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sábado, 12 de fevereiro de 2022

NOVO ESTUDO REVELA QUE BRINCAR DE BONECAS FAZ COM QUE AS CRIANÇAS FALEM SOBRE OS PENSAMENTOS E AS EMOÇÕES DO OUTRO

 Pelo segundo ano consecutivo, Barbie® e neurocientistas da Cardiff University pesquisaram sobre o tema. Da primeira vez, as evidências mostraram que áreas do cérebro associadas a habilidades sociais são ativadas durante as brincadeiras 


El Segundo, Califórnia - A Barbie acaba de anunciar as descobertas de um time de neurocientistas da Cardiff University após um longo estudo sobre os impactos a curto e longo prazo das brincadeiras com bonecas. Neste segundo ano de pesquisa, foi revelada a importância do que as crianças dizem enquanto brincam e também que elas compartilham muitos pensamentos e sentimentos quando estão sozinhas com as bonecas.

As pesquisas mais recentes apontam que as crianças falam mais sobre as emoções dos outros, um conceito chamado de “Linguagem de Estado Interno” (LEI), enquanto brincam com bonecas do que quando jogam no tablet. Falar sobre sentimentos de terceiros faz com que as crianças pratiquem habilidades sociais que podem ser utilizadas quando estão interagindo com pessoas no mundo real, além de ser potencialmente benéfico para o desenvolvimento emocional em geral.

“Quando as crianças criam mundos imaginários e encenam com bonecas, elas expressam primeiro em voz alta, depois internalizam a mensagem sobre pensamentos, emoções e sentimentos do outro”, conta a pesquisadora Dr. Sarah Gerson. “Isso pode ser muito benéfico a longo prazo, já que pode levá-las a ter mais sucesso em processar questões sociais e emocionais e ajudá-las a desenvolver a empatia, que pode moldar seus hábitos ao longo de suas vidas”, afirma.

Durante as observações das crianças, os pesquisadores perceberam um aumento da atividade cerebral na região do sulco temporal superior posterior quando as crianças falavam sobre os sentimentos e pensamentos das próprias bonecas. Aquela região é altamente envolvida no desenvolvimento de habilidades de processamento social e emocional e, por isso, foi observado que as habilidades sociais vitais são desenvolvidas mesmo quando os pequenos brincam sozinhos.

 

Pais e cuidadores têm demonstrado preocupação crescente com o desenvolvimento de seus filhos durante os últimos dois anos. Na verdade, 61% dos pais reportaram que o desenvolvimento social e emocional de seus filhos foram negativamente afetados pela pandemia. Por conta da limitação externa do estímulo social e cognitivo durante a pandemia, a pesquisa da Universidade Cardiff sugere que brincadeiras com bonecas possam oferecer às crianças a oportunidade de simular cenas e interações que aconteceriam no dia-a-dia.

Além disso, por imitarem o que os pais, professores e cuidadores pensam e falam, as bonecas podem servir de modelo para que os pequenos possam recriar o que eles viram e ouviram, ensaiando assim suas habilidades que poderão usar em situações sociais da vida real.

O estudo sugere que essas descobertas não estão relacionadas à gênero, revelando mais uma vez a importância da brincadeira com bonecas na prática das habilidades sociais. “Estamos orgulhosos por saber que quando as crianças contam histórias nas brincadeiras com a Barbie e externalizam seus pensamentos e emoções, elas podem estar moldando habilidades sociais cruciais, como empatia, tão importantes para serem adultos confiantes e inclusivos” disse Lisa McKnight, Vice-Presidente Sênior e Chefe de Barbie e Bonecas da Mattel. “Como líderes na categoria de bonecas, esperamos cada vez mais descobrir benefícios neste sentido, fundamentados pela neurociência, através da nossa parceria de longa data com a Cardiff University”.

Os resultados da pesquisa ‘Brincar de bonecas estimula o pensamento e a interação social: representações da linguagem interna do cérebro’ foram publicados na Developmental Science em 2021 pela Dra. Sarah Gerson e colegas do Centro de Ciências do Desenvolvimento Humano da Universidade de Cardiff, Reino Unido, bem como pesquisadores da Universidade King's London.

Em setembro de 2020, a Cardiff University e a Barbie divulgaram os resultados do primeiro ano de estudo, intitulado ‘Explorando os benefícios da brincadeira de boneca através da neurociência’ e publicado na “Frontiers in Human Neuroscience”. As pesquisas realizadas durante os últimos anos, nas quais exploram os impactos positivos das brincadeiras com bonecas em curto e longo prazo, contarão com novos estudos e resultados até 2024 liderados pela Barbie®.



Mattel


Sobre a Cardiff University
A Cardiff University é reconhecida em avaliações governamentais independentes como uma das principais universidades de ensino e pesquisa da Grã-Bretanha. É membro do Group Russell das universidades mais intensivas em pesquisa do Reino Unido. Entre sua equipe acadêmica estão dois ganhadores do Prêmio Nobel, incluindo o vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 2007, o professor Sir Martin Evans. Fundada pela Royal Charter em 1883, hoje a universidade combina impressionantes instalações modernas e uma abordagem dinâmica de ensino e pesquisa. A amplitude de experiência da Universidade abrange: a Faculdade de Artes, Humanidades e Ciências Sociais; a Faculdade de Ciências Biomédicas e da Vida; e a Faculdade de Ciências Físicas e Engenharia, juntamente permanente com a educação.

