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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Os Unicórnios sobreviverão?


Aileen Lee, fundadora do CowboyVC cunhou de "Unicórnios" empresas "mágicas e raras", startups (usualmente sem longo histórico de resultados comprovados), com avaliações de mais de US$ 1,0 bilhão. De acordo com a CB Insights, existem hoje 764 Unicórnios no mundo, entre elas Decacórnios (avaliadas em mais de US$10 bilhões) e Hectocórnios (avaliadas em mais de US$100 bilhões), a maioria em setores de tecnologia (fintechs, softwares, IA e e-commerce).

A onda chegou por aqui em 2018, com a 99 tornando-se o primeiro Unicórnio brasileiro, seguido por mais 15 empresas:  Movile, PagSeguro, Nubank, Stone, Ifood, Loggi, Gympass, Quinto Andar, Ebanx, Wildlife, Loft, VTEX, Creditas, Hotmart e MadeiraMadeira. Recentemente o Nubank captou US$ 750 milhões, seu valor de mercado passou para US$30 bilhões, valendo quase metade do valor do Itaú (apesar de possuir carteira de credito equivalente a 1,5% da carteira do Itaú). Essa rodada teve como principal investidora a Berkshire Hathaway (US$ 500 milhões).

Com o aumento significativo na oferta de capital e fundos brigando por bons investimentos, em vez de startups competirem para atrair capital, os fundos passaram a competir para financiar startups, suportando fluxos de caixa negativos e oferecendo avaliações cada vez mais elevadas. Eu me pergunto se os cotistas destes fundos que alocam recursos nessas startups estão totalmente cientes dos riscos que seus gestores correm.

Será que análises fundamentalistas que comprovam a sustentabilidade das empresas, com premissas razoáveis e realistas, estão sendo consideradas antes da aquisição de participações (na maioria das vezes posições minoritárias, por centenas de milhões de dólares)? Alguns argumentam que tais avaliações são insustentáveis, são bolhas, com preços dos ativos baseados em visões implausíveis ou inconsistentes.

O frenesi dos investidores em relação a essas empresas está bem mais relacionado ao medo de ficar para trás (perder o bonde) do que em relação aos fundamentos em si. É como o bolão pra Megasena, você entra para, caso seus amigos ganhem, você ganhar junto e não ficar de fora. Só que neste caso, o bilhete custa bem mais caro. Bill Gurley (Forbes Midas List) disse que "investidores desesperadamente temerosos de perder a aquisição de posições acionárias em possíveis empresas 'Unicórnio', basicamente abandonaram sua análise de risco tradicional."

As avaliações dessas empresas podem até se provar realistas no longo prazo, e não estou discutindo a qualidade das ideias, tecnologias disruptivas, capacidade dos gestores ou modelos de negócios. O que me pergunto é se isso é aposta ou investimento racional.

Se você investe num negócio esperando obter retorno apenas se outro investidor comprar sua participação, em rodadas subsequentes, com avaliações maiores, sem que o negócio em si te proporcione resultados dentro de um prazo razoável (fluxo de caixa livre para o acionista), na minha visão essa tese é especulativa e não baseada em criação de valor.

Unicórnios têm valores implícitos, baseados em rodadas de captações privadas, com diferentes classes de ações (as vezes cinco ou mais). Muitos investidores não percebem que algumas ações possuem garantias extras, como preferência em caso de liquidação, e isso muda totalmente a relação de risco e retorno. O fluxo de transações nesses Unicórnios é quase sempre o mesmo. Venda de participação dos fundadores para fundos de venture capital, em seguida para fundos de private equity (PEs) que, à medida que precisam dar liquidez aos seus investidores, buscam listar as empresas em bolsa.

Ocorre que muitos Unicórnios têm perdido valor ao tornarem-se empresas listadas, uma vez que suas avaliações passam a ser comparáveis a outras empresas do setor, por vezes passando a valerem menos do que as últimas rodadas privadas de captação, prejudicando a performance de fundos que apostaram nessas supervalorizações em detrimento à geração de caixa. Cada vez menos os mercados públicos estão “comprando” altas avaliações do mercado privado, fazendo com que os Unicórnios permaneçam privados por mais tempo, não por escolha, mas para evitar a realização do prejuízo pelos fundos.

