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quarta-feira, 18 de maio de 2022

24 HORAS PELO GLAUCOMA

 Brasil se ilumina de verde na luta contra doença que mais causa cegueira evitável no mundo

 

De Norte a Sul, monumentos históricos e prédios de instituições parceiras recebem iluminação especial para chamar atenção para a doença responsável pela maior parte dos casos de cegueira evitável em todo o mundo.

 

Por meio da iluminação verde, entidades públicas e privadas de todo o País manifestam apoio à Campanha 24 horas pelo Glaucoma, promovida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). A iniciativa visa conscientizar a população sobre os riscos dessa doença e sobre a importância do seu diagnóstico e tratamento precoces. As ações que transcorrem ao longo de maio concentrarão esforços em uma grande maratona on-line prevista para o dia 21 deste mês, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e com o apoio de diversas empresas parceiras. 

O glaucoma é uma doença crônica que afeta o nervo óptico, estrutura responsável por conectar o que o olho enxerga com o cérebro para formar a visão. A pressão intraocular suficientemente elevada machuca o nervo óptico progressivamente e, infelizmente, não é possível recuperar as partes do nervo que foram lesadas. Assim, o glaucoma não tratado corretamente pode levar a perda permanente da visão. 

“É preciso que a população esteja atenta à necessidade de realizar exames preventivos, para evitar problemas com doenças assintomáticas e progressivas no aparelho de visão, como é o caso do glaucoma. Embora seja um mal crônico, o diagnóstico e tratamento precoce garante grandes chances de interromper o avanço da doença”, explicou o presidente da SBG, Roberto Galvão Filho.
 

Personalidades - Além das ações de iluminação em alusão à causa, o projeto também conta com o apoio de diversas personalidades e entidades médicas, sempre com o intuito de mobilizar o maior número de pessoas para essa causa. Para tanto, as redes sociais estão sendo espaços privilegiados para a divulgação de conteúdo. Também no site da campanha 24 horas pelo Glaucoma, já é possível acessar diversos materiais elucidativos acerca dessa doença que atinge de 1 a 2% da população mundial. 

“Todas as ações desenvolvidas na campanha têm a pretenção de promover reflexões e impulsionar informações seguras acerca do glaucoma. Essa estratégia, de iluminar espaços de grande visibilidade em todo o país, é mais uma maneira de chamar atenção dos brasileiros para o risco entorno da doença, além de estimular a busca por informações sobre exames, diagnóstico e tratamentos”, destacou o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristiano Caixeta Umbelino.

 

CONFIRA ABAIXO ALGUNS DOS PRÉDIOS E MONUMENTOS QUE ESTÃO APOIANDO O 24 HORAS PELO GLAUCOMA:

 

AMAZONAS -- Receberão a iluminação verde o Teatro Amazonas, no dia 26/05, e o prédio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas -- (Seduc-AM), nos dias 30 e 31/05. Além desses, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas também recebeu o material da campanha para conscientização dos amazonenses acerca da doença.
 

BAHIA -- Estão iluminados de verde e divulgando o material da campanha, durante o mês de maio, os prédios da Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB) e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur).
 

DISTRITO FEDERAL -- Em Brasília, recebem a iluminação verde o edifício sede do Banco de Brasília (BRB), durante todo o mês de maio; a Câmara Legislativa do Distrito Federal, entre 20 e 31/05; o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), durante todo o mês de maio; o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), entre 20 e 31/05; e o Conselho Federal de Medicina (CFM), durante todo o mês de maio. Também ganham iluminação especial a Esplanada dos Ministérios, entre 20 e 31 de maio; o Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre 20 e 31/05; o edifício sede do Supremo Tribunal Federal (STF), entre 20 e 31/05; e a fachada do prédio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
 

ESPÍRITO SANTO -- Em Vitória, a Ponte da Ilha do Frade receberá iluminação verde entre 27 e 31/05.
 

MATO GROSSO -- A prefeitura de Cuiabá ilumina de verde o Palácio Alencastre e divulgará o material de campanha, durante todo o mês de maio.
 

MINAS GERAIS -- Em Belo Horizonte, o prédio da prefeitura receberá iluminação verde entre 20 e 31/05. Também serão iluminados em verde diferentes locais do Circuito Liberdade da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), bem como o Cine Theatro Brasil Vallourec, o Espaço do Conhecimento UFMG e o Memorial Minas Gerais Vale entre 20 e 31/05. Entre 20 e 30/05 estarão iluminados a Filarmônica -- Sala Minas Gerais, a Academia Mineira de Letras e o BDMG Cultural.
 

PARANÁ -- Em Curitiba, promoverá a iluminação verde na Estufa do Jardim Botânico; na Casa da Praça do Japão; no Portal de Santa Felicidade (Avenida Manoel Ribas); no Monumento Chafariz da Praça 29 de Março; e no Obelisco da Praça 19 de Dezembro, entre 20 e 25/05.
 

PERNAMBUCO -- Em Recife, a Universidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE -- Caruaru) divulgará o material da campanha.
 

RIO DE JANEIRO -- Receberão iluminação verde, o Palácio Pedro Ernesto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e os Arcos da Lapa, cartão postal da cidade, entre 20 e 31/05. A prefeitura do Rio também divulgará o material da campanha.
 

RIO GRANDE DO NORTE -- Em Natal, receberá iluminação verde o Palácio Felipe Camarão, entre 20 e 31/05. A Prefeitura também divulgará as peças da campanha.
 

RIO GRANDE DO SUL -- Receberão iluminação verde, o Palácio Piratini, entre 20 e 24/05, e o prédio do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), entre 20 e 31/05. O governo do Rio Grande do Sul divulgará a campanha.
 