300 milhões de pessoas sofrem de depressão, segundo a OMS

Especialista aponta a importância de identificar os sintomas

 

A depressão é um transtorno que pode surgir em qualquer etapa da vida e que interfere nas atividades diárias, na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, se alimentar, ou seja, compromete (e muito!) a qualidade de vida.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno. Já no Brasil, são cerca de 12 milhões. Essa é a maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas.

Para Mariete Duarte, psicóloga da Clínica Maia, um ponto importante quando falamos de depressão é aprender a diferenciá-la da tristeza.

“Tristeza é um quadro passageiro, já a depressão se instala por um período mais longo e ocasiona sintomas físicos e emocionais. A doença geralmente impede a realização das tarefas cotidianas e, por isso, é uma das patologias que mais afastam pessoas do ambiente de trabalho”, explica a especialista.

Os sinais e as causas da depressão variam de acordo com cada etapa da vida. Na infância, por exemplo, a criança pode apresentar dificuldade de concentração, memória ou raciocínio; agressividade; isolamento; sensação frequente de cansaço ou perda de energia são alguns dos indícios.

Já na adolescência, muitas vezes, o aparecimento da condição está relacionado ao uso excessivo das redes sociais e os fatores aos quais os jovens estão expostos nessas mídias. Nessa faixa etária, alguns sinais de alerta incluem baixo rendimento escolar, transtornos alimentares, distúrbios de sono, abuso de álcool e/ou drogas.

Na fase adulta, quem sofre com o quadro depressivo pode manifestar perda de interesse com relação a hobbies e atividades do cotidiano; problemas de concentração e memória, dificuldades para dormir e tomar decisões, entre outros sintomas.

Além disso, nesse período da vida, muitos acham que demonstrar tristeza ou sofrimento emocional é sinal de fraqueza, e, por isso, acabam tentando reprimir as angústias que sentem, convencendo-se de que não é nada demais, que vai passar e é preciso ser “forte”.

Nos idosos, por sua vez, a depressão pode aparecer por diferentes motivos e apresenta menos tristeza e mais dores físicas, assim como problemas de memória, características que são comuns na idade e que podem parecer inofensivas, mas nem tudo deve ser associado única e exclusivamente ao envelhecimento.

Aqui vale ressaltar que, para saber quando buscar ajuda, é preciso ficar atento à intensidade, duração e prejuízo que todos os sintomas têm causado na vida da pessoa.

"Insônia, angústia, desesperança, falta de motivação, desânimo, cansaço, irritabilidade e todos os outros incômodos citados - quando muito intensos, presentes por tempo prolongado e impedindo a pessoa de realizar suas atividades diárias - são indícios de que chegou o momento de buscar o suporte.

 

Autoconhecimento e estilo de vida contribuem na prevenção da saúde emocional  

Psicóloga Gabriella Braga, da Meu Doutor Novamed, apresenta oito dicas para reduzir os riscos de quadros de ansiedade e depressão  

   

De acordo com a Fiocruz, sentimentos frequentes de tristeza e depressão atingiram 40% da população adulta brasileira em 2020, e a sensação frequente de ansiedade e nervosismo foi relatada por mais de 50% das pessoas. Em outubro de 2021, o estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) apontou alta de 50% nos quadros depressivos e de 80% nos ansiosos nos últimos seis meses.     

Já o relatório “Strengthening mental health responses to COVID-19 in the Americas: A health policy analysis and recommendations”, da Organização Panamericana de Saúde, revela que quatro em cada dez brasileiros (44%) tiveram problemas de ansiedade e outros 61% apresentaram quadro de depressão neste período.     

O cenário atípico fez com que muitas pessoas buscassem pela primeira vez um tratamento psicológico. De acordo com os dados do Programa de Suporte à Saúde Emocional, oferecido pela Bradesco Saúde às empresas, mais da metade dos pacientes (53,4%) nunca havia feito terapia antes da pandemia.   

“Os últimos anos mudaram a perspectiva sobre a importância e o valor do cuidado com a saúde emocional. Do dia para noite, tivemos uma ruptura abrupta do convívio social com amigos e familiares, propiciando o desenvolvimento e o agravamento desses quadros de depressão, ansiedade, transtornos alimentares, entre outros. Tivemos que aprender a lidar com o estresse crônico e sem data para acabar”, comenta a psicóloga Gabriella Braga, da rede de clínicas Meu Doutor Novamed.   

“O ser humano acabou precisando conviver consigo mesmo e passou a perceber as influências emocionais no dia a dia, algo que antes muitas vezes se podia fugir e evitar, porém não acontecia por conta de estratégias externas. A pandemia veio mostrar que fugir, até de si mesmo, não é uma solução”, completa Gabriella.    

