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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Saiba quais são as mudanças previstas para o MEI em 2022

 IMAGEM: Thinkstock
Os microempreendedores individuais podem ter o teto de faturamento anual ampliado dos atuais R$ 81 mil para R$ 130 mil

 

Mudanças significativas estão previstas para o Microempreendedor Individual (MEI) em 2022. Uma delas é o possível e esperado aumento no limite de faturamento da categoria, previsto no Projeto de Lei nº 108/2021, que já foi aprovado no Senado e agora aguarda votação na Câmara.

Se liberado pela Casa e sancionado pelo presidente, o texto antevê que o faturamento do MEI passe dos atuais R$ 81 mil, por ano, para até R$ 130 mil. A modificação permitirá que mais empreendedores passem a integrar o segmento. Outro possível avanço é a contratação de dois funcionários, em lugar de apenas um, como é permitido hoje para o MEI.

Também é novidade a inclusão dos caminhoneiros nesse modelo empresarial. A previsão é que a partir de abril esses profissionais possam se inscrever no MEI, mesmo que o seu faturamento anual seja maior do que o teto previsto para as demais categorias incluídas no regime simplificado.

O valor do teto mensal para o MEI Caminhoneiro é de R$ 20.966,67, multiplicado pelo número de meses entre o começo da atividade e o último mês do ano. Ou seja, somado os 12 meses, a receita bruta não pode ultrapassar os R$ 251,6 mil.


CONTRIBUIÇÃO MENSAL MAIOR

Já neste mês de fevereiro, o MEI arcará com um acréscimo no valor do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI). Devido ao incremento no salário-mínimo, que agora é de R$ 1.212, as contribuições mensais dos microempreendedores individuais também serão reajustadas.

A nova taxa é de R$ 60,60, o que corresponde a 5% do salário-mínimo. Para os profissionais que exercem atividades ligadas ao Comércio e à Indústria, será cobrado R$ 1 a mais referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); já para quem está no setor de Serviço, serão acrescidos R$ 5 referentes ao Imposto sobre Serviços (ISS).

A correção vale apenas para os boletos que vencerão a partir do dia 20 de fevereiro.


ESOCIAL DO MEI

Para os microempreendedores individuais que possuem funcionários ou que pretendem contratar, também já está disponível o eSocial, nos mesmos moldes do eSocial doméstico. O ambiente digital permite a escrituração das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, além de ser possível prestar informações sobre a comercialização da produção.

Por meio do módulo simplificado, os empregadores podem gerar o Documento de Arrecadação do e-Social (DAE) diretamente por esse sistema. A modernização no processo de regularização deve reduzir a burocracia e estimular a contratação formal de empregados ou auxiliares.

 

Agência Sebrae 

Informações do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena empresa

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/saiba-quais-sao-as-mudancas-previstas-para-o-mei-em-2022


Empresa brasileira cria robô inteligente que ensina sobre assinatura de energia solar e tira dúvidas de consumidores

Desenvolvida pela enertech Sun Mobi, novo canal de comunicação via chat é gratuito e mostra como pequenos negócios podem ter economia na conta de luz sem precisar de investimento e instalação de painéis fotovoltaicos  

 

A Sun Mobi, enertech especializada no modelo remoto de usinas solares compartilhadas, acaba de lançar a robô Clara, um canal gratuito com tecnologia de inteligência artificial para comunicação via chat sobre as vantagens e o funcionamento do serviço de assinatura de energia solar no Brasil.
 
A proposta da empresa é ampliar os canais de relacionamento com os consumidores brasileiros, sobretudo com as pequenas e médias empresas do Interior do Estado de São Paulo e da Baixada Santista, no intuito de facilitar o acesso à energia solar por meio do serviço de assinatura, que segue o mesmo modelo de contratação de internet ou TV à cabo, por exemplo.
 
“O novo robô, que pode ser acessado pelo WhatsApp com botão disponível no site da Sun Mobi, é um serviço verificado pela Metha (Facebook) é capaz de explicar o funcionamento da assinatura de energia solar, quanto custa o serviço e qual é a economia na conta de luz para cada necessidade de consumo, entre outros, além de tirar dúvidas e ser um canal de atendimento aos atuais clientes”, explica Alexandra Januário Susteras, sócia da Sun Mobi.
 
Pequenos comércios e empresas de serviço, como restaurantes, padarias, açougues e mercados, entre outros, podem receber créditos por meio do fio da rede elétrica que saem das duas usinas solares da Sun Mobi no estado de São Paulo, em Porto Feliz e Araçoiaba da Serra, e chegam até os locais de consumo. A redução na conta de luz dos assinantes pode chegar a cerca de 20%, sem a necessidade de possuir imóvel próprio ou de fazer investimento na instalação painéis solares. O serviço também atende salas comerciais em condomínios e empresas que não possuem telhado ou área disponível para um sistema próprio de geração.
 

As usinas da Sun Mobi atendem consumidores dentro da área de concessão da CPFL Piratininga, incluindo Santos, São Vicente, Praia Grande, Itu, Jundiaí, Sorocaba e Porto Feliz, entre outras. Ao todo, são 27 municípios atendidos pelos empreendimentos.
  