SÃO PAULO -- O Palácio dos Bandeirantes do governo do Estado de São Paulo será iluminado de verde no dia 21/05. Entre os dias 21 e 23/05, estarão iluminados em alusão à campanha, a Ponte Estaiada (Octávio Frias de Oliveira), Viaduto do Chá, Edifício Matarazzo (sede da prefeitura), Biblioteca Mário de Andrade, Monumento às Bandeiras e Pátio do Colégio. No dia 26, a fachada LED do edifício sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/SESI) exibirá uma peça alusiva ao tema. No Metrô de São Paulo, será divulgado o material de campanha e receberão iluminação verde entre 16 e 31 de maio, as estações: Sacomã Tamanduateí, Trianon-Masp e Sumaré; a sede da Associação Médica Brasileira (AMB) também recebe a iluminação em apoio à causa durante todo o mês de maio. Por fim, em São José do Rio Preto, divulgará o material de campanha e está com iluminação verde o Hospital do Olho Rio Preto (HORP), também está iluminado o Hospital de Olhos HO Redentora; o Hospital de base de São José do Rio Preto; o Hospital D'olhos e a clínica de olhos, Rede Oftalmo.


Atenção ao câncer de ovário: ViaQuatro e ViaMobilidade oferecem folhetos com orientações sobre a doença


Material, produzido pelo Oncoguia, está disponível em todas as estações das linhas 4 e 5 de metrô e linhas 8 e 9 de trens
 

 

O mês de maio é marcado pelo Dia Mundial do Câncer de Ovário e, para conscientizar mulheres sobre a prevenção e tratamento da doença, as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade disponibilizam folhetos informativos em seus nichos de leitura. 

O material foi elaborado pelo Instituto Oncoguia, organização que tem como proposta ajudar o paciente com câncer a viver melhor, por meio de projetos e diversas atividades de apoio. O folheto pode ser retirado em qualquer estação de metrô das linhas 4-Amarela e 5-Lilás e em todas as estações das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos. 

Com essa iniciativa, a ViaQuatro e a ViaMobilidade esperam mostrar aos passageiros a importância da prevenção do câncer de ovário, alertando sobre sintomas e disponibilizando canais de apoio e orientação para quem apresenta o problema. 

No Brasil, cerca de 6.650 mulheres devem ser diagnosticadas com câncer de ovário em cada ano do triênio 2020/2022, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer). O câncer de ovário é, na maioria dos casos, diagnosticado tardiamente devido à ausência de métodos de rastreamento. 

O dia mundial do câncer de ovário teve início em 2013, com um grupo de líderes de organizações de defesa desse tipo de câncer em todo o mundo. É uma oportunidade para que a sociedade fale mais sobre a doença, conscientizando a todos sobre os cuidados necessários. Além disso, é um alerta para que as mulheres estejam mais atentas à própria saúde.

 

Sobre o Oncoguia:
O Oncoguia “nasceu” em 2009, da união de um grupo de profissionais de saúde e ex-pacientes de câncer, liderados pela psico-oncologista Luciana Holtz de C. Barros, que deu início à ONG, uma associação sem fins lucrativos, criada e idealizada com o objetivo de ajudar o paciente com câncer a viver melhor por meio de projetos e ações de informação de qualidade, educação em saúde, apoio e orientação ao paciente, defesa de direitos e advocacy. A ONG foi um segundo passo tomado por Luciana Holtz após a criação, em 2003, do portal Oncoguia. Uma necessidade que surgiu da observação clínica da psico-oncologista de que as informações disponíveis na internet, muitas vezes sem qualidade e falsas, deixavam o paciente com câncer assustado, preocupado e desamparado.
 

 

Dia Mundial do Câncer de Ovário

Até final de maio: oferta de folhetos informativos nos nichos de leitura das estações das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens.


Campanhas de prevenção a doenças intestinais são destaques nas linhas 4 e 5 de metrô, e linha 8 de trens metropolitanos


 Em comemoração ao Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, 19 de maio, as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade, promovem ações de prevenção em suas estações

 

Em parceira com agentes da saúde e Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil -- GEDIIB, as empresas promovem orientações aos passageiros sobre as DIIs - doenças intestinais inflamatórias, em comemoração à campanha Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, no dia 19 de maio. Esta articulação reúne pessoas de todo o mundo na luta contra a doença de Crohn e a colite ulcerativa, também conhecidas como doenças inflamatórias intestinais. 

Com o apoio de médicos, enfermeiros, nutricionistas e equipes de apoio, haverá a distribuição de folhetos e orientações sobre os sinais e sintomas das DIIs nas estações Largo Treze, linha 5-Lilás, São Paulo-Morumbi, linha 4-Amarela e Carapicuíba, linha 8-Diamante. 

Para Juliana Alcides, Gerente de Comunicação e Sustentabilidade das concessionárias, esclarecer e conscientizar as pessoas, no transporte, sobre sintomas de doenças, promove conhecimento coletivo para uma melhor qualidade da saúde da população. 

“Queremos que nossas estações sejam locais promotores de bons hábitos e informações. Para tanto, realizamos parcerias com especialistas da área da saúde para proporcionar, aos nossos clientes, momentos de acolhimento e cuidado com a qualidade de vida”. 

Passageiros que apresentarem os sintomas também receberão encaminhamentos médicos (em casos identificados como necessários pela equipe presente).

 

Serviço:

Dia 18/05 - Largo Treze - Linha 5-Lilás, das 10h às 14h.

Dia 19/05 - Estação São Paulo Morumbi - Linha 4-Amarela, das 10h às 14h.

Dia 20/05 - Estação Carapicuíba - Linha 8-Diamante, das 10h às 14h.