Confira oito dicas que contribuem na prevenção e no enfrentamento de quadros de ansiedade, estresse e depressão:  

  

1. Revisar as prioridades, visando a saúde física e emocional - É o primeiro passo em direção à possibilidade de amenizar a incidência de quadros elevados de estresse, ansiedade e, inclusive, episódios de depressão. Essa revisão seria basicamente entender o que é possível fazer a respeito do que está acontecendo, uma vez que não temos como mudar o fato pandêmico. Cabe considerar as prioridades de cada indivíduo.   

  

2. Buscar o autocuidado e compreender as emoções - Diante desse cenário, é essencial que cada um busque entender as suas emoções, visando o autocuidado com a saúde mental. ‘Como estou lidando com essa situação?’ é uma pergunta importante. ‘Quais os impactos emocionais desse momento na minha vida? O que posso fazer para minimizá-los?’. O olhar deve ser mais atento e cuidadoso com as nossas emoções por meio desses questionamentos.  

  

3. Foco no agora - É fundamental entendermos a importância de estar vivendo um dia de cada vez.   


4. Adotar estilo de vida saudável, com atividade física e alimentação balanceada - Ter um estilo de vida mais saudável, com atividade física regular, meditação e uma alimentação balanceada, contribui para um maior equilíbrio emocional, reduzindo o potencial de quadros de ansiedade e depressão. É importante cuidar de dentro para fora.   

  

5. Hobbies - Dedicar tempo a um hobby, como leitura, dança, é outro importante aliado. As medidas são variadas e devem fazer sentido para cada indivíduo.  

  

6. Manter uma rede de apoio ativa - Uma rede de apoio com relações baseadas no acolhimento e na empatia ajuda no enfrentamento de situações de estresse e ansiedade.  

  

7. Administrar a jornada no home office - Para as pessoas que ainda estão no regime de trabalho de home office, é ainda mais importante saber administrar o tempo para o trabalho e para a vida pessoal. 

  

8. Contar com apoio profissional - É fundamental que o paciente não deixe de buscar ajuda, orientação e atendimento psicológico para lidar com as questões ligadas à saúde emocional, bem como ter acompanhamento médico nas ações voltadas à saúde física.   

 

 

Grupo Bradesco Saúde

 

Psicólogo dá dicas de como saber se você está se envolvendo com um psicopata

André Barbosa, psicólogo, avalia o caso apresentado pelo documentário ‘O golpista do Tinder’, da Netflix

 

Um dos lançamentos mais recentes da plataforma de streaming Netflix conta a história de Simon Leviev, que para manter seu estilo de vida de alto padrão, aplicava golpes em mulheres que encontrava no aplicativo de namoro virtual Tinder. O homem costumava marcar encontros em hotéis 5 estrelas e fazia as vítimas acreditarem que ele se tratava de uma pessoa que vivia em meio ao luxo. Porém, após envolver completamente a sua suposta ‘namorada’ em suas mentiras, ele começava a pedir dinheiro e assim, o chamado ‘golpista do Tinder’, fez diversas vítimas que enfrentam consequências até hoje. 

O psicólogo André Barbosa conta que os psicopatas têm predileção por pessoas isoladas, fato este, que pode ter facilitado o trabalho de Simon. “Nos dias de hoje ainda existe muito machismo. Algumas das vítimas que expuseram os casos tiveram que lidar com comentários que as chamavam de ‘interesseiras’, por exemplo. O medo de lidar com situações assim criou a possibilidade de Simon operar por tanto tempo”, explica. 

De acordo com o especialista, os psicopatas têm habilidades de persuasão e, muitos, entram em relacionamentos com o objetivo de criar uma atmosfera de submissão. “Os psicopatas estão no nosso meio. São pessoas totalmente sem empatia. A partir do momento que ele não precisa mais de você, ele age como se você não existisse”, alerta. O perfil das vítimas é de pessoas manipuláveis, carentes, intensas, impulsivas e com instabilidade emocional. 

André Barbosa afirma que, em relações abusivas, o abusador tenta, a todo custo, criar a ideia de que tudo é culpa do outro e ainda tenta convencer que o abusado tem que dar graças por tê-lo em sua vida. “É como se o sujeito, vítima desse relacionamento,  estivesse todo quebrado por dentro, principalmente por ter se mantido em tal relacionamento. Apesar de todo sofrimento, humilhação e dor gerados, a vítima, muitas vezes, acaba normalizando, de forma que nem percebe que está em um relacionamento abusivo”, pontua. 

Atualmente, o ‘golpista do Tinder’, apesar de ter sido preso por um tempo, já retornou a seu país natal e segue fazendo posts de ostentação em seu Instagram. Ninguém sabe ao certo de onde vem a renda atual, mas o rombo de milhares de dólares causado por ele, ainda não foi totalmente cessado.

 


Dr. André Barbosa - O psicólogo e escritor Dr. André Barbosa é formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido. Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade borderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.

 

Estudo: Passar tempo nas redes sociais está relacionado à infidelidade

72% dos membros entrevistados pelo Gleeden acreditam que seu parceiro passa muito tempo nas mídias sociais.