“Nossos empreendimentos fornecem energia limpa e renovável para edificações de todos os portes, entre casas, apartamentos, imóveis alugados, comércios e indústrias. Temos dobrado nossa base de clientes a cada dois anos e esperamos chegar a 6 mil consumidores atendidos nos próximos três anos”, comenta Alexandre Bueno, sócio da Sun Mobi.
 
 
Cidades com assinatura de energia solar atendidas pela Sun Mobi
 
1.           Alumínio
2.           Araçariguama
3.           Araçoiaba da Serra
4.           Boituva
5.           Campo Limpo Paulista
6.           Capela do Alto
7.           Cubatão
8.           Guarujá (Vicente de Carvalho)
9.           Ibiúna
10.         Indaiatuba
11.         Iperó
12.         Itu
13.         Itupeva
14.         Jundiaí
15.         Louveira
16.         Mairinque
17.         Porto Feliz
18.         Praia Grande
19.         Salto
20.         Salto de Pirapora
21.         Santos
22.         São Roque
23.         São Vicente
24.         Sorocaba
25.         Várzea Paulista
26.         Vinhedo
27.         Votorantim
 

Sun Mobi

www.sunmobi.com.br


D-Tech: a tecnologia para combater desastres naturais


Os eventos climáticos registrados no sul da Bahia ao final de 2021, e no estado de Minas Gerais no início deste ano confirmam as estimativas do relatório da ONU – Atlas of Mortality and Economic Losses from Weather, Climate and Water Extremes – que aponta as enchentes como a maior ocorrência (59%) dentre os desastres naturais registrados na América do Sul. Das 10 principais catástrofes verificadas na região na última década, nove foram inundações causadas por fortes chuvas.

O mesmo estudo, apresentado em setembro de 2021 pela World Meteorological Organization (WMO), das Nações Unidas, revela que desastres naturais – causados ou não pela alteração do clima – se tornaram cinco vezes mais frequentes e intensos nos últimos 50 anos. 

Os cientistas, meteorologistas e ambientalistas ouvidos no estudo da WMO alertam para ondas de calor extremo, incêndios florestais e grandes inundações decorrentes de chuvas como as principais ameaças à população mundial nos próximos anos. Observa também que estes eventos não estão mais restritos a regiões tropicais do planeta. No ano passado, por exemplo, cidades inteiras no oeste da Alemanha foram arrasadas pela força das enxurradas provocadas por temporais incomuns para aquele país.

De acordo com a pesquisa, nas últimas cinco décadas, foram mais de 11 mil desastres naturais no planeta, vitimando 2 milhões de pessoas (+90% em países em desenvolvimento) e gerando perdas econômicas da ordem de  US$ 3,64 trilhões. A China (com 577 ocorrências) e os Estados Unidos (467) lideram os registros mais recentes, entre 2000 e 2019. Já a região onde mais se mais concentram estas ocorrências – sejam elas de origem climática, geológica ou hidrológica – é a Ásia-Pacífico: oito dos dez países mais afetados estão nesta localização geográfica.


Tecnologia para prevenir, remediar e recuperar

Na esteira destes eventos, surgem empresas, startups e iniciativas governamentais focadas no desenvolvimento das chamadas "disaster technologies" (D-techs): as tecnologias para prevenir desastres naturais, remediar o seu impacto e recuperar as localidades e populações afetadas. 

O êxito que vem sendo obtido pelas D-techs está demonstrado no mesmo estudo do WMO de setembro passado. Nos anos 1970, cerca de 50 mil pessoas perderam a vida em razão destas ocorrências naturais. Na década passada, foram 20 mil, devido ao aprimoramento de todo um ecossistema de informações geradas multilateralmente e que colabora na qualidade e no tempo de resposta das autoridades diante de situações críticas.

Algumas destas tecnologias merecem uma observação mais atenta, como drones; mobile Vulnerability Analysis and Mapping (mVAM), tecnologia utilizada para coletar e agregar dados junto a populações em vulnerabilidade; Noble Intelligence, um algoritmo de inteligência artificial que integra imagens de satélites, dados geoespaciais e outras informações para avaliar determinadas situações em curtíssimo prazo; Sensores sísmicos de baixa frequência; Flood Forecasting, modelo de previsão de inundações a partir da combinação de AI, machine learning e satélites meteorológicos; NASA Finder: um dispositivo do tamanho de uma bagagem de mão, capaz de detectar o batimento cardíaco humano sob 6 metros de concreto sólido ou 9 metros de escombros, lama ou  detritos e, Serval Project, um sistema de comunicação mobile que permite que aparelhos celulares estabeleçam contato mesmo fora da área de cobertura ou quando a rede local está inoperante, como em casos de catástrofes naturais de grande porte.

  

Década de oportunidades

Embora preocupante do ponto de vista ambiental, a década de 2020 também poderá ser lembrada como aquela que estimulou a criação de recursos tecnológicos e inovações capazes de colaborar no embate ante às mudanças climáticas em diferentes abordagens, bem como mitigar o impacto negativo delas na sociedade e no planeta.

