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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Conheça 10 peculiaridades no tratamento do diabetes no idoso

Interação medicamentosa e deficiência nutricional fazem parte da lista

 

“Cerca de 20% dos idosos, acima de 60 anos, têm diabetes tipo 2. É muito importante olhar não apenas para os índices glicêmicos deste paciente, mas, também, os riscos cardiovasculares, inerentes para idade, e que podem acometer esta pessoa em função do colesterol, triglicérides e hipertensão”, alerta Dr. Marcio Krakauer, endocrinologista da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o número de idosos (maiores de 60 anos) deve chegar a 25,5% da população brasileira até 2060. O médico elenca dez pontos de atenção extrema nos cuidados do paciente acima dos 60 anos com diabetes.

 

- A polifarmácia: é comum no público dessa faixa etária, que pode chegar a usar mais de 15 medicamentos orais ou injetáveis por dia. Cuidar da interação medicamentosa a cada visita do paciente é crucial.

 

- A sarcopenia, que é a perda de massa muscular, é prevalente na população mais idosa e ela pode levar à resistência insulínica, já que a massa muscular estará menor. Por isso é importante incentivar a prática regular de atividade física que fortaleça o músculo, claro, desde que não haja contraindicação médica.

 

- Funções cognitivas e depressão devem ser avaliadas, pois são prevalentes nesta população e podem dificultar a percepção de uma crise hipoglicêmica, por exemplo.

 

- A incontinência urinária não deve ser negligenciada, pois ela pode afetar o controle da glicemia e a confusão dos sintomas do diabetes.

 

- Essas pessoas apresentam com mais frequência uma dificuldade na mastigação e buscam alimentos mais hiperpalatáveis, porém, sem valor nutricional. A absorção dos nutrientes já é menor no idoso, então é preciso atenção para que não haja deficiência nutricional.

 

- Os cuidados com a visão devem ser redobrados, pois além da perda de acuidade visual inerente ao envelhecimento, o diabetes facilita problemas visuais como o glaucoma e a catarata. Em casos graves, pode levar à cegueira.

 

- A função renal pode ficar alterada em função das medicações que o idoso faz uso, e o diabetes é um fator para complicações renais.

 

- Lesões em pés e pernas podem aparecer no idoso, que terá mais dificuldade de se autoexaminar (por menor mobilidade, pela menor acuidade visual...) e o diabetes sem controle pode levar à chamada neuropatia diabética, com consequências graves como amputação.

 

- Medicações específicas podem ser contraindicadas, já que os idosos têm mais vertigens, desidratam com mais facilidade, portanto a indicação de medicamentos para tratar o diabetes deve levar em consideração esses fatores. 

 

- No caso da hipoglicemia, um alerta importante: “No idoso, a hipoglicemia pode levar a quedas com consequentes fraturas, além de poder levar à arritmia, e causar morte por fibrilação. É preciso muita atenção e cuidado por parte de familiares e cuidadores de idosos para evitar ao máximo os episódios de hipoglicemia”, finaliza o endocrinologista.

 


SBEM-SP  - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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Dia Mundial da Saúde: Infectologista reafirma importância das vacinas para todos os públicos

Vacinação simultânea contra a gripe e Covid-19 é extremamente segura e otimiza a proteção contra as doenças

 

Devido à pandemia da Covid-19, nunca se falou tanto em vacinação. No Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, ela continua sendo destaque para o controle não só da Covid, como também de outras doenças, para garantir mais saúde e expectativa de vida à população. 

O infectologista e professor do curso de Medicina, Evaldo Stanislau, da Universidade São Judas, integrante do Ecossistema Ânima Educação, reafirma que as vacinas em geral são e foram essenciais para a humanidade. “Há mais de 200 anos, quando a era das vacinas começou, as doenças infecciosas matavam muito e reduziam a expectativa de vida da população mundial. Foram as vacinas que mudaram o cenário da saúde, protegendo contra doenças virais, bacterianas e as causadas por alguns parasitas.” 

O especialista destaca que foi graças à vacinação que o mundo superou as doenças da infância e está protegendo a população idosa com a nova geração de vacinas, como a da Covid-19. “As vacinas são seguras e necessárias. Recomendo a todos: crianças, jovens, adultos, idosos e profissionais de várias categorias, que possuem calendários de vacinação próprios. As pessoas precisam se informar sobre isso.”

 

Vacinação simultânea - Em plena campanha contra a gripe e a Covid-19, Evaldo afirma ainda que a vacinação simultânea das duas é uma prática absolutamente segura, corriqueira e necessária, otimizando o momento da proteção. 

“Quando há indicação, recomendo a vacinação simultânea, não há problema nem interferência. No começo da vacinação da Covid-19 não misturávamos outros imunizantes, porque queríamos observar o comportamento deste sozinho e acompanhar o seu desempenho. Hoje, com bilhões de pessoas vacinadas no mundo e conhecendo as suas segurança e eficácia, não se deve perder a oportunidade de vacinar contra essas duas doenças tão importantes.”

 

História - As vacinas, como a conhecemos hoje, tiveram início em 1796, na Inglaterra, quando a epidemia de varíola matava muitas pessoas. O médico Edward Jenner observou que as ordenhadoras de leite contaminadas com a varíola bovina ficavam imunes à varíola humana. 

Após muita pesquisa, Jenner desenvolveu uma vacina para proteger as pessoas da varíola. Assim, surgiu a Vaccinia, em português vacina. No início, houve muita rejeição à nova descoberta. Felizmente, a vacina da varíola se expandiu e, com isso, a doença está extinta desde 1980, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

São Judas]

O metaverso a favor da saúde

O ambiente de realidade virtual que chamamos metaverso pode representar um grande avanço para a área da medicina, ampliando diagnósticos à distância, possibilitando atendimentos de qualquer lugar do mundo e melhorando a qualidade de vida. Entenda mais

 A área da saúde pode ser uma das mais beneficiadas pelo metaverso, pela amplitude de atuações que pode receber e, especialmente, por ser capaz de usá-lo como um facilitador dos processos humanos. A frase é de Guilherme Stella, fundador da TrackFY, empresa especializada em soluções de mapeamento digital para os segmentos médico, de construção e mineração. Para ele, a saúde só tem a ganhar com o avanço tecnológico conectado à rede.