Cito o emblemático caso do WeWork que em setembro de 2019 cancelou seu pedido já protocolado de IPO, pois o mercado não comprou a avaliação de US$ 50 bilhões, mesmo com o Softbank tendo entrado nesse patamar, uma vez que o modelo de negócios não parece ser sustentável, e queima US$ 700 milhões de caixa por trimestre. Faço um paralelo com algumas empresas que, mesmo possuindo estoques sucateados, não os vendem, mantendo um balanço patrimonial mais bonito, sem reconhecer as perdas.

As características comuns dessas startups são novos modelos de negócios ainda não comprovados (veja o caso da Yellow- Grin, com bicicletas e patinetes, que caiu no gosto dos brasileiros e meses depois simplesmente desapareceu do mercado, pedindo recuperação judicial e com ativos indo a leilão), receitas ainda incipientes, aquisição subsidiada de clientes, elevados investimentos em marketing e divulgação e geração negativa de caixa, suportada por rodadas e rodadas de aportes.

Apresento uma curta análise sobre alguns Unicórnios que morreram: Evernote (app de anotações cujo produto tornou-se obsoleto), Zynga (criadora da FarmVille, IPO valendo US$ 7,0 bilhões em 2011, liquidou os ativos em 2019 por US$ 600  milhões), Powa Technologies (e-commerce, US$3,5 bilhões captados em 2013 e pedido de falência em 2016, causado por má gestão financeira), Quibi (levantou US$ 1,0 bilhão em 2018, lançou seu streaming em 2020 e fechou meses depois por perda massiva de assinantes), Theranos (avaliada em US$ 10 bilhões em 2015, e executivos processados por fraude pela SEC em 2018, por enganarem os investidores com tecnologias não existentes).

Até onde se justificam as avaliações? Qual custo de reposição da tecnologia ou de construção do modelo de negócios por um concorrente, quando e se esse negócio se tornar viável?

Faz sentido subsidiar a criação de um modelo novo, investindo um caminhão de dinheiro para educar os consumidores sobre como utilizar uma nova tecnologia, e, quando finalmente o negócio estiver comprovado, custar 1/10 desse valor para montar outra empresa do zero (uma vez que o capital de giro para suportar anos sem geração de caixa não precisaria ser empregado)?

Por que o investidor então pagaria um “ágio” elevado para uma empresa que pode ser replicada? Existe a vantagem de ser o primeiro, sem dúvidas, mas, certamente surgirão o segundo, terceiro, quarto, o capital empregado provavelmente não será recuperado, e alguém vai pagar essa conta.

Quando falamos nos Unicórnios de hoje, olhamos as empresas que, até o momento, pelo menos do ponto de vista de avaliação (e não de performance), deram certo. Como serão tratadas essas empresas quando começarem a perder performance? Como se reestrutura uma startup? Simplesmente aciona-se o stop-loss e provisiona-se a perda, apostando que os 5% do portfólio (que poderão dar certo) vão compensar?

O que a maioria dos Unicórnios ainda precisa demonstrar é a capacidade de converter clientes em receitas, com margens positivas, gerando lucros operacionais que superem os fluxos de investimentos necessários para manter a inovação, a captação de clientes e o interesse do público. Ainda, que essa geração de caixa seja tal que amortize todo o investimento já realizado e proporcione um payback adequado ao risco tomado pelos investidores.

Existem hoje 13 mil startups e 16 Unicórnios no Brasil. Estou ansioso para ver como serão os próximos capítulos dessas empresas, quantos novos Unicórnios surgirão e quantos dos atuais terão sucesso nos próximos anos. Espero que todos! Para o bem dos acionistas, dos investidores, dos gestores de fundos e da sociedade em geral, pois a maioria dessas startups proporciona melhor experiência ao cliente final e inclusão social.

 

 

Estevão Seccatto Rocha - professor de Turnaround na FIA Business School. Engenheiro naval (Poli/USP), extensão em economia (Harvard), finanças e marketing (FEA/USP), tecnologia (Singularty University), mestrando (University of Liverpool). Foi head global de M&A da Atento (NYSE), reestruturador de empresas pela KPMG e IVIX , diretor da G4S (LSE) e associado no private equity Artesia. Assessorou mais de uma centena de empresas.


4 em cada 5 consumidores aumentaram o uso de alavancas promocionais ao comprar online em 2021

Estudo da SBVC mostra que Descontos/Promoções (66%) nas lojas físicas e Frete Grátis (89%) no varejo online são os recursos mais buscados pelos clientes

 

Alavancas promocionais que proporcionam fidelização do consumidor vêm tendo uma grande expansão no pós-Covid. De acordo com a edição 2021 do estudo “Alavancas Promocionais – na visão das empresas e dos consumidores”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), com patrocínio da Dotz, uma empresa de tecnologia com amplo conhecimento do consumidor e parceria com a Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, a adoção de alavancas promocionais foi acelerada pela pandemia: 80% dos consumidores afirmam ter aumentado o uso de alavancas promocionais em suas compras online e em lojas físicas. 