Inclui-se, por exemplo, a necessidade de contar com infraestruturas de TI absolutamente seguras, confiáveis e de alto desempenho a fim de suportar essa imensa carga de dados, informações, imagens, análises das mais diversas fontes que municiarão as autoridades governamentais e agentes públicos e privados na linha de frente do enfrentamento ao aquecimento global.

Os próprios data centers precisarão contar com recursos de proteção de nível máximo ante às mesmas ameaças naturais que ajudarão a combater. Alagamentos, desmoronamentos, interrupção de fornecimento de energia, tempestades elétricas e outras situações que precisam ser evitadas pois afetam a disponibilidade do centro de dados, colocando em risco, assim, toda a cadeia de informação que ele sustenta.

A transição energética da economia e das atividades humanas também está no bojo deste grande processo de desaceleração do aquecimento do planeta. Descarbonizar o transporte público, por exemplo, não se resume apenas a substituir motores movidos a combustível fóssil por propulsores elétricos. É preciso compreender, por meio da ciência de dados, onde, como e quando realizar a mudança, a fim de não prejudicar a qualidade do serviço prestado às pessoas e garantir o cumprimento do seu objetivo prioritário: a diminuição das emissões de gases do efeito estufa nos centros urbanos. 

Também será preciso o desenvolvimento de novos processos industriais, agrícolas e sistemas logística de baixo impacto ambiental. Tudo isso sem mencionar o estímulo aos novos hábitos de consumo da população mundial, com o intuito de reduzir o desperdício de recursos naturais e o volume de resíduos. Tudo isso ajudará a tornar os efeitos dos desastres naturais menos onerosos às populações dos países e ao próprio planeta.

Há, portanto, um enorme potencial para as D-techs – como fora com as fintechs e medtechs – na criação de oportunidades até 2030, sobretudo para aquelas empresas e organizações que queiram propor tecnologias efetivas para este fim: colaborar para melhorar o bem-estar das pessoas e a resiliência das cidades antes, durante e depois de eventos climáticos críticos.

 

 

Roberta Cipoloni Tiso - diretora de Marketing e Sustentabilidade da green4T

 

A chuva lava...o fertilizante repõe!

Consideramos um solo mais fértil quando possui nutrientes em quantidades suficientes e em formas minerais que podem ser assimiladas pelas plantas. Quando crescem, as plantas retiram os nutrientes de que necessitam do solo e, portanto, esgotam-no. Por outro lado, quando as plantas morrem, elas são decompostas e permitem que os nutrientes retornem ao solo e se tornem disponíveis novamente. É, portanto, um processo cíclico de reciclagem de nutrientes. 

No entanto, esse ciclo é aberto e um solo pode ganhar ou perder nutrientes. Por exemplo, a água da chuva pode se infiltrar no solo e levar certos nutrientes consigo para os lençóis freáticos e cursos d'água, isso é chamado de lixiviação ou drenagem. Alguns solos são mais sensíveis a essa perda do que outros, como é o caso dos solos arenosos.  

Por exemplo, uma área agrícola sendo explorada por uma plantação de milho, durante seu crescimento a planta retira nutrientes do solo e os utiliza para construir seus diversos órgãos: grãos, folhas, ramos, raízes. Quando os grãos de milho são colhidos, os nutrientes ali acumulados são exportados, deixando o solo mais pobre em nutrientes, o que acaba levando, aos poucos, ao esgotamento dos nutrientes e a atividade agrícola torna-se comprometida. Assim, é muito importante renovar a fertilidade dos solos cultivados, independente do sistema agrícola implantado. 

Ao longo da história, vários métodos de renovação da fertilidade do solo foram usados e muitos deles são lentos e levam longos anos para a restituição dos nutrientes perdidos. Mas, a técnica que tem obtido mais sucesso é o uso de fertilizantes. O uso do termo fertilizante é usado aqui para qualquer matéria externa trazida ao solo para fornecer nutrientes às plantas. Este material pode ser o fertilizante orgânico, os quais contêm proporções muito variáveis de nutrientes, porém não estão em formas imediatamente disponíveis às plantas. 

Ao contrário dos fertilizantes orgânicos, podemos contar com a adição dos nutrientes que já estão na forma mineral, neste caso estamos falando dos fertilizantes minerais. Estes têm a vantagem de serem mais concentrados e assimilados diretamente pelas plantas. Os fertilizantes minerais são muitas vezes misturas dos três nutrientes mais importantes (porque são mais frequentemente limitados nos solos): nitrogênio, fósforo e potássio – os conhecidos fertilizantes “NPK”.  

Neste momento, você deve estar se perguntando por que não devolvemos apenas os nutrientes que foram retirados pela produção de alimentos? 

Para melhor entender essa questão, precisamos compreender que os nutrientes não são retirados do solo somente por meio da exportação ocasionada pela colheita dos produtos agrícolas, mas podem ser facilmente transportados para os rios e lagos por meio de escoamento e lixiviação, ou seja, é a perda de nutrientes por drenagem no perfil do solo. Assim, a alta incidência de chuvas fortes e em grande volume, conforme tem acontecido nesses últimos meses, podem diminuir a disponibilidade de alguns nutrientes para as plantas, principalmente o nitrogênio.  