Guilherme explica: “o metaverso duplica a realidade e se torna um grande ambiente onde podemos atuar infinitamente. Imagine a triagem de pacientes transportada para um ambiente virtual simulado, que receberia todas as informações do paciente e que o traria, como in loco, para uma imersão naquele ambiente”. Muito mais amplo do que a telemedicina, para Guilherme a realidade paralela do metaverso pode chegar a ser o novo universo médico em si, guardadas as proporções.

O metaverso possibilitaria, então, um avanço incrível da internet e telemedicina, um atendimento virtual remoto, com paciente e médico 100% imersos nesse ambiente virtual e com a possiblidade de uma avaliação clínica a partir da digitalização do paciente. “Dependendo da evolução da tecnologia para o usuário, ele mesmo poderia mapear, em 3D e do seu celular, a região em que tem determinado sintoma, e o profissional da saúde teria acesso a essa imagem como se o paciente estivesse ao vivo em sua frente. A partir daí, seriam elencadas prioridades e o atendimento presencial, quando necessário, poderia ser indicado pelo centro de triagem online e feito em um centro especializado próximo ao paciente”, explica ele.

 

Segundo o gestor, o ensino da saúde também pode ganhar muito com o metaverso: “vai existir um universo paralelo onde estudantes ou residentes podem, da sua casa, acompanhar procedimento do mundo real, em qualquer lugar do mundo, ou procedimentos que estão sendo realizados via robótica em um centro de ensino virtual, mas com coordenadas”.

 

Imagine um estudante da periferia de São Paulo, por exemplo, participar de um procedimento em uma universidade dos Estados Unidos, não via call ou outra tecnologia já amplamente utilizada, mas de maneira totalmente imersa. Enquanto na realidade aumentada e outras experiências virtuais que já existem, o usuário tem perspectiva passiva e unilateral, no metaverso ele se torna um elemento atuante e pode explorar o ambiente de forma ilimitada.

 

Mas, afinal, o que é o metaverso?

“Ao meu ver”, explica Guilherme “o metaverso é um simulacro do mundo real, paralelo a este e que acontece em tempo real ao nosso. Algumas pessoas ainda entendem o metaverso como um game ou como uma experiência virtual. Mas podemos dizer que o ele é o ambiente paralelo no qual essa experiência acontece. E, diferente de tudo que conhecemos, o metaverso nos dá uma autonomia e uma amplitude de ação dentro de um universo digital e paralelo como nunca imaginamos”. Um novo sistema de protocolo global, de computadores interconectados que criam uma infinita rede de informação, “o Metaverso é a evolução da internet”, finaliza Stella.

 

TrackFY - empresa brasileira especializada em soluções de mapeamento e rastreamento tridimensional para os segmentos de saúde, construção, engenharia reversa, mineração e topografia, além de automação automotiva.

www.trackfy.tech


Tenho sinusite. Como saber se preciso de cirurgia?

O otorrinolaringologista responde em quais casos é indicado uma intervenção cirúrgica

 

Quem sofre com sinusite conhece bem o desconforto que é conviver com a doença. O nariz entope, começam as dores de cabeça, o inchaço na face e aquela sensação de pressão ao redor dos olhos, na testa e no nariz, além da febre, das dores no corpo e do mal-estar nos casos mais graves. Tudo isso, porque a sinusite é uma inflamação dos seios da face, região que apresenta secreção mucosa constantemente de forma natural e imperceptível. Mas, pode ter o fluxo prejudicado quando existe uma alteração anatômica, ocorre um quadro infeccioso ou alérgico no local.

Além de ser uma consequência de alergias respiratórias, é muito comum que a sinusite se manifeste durante crises de gripe, já que pode ser de causa viral também. A boa notícia é que existe tratamento e cura, através de medicamentos em casos mais brandos, e até de cirurgias em casos mais severos. Então, surge a grande questão: tenho sinusite. Como saber quando preciso passar por uma intervenção cirúrgica?

Para o Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo e professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o que determina a cirurgia como a melhor alternativa é o histórico clínico do paciente.

“Inicialmente, o tratamento da sinusite pode ser realizado como medicamentos, entre eles: analgésicos, antibióticos e corticoides, com o objetivo de acabar com o processo infeccioso local. O que acontece em alguns casos é que as crises ficam recorrentes, o organismo não responde mais aos medicamentos e a infecção começa a atingir outras áreas da face. O que torna o quadro mais complicado e revela a cirurgia como uma alternativa promissora”, esclareceu.

A sinusectomia ou cirurgia de sinusite é uma indicação para pacientes em que o processo inflamatório passa a afetar os seios da face sem melhora com o uso de antibiótico, e em raros casos pode complicar e atingir a órbita (olho) e até o sistema nervoso central. Nestes casos, o médico otorrinolaringologista realiza o procedimento com anestesia geral, por via nasal. A técnica endonasal é a mais moderna atualmente, que permite ao médico realizar todo o procedimento através do auxílio de uma câmera e sem cortes.

Durante o período pós-operatório é comum que o paciente sinta dor na face, um pouco de obstrução nasal e pequenos sangramentos. O ideal é que as recomendações médicas sejam seguidas à risca para que o processo de cicatrização ocorra dentro do esperado.

“O resultado de toda cirurgia depende muito da conduta do próprio paciente durante o pós-operatório. Eu costumo orientar os pacientes a lavar o nariz com soro fisiológico em alto volume para manter o local limpo e hidratado. Importante nos primeiros dias evitar a exposição solar, e uma dieta com alimentos mais pastosos e frios. Tudo isso ajuda muito o corpo a se recuperar e os tecidos se regenerarem”, enfatizou Dr. Ricardo Dolci.