Combate à cefaleia: pesquisa mostra que metade da população mundial sofre com dores de cabeça

Dia Nacional de Combate à Cefaleia é em 19 de maio. Entenda mais sobre a doença, seus tratamentos e prevenção
Getty Images

Distúrbio possui mais de 150 tipos e tem data própria: Dia Nacional de Combate à Cefaleia é lembrado em 19 de maio. Veja quando procurar ajuda

 

Um estudo de revisão global publicado em abril no The Journal of Headache and Pain estima que 52% das pessoas acima de 5 anos têm cefaleia, um dos distúrbios neurológicos mais prevalentes e incapacitantes em todo o mundo. Mais da metade da população mundial sofre ao menos um episódio de dor de cabeça por ano, sendo que 14% tem a forma crônica da condição, a enxaqueca. Outros 26% possuem cefaleia do tipo tensional (dor leve a moderada, como se fosse um "apertão"), e 4,6% sentindo o incômodo durante 15 ou mais dias por mês. 

Para alertar sobre a questão, 19 de maio é considerado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia. Ao todo, existem mais de 150 tipos de dor de cabeça, que são classificados de acordo com a origem da dor. O neurologista Iron Dangoni Filho, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta as principais. “A enxaqueca é a mais conhecida, porém a mais comum nas pessoas é a cefaleia tensional, que é mais leve e possui maior frequência. Além disso, destaco ainda a cefaleia trigêmino autonômica e a cefaleia em salvas, mais comum nos homens”, detalha. 

O médico explica que as dores de cabeça podem ser primárias e secundárias, quando são causadas por alguma outra doença, como um tumor ou AVC. “Entre as primárias, os sintomas podem se diferenciar. Por exemplo, a enxaqueca costuma ser moderada a forte, apenas de um lado, com duração de cerca de três dias e com sintomas associados, como a fotofobia (sensibilidade à luz) ou fonofobia (sensibilidade aos sons). Já a cefaleia tensional geralmente é uma dor atrás da cabeça, mais leve e que pode piorar ao longo do dia e durar até sete dias”.

 

Como se prevenir

Iron Dangoni Filho destaca que a maioria das pessoas faz apenas o tratamento para tirar a dor, que é feito com remédios. Contudo, ele conta que é possível realizar a prevenção. “Para os que já têm dores de cabeça é possível evitar que elas apareçam com medicamentos. Porém, muitos preferem o tratamento não medicamentoso, que pode ser feito com exercícios físicos, ioga, acupuntura, massagem e boa alimentação. Ficar sem dormir longos períodos pode ser gatilho para crises também, bem como ficar muito tempo sem comer”. 

O especialista ressalta que a automedicação para as dores de cabeça também é algo perigoso. “Existe a cefaleia por uso excessivo de analgésico, que acontece quando se muda o tipo de dor em razão do uso dos remédios. Normalmente ela fica pior e pode cronificar, o que dificulta o tratamento”, afirma. Ele revela que, quando a dor aparece com frequência, deve-se procurar um neurologista. “Quando acontece quatro vezes por mês já há indicação. Se a dor de cabeça aparece menos vezes, mas são fortes, também é preciso ir atrás de ajuda. Quando ela muda o padrão também é sinal de alerta, por exemplo,quando não responde aos analgésicos ou quando tem uma intensidade bem mais intensa que o habitual”, detalha.


Confira mitos e verdades sobre diabetes gestacional

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 25% das mulheres grávidas desenvolvem o diabetes gestacional. A doença é caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez e o acesso à informação é fundamental para prevenir e tratar o diabetes gestacional. 

Para entender mais sobre a doença, Dr Marcio Krakauer, Endocrinologista e Coordenador do Departamento de Tecnologia, Saúde Digital e Inovação da SBD tira as principais dúvidas.
 

Os sintomas são difíceis de serem identificados

Verdade. Assim como os outros tipos de diabetes, os sintomas são facilmente confundidos com outras doenças. Por esse motivo, é muito importante que o acompanhamento de pré-natal seja realizado da forma correta. São nessas consultas que se avaliam o nível de glicose e qualquer outra complicação.

 

Se tiver diabetes gestacional, o bebê nascerá com malformações congênitas

Mito. A má formação pode ser uma complicação do diabetes, porém isso pode acontecer quando a mãe já tenha sido diagnosticada com diabetes antes da gravidez e não tenha feito o tratamento da forma correta. Durante os últimos meses de gestação, quando pode ocorrer o diabetes gestacional, o bebê já passou pelo processo de formação e só está em fase de crescimento no útero.

 

É uma doença que não causa problemas para o bebê

Mito. Se o diabetes gestacional não for tratado, pode aumentar o nível de glicose no sangue do bebê. Isso leva à maior produção de insulina que o normal, fazendo com que a criança nasça com baixos níveis de glicose no sangue, podendo causar problemas respiratórios e a chance do desenvolvimento de diabetes tipo 2. Além do risco de aborto, crescimento indevido, excesso de líquido amniótico dentre outros riscos.

 

Após a gravidez o diabetes gestacional é curado naturalmente

Em parte. A maioria das mulheres apresentam normalização após o parto, mas uma parcela significativa permanece com diabetes (semelhante ao tipo 2) constantemente, e é recomendado observar os níveis de glicemia nos primeiros dias e orientar a manutenção de uma dieta saudável, evitando prescrição de dietas hipocalóricas e incentivando o aleitamento materno, que pode contribuir para a redução do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 após a gestação. Caso ocorra hiperglicemia durante o período de amamentação, o uso de insulina é indicado. A tolerância à glicose deve ser reavaliada a partir de 6 semanas após o parto e medidas de adoção de estilo de vida saudável devem ser estimuladas.

 

Existe uma forma de prevenir o desenvolvimento do diabetes gestacional

Verdade. Fazer escolhas saudáveis na hora da alimentação, além da prática regular de exercícios e a perda de peso para pessoas com sobrepeso ou obesidade podem ajudar na prevenção do diabetes e de outras doenças.