Uma das formas de reduzir as perdas é adaptar a dose de nutrientes e a época de fornecimento do fertilizante ao crescimento da planta e a sua capacidade de absorção. A adubação bem calibrada irá limitar o risco de perdas dos nutrientes. Isso permitirá oferecer maior eficiência ao processo da adubação, não necessitando repor os nutrientes perdidos. 

Toda atividade agrícola esgota o solo exportando os nutrientes na forma de alimento para os seres humanos. Renovar a fertilidade do solo é, portanto, essencial para garantir a segurança alimentar a longo prazo. Hoje, nosso sistema alimentar é caracterizado pelo gerenciamento linear de nutrientes. Os nutrientes são trazidos para as lavouras principalmente na forma de fertilizantes minerais, os quais são transferidos para nosso corpo e, posteriormente, excretados na forma de urina e fezes. Esses excrementos são tratados como poluentes a serem eliminados. Enfim, não voltam para repor as retiradas ocorridas nas lavouras. Um caminho óbvio para a resiliência do sistema consiste, portanto, em tentar fazer a ciclagem de nutrientes, como na maioria dos ecossistemas. Nossa esperança é que nossos resíduos se tornem recursos nutricionais novamente. 

 

Valter Casarin - Coordenador Científicos da NPV

 

NPV - Nutrientes para a Vida

 https://www.nutrientesparaavida.org.br/ 


Programa Brasil Mais inicia novo ciclo em março

Iniciativa do governo federal, em parceria com o Sebrae, tem o objetivo de impulsionar a produtividade das empresas brasileiras 

 

Estão abertas as inscrições para mais um ciclo do Brasil Mais, programa que tem o objetivo de incrementar a produtividade das empresas brasileiras. Por meio de uma parceria entre Sebrae, Ministério da Economia, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a iniciativa conta com ações de melhorias rápidas, de baixo custo e alto impacto – soluções para melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios. A nova fase tem início em março e conta com 20 mil vagas. Negócios de qualquer segmento podem participar, basta se inscrever no site do programa www.gov.br/brasilmais.

A analista da Unidade de Competitividade do Sebrae Roberta Aviz ressalta que mais de 300 mil famílias que trabalham nas empresas acompanhadas pelo Brasil Mais já foram beneficiadas. “Isso significa mais de um milhão de pessoas impactadas nos quase três mil municípios em que estivemos, em um período de pouco mais de um ano de programa, com os nossos mil bolsistas que estão em campo. E foram impactados de forma muito positiva, porque essas mais de 70 mil empresas tiveram ganhos expressivos de produtividade”, argumenta.

Em média, segundo dados do Sebrae, empresas que participaram do programa conquistaram, entre abril e setembro de 2021, um aumento de 43% na sua produtividade e 26% a mais no seu faturamento. Desde o início das atividades do Brasil Mais, em novembro de 2020, mais de 70 mil empresas foram atendidas. “São números que mostram que é possível fazer inovações nos pequenos negócios para ter respostas rápidas, com bons resultados para o bolso do empresário”, reforça Aviz.


Como funciona

A jornada do empresário dentro do programa começa com um atendimento personalizado do Agente Local de Inovação (ALI), que faz um raio-X da situação do empreendimento para avaliar a realidade do negócio, chegando a um diagnóstico. Identificados os principais gargalos, o empreendedor traça, com o apoio do agente, um plano de ação para solucionar os problemas. Ao longo do tempo em que é orientado pelo ALI, o empresário conta também com consultorias especializadas e gratuitas do Sebrae.

As empresas receberão capacitações, consultorias e acompanhamento técnico para auxiliar no aprendizado das melhores práticas produtivas e gerenciais. Entre outros objetivos, estão a gestão por indicadores; a melhoria de processos e custos; o melhor posicionamento no mercado; a gestão de mercado, vendas e pessoal; além de melhorar nos empresários as habilidades de percepção, pensamento crítico, planejamento de curto e longo prazo, e liderança.

 

Mudanças climáticas: é necessário perseverança

O Brasil vive uma estação de estiagem que se prolonga desde 2019. Cenários catastróficos de seca, quebra de safras, fantasmas antigos como apagões foram ventilados. Sem falar na pandemia que assola o mundo desde 2020. 2021 foi um dos anos mais secos da história do País e já se previa cenário semelhante para os meses seguintes. Mas, sem aviso algum, se inicia 2022 com chuvas catastróficas na Bahia e em Minas. 

Eventos desse tipo têm sido cada vez mais comuns e, não somente no Brasil, mas no mundo inteiro. A ONG Christian Aid, identificou 10 eventos extremos que aconteceram mundialmente apenas no ano de 2021, cada um deles causando prejuízos bilionários. Frios extremos, ondas de calor, períodos de seca seguidos por chuvas de grande volume. Há até mesmo um país chamado Tuvalu, uma ilha no oceano Pacífico próximo às Maldivas, que simplesmente está desaparecendo, sendo engolida pelas águas. O clima mundial parece ter perdido o rumo. 