 

A comunicação virtual está mais difundida do que nunca, as redes sociais são parte integrante do nosso cotidiano e isso pode impactar muito os relacionamentos amorosos. Por conta disso, o Gleeden, aplicativo para encontros extraconjugais discretos pensado por e para mulheres, realizou uma pesquisa para saber se o tempo que seus parceiros passam nas redes sociais está relacionado à sua infidelidade.

 

De acordo com uma pesquisa realizada com mais de 12 mil membros do Gleeden, quase três quartos deles (72%) acreditam que o parceiro passa muito tempo nas redes sociais e 69% declaram que já tiveram discussões sobre este tema. Por fim, 62% dos infiéis admitem ter um relacionamento extraconjugal porque o parceiro passa muito tempo nas redes sociais.

 

A autoestima, ao que tudo indica, é a mais afetada quando o casal está grudado na tela. Enquanto mais da metade dos membros questionados pelo Gleeden (57%) disseram se sentir abandonados pelo parceiro, 29% deles recorreram à infidelidade para mostrar que é melhor do que relacionamentos virtuais. 11% também são particularmente vingativos e admitem ter tido um caso extraconjugal simplesmente para se vingar da falta de atenção do parceiro.

 

“Um estudo publicado pela revista “Computers in Human Behavior” mostra um aumento de 4,32% nos divórcios nas regiões onde o Facebook é mais usado, parece que alguns estão frustrados pelo tempo que seus cônjuges gastam nas mídias sociais a ponto de tomar a decisão de procurar uma nova relação em outro lugar”, diz Silvia Rubies, diretora de comunicação e marketing do Gleeden para Espanha e América Latina. 

Com esta informação, talvez alguns casais decidam abandonar o smartphone.

 

Gleeden


https://pressroom.gleeden.com/es/category/brasil/


Síndrome de Burnout: o que sabemos até aqui

Opinião 

Photo by nikko macaspac on Unsplash

A relação que temos com o trabalho e as dificuldades que podem aparecer quando surge um desgaste nesta relação é um fenômeno há muito tempo reconhecido [1]. O uso do termo Burnout (Esgotamento) para esse fenômeno surgiu em meados da década de 1970 nos Estados Unidos, principalmente, entre funcionários que atuavam em Recursos Humanos (RH). A expressão era empregada em situações nas quais os trabalhadores apresentavam cansaço extremo, perda de idealismo e paixão pelo trabalho [1]. Desde então, o termo tem sido relacionado ao estresse crônico associado à atividade laboral. 

Em 2010, Burnout passou a ser um diagnóstico na 10.ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), porém, sem um conceito detalhado do quadro. Era definido como “um estado de exaustão vital” e categorizado em “problemas relacionados à dificuldade de gerenciamento da vida”, ou seja, poderia estar relacionado ao trabalho ou não. Em 2019, com a atualização da CID (CID-11), o Burnout passa a ser definido como um fenômeno ocupacional, além de ser mais bem caracterizado. Entretanto, a síndrome ainda continua não sendo identificada como doença e é descrita no capítulo “Fatores que influenciam o estado de saúde ou o contato com os serviços de saúde”, que inclui os motivos pelos quais as pessoas procuram os serviços de saúde, mas que não são classificados como doença ou condição de saúde. O Burnout, agora, passa a ser definido como uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi manejado adequadamente e é caracterizada por três dimensões: (i) sensação de esgotamento ou exaustão de energia, (ii) aumento da distância mental do trabalho ou sentimentos negativos relacionados a ele e (iii) diminuição da eficácia profissional [2]. 

A síndrome corresponde a essas três dimensões, porém, clinicamente, pode resultar em diversos outros sinais e sintomas como irritabilidade, alterações no apetite e sono, dificuldade de concentração, isolamento social, além de outros sintomas depressivos e sintomas ansiosos. Quanto à sua prevalência, os dados atuais são extremamente heterogêneos, podendo ultrapassar 80% de funcionários de alguns setores [3], com uma predominância em certas profissões como policiais, profissionais da educação e profissionais da área da saúde. Essa heterogeneidade correlaciona-se com a ausência de uma definição precisa da síndrome, principalmente anterior à CID-11. Ou seja, a melhor descrição da síndrome é absolutamente fundamental, pois, a definição imprecisa implica em sérios problemas para estudos científicos sobre o tema, incluindo além da variabilidade na prevalência já citada, dificuldade de estabelecimento de grupos de risco, intervenções para a prevenção, avaliação de prognóstico e estabelecimento de estratégias terapêuticas eficazes. 