Normalmente, o médico libera o paciente para voltar às suas atividades normais cerca de 10 a 30 dias depois da cirurgia. O mais importante nestes casos é comparecer às consultas de retorno e seguir as orientações de longo prazo, garantindo, assim, uma vida livre das crises de sinusite.

  

Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci - sócio da Clínica Dolci - Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervico-Facial;  Membro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Doutorando pela Ohio State University (OSU/USA) e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


Avaliação periódica pode prevenir eventuais perdas auditivas ao longo da vida

OMS estima que, até 2050, um quarto da população mundial sofrerá com o problema; veja como evitá-lo 

 

Muitos são os tipos de surdez e dificuldades auditivas. O problema, que pode ser congênito ou adquirido com o passar dos anos, traz diversos danos à qualidade de vida de crianças, adultos e idosos, impactando nas habilidades auditivas e de comunicação oral e, consequentemente, nas relações sociais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, um quarto da população global sofrerá algum grau de perda auditiva. O dado equivale a cerca de 2,5 bilhões de pessoas. No entanto, segundo a entidade, cerca de 60% destas perdas podem ser evitadas por meio da prevenção e do tratamento de doenças ligadas ao problema.

O otorrinolaringologista Cassiano Malpaga e a fonoaudióloga Sabrina Figueiredo, ambos do Hospital Paulista, destacam a importância da realização da Avaliação Auditiva Periódica, capaz de diagnosticar perdas adquiridas ao longo da vida.

O problema pode ocorrer aos poucos e evoluir de forma progressiva, sem que seja percebido, trazendo danos não apenas à saúde, mas também ao desempenho escolar, trabalho e autoestima. 

“Assim como fazemos o acompanhamento e check-up da saúde geral, como a prevenção de problemas da visão e exames de sangue, por exemplo, é fundamental que monitoremos a saúde auditiva”, afirma a fonoaudióloga.

Em alguns casos, a diminuição na audição não é percebida no início, até que se manifestem sintomas como otites silenciosas e perda auditiva progressiva, quando o problema já está avançado.

Conforme Dr. Cassiano, a avaliação pode ajudar a preveni-los, principalmente em casos de pacientes expostos a ruídos no trabalho. “Em todas as doenças do ouvido, o diagnóstico precoce, através da Avaliação Auditiva Periódica, pode ser um diferencial no sucesso do tratamento”, explica.


Como funciona a avaliação?

Na área de diagnóstico audiológico, hoje em dia, é possível obter a avaliação das áreas periférica e central de forma eficaz. Inicialmente, é feita a avaliação da orelha média, composta pela função da membrana timpânica e cadeia ossicular, por meio do exame de impedanciometria, que realiza timpanometria e reflexos acústicos.

Para avaliar a percepção dos sons do indivíduo, podem ser feitos exames complementares, nos quais cada informação é analisada para que o diagnóstico correto seja realizado.

Na audiometria tonal e vocal, é possível verificar quais sons menos intensos o indivíduo é capaz de ouvir em frequências variáveis de 250Hz a 8000Hz, geralmente. Isso acontece tanto pela via aérea, com a utilização de fones, como por via óssea, por meio de um vibrador ósseo, além da avaliação de percepção dos sons de fala.

“O exame é considerado padrão ouro para o diagnóstico, pois fornece informações que indicam qual pode ser o tipo e o grau da perda auditiva”, explica Sabrina.

Em alguns casos, também são realizados exames objetivos, que não dependem da participação do sujeito na resposta, como a de Emissões Otoacústicas e de Potenciais Evocados Auditivos, ambos muito úteis, principalmente, em pacientes que não são capazes de responder aos exames comportamentais.


Teste da Orelhinha

Quando as crianças nascem, ainda na maternidade, é realizado o Teste da Orelhinha, uma triagem neonatal auditiva rápida e indolor, capaz de detectar problemas em recém-nascidos e proteger um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento e comunicação.

Já as avaliações auditivas podem ser realizadas em quaisquer pessoas a partir dos seis  primeiros meses de vida. No entanto, conforme o médico, há também as perdas auditivas decorrentes do processo de envelhecimento, chamadas de presbiacusia, em que o acompanhamento é indicado a partir dos 40, 45 anos.

“O recomendado é um acompanhamento anual, principalmente em casos em que há histórico familiar de perda auditiva, pessoas que trabalham e são expostas a ruídos ou ainda para quem apresenta algum sintoma de falha auditiva”, afirma Dr. Cassiano.

O especialista destaca alguns sinais auditivos que podem indicar a necessidade de buscar um otorrino de forma prévia.

"Devemos estar sempre atentos a alguns sintomas, como piora auditiva, principalmente de maneira súbita, sensação de zumbido e episódios de tontura, que também podem estar associados à perda auditiva”, finaliza o médico.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Mundial da Atividade Física: caminhada ao ar livre é tendência no cuidado com a saúde mental

Especialista explica os benefícios do exercício e como ele se tornou forma de terapia alternativa

 

A preocupação excessiva durante a pandemia, causada não apenas pelo medo de ser contaminado pelo coronavírus, mas também pela incerteza do futuro diante de tantas mudanças, despertou casos de ansiedade e síndrome de pânico e acendeu um alerta para a saúde mental. Neste Dia Mundial da Atividade Física, queremos mostrar como um exercício simples pode ser um grande aliado para a mente.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Google, “Como manter a saúde mental?” foi mais pesquisado em 2021 do que nunca em todo o mundo. Em março, a pergunta “como ajudar uma pessoa com ansiedade?” foi a mais feita na categoria “como ajudar” do site.

O levantamento aponta que a saúde mental deixou de ser um tabu e as pessoas têm procurado por profissionais que possam auxiliá-las. Os formatos mais tradicionais, como a psicologia e a psicanálise, ainda são muito buscados pela população, mas outras formas de terapia também têm ganhado espaço.
 

O filósofo clínico Beto Colombo, por exemplo, promove caminhadas com seus pacientes por todo o Brasil. De acordo com ele, durante o percurso os peregrinos podem apreciar o que a região tem de melhor, que são suas belezas naturais, a história, a hospitalidade, além de realizarem paradas para refletir sobre o momento vivido, qual o seu papel, se redescobrir e recuperar sua qualidade de vida.
 