 

A gravidez tardia é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença

Verdade. Mulheres que engravidam após os 35 anos de idade são consideradas um dos grupos de risco para a diabetes gestacional. Então é fundamental verificar os níveis de glicose e ter um acompanhamento pré-natal.
 

Biomm


A Chegada do Frio e O Aumento Das Dores, Principalmente as Articulares e Musculares


Pessoas que sofrem com dores crônicas, reclamam por sofrerem mais com o frio. Mas por que no frio sentimos mais dor? A médica, especialista em Tratamento da Dor pela AMB e docente da pós graduação em dor no Hospital Einstein e Sinpain, Dra. Amelie Falconi, vai nos esclarecer
 

 

É muito comum na época de inverno o aumento da procura por consultas médicas devido a piora das dores, principalmente daquelas associadas com as dores articulares e musculares. Isso porque o frio acarreta em algumas alterações no nosso organismo, que podem piorar a dor em quem já sofre com isso. 

Com as quedas da temperatura, nosso organismo realiza diversas medidas para reduzir a nossa perda de calor. No frio os vasos sanguíneos fazem vasoconstrição, eles se contraem e isso faz com que o fluxo do sangue nos nossos membros seja reduzido. Assim, os músculos não ficam aquecidos como ficariam em temperaturas mais quentes, com isso os músculos acabam se contraindo. Essas contraturas musculares exacerbam as dores, especialmente em pacientes que já sofrem com dores miofasciais. É por essa contração muscular que muitas pessoas sentem os músculos doloridos em temperaturas mais baixas. 


Com a diminuição da circulação há um aumento da viscosidade do líquido sinovial, encontrado dentro das articulações e é responsável pela sua lubrificação. E a
rigidez nas articulações, devido ao aumento da viscosidade, também é responsável pela intensificação das dores, principalmente quando já existe uma lesão, o paciente vai ter a percepção da piora da dor, dificultando os movimentos e ficando com rigidez nas juntas. – Explica a Dra. Amelie Falconi. 

É justamente nas mãos e pés, além de outras parte do corpo que são áreas mais periféricas, que a temperatura corporal é mais baixa. E o quadro pode ser pior naquelas pessoas que sofrem alguma insuficiência circulatória. O frio também é responsável pela piora do espasmo vascular ou fenômeno de Raynaud. 

O que fazer para aliviar as dores durante o frio?

  • Aquecimentos com bolsa de água quente ajuda a relaxar a musculatura e melhora a circulação sanguínea, diminuindo as dores.
  • Uso de agasalhos adequados
  • Atividades físicas também ajudam no aquecimento do corpo e na lubrificação das articulações
  • Massagens também ajudam na circulação além de aquecer a região da dor
  • É fundamental a orientação de um profissional médico para avaliar cada situação

O aumento do desconforto, principalmente para quem sofre com dor crônica, precisa ser avaliado com mais cautela quando as dores persistirem por dias ou até semanas, pois pode ocorrer de outro problema estar envolvido.

Seja como for, se faz necessário a avaliação e orientação de um médico profissional da dor – finaliza a Dra. Amelie Falconi.

  

 

Dra. Amelie Falconi - Médica especialista em Dor. Professora de Medicina Intervencionista em Dor Einstein e SINPAIN. Sócia Diretora da Clínica Pro Sport

Coordenada do Comitê de Medicina Integrativa e Dor Crônica da Sociedade Brasileira ide Estudos da Dor – SBED. Autora de diversos capítulos de livros sobre dor.

Instagram: @amelie.falconi_medicin

Twitter: falconiamelie

Atendimento online e presencial -Juiz de Fora


Raro, GIST é um câncer que pode ser assintomático, orienta oncologista

O médico Ramon de Mello explica que esse tumor estar relacionado à herança genética

 

Conhecido como GIST, o tumor estromacal gastrointestinal surge, em alguns casos, associados a síndromes genéticas. “Cerca de 60% dos registros são assintomáticos, mas alguns pacientes podem apresentar manifestações cutâneas como manchas na pele ou coceira nos casos de hereditariedade, bem como hipoglicemia por produção pelo tumor de fator de crescimento, semelhante à insulina”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

A doença também pode apresentar sintomas como vômito, dor abdominal, dificuldade em engolir ou de digestão, além de anemia. Mais comum após os 60 anos de idade, esse tumor oncológico pode ser diagnosticado no estômago (60% dos registros) e no intestino (30%), bem como ao longo de todo o trato gastrointestinal. “Geralmente, o GIST é descoberto quando solicitamos exames de rotinas ou para cirurgias por outros motivos. A estratégia de tratamento depende do diagnóstico e varia de um paciente para outro”, explica Ramon de Mello. 

A maioria dos tumores GIST não apresenta uma causa definida. Porém, as condições genéticas do paciente podem contribuir para o desenvolvimento da doença como a mutação de alguns genes, especialmente o c-KIT, que é um receptor de proteína. “Encontrado na superfície das células, ele pode provocar a multiplicação das células de forma anômala e descontrolada até formar o tumor”, explica o oncologista.

 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

https://ramondemello.com.br/ 


Pandemia: ganho de peso pode atrapalhar tratamento de pacientes de doenças raras

Especialista alerta para necessidade de acompanhar o peso e manter doses adequadas de medicamentos, além de exercícios e terapias adicionais 

 

O ganho de peso da população mundial é mais uma das consequências do impacto da pandemia na sociedade. A reclusão, alteração de rotina e a ansiedade são as principais causas atreladas às mudanças na forma física das pessoas. Uma pesquisa do Instituto Ipsos aponta que 52% dos brasileiros engordaram entre 2020 e 2021. Em média, o aumento foi de 6,5 quilos, valor considerado alto.