A causa? Os cientistas alertam há muitos anos: o aquecimento global. Posto em cheque tantas vezes por indivíduos que não têm compreensão do que está acontecendo e sumariamente ignorado pelos países mais ricos – esses sabem o que se passa, ele tem mostrado mais e mais seus efeitos. 

É natural que o cidadão comum não tenha a real ideia do que se passa em um mundo tão grande. O aquecimento global vem acontecendo desde a década de 1950, se intensificou após os anos 70 e vemos os seus efeitos em maior escala 80 anos depois do seu início. 

Isso passa despercebido pela vasta maioria da população, que está ocupada resolvendo seus problemas do dia a dia. Coisas simples, mas importantes e necessárias. Contas para pagar, emprego para procurar, terra para plantar, roupas para comprar, comida para fazer. 

E quem deveria se preocupar com isso? De uma forma geral, quem poderia ter alguma ação efetiva, são os governos mundiais. E digo que ainda não o fazem. Tratam o tema com demagogia, sempre jogam a culpa do problema em outros países, de preferência, tropicais. Se for na América Latina e possuir uma grande floresta, é perfeito. 

E por que pouco ou nada é feito? Meramente porque é caro e cada país, mesmo os ricos, tem suas prioridades. Resolver o problema exigiria um movimento mundial. Mudanças drásticas na forma de gerar energia, de lidar com plástico, de alterar meios de transporte, além de encerrar o uso de Diesel e gasolina. Parece inviável. É mais barato criar conferências como a COP26, onde representantes desses mesmos países que não fazem nada vão lá, tiram foto, fazem um discurso bonito e voltam para casa para fazer... nada. 

Então, não há nada para fazer? Há. Pequenas mudanças podem fazer grandes diferenças. Todos podem ajudar. No micro, o que está ao alcance de cada um é reciclar seu lixo. A redução do consumo de plástico pode trazer benefícios muito grandes para o meio ambiente. No médio, se envolva com a associação do seu bairro. Ajude a limpar a comunidade onde você vive. O bairro é responsabilidade de todos. No macro, as eleições estão chegando. Cada um de nós pode votar em políticos que tratam o tema sem demagogia. Promessas messiânicas como “acabar com o desmatamento” são balela. Fuja desse pessoal. Busque candidatos que tenham currículo na área, pessoas técnicas. 

Por último, e mais importante, é necessário perseverança. Como levou muito tempo para que os efeitos do aquecimento global aparecessem, vai levar um tempo para sumir. Mas há esperança. Com fé e força de vontade, vamos conseguir. E esse também é meu desejo para o seu ano de 2022. Que você tenha perseverança. Todos precisamos. 

 

Alysson Nunes Diógenes - engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica, é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).


Advogado comenta nova MP com medidas emergenciais para atenuar os efeitos da crise no turismo e cultura

"A medida provisória nº 1101 de 21 de fevereiro de 2022 alterou a Lei 14046 de 24 de agosto de 2002, que dispõem sobre medidas para atenuar os efeitos da crise do coronovarirus nos setor es de cultura e turismos.

As alterações são importantes pois passam a regular de forma mais clara por qual período em que os eventos, espetáculos e shows que aconteceriam, não obrigam os prestadores e sociedade empresária a reembolsarem o consumidor, devido ao adiamento ou cancelamento.

Alguns pontos são importantes: primeiro o crédito pode ser utilizado até 31 de dezembro de 2023, sendo esta a mesma data limite para ocorrer a remarcação dos serviços, das reservas e dos eventos adiados.

A restituição dos valores ao consumidor só ocorrerá na hipótese dos prestadores ficarem impossibilitados de remarcar os serviços ou disponibilizar o crédito, devendo ser realizada até 31 de dezembro de 2022, para os cancelamentos realizados, durante o período de 31 de dezembro de 2021 até 31 de dezembro de 2023 e para cancelamentos realizados de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2022. 

Na hipótese de crédito adquirido a partir de 21 de fevereiro de 2022, o crédito poderá ser usufruído ate 31 de dezembro de 2023;

 O artista , palestrante e profissionais que forem também impactados por adiamentos e cancelamentos em decorrência da pandemia, incluindo shows , espetáculos musicais e de artes e rodeios, incluindo os profissionais contratados, não serão obrigados a reembolsar os valores dos serviços e caches, porém o evento precisa ser remarcado para que a realização ocorra até 31 de dezembro de 2023. 

Outro ponto muito importante é que as multas por cancelamento dos contratos que tenham sido emitidas até 31 de dezembro de 2022, em decorrências dos atos das autoridades para medidas de isolamentos social para combate da pandemia, serão anuladas. Este é considerado um avanço nesta legislação, pois em caso de constar multa em contrato, a mesma não poderá ser aplicada , pois a Lei prevê sua anulação." disse o advogado em direito do entretenimento Dr. José Estevam Macedo Lima. 