“Diferentemente da psicologia, que utiliza conceitos prévios, a filosofia clínica é um método de estudo do ser humano. Por isso, usamos como base grandes mestres, que sabiam que enquanto caminhamos por longos trechos junto às árvores, rios e animais, expandimos nosso poder cerebral, intensificando o fluxo de sangue para a cabeça. Dessa forma, ampliamos a dimensão do hipocampo, onde as memórias são armazenadas e melhoramos o desempenho cognitivo, além de estimularmos o nascimento de novas ideias”, relata.
 

Ainda segundo Beto, a princípio, os partilhantes buscam suporte por uma queixa específica, que é o ponto inicial a ser trabalhado. Em seguida o terapeuta parte para a historicidade, desde sua primeira lembrança de infância até os dias atuais. Com a história de vida identificada, ele localiza a pessoa existencialmente no tempo, lugar, relação e circunstância, identificando os tópicos importantes, e determinantes de como a pessoa funciona.
 

“A terapia filosófica clínica visa ajudar as pessoas a se entenderem melhor, a saber como lidar com situações que acontecem, com sentimentos equívocos, de onde vem seus altos e baixos entre tantas outras queixas. É uma oportunidade de autoconhecimento”, afirma Beto.
 

Dicas para a caminhada como forma de terapia
 

Para quem não tem condições financeiras de pagar um acompanhamento e gostaria de caminhar sozinho, o terapeuta compartilha algumas dicas. Entre elas, sair um pouco do mundo das ideias.
 

“Com o isolamento social, desenvolvemos a tendência de ficar idealizando muito as coisas, pensando mais e agindo menos. Sendo assim, busque conectar a mente ao corpo por meio de trabalhos manuais e exercícios físicos. Faça uma caminhada de contemplação, observe tudo ao seu redor, se atenha aos detalhes que te rodeiam. Quanto melhor for a qualidade dessa caminhada, mais rápido vamos desacelerar o pensamento”.
 

A segunda dica é viver o presente e respeitar o tempo das coisas, inclusive das caminhadas.
 

“Ilustro esse conceito com uma das lições que o Caminho de Santiago me ensinou: não adianta uma pessoa querer concluir o caminho em 20 dias, ou então, uma semana. É até possível, mas a pessoa se machucaria demais, ou então, precisaria de ajuda. Vale a pena? É a mesma coisa com os marcos da nossa vida. Tudo a seu tempo. A ansiedade é isso, é o corpo respondendo que nós não estamos bem, que precisamos diminuir o nosso ritmo”.
 

A terceira e última dica compartilhada pelo terapeuta é confiar no seu próprio caminho.
 

“Há quem diga que ainda não encontrou um caminho na vida. Porém, essas são pessoas que se perderam de si, querendo dar uma resposta à sociedade. Elas vivem pautadas na opinião alheia, e acabam pagando um preço muito alto, já que a sociedade exige sempre mais e mais. Pode ser que lá na sua própria história, esteja a resposta e o caminho que se busca. Um recomeço sempre é possível, respeite a sua intuição”.


3 formas de combater a Fake News na educação infantil

 Especialista aponta dicas para ajudar pais e responsáveis a abordar e explicar sobre o tema para seus filhos

 

Apesar de muito se falar sobre as fake news, pouco se fala sobre como elas afetam na prática a vida das crianças, pois elas também estão expostas a muitas dessas informações falsas, principalmente pelo uso da tecnologia nos processos de aprendizagem e pelas interações sociais. As notícias inverídicas podem gerar gatilhos para transtornos de ansiedade e pânico, minimizar os riscos de algum problema de forma equivocada e espalhar mais rápido do que as verdadeiras gerando conflitos. 

Aproveitando às aulas no modelo híbrido, é importante além de preparar os alunos academicamente, prepará-los também socialmente. Trabalhar assuntos diversos, atuais e que fazem parte do cotidiano da criança, dentro e fora da escola, como este, é fundamental. 

Pensando em ajudar pais e responsáveis, Pedro Gigante, co-fundador e CEO do SuperAutor, projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis, separou 3 formas essenciais de abordar este assunto com as crianças. confira:


1-) Promova uma leitura reflexiva: Uma atividade interessante para exercitar esta capacidade é a “leitura” de imagens. Ela busca evidenciar as imagens como textos que fornecem informações que também podem ser interpretadas. A proposta também entender como as nossas experiências prévias impactam na nossa absorção e entendimento de informações visuais.

 

2-) Identifique notícias falsas junto com as crianças: Uma ótima atividade para combater as fake news no meio infantil é ensinar na prática para a criança como analisar uma informação. Peça para que as crianças pesquisem sobre determinados assuntos e tragam links das pesquisas que elas encontraram. Recomende que a criança se atente à data da publicação, quem publicou, quem escreveu, quantos comentários a página possui, há quantos anos a página está no ar etc. Esta simples atividade pode despertar um senso crítico na criança e a curiosidade de investigar sempre mais.
 

3-) Deixe claro os riscos de espalhar estas notícias: Além da velocidade que se espalha uma notícia falsa, a forma como ela pode afetar negativamente a vida das pessoas pode ser irreversível. Uma fake news pode gerar desinformações a respeito de temas relacionados à saúde pública, pode acabar com a reputação de alguém ou até mesmo ser responsável pela captação de dados pessoais para crimes online. Apesar de parecer cedo para tratar temas como estes com as crianças, é necessário que elas tenham em mente estes riscos, para que elas cresçam com a consciência devida sobre o tema.
 

SuperAutor

 

Atividades físicas são essenciais para prevenção de doenças cardíacas e ortopédicas

 Organização Mundial da Saúde recomenda a prática semanal de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa. Segundo especialistas do Hospital Santa Catarina -- Paulista, exercícios ajudam a prevenir doenças osteomusculares prevalentes, como a lombalgia, além de fortalecer o coração.