Esse acontecimento também deve ser observado entre a comunidade de doenças consideradas raras. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas acometem até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. Só no Brasil, esse grupo chega a 13 milhões, sendo que a maioria dessas doenças (80%) é de ordem genética[1]

Um exemplo é a distrofia muscular de Duchenne (DMD), que tem como principal consequência a perda de massa muscular de forma progressiva[2]. A necessidade de acompanhamento nutricional dos pacientes com essa condição já faz parte do tratamento multidisciplinar considerado adequado para garantir bem-estar e qualidade de vida. “Com esse cenário de tendência ao aumento de peso, torna-se mais importante ainda que os pacientes diagnosticados com DMD façam o monitoramento e o controle de peso com frequência, principalmente para adequar a dose dos medicamentos de forma que ela se mantenha eficaz”, alerta a pediatra Ana Lúcia Langer. “Sem deixar de lado os exercícios e terapias adicionais que fazem parte de todo o tratamento.” 

O ganho de peso excessivo é prejudicial para pacientes com DMD ao piorar a fraqueza muscular por gerar maior esforço para os músculos que já estão fracos, o que pode comprometer a movimentação, podendo antecipar a necessidade de uso da cadeira de rodas. Também pode prejudicar os benefícios obtidos com o tratamento com corticoides, aumentar o risco de desenvolvimento de escoliose (deformidade na coluna), pressão alta, alterações na glicose sanguínea e no colesterol; prejudicar o funcionamento do pulmão e do coração.[3],[4],[5] “Sem contar que dificulta o transporte, a interação, o desenvolvimento psicossocial dos pacientes, e interfere no cuidado, especialmente após a perda da marcha, tornando as atividades diárias mais difíceis, afetando a qualidade de vida de toda a família ou rede de apoio”, completa a médica. 

Os pacientes com distrofia muscular de Duchenne (DMD) necessitam de menor quantidade de calorias na alimentação para manter o adequado funcionamento do organismo, quando comparados com crianças da mesma faixa etária sem a doença[4],[5]. A especialista reforça que o estado nutricional desses indivíduos requer acompanhamento contínuo. “Precisamos prevenir o aumento de peso para fugir da necessidade de dietas com restrições alimentares severas. Da mesma forma que não é bom ganhar peso, perder muito ou de forma rápida também faz mal, podendo piorar a fraqueza muscular. Temos sempre que proteger o músculo para garantir longevidade na mobilidade do paciente e mais qualidade de vida, por isso o cuidado em monitorar o peso, garantindo que as medicações utilizadas continuem a serem eficazes”, finaliza. 

 

Saiba mais sobre a distrofia muscular de Duchenne (DMD) ²

A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença de base genética que causa fraqueza e perda de massa muscular de forma progressiva. Ligada ao cromossomo X, afeta meninos.

A alteração genética faz com que a proteína distrofina não seja produzida de maneira adequada. Na ausência desta proteína funcional, a musculatura torna-se frágil e ao longo do tempo vai se degenerando. O saldo final é a fraqueza, que impede os pacientes de subir escadas, caminhar e movimentar os braços ao longo da progressão da doença. Em fases avançadas da DMD, o comprometimento muscular é extenso, afetando inclusive a musculatura respiratória, o que pode acarretar distúrbios pulmonares com risco de morte, exigindo a necessidade de suporte ventilatório, além de complicações cardíacas.

Para mais dicas sobre nutrição de pacientes com DMD, acesse o site do Movimento Duchenne.


  
 

[1] Governo Federal. Acesso em 07/04/2022.

[2] Bushby K, Finkel R, Birnkrant DJ, Case LE, Clemens PR, Cripe L et al. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis and pharmacological and psychosocial management. Lancet Neurol. 2010;9(1):77-93. DOI.

[3] Bushby K, Finkel R, Birnkrant DJ, Case LE, Clemens PR, Cripe L, et al.; DMD Care Considerations Working Group. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 2: implementation of multidisciplinary care. Lancet Neurol. 2010 Feb;9(2):177-89. Erratum in: Lancet Neurol. 2010 Mar;9(3):237.

[4] Davidson ZE, Truby H. A review of nutrition in Duchenne muscular dystrophy. J Hum Nutr Diet. 2009 Oct;22(5):383-93.

[5] Davis J, Samuels E, Mullins L. Nutrition considerations in Duchenne muscular dystrophy. Nutr Clin Pract. 2015 Aug;30(4):511-21


Seconci-SP alerta para riscos do aumento dos casos de Covid

Entidade recomenda reforço das medidas de proteção em locais fechados

 

Diante do aumento dos casos de contaminação por Covid, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) alerta para a necessidade de manutenção das medidas de proteção contra a doença. 

A chegada das massas de ar frio, características do outono, aumenta a tendência das pessoas de permanecerem aglomeradas em locais sem a adequada ventilação. Naturalmente, isto eleva o risco de contaminação por Covid, gripe e outras doenças. 

Além disso, é certo que o número de casos confirmados de Covid é maior do que o registrado, pois muitos diagnósticos positivos feitos por meio de auto-teste não são informados às autoridades públicas de saúde. Portanto, o vírus está circulando com uma intensidade maior do que mostram as estatísticas oficiais. 

Há um grande número de pessoas que relaxaram as medidas de proteção, seja por se sentirem protegidas, seja pelo cansaço em adotá-las, ou por simples desinformação. A maior circulação do vírus se dá justamente neste momento de relaxamento, reforçando ainda mais a tendência de aumento de novos casos da doença. 

Mesmo que o indivíduo esteja com a vacinação completa, ele pode ser infectado. Graças à vacinação, a grande maioria dos pacientes contrai a forma leve da doença. Entretanto, isto não elimina completamente os riscos de sequelas como fadiga, perda de memória, perda de olfato e paladar, entre outras, afetando a qualidade de vida e a produtividade. 