A MP:https://www.in.gov.br/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.101-de-21-de-fevereiro-de-2022-381724542


KAYAK: Com diminuição de restrições sociais e de viagem, países têm aumento de até 158% nas buscas por voos

 

Crédito: Caleb Russell para Unsplash

Dados do KAYAK mostram que Austrália teve crescimento de 158% nas buscas por passagens aéreas depois de anunciar liberação de suas fronteiras para visitantes vacinados


Em novo levantamento realizado pelo metabuscador de viagens KAYAK, países como Dinamarca, Suíça e Austrália, que anunciaram no início do mês mudanças nas restrições para a entrada de viajantes em seus territórios, tiveram aumento nas buscas por passagens aéreas no Brasil. 

A Austrália, com as fronteiras fechadas desde março de 2020, apresentou um crescimento de 158% nas buscas de voos para Sydney em comparação ao último mês, para voos saindo do Brasil. O país reabriu suas fronteiras no dia 21 de fevereiro para turistas totalmente vacinados após um processo de reabertura gradual nos últimos meses que permitia apenas a entrada de cidadãos, migrantes qualificados, estudantes internacionais e trabalhadores sazonais. Os viajantes que não estiverem com o esquema vacinal completo deverão solicitar uma autorização especial de viagem e passar por quarentena. O preço médio dos bilhetes aéreos para Sydney é de R$ 9.767.

 

Copenhague, capital dinamarquesa, também registrou uma alta nas buscas de 111% a mais em relação ao mês anterior, para voos saindo do Brasil. A Dinamarca suspendeu grande parte das suas restrições sociais como a não obrigatoriedade do uso de máscaras e a apresentação de comprovante de vacinação ou teste negativo de Covid-19 em estabelecimentos como bares, cinemas e restaurantes. Para os viajantes ainda é necessário a apresentação do comprovante de vacinação ou resultado negativo de teste feito no máximo 24 horas antes da entrada no país para os não vacinados. O valor médio do voo para Copenhague a partir do Brasil é R$ 4.574.   

A Suíça também suspendeu suas restrições desde o dia 16 de fevereiro. Com a decisão, não será necessário apresentar comprovante de vacinação e usar máscara em ambientes fechados (o uso permanece obrigatório no transporte público e instituições de saúde). Para a entrada em território suíço, a única exigência é a vacinação completa. Aqui no Brasil, Genebra já teve um aumento de 110% nas buscas por voos, enquanto Zurique teve 82% desde o anúncio da mudança das restrições. O preço médio das passagens para estas cidades suíças é de R$4.342 e R$4.358, respectivamente, a partir do Brasil. Ambos os preços estão com leve queda em relação ao começo do mês.


Para ficar atualizado sobre as restrições de cada país, além de saber a lista completa de destinos que estão abertos para viajantes brasileiros, vale checar o Mapa de Restrições e conferir as regras vigentes para o seu destino. No KAYAK também é possível configurar um Alerta de Preços, gratuitamente, para não perder uma oferta. Basta pesquisar o itinerário de preferência na aba Voos. Quando a página de resultados abrir, no canto superior esquerdo é possível habilitar a opção "Acompanhar Preços”, informando um e-mail, que passará a receber avisos automáticos de variações. O Alerta de Preços também faz uma recomendação caso seja a hora certa de comprar a passagem ou se esperar por preços menores é a melhor alternativa. 

 

Metodologia do dados 

Para a Dinamarca, a pesquisa foi feita na base de dados do KAYAK buscando por voos de ida e volta entre 01/02/2022 e 17/02/2022 saindo de todos os aeroportos do Brasil com destino a todos os aeroportos dinamarqueses para viagens entre 01/03/2022 e 31/12/2022. Para a Suíça, foram consideradas as buscas por voos de ida e volta entre 02/02/2021 e 17/02/2022 saindo de todos os aeroportos do Brasil com destino a todos os aeroportos do país para viagens entre 01/03/2022 e 31/12/2022. Para a Austrália, foram consideradas as buscas por voos de ida e volta entre 04/02/2021 e 17/02/2022 saindo de todos os aeroportos do Brasil com destino a todos os aeroportos da Austrália para viagens entre 01/03/2022 e 31/12/2022.

 

KAYAK - www.KAYAK.com

Interamerican Network


7 livros com dicas e linguagem fácil para te ajudar com as contas pessoais


Hoje, uma das maiores preocupações é com a crise financeira, por esse motivo cuidar das contas é cada vez mais importante. De acordo com o Serasa Experian, 63 milhões de brasileiros têm dívidas atrasadas. Para que este cenário mude, é necessário que as pessoas invistam em conhecimento, e nesse caso a leitura pode ajudar.

 

Pensando nisso, a Simplic - fintech de crédito online, dá dicas de 7 livros que podem ser úteis para quem precisa de uma ajuda extra com a organização e independência financeira. Confira:

 

1. “Como organizar sua vida financeira”

O livro de Gustavo Cerbasi tem como objetivo agrupar temas-chave que causam problemas em relação à dinheiro para ajudar os leitores a resolverem essas causas de forma equilibrada, podendo permitir que cada um planeje um futuro bem sucedido. Cada exemplar custa em torno de R$30, mas também está disponível na Amazon.com em versão e-book, no valor de R$11,90. 

