabalhadores”.

“Vale lembrar”, continua o gestor, “que o Ministério da Saúde, por intermédio da Portaria nº 454/2020, reconheceu, em 20 de março de 2020, o estado de transmissão comunitária do coronavírus, ou seja, admitiu que a contaminação pelo vírus da covid-19 estava ocorrendo sem que se pudesse rastrear a origem da contaminação, sem vínculo a um caso confirmado, circulando entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para o exterior. A partir de então, não era mais possível se definir a origem da contaminação, já que o vírus circula silenciosamente, inclusive, em contaminados assintomáticos. Portanto, não é possível precisar o momento e origem do contágio em fase de contaminação comunitária”, alerta Ricardo Pacheco.

É o nexo causal que define se a covid-19 é doença ocupacional e abre caminho para processos indenizatórios

         O nexo causal é essencial para caracterizar a covid-19 como doença ocupacional, ligando a atividade laborativa e a enfermidade. Esse é um grande desafio, uma vez que não existe um teste ou exame para identificar o momento exato em que a pessoa foi contaminada.

         “Todavia, se houver comprovação de nexo causal ou o nexo presumido, que depende da atividade exercida, cabe indenização que pode ser estipulada a partir de diversas variantes, como se houve morte ou incapacitação (total ou parcial), se houve danos materiais, morais ou estéticos.  As possibilidades de responsabilização e indenização são vastas e as empresas devem seguir atentas”, adverte o presidente da ABRESST.

         O gestor lembra que cabe aos empregadores observarem e cumprirem o previsto nos artigos 154, 157 e 158 da CLT e demais normas de segurança e saúde do trabalho. “Especialmente as que foram editadas para combater os efeitos da pandemia, como a Portaria Interministerial MTP/MS Nº 14, de 20 de janeiro de 2022, que estabeleceu novas medidas para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão do coronavírus (covid-19) em ambientes de trabalho”.

O papel da Segurança e Saúde no Trabalho na prevenção da covid-19 nas organizações

A Declaração do Centenário da OIT, aprovada em junho de 2019, estabeleceu que "condições de trabalho seguras e saudáveis são fundamentais para um trabalho digno". Isto é ainda mais significativo atualmente, uma vez que garantir a segurança e a saúde no trabalho é indispensável na gestão da pandemia e na capacidade de retomar o trabalho.

Nesse sentido as empresas de SST têm um papel essencial na proteção dos trabalhadores e das empresas contratantes, para basicamente evitar que exista o nexo causal e a contaminação das pessoas.

De acordo com o CEO da Oncare Saúde, plataforma de saúde integral e integrada, a empresa, ao dispor de um plano abrangente de preparação da resposta de emergência no local de trabalho, pode estar mais bem preparada para desenvolver uma resposta rápida, coordenada e eficaz. “As empresas especializadas precisam estar aptas a operacionalizar estratégias para fazer face a situações de crise de saúde e epidemias, adaptando as medidas à situação específica de emergência que a empresa enfrenta. Precisam realizar um acompanhamento contínuo das condições de SST e uma avaliação adequada dos riscos para garantir que as medidas de controle relacionadas com o risco de contágio sejam adaptadas aos processos, bem como garantir que as condições de trabalho e características específicas da mão de obra durante o período crítico de contágio e posteriormente, para evitar recidivas”, alerta Ricardo Pacheco.


Ações indenizatórias têm encontrado amparo na justiça

         Algumas instâncias já se pronunciaram diante de pedidos de indenização em decorrência da covid-19.

A 11ª Câmara do TRT da 15ª Região, por exemplo, condenou uma empresa de terceirização e a tomadora de serviço, que atua no ramo de pastifício, a pagarem a uma técnica de enfermagem indenização de R$ 10 mil por danos morais em razão do adoecimento e sequelas decorrentes da covid-19, além de indenização a título de danos materiais pelos gastos comprovados no processo com o tratamento da doença. O colegiado também reconheceu, no caso, a covid-19 como doença ocupacional. 

Em março desse ano a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi condenada pela 76ª Vara do Trabalho de São Paulo a pagar uma indenização por danos materiais e morais de R$ 1.033.466,00 à família de um carteiro pela morte do funcionário em decorrência de complicações causadas pela covid-19.

A Justiça do Trabalho mineira também reconheceu como acidente de trabalho a morte por covid-19 do motorista de uma transportadora. A empregadora foi condenada a pagar indenização por danos morais, no valor total de R$ 200 mil, que será dividido igualmente entre a filha e a viúva, e, ainda, indenização por danos materiais em forma de pensão.


Empresa pode exigir a vacinação do trabalhador

         A prevenção continua sendo o melhor mecanismo para evitar adoecimentos, mortes e processos judiciais.

         As empresas têm o dever de oferecer um serviço de saúde verdadeiramente comprometido, que além de elaborar um plano de ação com medidas preventivas e de testagem, oriente os trabalhadores da importância da imunização para que sejam evitados os casos graves da doença e para que seja limitada a contaminação, dentro e fora das organizações.

         Nesse sentido a empresa pode sim exigir a vacinação contra a covid-19, segundo o Supremo Tribunal Federal que determinou que não é uma invasão de privacidade ou exigência descabida. Existe o direito individual que o empregado pode alegar por razões de crença pessoal e existe o direito coletivo, que atinge a sociedade como um todo, e esse deve prevalecer.

         “A covid-19 deve se tornar uma doença endêmica, mesmo com a letalidade diminuindo, vemos novos casos a cada dia, com mais e mais pessoas adoecendo. Por isso é importante que as empresas sigam os protocolos e as prevenções adequadas para impedir a propagação da doença, para que não sejam responsabilizadas por indenizações aos seus trabalhadores”, completa Ricardo Pacheco, CEO da Oncare Saúde e presidente da ABRESST.

 

Oncare Saúde

 

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