 

A atividade física, fundamental em qualquer idade, é um dos principais meios de cuidar da saúde e do bem-estar, além de ser uma importante aliada na prevenção de quadros de sedentarismo, obesidade, hipertensão, diabetes e alterações do colesterol. A prática também é essencial na reabilitação de pessoas que já tiveram problemas como arritmia, infarto ou insuficiência cardíaca. De acordo com as Diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Atividade Física e Comportamento Sedentário, cerca de quatro a cinco milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente caso a população global fosse mais fisicamente ativa. 

"A prática regular de exercícios é muito importante para manter a saúde do indivíduo e pode ajudar a prevenir doenças cardíacas e fortalecer o músculo cardíaco, além de reduzir a pressão arterial e aumentar os níveis de HDL (colesterol bom), diminuindo os níveis de LDL (colesterol ruim) e a melhora na circulação sanguínea", explica Dr. Nilton Carneiro, cardiologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, ao final deste ano, estima-se que quase 400 mil pessoas irão morrer no Brasil devido a doenças do coração e da circulação - índice que poderia ser reduzido com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. 

Além do ponto de vista de saúde cardiovascular da população, a inatividade também afeta a saúde do corpo: "A falta de atividades físicas, leves ou moderadas, resultou em impactos ortopédicos relevantes na população. Para melhorar ou manter a boa saúde é indicado praticar atividade aeróbica e exercícios de musculação, que exercem ações diretas no processo de reabilitação do corpo. Atividades físicas, assim como alongamento e fortalecimento do core, encontrados no Yoga e pilates, por exemplo, também atuam prevenindo e tratando dores no corpo, como nas costas - lombalgias -, extremamente prevalentes em nosso meio”, explica o Dr. Fabio Luis Datti Roque, ortopedista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

No pós-treino, a dor é comum, e pode surgir logo após os exercícios ou até 24 horas depois, sendo reflexo da resposta dos músculos para reparar o dano tecidual sofrido ou pelo acúmulo de ácido lático após atividade intensa. Já a dor por lesão demora mais tempo para sua resolução: enquanto a dor pós treino melhora em 24-48hs, a dor por lesão tem um aspecto mais duradouro podendo demorar dias ou semanas dependendo do dano sofrido.

 

Como saber quais são os meus limites físicos? 

A OPAS e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes. 

"O cardiologista terá como base a doença do paciente, mas como regra geral sabemos hoje em dia que alguma atividade é melhor que repouso absoluto, salvo exceções", comenta o Dr. Carneiro.

 

Cuidados ao retomar as atividades físicas 

A maioria das pessoas pode fazer exercícios físicos, o que varia é apenas a intensidade e a modalidade das atividades. "É indicado realizar uma bateria de exames antes de iniciar qualquer atividade física, devendo ser levada em conta a idade do indivíduo, presença de comorbidades e histórico familiar de doenças. Sendo assim, estes exames devem ser individualizados, seguindo as características de cada pessoa", afirma o ortopedista.

"De modo geral, dentre os exames mais comuns para avaliação física e cardiológica estão: eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico e exames antropométricos (que avaliam a composição corporal baseando-se nas medidas do corpo)", finaliza o cardiologista.


“Estar saudável é muito mais que não estar doente”

 No mês de celebração à saúde, especialistas destacam que ser saudável está associado a diversos fatores do dia a dia que proporcionam bem-estar físico, mental e social

 

“O conceito de saúde é muito amplo e está ligado a uma série de fatores que conferem bem-estar físico, mental e social. Há muito tempo ser saudável deixou de ser não estar doente. Hoje o conceito de saúde está diretamente relacionado a outra definição que ganhou força nos dias atuais: o autocuidado”, explica o médico e head do Rita Saúde, plataforma do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Dr. Fernando Uzuelli. Às vésperas do Dia Mundial da Saúde, celebrado do dia 07 de abril, especialistas explicam o conceito de ser saudável e como o autocuidado se tornou importante aliado da atenção à saúde.

 

O médico destaca como o ato de observação do corpo assegura vantagens na qualidade de vida das pessoas. “Durante muito tempo, as pessoas deixaram os cuidados de lado e focaram em outras coisas consideradas urgentes do cotidiano, mas vejo que a pandemia virou essa chave e mudou de vez o comportamento dos indivíduos. Vemos hoje uma grande parcela da população dedicando atenção especial aos sinais que o corpo emite quando algo está fora do que consideramos ‘normal’ e buscando formas efetivas de promoção do bem-estar e é isso que chamamos de autocuidado”. 

Essa mudança de hábitos -- que acontece quando o indivíduo vira a chave, deixa de lado a procrastinação e passa a adotar uma rotina mais saudável -- é o que a medicina atual configura como autocuidado. “O autocuidado está em tudo o que fazemos para o nosso bem-estar. Inclui atividades físicas regulares, alimentação rica em nutrientes, sem deixar de lado pequenos momentos de prazer, estar em contato com pessoas que promovem momentos de alegria. É abraçar iniciativas que impactam positivamente no cotidiano e reduzem significativamente o estresse, o cansaço físico e mental, e ainda contribuem para uma noite bem dormida e controle dos níveis da pressão arterial”, explica. 

 

Tecnologia é aliada do autocuidado: saúde de dentro para fora


“O autocuidado encontra na medicina 5P um importante aliado”, reitera Uzuelli. Preditiva, preventiva, personalizada, proativa e participativa, a medicina 5P é uma realidade global e mostra como a evolução dos cuidados e do autocuidado encontra nos esforços tecnológicos as soluções inovadoras para entregar saúde com mais qualidade, agilidade e precisão.
 

Sinônimo de prevenção, a medicina diagnóstica segue evoluindo e oferecendo uma diversidade de exames, que entregam a precisão necessária e proporcionam a melhor experiência do paciente. “Os recursos avançados nos permitem antecipar casos de uma pessoa com predisposição genética para alguma doença, por exemplo, ou ainda detectar algo que está fora de um quadro clínico saudável. É fundamental ainda salientar que os cuidados preventivos tornam as pessoas mais participativas em suas jornadas de atenção e permitem também que profissionais da saúde tomem as melhores decisões clínicas”. 