 

2. “Me Poupe! 10 passos para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso”

A autora do livro, Nathalia Arcuri, é uma jornalista especializada em finanças que fez sucesso com seu canal do Youtube - o “Me Poupe!” que hoje está próximo de atingir a marca de 5 milhões de inscritos. Em 2018, ela lançou em forma de livro os conselhos que já estava acostumada a divulgar na internet, vendendo em média 3 mil cópias por dia. O livro aborda assuntos como: “O que fazer para ter renda extra para o fim do mês?” e custa R$20 em quase todas as livrarias. 

 

3. “Quero ficar rico: Tudo o que você precisa saber sobre dinheiro e criação de riqueza em 60 minutos”

Rafael Seabra esclarece em seu livro como é possível conquistar a independência financeira e como ter controle absoluto das finanças e dos gastos, qualquer que seja a renda faturada ao mês. Este livro também é disponibilizado em versão online pela Amazon, no valor de R$20,61. A versão física custa R$23,30 nesse mesmo site. 


4. “Terapia Financeira: Realize seus sonhos com Educação Financeira”

O livro escrito por Reinaldo Domingos relata a metodologia DSOP, que significa “Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar”, desenvolvida pelo próprio autor, que também é consultor e terapeuta. Ele fala sobre modificar a atitude das pessoas na forma de administração do dinheiro, possibilitando que sonhos sejam realizados e a independência financeira seja alcançada. O livro já foi best seller em seu ano de lançamento, 2013. Está a venda por R$17,90 no site Amazon e R$14,90 no Submarino. 

 

5. “Livre-se das dívidas”

O mesmo autor de “Terapia Financeira”, também escreveu o livro “Livre-se das dívidas”, igualmente baseado nos pilares da “DSOP”, porém com um enfoque maior para famílias endividadas. No livro, Reinaldo sugere uma mudança de hábitos e comportamentos que podem ajudar a diminuir as dívidas. Esse livro é vendido por R$9,99 em sites como americanas.com. 

 

6. A mente acima do dinheiro: o impacto das emoções em sua vida financeira”

Pai e filho, Brad Klontz e Ted Klontz, psicólogos financeiros estadunidenses escreveram o livro que relaciona os problemas pessoais do leitor com seus gastos, provando que muitas pessoas “consomem suas emoções”. O livro custa em média R$40 e pode ser comprado via internet pelos sites das livrarias. 

 

7.Do mil ao milhão, sem cortar o cafezinho”

Thiago Nigro é o criador do blog “O Primo Rico”, que também se tornou um canal no Youtube. Ele aborda temas como a bolsa de valores e dívidas. Seu primeiro livro ensina aos leitores três pilares para alcançar a independência financeira: gastar bem, investir melhor e ganhar mais. O livro é vendido pelo valor de 27,90 na Livraria Saraiva e no site Amazon.com.

 

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As três principais mudanças fiscais para 2022

Entra ano, sai ano e as dificuldades com o fisco brasileiro são sempre as mesmas. São muitos documentos, diversos profissionais envolvidos e muito tempo de trabalho gasto com o único objetivo de deixar a “casa arrumada” do ponto de vista fiscal.

De acordo com o ranking Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil ocupa a 184ª de 190 posições dos países mais onerosos e burocráticos do mundo do ponto de vista tributário. Para se manter em conformidade fiscal, as empresas brasileiras gastam cerca de 1,5 mil horas anuais – que custa o equivalente a R$ 70 bilhões por ano.

Conhecer a legislação tributária vigente no país é fundamental para o sucesso de uma empresa. Os profissionais responsáveis devem estar sempre muito atentos a todas as mudanças realizadas anualmente para que a conformidade fiscal da companhia esteja sempre em ordem. Nessa missão, destaco que há três grandes mudanças nas quais as organizações devem se atentar em 2022:

#1 Reforma tributária: o tema, que já vem sendo debatido no Congresso há meses, propõe simplificar o sistema tributário brasileiro através da extinção de tributos como o PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS – substituindo-os por um Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS). Ainda, essa reforma também busca modernizar a arrecadação de tributos a fim de favorecer a competitividade das empresas. Logo, os profissionais da área precisarão ficar atentos às possibilidades de mudanças.

#2 Discussão do Diferencial de Alíquotas (LC 190/22): julgada inconstitucional por muitos juristas, a aprovação do Difal 2022 foi realizada em 05 de janeiro deste ano, e permitiu que muitos Estados brasileiros cobrassem valores tributários que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, só poderiam valer a partir de 2023. Esse entendimento se dá em razão ao princípio da anterioridade anual, previsto no art. 150, o qual proíbe que tributos sejam exigidos no mesmo exercício da publicação da lei que os instituiu. Por esse motivo, muitas empresas estão recorrendo à Justiça para solicitar a dispensa do pagamento desse tributo em 2022.

#3 Novas regras de validações e registros da ECD e ECF (Apuração de IRPJ e CSLL): a partir de 2022, a transmissão dessas documentações deverá ser realizada por um profissional contador. Do contrário, o emissor poderá receber um aviso do sistema, indicando que este está inapto, segundo os registros do Conselho Federal de Contabilidade. Ter um profissional habilitado para tal função é indispensável, sob pena de multa.