Nesta conjuntura, o Seconci-SP recomenda um novo reforço das medidas de proteção, como uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social e ventilação adequada, especialmente em locais fechados como residências e escritórios, e nos transportes coletivos. 

A entidade também recomenda que as empresas estimulem a vacinação da terceira dose por aqueles que ainda não a tomaram. Todas estas medidas são relevantes para frear o aumento da circulação do vírus e diminuir a possibilidade de surgimento de novas cepas mais transmissíveis e agressivas.


No mês da Luta Antimanicomial, entenda as diferenças entre residência terapêutica e hospital psiquiátrico

 

Crédito: canva

Com propostas diferentes e ainda sim complementares, devido principalmente à luta antimanicomial, ambas foram elaboradas sob ideais humanitários

 

O dia 18 de maio é importante para a medicina, principalmente para parte dela que trata a saúde mental, porque nele é celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Tanto a data como todo o mês colocam em evidência a importância do combate contra a intolerância com indivíduos que possuem psicopatologias que requerem tratamentos especiais, como por exemplo, a necessidade de hospitalização. 

A data relembra antigas mobilizações e divulga outras recentes em torno do fechamento de manicômios e a formalização de novas legislações que defendem propostas cada vez mais humanitárias no tratamento desses pacientes. Entre elas, estão os hospitais psiquiátricos e, a longo prazo, as residências terapêuticas. 

Com concepções completamente diferentes e complementares, os estabelecimentos não se assemelham nem na formação da equipe necessária e tampouco na estrutura física do ambiente onde está localizado. As residências terapêuticas são dispositivos que podem ser acionados no momento da estabilidade do paciente. E ao contrário dos hospitais psiquiátricos, as residências terapêuticas podem servir como uma solução definitiva de moradia para os pacientes, onde os mesmos encontrarão afeto, convivência, suporte em todas as suas necessidades e ajuda para usufruir da máxima autonomia que seu quadro permitir. 

De acordo com o médico psiquiatra sócio e diretor da Sig Residência Terapêutica, Ariel Mazur Lipman, é necessário entender que mesmo no período da estabilidade, muitos pacientes precisam de cuidados, como controle da sua medicação, cuidados com alimentação, higiene, convivência, lazer, etc. 

“Muitas vezes as famílias não conseguem prover todo esse cuidado, por questão de falta de tempo, esgarçamento das relações ou até mesmo morte/envelhecimento das pessoas que proviam todo esse suporte. Portanto, as residências terapêuticas ocupam esse espaço de prover todas as necessidades dos portadores de doenças psiquiátricas crônicas”, explica. 

Assim, as residências terapêuticas devem ser cogitadas quando o paciente está estabilizado de seus sintomas mais graves e uma solução mais definitiva se mostra necessária, na tentativa de prover a melhor vida possível e prevenir a reincidência das crises. É pensado como uma proposta de moradia, trazendo um novo olhar para a convivência com doenças psiquiátricas e um local para chamar de lar. 

Já os hospitais psiquiátricos devem ser utilizados em situações de crise. Momentos em que os pacientes estão com comportamento de risco e por isso precisam estar em um ambiente seguro e extremamente controlado. Neste caso não há um período determinado, que deve ser o menor período possível. 

“A chave para entender a diferença entre hospitais psiquiátricos e residência terapêutica está na compreensão da diferença de cuidado na crise e no período de estabilidade” explica Lipman. Os hospitais psiquiátricos são dispositivos que devem ser acionados no período da crise, momentos em que o tratamento deve ser feito de forma intensiva, o acompanhamento médico e multidisciplinar deve ser feito com muito mais frequência e recursos devem ser usados para garantir que o paciente não coloque em risco a si e terceiros. 

 

Sig Residência Terapêutica


Maio Vermelho alerta para câncer de boca: doença pode passar despercebida e ser confundida com problemas de saúde bucal

 Apesar de discreta, a neoplasia é mais comum em homens acima de 50 anos; Oncologista comenta sinais para ficar de olho e importância do diagnóstico precoce

 

Podendo surgir de maneira silenciosa, o câncer bucal merece atenção - principalmente por boa parte dos óbitos ocorrerem pela demora no diagnóstico. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é estimado que a cada ano do triênio 2020/2022 sejam detectados 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres. 

De acordo com o Dr. Andrey Soares, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, os sintomas costumam ser discretos, podendo passar despercebidos. "Aftas insistentes, feridas na boca que não cicatrizam, manchas brancas e sangramento repentino precisam ser avaliados para o diagnóstico correto", explica. 

Muitas vezes, o câncer de boca pode até mesmo ser confundido com problemas de saúde bucal. "Por isso, é muito importante falar sobre o assunto e levar a informação à diante. Dessa maneira, a partir do surgimento da doença, é possível identificar a condição para que o tratamento seja realizado o quanto antes”, comenta o oncologista.

 

Prevenção e diagnóstico 

Como forma de prevenção, é muito importante manter visitas regulares ao dentista, além dos cuidados com a higiene da boca de maneira geral. "Isso pode evitar que o câncer seja descoberto em estágios mais avançados, salvando vidas", reforça. Além disso, é fundamental evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e também o tabagismo. 

O diagnóstico pode ser realizado através do exame clínico, mas para que o câncer seja de fato confirmado, é necessário biópsia. Após a descoberta, o médico irá solicitar exames para verificar o estágio e definir o melhor tratamento. São eles: 

  • Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética: traz informações importantes quanto à extensão das estruturas comprometidas, bem como auxilia no diagnóstico diferencial com lesões benignas;
  • PET/CT: realizado em alguns casos para avaliar se há lesões relacionadas à doença em outros órgãos (metástases);
  • Exames de sangue: os exames de sangue não podem diagnosticar tumores da boca. No entanto, são solicitados para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento; e
  • Exame odontológico: antes do tratamento radioterápico, o médico pode solicitar ao paciente um exame dentário preventivo e, caso necessário, realizar a remoção dos dentes antes do início do tratamento. No caso de haver a remoção de uma parte da mandíbula ou do palato, o ortodontista irá trabalhar para garantir que os dentes artificiais e os dentes naturais remanescentes se encaixem corretamente.
     