Nesses últimos dois anos, com a pandemia de covid-19, houve diversos desafios e mudanças para humanidade não só quanto à saúde, mas também no âmbito econômico, político e social. Um grupo que merece destaque nesse período é o de profissionais da saúde da linha de frente do atendimento aos pacientes com covid-19. Esses profissionais tiveram um aumento significativo no estresse relacionado ao trabalho, devido ao grande impacto gerado em seu ambiente profissional. Ainda no contexto da pandemia, vale ressaltar as notáveis modificações no modo de trabalhar, como, por exemplo, a migração do trabalho para híbrido (presencial + remoto) ou remoto exclusivo que, para alguns setores e profissões, veio para ficar. Observa-se que no trabalho remoto, frequentemente, a carga horária acaba sendo ainda maior comparada ao presencial exclusivo anterior, o que pode colaborar para o aumento do estresse e caso não seja bem administrado, resultar em Burnout. Daí a importância de se pensar em prevenção. Um estudo [4] publicado em 2020 recomenda algumas práticas a serem adotadas, para diminuir esse estresse associado ao home office:
 

• Promover a conscientização sobre o estresse e o Burnout resultantes do aumento do uso de telecomunicações durante a pandemia;

• Aumentar a frequência dos intervalos entre as palestras on-line ou durante as teleconferências;

• Implementar práticas saudáveis entre as sessões on-line e durante reuniões prolongadas, como exercícios respiratórios, meditação e ioga;

• Reduzir hábitos pouco saudáveis que aumentam ainda mais os níveis de estresse, como fumar e ingerir cafeína.
 

Portanto, sendo o trabalho presencial ou remoto, o estresse com ele pode aparecer. Logo, é de fundamental importância pensarmos e discutirmos sobre a relação do trabalho com nossa saúde mental. A literatura atual indica que tanto as estratégias focadas no indivíduo quanto as organizacionais podem resultar em reduções clinicamente significativas do quadro [5]. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para estabelecer quais intervenções são as mais eficazes. De todo modo, é pertinente adotar práticas de estilo de vida saudáveis, investir em atividades de lazer, programar-se para limitar horas trabalhadas por período, além de ter um bom convívio no ambiente de trabalho, pois tais práticas podem resultar em diminuição do estresse e, consequentemente, de Burnout. Fique atento aos sinais e sintomas descritos sobre o Burnout e caso os identifique, procure um profissional de saúde mental capacitado para melhor avaliação diagnóstica e terapêutica.

 

 

José Diogo S. Souza - médico residente de Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental da FMRP-USP.

 

Rodrigo Affonseca Bressan - professor adjunto livre-docente do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina -- Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) — Campus São Paulo e presidente do Instituto Ame Sua Mente

 

 

 

Referências:

1. Maslach C, Schaufeli WB, Leiter MP. Job burnout. Annu Rev Psychol. 2001;52:397--422

2. Link

3. Rotenstein LS et al. Prevalence of Burnout Among Physicians: A Systematic Review. JAMA. 2018;320(11):1131-- 1150

4. Mheidly, Nour et al. “Coping With Stress and Burnout Associated With Telecommunication and Online Learning.” Frontiers in public health vol. 8 574969. 11 Nov. 2020. 

5. West Colin P et al. “Interventions to prevent and reduce physician burnout: a systematic review and meta-analysis.” Lancet vol. 388,10057 (2016): 2272--2281 


Propósito

 Falando um pouco mais sobre o tema, por Mônica Camargo Tracanella


Recentemente li um texto onde era questionado o tal do propósito, como se este fosse um artifício para você trabalhar mais feliz e passar mais tempo no trabalho, dedicando menos tempo para sua vida pessoal.

Acho que a onda do propósito surgiu como um movimento pendular à cultura do trabalho como algo ruim.

Herdamos a ideia do trabalho como uma obrigação, algo que precisa ser feito a qualquer custo, uma posição que você precisa encontrar e tentar fazer a sua vida caber lá dentro, custe o que custar.

Precisamos trabalhar.

É fato.

Pelo dinheiro, pelo estímulo, pelo aprendizado constante, pela socialização.

Mas podemos fazer isso dando um sentido maior para aquilo que fazemos.

O ponto é que o movimento pendular (movimento extremo muitas vezes necessário para provocar uma mudança) nos levou para o culto ao propósito, trazendo a ideia de que este seria algo mágico, que mudaria nossa vida para sempre.

Conclusão: pessoas ansiosas em busca de um propósito.

Ouço muito de vários profissionais:

“Eu gosto do que eu faço, mas sinto que ainda não encontrei o meu propósito…”

Ou seja, gostam do que fazem, mas acabam desconfiando da própria felicidade. 

Talvez você nunca encontre o seu propósito

Mas deveria se lembrar que nada faz sentido até que você crie um.

Nem sempre você encontrará o seu propósito.

Na maioria das vezes, o grande exercício será encontrar propósito e significado naquilo que você faz.

 É preciso sair da posição de espera ou de busca, para uma posição de ação e de criação. 

Talvez o grande segredo esteja em identificar o que te move, conhecer o seu porquê, e escolher a melhor forma de expressão para sua essência.

 

O trabalho não deveria ser um fim em si mesmo.

Deveria ser o meio onde utilizamos nossos maiores talentos e conquistamos o sentimento de realização, podendo estar à serviço da vida que escolhemos ter, seja ela qual for. 

Está em nós a responsabilidade de conhecer o que nos motiva, alinhando aquilo que fazemos com o que mais importa pra gente, buscando maior satisfação pessoal e profissional.