Manter os negócios em conformidade fiscal envolve altos custos, complexidade tributária e imensa insegurança jurídica na regularização dos processos. Mesmo diante desta alta burocracia, a adequação se torna indispensável a fim de evitar penalidades, como multas, juros e outras infrações que danifiquem a imagem da companhia no mercado.

Neste contexto, além de contar com profissionais altamente capacitados, as empresas precisam recorrer ao apoio da tecnologia. Por meio da automatização e inteligência de negócios, muitas dessas atividades podem ser simplificadas, minimizando erros, retrabalhos e as duras consequências de não-conformidades fiscais, contábeis e tributárias.

Por meio de sistemas de gestão com definições fiscais embarcadas, sobra mais tempo para que os profissionais dessas áreas se dediquem a atividades realmente estratégicas para o presente e o futuro das companhias. Mais do que se atentar às mudanças fiscais, é preciso observar as oportunidades de realizar um trabalho eficaz e assertivo para as empresas.

  

Ricardo Rocha - especialista em inteligência fiscal na Seidor, empresa dedicada ao fornecimento de soluções tecnológicas na área de consultoria de software e serviços de TI.

 

 Seidor

http://www.seidor.com.br


Plataforma web detecta fake news em português de forma automática

Resultados preliminares indicam que o sistema, criado por pesquisadores ligados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria da USP, é capaz de identificar notícias falsas com 96% de precisão (imagem: Pixabay)

 

Na atual era de fake news tem sido cada vez mais desafiador distinguir notícias falsas ou falsificadas das reais.

Uma plataforma web criada por pesquisadores ligados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) pode facilitar essa tarefa.

Por meio de uma combinação de modelos estatísticos e técnicas de aprendizado de máquina, a plataforma é capaz de predizer a probabilidade de um texto ser fake.

Resultados preliminares indicaram que o sistema foi capaz de detectar notícias falsas com 96% de precisão.

“A ideia da plataforma é oferecer à sociedade uma ferramenta adicional para identificar de forma não somente subjetiva se uma notícia é ou não falsa”, diz à Agência FAPESP Francisco Louzada Neto, diretor de transferência tecnológica do CeMEAI e coordenador do projeto.

Sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, o CeMEAI é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.

 

Características das fake news

Ao receber um texto, que deve conter a notícia completa, o sistema aplica métodos estatísticos para avaliar características de escrita, como palavras usadas ou classes gramaticais mais frequentes.

Essas caraterísticas são utilizadas por um classificador baseado em um modelo de aprendizado de máquina que é capaz de distinguir padrões de linguagem, vocabulário e semântica de notícias falsas e de verdadeiras e, dessa forma, inferir automaticamente se um texto submetido à plataforma é ou não uma fake news.

“As fake news apresentam padrões na redação do texto, uso e frequência de palavras que podem ser identificáveis pelo classificador”, afirma Louzada.

Para treinar os modelos foi usado um banco de dados construído por pesquisadores da USP, composto por uma grande quantidade de notícias verdadeiras e falsas escritas em português. Além disso, os modelos foram expostos ao vocabulário usado em mais de 100 mil notícias publicadas nos últimos cinco anos.

A base de notícias serviu de entrada para os modelos estatísticos computacionais empregados na plataforma buscarem automaticamente padrões na redação do texto, como o uso e a frequência das palavras.

“Precisamos sempre atualizar e dar mais subsídios para os modelos usados pela plataforma, de modo a melhorar a acurácia e aumentar a capacidade de predição de fake news”, avalia Louzada.

Os pesquisadores pretendem usar as fake news que circularão nas eleições brasileiras deste ano e as relacionadas à pandemia de COVID-19 para calibrar os modelos.

“O combate às fake news é uma corrida de gato e rato porque, ao mesmo tempo que tem surgido plataformas como a que desenvolvemos para detectá-las, os métodos para produzir essas notícias falsas também têm sido aprimorados”, avalia Louzada.

Uma das preocupações é que o sistema também possa ser usado por criadores de fake news para avaliar o potencial de uma notícia falsa passar por verdadeira antes de ser difundida.

“Esse é um risco com o qual teremos que lidar”, afirma.

 

Plataformas para outras aplicações

A plataforma para detecção de fake news começou a ser desenvolvida por participantes da última edição do Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (Mecai), oferecido pelo ICMC-USP e em um dos cursos da área de educação corporativa oferecidos pelo CeMEAI.

Outras soluções desenvolvidas por participantes do curso foram uma plataforma web para antecipação do valor de mercado de criptomoedas e um sistema para acompanhamento de óbitos por COVID-19 em nível municipal.

“Percebemos a dificuldade de acesso aos dados referentes à evolução dos casos e óbitos e de previsão dos números de infectados e mortos em nível municipal em diferentes períodos da pandemia. Com base nessa constatação, a ideia é criar um website que disponibilizará esses dados para cada município do Brasil”, diz Louzada.

 


Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/plataforma-web-detecta-ifake-news-i-em-portugues-de-forma-automatica/38004/


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