"Vale lembrar ainda que o diagnóstico do câncer de boca ocorre na maioria das vezes em homens acima de 50 anos", comenta Andrey. Contudo, a doença pode acontecer em diversas partes da região, como lábios, bochechas, assoalho bucal, gengiva, amígdalas, céu da boca, entre outras.

 

Tratamento 

Geralmente, o tratamento da neoplasia é, na maioria das vezes, realizado de maneira cirúrgica - seja para lesões menores ou maiores. Dentre os procedimentos, a quimioterapia também é uma alternativa para complementar a cirurgia ou ainda quando ela não pode ser realizada. 

"O procedimento consiste na retirada do tumor da região e também de linfonodos do pescoço. Além disso, pode ser realizado outros procedimentos caso necessário, como a ressecção de segmentos ósseos", explica Andrey Soares. 

Contudo, o tratamento pode incluir:

  • Radioterapia IMRT: é um tipo de radioterapia que tem maior precisão na hora de tratar o tumor. Com isso, o paciente apresenta menos efeitos colaterais e os resultados são mais expressivos;
  • Terapia-alvo: são drogas que funcionam de forma diferente da quimioterapia padrão. Elas tendem a ter efeitos colaterais diferentes (e menos graves) e atuam impedindo que a célula tumoral se multiplique, retardando ou mesmo interrompendo o crescimento das células cancerosas. Esta terapia pode ser combinada com a radioterapia para alguns tipos de câncer em estágio inicial ou com a quimioterapia em casos avançados; e
  • Imunoterapia: esse tipo de tratamento aumenta a atividade das células de defesa do paciente para combater a doença. Pode ser utilizado combinado ou não com quimioterapia, a depender de características clínicas do paciente e da expressão do PDL1, que é uma proteína presente na superfície do tumor.


Fatores de risco 

Diversos especialistas acreditam que o desenvolvimento do câncer de boca está relacionado ao estilo de vida. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos da neoplasia estão ligados ao álcool e ao tabagismo. 

Durante a pandemia, de acordo com um estudo realizado pela Fiocruz, 33% dos fumantes brasileiros aumentaram o uso de cigarros no período. Segundo Andrey Soares, foi possível notar ainda uma maior ingestão de bebidas alcoólicas. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) apontou que 17,2% dos entrevistados declararam um aumento do consumo de álcool. "A médio e longo prazo isso pode impactar nos diagnósticos de câncer, como o de boca, fígado, intestino, entre outros. Por isso, é muito importante que o uso excessivo, tanto do álcool como do tabagismo seja freado pela população para evitar danos maiores", explica. 

Uma dieta pobre em vitaminas e minerais, além da exposição excessiva aos raios UVA e UVB nos lábios, sem proteger a região, podem também contribuir para o surgimento do câncer de boca. "É importante reforçar que nos últimos anos o HPV também tem sido um fator de risco entre os mais jovens, principalmente pelo sexo oral sem proteção. Como alternativa, as medidas preventivas, como o uso de preservativos e a vacinação, devem ser sempre colocadas em prática para contornar o desfecho da condição", finaliza o oncologista da Oncoclínicas.


HÉRNIA DE DISCO: UMA ABORDAGEM DIFERENTE PARA RESOLVER O PROBLEMA

Poucas pessoas realmente sabem o que é a hérnia de disco, a grande maioria só ouviu falar

 

Nos últimos tempos muitas pessoas têm falado sobre a hérnia de disco com mais frequência que no passado. Algumas estratégias de tratamento desse problema vão desde massagens, eletroestimulação, acupuntura, até cirurgias. Todas elas têm por fundamento resistir à compressão e aliviar os sintomas.

Essa patologia, que antes era considerada algo relacionada a idosos, hoje acomete todas as idades. “Do ponto de vista físico, hoje nossa juventude tem características dos velhos da antiguidade. Isso se dá pelo fato de que, no passado, os trabalhos eram essencialmente braçais. Além do trabalho, o modo de vida daquela época também tinha uma maior demanda física, pois não existiam carros, trens, aviões, navios, elevadores, televisão, videogame, celulares, ou seja, até se você não tivesse um trabalho, você seria muito mais ativo do que pessoas altamente ocupadas hoje em dia”, afirma o personal trainer Samorai, especialista em movimentos e treinamento 3Dimensional.

 

O movimento tem sido considerado um grande aliado desse tratamento, já que se torna um ótimo meio para reabilitação ou prevenção dessa lesão. “Ao contrário das abordagens tradicionais, no treinamento 3Dimensional não olhamos o sintoma, mas sim as causas. Toda e qualquer lesão, seja ela hérnia, tendinite ou qualquer outra, não são causas em si, mas resultado da quebra da harmonia do nosso corpo. Esse é um princípio fundamental do pensamento 3D, em condições normais de funcionamento, ninguém deveria ter hérnia”, explica Samorai.

 

É importante descobrir a causa dessa hérnia. Isso pode ocorrer de duas formas: um acidente ou o resultado de pequenas disfunções que são desenvolvidas ao longo do tempo e que geram compensações no movimento. Por exemplo, uma pessoa que bate o carro. Nessa batida, uma energia muito grande chega ao disco que não é capaz de suportar e se danifica gerando a lesão. Outro exemplo diferente é uma pessoa que nunca sentiu nada, está fazendo o que sempre fez e trava, não conseguindo se mexer com uma dor insuportável e sem nenhuma posição que alivie.