 

 

Mônica Camargo Tracanella - Psicóloga por formação e especialista em desenvolvimento humano. Atuou por mais de 20 anos na área de Recursos Humanos de conceituadas empresas, como Grupo Pão de Açúcar, Pepsico e Sul América Seguros, além de sólida experiência com desenvolvimento de lideranças, desenvolvimento de herdeiros e governança familiar, tendo atuado por mais de 4 anos como Head de Desenvolvimento e Formação no Family Office da Itaúsa. À frente da Brand4U, uma empresa de Personal Branding e Planejamento de Carreira, voltada para o desenvolvimento de profissionais de todas as áreas.

 

 

 

 

Mantendo o cérebro envelhecido conectado com palavras e música

 

Uma equipe de pesquisadores da Duke, liderada pela neurocientista cognitiva Edna Andrews, acha que pode ter encontrado uma solução robusta e de longo prazo para combater o declínio e prevenir patologias em um cérebro envelhecido. Sua abordagem não requer um procedimento invasivo ou alguma intervenção farmacológica, apenas um bom ouvido, algumas partituras e talvez um ou dois instrumentos. 

No início de 2021, Andrews e sua equipe publicaram um dos primeiros estudos a analisar o impacto da musicalidade na construção da reserva cognitiva do cérebro. A reserva cerebral cognitiva, de forma simples, é uma forma de qualificar a resiliência do cérebro diante de diversas patologias. Altos níveis de reserva cognitiva podem ajudar a evitar demência, doença de Parkinson ou esclerose múltipla por anos a fio. Esses níveis são quantificados por meio de medidas estruturais de massa cinzenta e massa branca no cérebro. A substância branca pode ser pensada como a fiação isolada que ajuda as diferentes áreas do cérebro a se comunicarem. 

Neste estudo em particular, a equipe de Andrews se concentrou em medições da integridade da substância branca por meio de uma técnica avançada de ressonância magnética. 

Estudos anteriores de neuroimagem revelaram que o envelhecimento normal leva a uma diminuição na integridade da substância branca em todo o cérebro. Nos últimos quinze anos, no entanto, os pesquisadores descobriram que atividades sensório-motoras complexas podem desacelerar e até reverter a perda de integridade da substância branca. Os dois exemplos mais robustos de atividades sensório-motoras complexas são o multilinguismo e a musicalidade. 

Andrews há muito é fascinado pelo cérebro e pelas línguas. Em 2014, ela publicou um dos textos seminais no campo da neurolinguística cognitiva, no qual lançou as bases para um novo modelo de linguagem da neurociência. Na mesma época, ela publicou o primeiro e até agora único estudo longitudinal de ressonância magnética de aquisição de uma segunda língua. Suas descobertas, baseadas em décadas de pesquisa em neurociência cognitiva e linguística, serviram de base para seu popular curso FOCUS: Neurociência/Linguagem Humana. 

Nos anos mais recentes, ela mudou seu foco de pesquisa para entender o impacto da musicalidade na reserva cognitiva do cérebro. Revigorada por sua experiência vivida como musicista e compositora profissional, ela queria ver se a musicalidade ao longo da vida poderia aumentar a integridade da substância branca à medida que envelhecemos. Ela e sua equipe levantaram a hipótese de que a musicalidade aumentaria a integridade da substância branca em certos tratos de fibra relacionados ao ato de fazer música. 

Para atingir esse objetivo, ela e sua equipe escanearam os cérebros de oito músicos diferentes, com idades entre 20 e 67 anos. Esses músicos dedicaram uma média de três horas por dia para praticar e ganharam anos de experiência em performance. Depois que os participantes foram colocados na máquina de ressonância magnética, os pesquisadores usaram imagens de tensor de difusão para calcular os valores de antisotropia fracionada (AF) para certos tratos de fibra da substância branca. Um maior valor de AF significou maior integridade e, consequentemente, maior reserva cerebral cognitiva. Andrews e sua equipe optaram por observar os valores de AF em dois tratos de fibras, o fascículo longitudinal superior (FLS) e o fascículo uncinado (FU), com base em sua relevância para a musicalidade em estudos anteriores. 

Estudos anteriores dos dois tratos de fibra em não músicos descobriram que sua integridade diminuiu com a idade. Em outras palavras, quanto mais velhos os participantes, menor a integridade da substância branca nessas regiões. Após analisar os valores de anisotropia via regressão linear, eles observaram uma clara correlação positiva entre idade e anisotropia fracionada em ambos os tratos de fibra. Essas tendências eram visíveis em ambos os tratos dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro. Tal observação confirmou sua hipótese, sugerindo que uma musicalidade altamente proficiente pode aumentar a reserva cognitiva do cérebro à medida que envelhecemos. 

Essas descobertas expandem a literatura existente sobre mudanças no estilo de vida que podem melhorar a saúde do cérebro além da dieta e do exercício. Embora mais exigentes, as alterações neurológicas resultantes da aquisição e manutenção das capacidades de linguagem e música têm o potencial de durar mais tempo no ciclo de vida. 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Edna Andrews et al, Effects of Lifelong Musicianship on White Matter Integrity and Cognitive Brain Reserve, Brain Sciences (2021). DOI: 10.3390/brainsci11010067


Você é Um Bom Ouvinte? Confira Dicas Para Desenvolver Essa Habilidade.