“A evolução das ferramentas que envolvem processos de análises de amostras pode ser determinante na atuação clínica e impactar diretamente a condução de casos, de forma planejada e individualizada. Promovendo cuidado integral de dentro para fora”, ratifica.

 

Autocuidado e Atenção Primária à Saúde: uma relação de impactos sociais positivos


A busca pelo conceito de saúde encontra na sigla APS (Atenção Primária à Saúde) relevância singular. Definida como primeiro nível de atenção em saúde, a APS tem como característica principal o conjunto de ações em favor da saúde, tanto no contexto individual, quanto no coletivo. “Atenção Primária à Saúde está refletida na série de medidas de promoção, proteção e prevenção adotadas no nosso cotidiano. Está também na busca pela precisão diagnóstica, nas formas de tratar doença, na gestão da reabilitação. Enfim, em tudo o que impacta positivamente a manutenção da nossa saúde. Quando falamos em APS, estamos diretamente falando de desenvolver atenção integral nos cuidados”, afirma Silvia Vilas Boas, head da Amparo Saúde, nova frente de negócios do Grupo Sabin e que também oferece APS por meio do Rita Saúde, além de canais próprios de atendimento. 

Silvia detalha também que a APS ganhou dimensão ainda maior no contexto da pandemia. “A crise sanitária nos revelou inúmeros gargalos nos cuidados com um bem tão precioso que é a nossa saúde. Diante das medidas de distanciamento físico, as pessoas puderam avaliar com mais rigor a importância do autocuidado e deram mais valor à saúde não apenas no âmbito individual, mas também no coletivo. Vimos que quando cuidamos de nós, também cuidamos do todo. Adotando medidas simples de atenção, é possível reduzir consideravelmente a pressão nos sistemas de saúde, que podem destinar mais tempo à organização dos fluxos de serviços, dos mais simples aos mais complexos”.  

Outro fator destacado pela gestora é a telemedicina, que despontou como um importante aliado na jornada de cuidados primários na era digital. “A teleconsulta deixou de ser tendência e se tornou realidade em meio à crise sanitária. Aqui na Amparo Saúde, observamos indicadores que nos mostram com clareza como este modelo de atendimento foi salutar para as pessoas que precisavam de assistência médica, mas não podiam ir à uma clínica ou hospital, por exemplo”, destaca a gestora da healthtech pioneira em atenção primária à saúde (APS). 

“Os investimentos destinados para acelerar projetos e soluções nos fizeram proporcionar bem-estar e qualidade de vida aos milhares de usuários conectados à nossa plataforma e fortaleceram a confiança neste modelo de gestão de saúde”, explica Silvia pontuando também que o cuidado personalizado presencial ou à distância, oferecido por uma equipe multidisciplinar, pode resolver, em média, 90% dos casos relatados, evitando possível encaminhamento para outro especialista.

 


5 Dicas dos especialistas:

  • Invista uma alimentação rica em nutriente e busque estar no seu peso ideal. Se estiver acima do peso, uma reeducação alimentar pode ser a saída, evitando dietas da moda ou aquelas muito restritivas; 
  • Pratique atividades físicas regularmente e mantenha o corpo em movimento. Isso faz bem não apenas para o corpo, mas também para a saúde mental; 
  • Dedique mais tempo aos momentos de lazer e felicidade com pessoas que te façam se sentir bem e que podem fazer muita diferença no seu cotidiano; 
  • Bem-estar passa ainda por um bom planejamento das finanças. Por isso, tenha uma boa organização financeira e cuide bem dos seus recursos pessoais; 
  • Cultive hábitos próximos à natureza. Temos estudos que mostram que esse contato com o verde promove relaxamento, reduz o estresse e melhora a qualidade do sono; 
  • Dê atenção aos sinais que o seu corpo emite e faça exames regularmente para diagnósticos precoces, se for o caso; 
  • E, principalmente, busque apoio! O autocuidado muitas vezes é um desafio e para isso a equipe de saúde pode ajudar muito com técnicas para que você alcance suas metas de saúde, dentro do que chamamos de autocuidado apoiado. 

 

 Grupo Sabin

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"Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca"

CROSP lança campanha de conscientização e prevenção direcionada ao Dia Mundial da Saúde

 

No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) reforça a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de visitar o cirurgião-dentista rotineiramente, assim como acontece com outras especialidades médicas. Para isso, lança a campanha “Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca”, reiterando, assim, a importância da Odontologia para a promoção da saúde de forma global.

A campanha conta com a divulgação de peças publicitárias, materiais informativos, mídia indoor, veiculação em rádios, TVs, entre outros meios de comunicação e também foi disponibilizada para outros conselhos regionais.


Saúde bucal e saúde geral: entenda essa relação

O conceito da campanha “Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca" se baseia na relação estabelecida entre a boca e as demais funções do organismo.

A ação desperta para a importância de difundir e tornar comum a ideia de que a saúde geral começa pela boca e que a atenção à saúde bucal, por meio de cuidados e da prevenção, é essencial para evitar desde doenças como a cárie, a gengivite e a periodontite, até patologias como o câncer bucal, como reforça a cirurgiã-dentista Dra. Sofia Takeda Uemura, habilitada em Odontologia Hospitalar, Mestre em Odontologia e Doutora em Ensino de Ciências.

A cirurgiã-dentista explica que a periodontite - ou doença periodontal - é uma doença inflamatória que atinge os tecidos de suporte dos dentes (ligamento periodontal e o osso), podendo causar reabsorção óssea, retração da gengiva, mobilidade e até perda dos dentes. Além disso, a Dra. Sofia chama a atenção para quadros mais graves, com sérias consequências para o organismo, como a endocardite bacteriana, que é uma complicação causada por bactérias oriundas de infecção bucal que podem se espalhar na corrente sanguínea e se alojar nas válvulas cardíacas, comprometendo o funcionamento do coração.