 

“Para entender essa dor temos que entender para que serve o disco. Em uma explicação mais acessível, o disco seria como um amortecedor. Por ser uma região muito enervada, vital e sensível do corpo, ele tem inúmeras estratégias para dispersar cargas que poderiam chegar nesta região, comprimindo raízes nervosas ou mesmo gerando inflamações. Essas estratégias vão desde o controle dos movimentos até a força muscular. Se a carga passar por todas essas barreiras, ainda tem o disco para terminar de absorver esse pouco de carga que restar”, diz Samorai.

 

Devido ao modelo sedentário de vida que grande parte da população tem hoje, o tempo todo os discos estão absorvendo cargas que antes seriam absorvidas pelos músculos, pela cadeia de reação, pelas amplitudes articulares, por um movimento controlado e preciso. Como a função do disco não é suportar tanta carga e com tanta frequência, ele vai se deformando até que algum dia encontre uma raiz nervosa e a dor aparece. 

Samorai explica que no caso de atletas ou pessoas ativas, por mais treinados que sejam, muitas vezes os padrões de movimento não são perfeitos. Uma pisada como os pés rodados para fora, por exemplo, pode, e muito provavelmente será, uma causa de hérnia de disco. Um peitoral encurtado também ou até mesmo uma timidez. Nesse caso, a cadeia de reação é a pessoa ser tímida e, por isso, ela se fecha projetando os ombros para frente. Essa posição aumenta significativamente a sobrecarga na base da coluna e isso por si só já seria potencialmente uma causa de uma hérnia.

O personal ainda afirma que de nada adianta pendurar a pessoa de ponta-cabeça ou aplicar choquinhos para aliviar a dor, se não for corrigido o problema da pisada dela que é uma das causas da lesão. Em conjunto com a analgesia, uma abordagem na causa, já que sem ela, uma cirurgia ou uma prótese não impedirá que o estresse continue chegando à região, visto que nada mudou em relação à causa. 

“Resumindo, atividade física é um elemento fundamental para prevenção, mas essa atividade tem que ser 3Dimensional, com movimentos analisados sob essa ótica para que disfunções sejam corrigidas e esse movimento seja realizado com controle, precisão, amplitude, força e harmonia”, conclui o especialista.

 

Samorai -  Criador do Método de Treinamento 3Dimensional, Samorai é Bacharel em Esporte pela USP, Movement Specialist pelo Gray Institute dos USA e International Educator do Gray Institute, além de ser uma das cinco pessoas que podem ministrar cursos desse instituto em qualquer lugar do mundo. Samorai é palestrante internacional, estuda áreas como Antroposofia e Pedagogia Waldorf, massoterapia e quiropraxia.

 

Instituto de Performance Samorai

Rua Comendador Miguel Calfat, 437 - Vila Nova Conceição

(11) 97970-3567

@samorai3d


Infectologista do Sabará Hospital Infantil explica sobre a Hepatite Misteriosa

OMS registra 348 casos e no Brasil 41 crianças estão sob investigação

 

Além das Síndromes Respiratórias Graves que já ocorrem nesse período do ano, esse surto de hepatite de causa desconhecida está preocupando os pais.

 

De acordo com dados da OPAS/OMS foram identificados 348 casos prováveis de hepatite aguda desconhecida em crianças e adolescentes em 21 países, sendo que Brasil, 41 casos suspeitos em investigação pelo Ministério da Saúde em nove estados. No estado de São Paulo, até o dia 13/05, 16 casos suspeitos estavam sendo investigados.

 

A doença recebeu esse nome porque as crianças infectadas não apresentavam os vírus mais comuns responsáveis pelas hepatites A, B, C, D e E. A hepatite é uma inflamação do fígado e atinge pessoas de todas as idades. Porém, essa em especial, tem afetado principalmente as crianças na faixa dos dois a cinco anos, embora a definição de caso provável inclua crianças de zero a 16 anos. Nesta hepatite, chama a atenção o percentual mais elevado que o habitual de formas graves, que requerem transplante de fígado como tratamento.

 

Os principais sintomas são a coloração amarelada da pele e dos olhos, vômitos, fezes esbranquiçadas, dor abdominal, diarréia e náusea.

 

De acordo com o infectologista e gerente médico do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Oliveira Junior, ainda não é possível identificar o causador desse tipo de hepatite. “Existe possibilidade desta hepatite resultar da interação entre uma infecção prévia pelo vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, seguida pela infecção por outro vírus, provavelmente um Adenovírus, com uma resposta inflamatória exagerada. As informações disponíveis sobre esta condição ainda são limitadas, apesar dos esforços de pesquisadores de vários países. A hipótese mais plausível é que a causa seja infecciosa, provavelmente viral, mas até o momento, nenhum agente etiológico foi confirmado.”

 

Segundo dados de um boletim anterior da OMS, divulgado no dia 23 de abril, dos 169 casos notificados naquela data, 85 casos foram testados para adenovírus, dos quais 74 (87%) foram positivos. “O adenovírus é responsável por síndromes respiratórias, que podem causar pneumonia viral, bronquiolite, gastroenterite (com diarreia e vômito), conjuntivite e síndromes urinárias, mas não é conhecido por causar hepatite grave em crianças saudáveis”, explica o infectologista. 

O especialista esclarece que nesse momento, o melhor é manter as normas básicas de higiene, como higienização frequente das mãos, cuidado na hora de tossir ou espirrar para evitar a contaminação das pessoas próximas (etiqueta da tosse), cuidado na higienização de alimentos ingeridos crus e da qualidade da água e manter sempre o ambiente bem arejado. Além disso, crianças com sintomas de hepatite devem ser levados para avaliação médica, reforça Dr. Francisco.


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