Será que escuta ativa significa ficar centrado em silêncio, apenas ouvindo o outro durante uma conversa? 

A psicóloga e gestora de pessoas Shana Eleve, CEO da Eleve Consulting, da dicas e mostra que vai muito além. 

“Quando queremos influenciar alguém ou simplesmente criar uma conexão, adaptamos nossa fala, com o objetivo de reduzir diferenças.” esclarece Shana Eleve. Na Psicologia Social, este comportamento é chamado de Teoria da Acomodação. 

Só que antes precisamos: ESCUTAR para entender o nosso interlocutor. 

Shana Eleve, fundadora da Eleve Consulting, explica que na prática, a escuta ativa é a arte de perceber o outro para nos adaptarmos de forma empática e estratégica. Isso significa ir além de não falar nada. É questionar os julgamentos e as certezas. É estar inteiro no aqui e agora.

 

Confira comportamentos que potencializam essa habilidade, segundo Shana Eleve:


1- Perceba as nuances, muitas coisas não são ditas, mas são expressas de formas não verbais. Só cuidado para não fazer julgamentos.
 

2- Entenda como o outro está se sentindo a respeito da situação. 

3- Quando houver pontos de desacordo, encontre um momento apropriado durante a conversa para resumir estas questões e confirmar a informação. 

4- Primeiro você precisa garantir que está sendo receptivo à ideia do outro. Lembrando que ser receptivo não quer dizer concordar. Apenas receba a informação sem julgamentos. 

5- Faça perguntas que demonstre que você está entendendo a posição do outro. 

6- Não fique inativo durante a comunicação, demonstre que está ouvindo através da sua linguagem corporal, use as expressões faciais a seu favor. De acordo com cientistas da área, a expressão facial está ligada à expressão emocional. Demonstre simpatia, amabilidade e cooperação. 

7- Evite suposições: elas atrapalham a obtenção da verdade e claro. 

8- Cuidado com a falta de foco: Deixe o celular de lado. 

“Reforço que nada disso quer dizer ser bonzinho e concordar com tudo. Pelo contrário, ao escutar e entender o ponto de vista de alguém, temos mais recursos inclusive para sermos firmes se for preciso, porém, com educação, respeito e construção.” Finaliza Shana Eleve.



Shana Wajntraub - mais conhecida como Shana Eleve, é psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021. também palestrou no CBTD em 2020 e 2021 e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, Vivo, Amil, Magazine Luiza, Camil.


3 passos para lidar com o medo de mudar de carreira

Jennifer de Paula, BBA e especialista em marketing, comenta sobre possíveis oportunidades de mercado para quem decide mudar de profissão 

 

Iniciar uma carreira nova, ou ainda, começar a construir uma vida fora da área de atuação que se estudou pode ser uma tarefa desafiadora. O medo do fracasso e das dificuldades do mercado de trabalho acabam por  tornarem-se os piores pesadelos de algumas pessoas. Porém, em um contexto de crise econômica global, muitos funcionários perderam seus empregos e se viram obrigados a abraçar oportunidades talvez nunca exploradas anteriormente.

A BBA e especialista em marketing, Jennifer de Paula, acredita que este é o momento de abrir a mente para enxergar novos caminhos. “Às vezes, a gente fica com tanto receio de sair da nossa zona de conforto que acabamos perdendo grandes oportunidades de sucesso”, pontua. Por isso, a especialista preparou uma lista com 3 dicas para lidar com o medo de mudar de carreira.


Passo 1 - defina seus medos

O medo na maioria das vezes é apontado apenas como uma emoção desconfortável, quando na verdade pode ser um grande aliado quando o assunto for buscar orientação e se preparar melhor para qualquer situação.  “A incerteza vai fazer parte dessa transição profissional e saber os pontos frágeis ajudarão a identificar se o medo é por não saber como começar, qual profissão seguir, se é a melhor escolha financeira, como embarcar numa área sem experiência, entre diversos outros medos que podem te assombrar”, aconselha Jennifer de Paula.


Passo 2  - não dê ouvidos para os padrões, mas seja coerente

Utilize seus medos pontuados acima para despertar de forma ativa o máximo de sua ‘curiosidade’. Assim, você conseguirá observar melhor o mercado, descobrir, até mesmo, novas funções e saber onde e como melhor se enquadra. “Fuja das regras e acredite em seu talento e potencial sem perder o foco. Se imagine na profissão desejada e pratique como se já fosse um contratado na área”.


Passo 3 - explore o Desconhecido 

Para Jennifer de Paula, procurar atividades que agreguem novos conhecimentos pode ser essencial nessa jornada de autodescoberta. “Conecte-se a novas pessoas e assuntos utilizando meios como cursos gratuitos, workshop, lives e tudo que desperte seu interesse em aprender mais”, sugere a BBA.

 

Jennifer de Paula - graduada em BBA e Marketing, diretora de marketing e gestão da MF Press Global, uma agência de comunicação internacional. Responsável por gestão de mídias sociais, carreira, posicionamento de marca, comunicação integrada e construção de autoridade no mercado de profissionais que somam milhões de seguidores nas redes sociais. A especialista é referência no que diz respeito às principais atualizações do mundo digital.