Outro exemplo citado pela Dra. Sofia é o câncer bucal. Seu aparecimento é favorecido pelo uso de tabaco e álcool. Identificado e diagnosticado pelo cirurgião-dentista e cuidado pelo oncologista, o câncer bucal tem maior chance de eficácia no tratamento quando descoberto na fase inicial. “Esse câncer envolve estruturas muito delicadas da face e, dependendo do estágio, o tratamento cirúrgico pode envolver a remoção de língua, mandíbula e maxilar. São tratamentos muito invasivos que deixam o paciente mutilado”, acrescenta.  

De acordo com uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer - INCA, no triênio de 2020/2022, a estimativa de novos casos de câncer de boca é de 15 mil por ano, sendo os homens com idade superior a 50 anos o público mais afetado (70% dos casos diagnosticados). Porém, aproximadamente ¼ dos casos podem ocorrer em pessoas mais jovens.

Além dos aspectos relacionados à saúde física geral, a saúde mental também pode ser impactada quando há um prejuízo relacionado à dentição e, consequentemente, à imagem da pessoa. Da mesma forma, fatores psicológicos relacionados a doenças como a depressão afetam a autoestima e ocasionam o abandono dos cuidados pessoais e dos hábitos relacionados à higiene bucal.

Portanto, para se alcançar um maior bem-estar, é necessário enxergar que cuidar da saúde geral obrigatoriamente envolve cuidar da saúde bucal por meio de informação, prevenção e, quando necessário, tratamentos restauradores e reabilitadores, sempre com o acompanhamento de um cirurgião-dentista.


Sobre a campanha

O CROSP, assim como os demais Conselhos Regionais, tem a finalidade de supervisionar a ética profissional em toda a República. Além de zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia, prestígio e bom conceito da profissão, bem como a prática das funções e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária, a autarquia desempenha importante papel na promoção da saúde bucal.

Inspirado nessa missão, o CROSP elaborou a campanha “Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca”. Por meio dela, pretende impactar o público geral sobre o papel determinante que a saúde da boca desempenha no organismo e como isso se reflete na qualidade de vida.

Para isso, as peças publicitárias colocam o paciente como protagonista e adicionam, ainda, um brilho aos personagens da campanha, reforçando a ideia da importância de cada cidadão para os profissionais da Odontologia. Tópicos como alimentação, escovação e visitas regulares ao cirurgião-dentista serão abordados com ênfase durante o mês de abril.

 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br

 

DIA MUNDIAL DA SAÚDE

Apenas 1 em cada 3 brasileiros consomem frutas e hortaliças 

O Instituto Opy de Saúde reforça a importância e alerta para a necessidade de uma alimentação saudável como base para qualidade de vida


Quando o assunto é saúde, três tópicos podem facilmente vir à mente: atividade física e exames preventivos atrelados a uma alimentação equilibrada, afinal, com o bem-estar não se brinca. Se torna cada vez mais importante tratar a alimentação como um fator essencial para se ter uma vida saudável.

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde mostram que apenas 24,1% dos brasileiros consome a quantidade mínima recomendada de frutas, legumes e vegetais. Entre os homens, o percentual verificado pela pesquisa é ainda menor: apenas 19,3% atendem às recomendações; entre as mulheres, a situação é um pouco melhor e o consumo atinge 28,3% do total. O estudo da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revela, ainda, que apenas 1 em cada 3 brasileiros tem o costume de consumir regularmente frutas e hortaliças e que apenas 32,7% consomem cinco porções diárias desses alimentos, e a OMS orienta um consumo médio de 400g, equivalente a 05 porções diárias.

A pandemia de Covid-19 afetou muito a economia e a renda das famílias. Nesse cenário, famílias que já não tinham acesso a uma alimentação adequada passaram a vivenciar algum nível de insegurança alimentar, passando a consumir mais ultraprocessados. Segundo uma pesquisa realizada pela Rede PENSSAN, em dezembro de 2020, 34,7% da população brasileira se enquadrava nessas condições, agravada nos casos de famílias em que predomina o emprego informal ou em situações de desemprego. “Esse cenário é um reflexo do cenário econômico e do empobrecimento das famílias e inclui a falta de políticas públicas que incentivem a alimentação saudável - e também garanta condições de acesso - entre as famílias vulneráveis”, destaca Heloisa, que também lembra a importância da divulgação de informações a respeito dos impactos do consumo de ultraprocessados.
 

No dia a dia tão corrido, por vezes, mal sobra tempo para pensar na saúde. Manter uma alimentação saudável, por exemplo, fica em segundo plano. Muitas vezes só percebemos a importância do cuidado com a saúde quando esta já está comprometida. Para a diretora-presidente do Instituto Opy de Saúde, Heloisa Oliveira, datas como a de hoje são imprescindíveis para o aumento da conscientização da população e também para alertar sobre a importância de políticas que reforcem o papel de uma boa alimentação na saúde como um todo. “Não podemos deixar passar a oportunidade de avaliar nossos hábitos nutricionais e a importância da nutrição como medida preventiva e de controle de doenças crônicas. Por isso, reflita sobre a sua qualidade de vida, seus hábitos e escolhas e faça uma clara opção pela vida. Esta data é, principalmente, para que cada um se conscientize sobre a importância de manter hábitos saudáveis”, ressalta Heloisa. “ Lembre-se, antes de qualquer coisa, que o seu corpo é como um templo sagrado e por isso você deve cuidar bem dele”, conclui.

 

Heloisa Oliveira - diretora-presidente do Instituto Opy de Saúde

 

SBOC lança material inédito com os mais recentes avanços científicos sobre atividade física na prevenção e controle do câncer

Documento desenvolvido em parceria com a SBAFS e o INCA marca as ações da entidade na semana em que são celebrados os dias mundiais da atividade física e da saúde 

 

Se as taxas de progressão do câncer se mantiverem as mesmas, o mundo terá em 2040, segundo projeções da International Agency for Research on Cancer (IARC), 28,4 milhões de casos de câncer - um aumento de aproximadamente 47% em relação a 2020. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 625 mil novos casos da doença a cada ano do triênio 2020-2022.

Com o objetivo de contribuir para a melhoria desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lança nesta quinta-feira, 06 de abril, o guia Atividade física e câncer: recomendações para prevenção e controle, um trabalho realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) e o INCA.

Membro da SBOC e uma das autoras do material, a oncologista Daniela Rosa explica que o documento tem como objetivo aproximar a população brasileira e os profissionais de saúde, em especial aqueles mais envolvidos na promoção da atividade física e no cuidado dos pacientes com câncer, para que juntos e bem informados, possam atuar no enfrentamento desse grupo de doenças que está entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo.

“O público-alvo do guia são os profissionais de saúde, mas a partir deles conseguiremos chegar em muitas pessoas que podem se prevenir do câncer ou controlar a doença”, afirma a oncologista clínica. “Hábitos saudáveis rotineiros, como praticar atividades físicas, alimentar-se de maneira equilibrada e evitar exposição excessiva ao sol promovem benefícios em vários cenários da saúde e aumentam as chances de todos viverem mais”, acrescenta a médica.

Segundo a Dra. Daniela Rosa, foi realizada uma extensa e detalhada avaliação da literatura científica recente sobre os benefícios da atividade física, levando-se em consideração, especialmente, a sua prática para as pessoas em acompanhamento oncológico. “Priorizamos a avaliação dos cânceres de mama, próstata, colorretal e pulmão, que são os mais frequentes no Brasil e os mais estudados na literatura médica.”

A oncologista enfatiza que a prática de atividade física para quem já teve câncer é tolerável, segura e recomendada. “Pode ser também realizada durante o tratamento oncológico, de acordo com a particularidade de cada indivíduo e as orientações da equipe de saúde que atende o paciente”, explica Dra. Daniela Rosa. “Uma das regras de ouro que destacamos no guia é que todo movimento conta: exercícios físicos são sempre importantes para reduzir o risco de desenvolver câncer e a mortalidade, no caso de quem já teve a doença.”

No Brasil, aproximadamente 27% (114.497 casos) de todos os casos de câncer e 34% (63.371 mortes) das mortes por câncer poderiam ser evitadas mediante a promoção de um estilo de vida saudável, como não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas, manter o peso corporal saudável e praticar atividade física regularmente, de acordo com um dos estudos (REZENDE et al., 2019) mencionados no guia.

Diretora executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi reforça a missão da entidade de cada vez mais apoiar as ações de prevenção e controle do câncer no país. “Nesta semana em que temos duas datas muito importantes, que são o Dia Mundial da Atividade Física [06 de abril] e o Dia Mundial da Saúde [07 de abril], a SBOC orgulha-se em lançar esse excelente material, que sem dúvidas contribuirá muito para o conhecimento oncológico”, avalia.

 


Serviço

Guia Atividade física e câncer: recomendações para prevenção e controle

Acesso gratuito no site da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (https://www.sboc. org.br/ ) e no portal do INCA (http://www.inca.gov.br).

 

 

SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA 


Dia Mundial da Saúde

Células-tronco ganham espaço na busca por um futuro longevo aliado à qualidade de vida


Com o avanço da medicina regenerativa, o armazenamento e criopreservação de células-tronco tornam-se saída preventiva para garantir a qualidade de vida das novas gerações


Com o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, a discussão sobre como conquistar longevidade e qualidade de vida ganha cada vez mais espaço. Neste contexto, uma das alternativas é a medicina regenerativa e o desenvolvimento de tratamentos promovidos por meio da criopreservação de células-tronco, capazes de melhorar condições muitas vezes associadas ao envelhecimento e até então consideradas intratáveis, como as doenças degenerativas.
 

Essa solução visa a regeneração de tecidos e órgãos danificados no corpo, estimulando sua cura. As células-tronco mesenquimais formam os tecidos sólidos e podem se transformar, entre outros tipos, em células de músculo, cartilagem, pele, neurônios, células de coração, vasos sanguíneos e células produtoras de insulina. Dessa forma, a criopreservação é considerada uma maneira eficiente de preservar o organismo para o futuro, garantindo a substituição de partes do corpo que já não estejam funcionando bem. 

As pesquisas acerca da utilização de células-tronco para promoção da saúde têm sido cada vez mais difundidas no mundo. Prova disso é que há um número crescente de entidades médicas dedicadas ao tema no Brasil e no exterior. Segundo o Site PubMed, da National Library of Medicine, dos EUA, 41.313 publicações científicas com o termo Stem Cell (células-tronco) foram registradas em 2021. Em 2011, uma década atrás, esse número foi de 22.741.

 

Aliança científica no Brasil 

Por meio de uma aliança científica com o centro de processamento celular R-Crio, a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM) apoia a validação de métodos de obtenção de células-tronco, objetivando a criopreservação final e fortalecendo-a como procedimento acessível de preservação do organismo. Para isso, são trabalhadas três principais fontes de coleta: polpa dentária (de dentes de leite); tecido adiposo (lipoaspirado); e periósteo do palato (feito por meio do periósteo do palato duro). 

“Hoje, 90% das mortes por doenças são causadas por doenças degenerativas. Com o avanço da medicina regenerativa e as terapias celulares, a tendência é que os humanos se tornem, num futuro breve, seres amortais (diferente de imortais), ou seja, morreremos por traumas, causas externas e acidentes, não mais por doenças, complicações orgânicas ou funcionais. A medicina regenerativa é a medicina do amanhã”, destaca o presidente da ANADEM, Raul Canal. 

Para contribuir com a difusão do conhecimento a respeito do tema, a ANADEM e R-Crio lançaram o manual “As células-tronco e a terapia celular como pilares fundamentais da medicina regenerativa”. O material está disponível para profissionais da área da saúde e a todos que lidam com o assunto, como estudantes, pesquisadores, equipe laboratorial, professores, consultores científicos, jornalistas e agentes regulatórios: Aqui


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