 

Estudo científico: Alta produtividade relacionada ao Burnout / lidar com o medo de mudar de carreira

A ALTA PRODUTIVIDADE ESTÁ RELACIONADA À SÍNDROME DE BURNOUT, DIZ CIENTISTA 

Estudo do neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, discorre sobre as consequências do excesso crônico de estresse ocupacional

 

A síndrome de burnout, muitas vezes causada pelo excesso de trabalho, leva ao cansaço físico e mental que acarreta na redução da capacidade de um indivíduo. Nesse contexto, o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo membro da Society for Neuroscience, Dr. Fabiano de Abreu acredita que a alta produtividade, apesar de comum nos trabalho contemporâneos, pode ser uma das razões pelas quais as pessoas desenvolvem burnout.

Durante o isolamento social rígido e todas as mudanças de rotina causadas pela pandemia de covid-19, os números de casos de síndrome de burnout aumentaram. “A necessidade constante de o indivíduo se apresentar como produtivo, eficiente e eficaz, desencadeou o surgimento de algumas habilidades  para  conviver  nessa  sociedade  tecnológica,  e  uma  delas,  a  alta produtividade surge  para  dar  conta  das  demandas  atuais”, explica o cientista.

De acordo com ele, é necessário, antes de tudo, compreender as diferenças existentes entre um indivíduo produtivo e uma pessoa que passa muito tempo ocupada. “Produtividade é sinônimo de realizar atividades em um curto espaço de tempo sem se distrair. Trabalhar por mais de 12 horas todos os dias, não é necessariamente ser produtivo. Passar horas realizando uma tarefa e não conseguir atingir a meta gera frustração e estresse”, pontua.

A síndrome de burnout pode ainda vir acompanhada de depressão, o que deixará evidente algumas alterações na produtividade profissional de cada indivíduo em diferentes âmbitos. “Há sintomas físicos, mentais e emocionais. Há negligência profissional, lentidão e contato impessoal, por exemplo”, detalha o neurocientista.

 

Porém, o estudo do Dr. Fabiano de Abreu, publicado pela Revista Científica Saúde e Tecnologia, concluiu que apesar de possível, a relação entre a produtividade e a burnout não são fenômenos obrigatoriamente dependentes um do outro. “O esgotamento ocorre quando o sistema nervoso central fica sobrecarregado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de baixa ou alta quantidade de cortisol e, ao mesmo tempo, liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina, desregulando-os”, explica.

Link para o estudo: 

https://recisatec.com.br/index.php/recisatec/article/view/39/37

 

 

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados. Título de neurociências (Logos (USA) e Nova de Lisboa (Portugal).


Prefeitura de São Paulo oferece mais de 300 vagas de emprego nesta semana

Inscrições pelo Portal Cate serão recebidas até quarta-feira, 16 de fevereiro 

 

A Prefeitura de São Paulo oferece mais de 300 vagas de emprego, por meio do Cate - Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo nas áreas de serviços e comércio nesta semana. Os interessados podem realizar a inscrição on-line até quarta-feira, 16 de fevereiro, às 18h, pelo Portal Cate.

“Existe um alto número de vagas nos setores de serviço e comércio. Essas vagas aumentam as chances daqueles que desejam entrar no mercado de trabalho esse ano, é uma boa opção para quem deseja encontrar uma vaga compatível às suas características”, pontua a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso.

São mais de 40 vagas disponíveis para ajudantes de cozinha e cozinheiros. O profissional será responsável pelo preparo das refeições, auxiliará no atendimento delivery e também na limpeza da cozinha. Para participar do processo seletivo, é necessário ter o ensino médio completo e, no mínimo, seis meses de experiência. O salário é de até R 1.678. 

Também há oportunidades para atendentes de lanchonete com exigência do ensino médio completo. São mais de 40 vagas e será exigida boa comunicação e desenvoltura dos candidatos às vagas. O salário para essa atividade é pago por hora com valor médio de R 5/h. 

Para quem busca oportunidades para operação de caixa, também há mais de 20 vagas disponíveis. Os contratados serão responsáveis pelo fluxo do caixa, atender os clientes e repor as mercadorias. São vagas com registro em carteira, que exigem ensino médio completo e o salário chega a R 1.661 por mês. Serão priorizados trabalhadores que tenham fácil acesso à região central de São Paulo. 

A equipe técnica do Cate fará a pré-seleção on-line dos interessados que atenderem ao perfil das vagas e serão agendados para demais etapas presenciais do processo seletivo.

 

Diversidade 

Para pessoas com deficiência, o processo seletivo conta com 30 vagas para auxiliares de cozinha e operadores de telemarketing com salário de R 1.105, destinadas a candidatos com ensino superior completo e seis meses de experiência comprovada. 

Também há mais de 100 posições que aceitam imigrantes e refugiados com salários de até R 1.661 em cargos como mecânico, atendente de lanchonete, motorista, entre outros.

 

Serviço    

Inscrições para vagas de emprego no Cate


Período: até 16 de fevereiro, às 18h
Inscrições:
Portal Cate

 

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