Descontos/Promoções (66%), Cashback (59%) e Programa de Pontos (45%) são as principais iniciativas promocionais utilizadas pelo consumidor nas lojas físicas. Na comparação com a edição 2020 do estudo, o Cashback ganhou 11 pontos percentuais de participação e se tornou a segunda alavanca mais utilizada pelos clientes. “Descontos/Promoções, Cashback e Programas de Pontos se tornaram as alavancas mais procuradas pelos clientes em um momento de aumento da insegurança e do nível de desemprego. Os consumidores passaram a valorizar mais recursos que trouxessem benefícios diretos, seja gastando menos, seja tendo de volta uma parte do valor da compra, ou mesmo usando seu saldo de pontos para suprir parte de seu orçamento”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Descontos/Promoções é alavanca promocional mais utilizada pelos consumidores, 80% a utilizam e 100% das empresas varejistas entrevistadas oferecem esta alavanca para seus clientes. “A Covid-19 acelerou a transformação digital do varejo e a adoção de novos hábitos pelos consumidores. É cada vez mais importante que as empresas entendam os seus consumidores e conectem as alavancas promocionais oferecidas a seus novos hábitos”, afirma Terra. 

O estudo, que fez uma radiografia das principais alavancas promocionais utilizadas por consumidores e varejistas, mostra que o uso dessas ferramentas gera fidelização dos clientes. Nas lojas físicas, 67% das empresas aumentaram sua base de consumidores fiéis em mais de 5% com Programas de Pontos da loja. Já no digital, 67% das empresas tiveram alta de mais de 10% em sua base de consumidores fiéis com o uso de Cashback.

O estudo também mostra que os Descontos/Promoções são as alavancas de maior impacto no faturamento bruto das empresas: eles tiveram um impacto bruto de 6% sobre o faturamento do varejo, mas, com uma recomposição de 41% feita pela indústria, tiveram um impacto líquido de 3,54%. Os Programas de Pontos da loja, por sua vez, tiveram um impacto líquido de 1,74% sobre o faturamento e o Cashback, de 0,66%. “O varejo pode usar as alavancas de forma estratégica, tanto para estimular a recorrência dos consumidores quanto para encontrar formas de investimento promocional que tragam um uso mais eficiente da verba de marketing”, acrescenta o presidente da SBVC.

 

Metodologia

O estudo ouviu empresas de 5 segmentos do varejo nacional (Drogarias e Perfumarias, Foodservice, Livrarias e Papelarias, Super/Hiper/Atacarejo e Conveniência, e Outros), em uma amostra composta na maioria por grandes varejistas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão anual. Também foram entrevistados 1078 consumidores em todo o País, dos quais 90% compram online e 10% realizaram suas primeiras compras durante o período de isolamento social.

 

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC: 

https://sbvc.com.br/estudo-2a-edicao-alavancas-promocionais-no-varejo-brasileiro-2021-sbvc/

 

 

 Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo – SBVC

 www.sbvc.com.br

 

Dotz Inc.

https://www.dotz.com.br/

 

Toluna

www.tolunacorporate.com


Natal 2021: confira as melhores atrações para curtir o fim de ano em família!

 



Guia


     Oficina do Papai Noel com árvore de 11 metros é destaque da “Vila dos Brinquedos” do  Shopping União, em Osasco


Musical com desconto! Espetáculo “Turma da Mônica em A Árvore de Natal” faz curta temporada no Teatro Bradesco


[PREVISÃO DE SOL NESSE FINDI] Parque Della Vittoria oferece atividades para a família em meio à natureza e bichos


Natal Cartoon Network chega ao Shopping ABC com brincadeiras e encontro AO VIVO com personagens


Pophaus na Zona Leste: maior parque de infláveis do Brasil chega ao Tatuapé





Serra Negra: “Natal Luzes da Serra” tem parada natalina, 40 shows, árvores iluminadas e desfile de Papai Noel, tudo gratuito!




Fábrica do Mickey invade o Natal do Litoral Plaza e traz decoração lúdica e interativa






MorumbiShopping comemora o Natal com mini parque de diversões








Águas de Lindóia inaugura a tradicional decoração de Natal







Shopping Parque da Cidade traz diversas atrações de Natal e campanha de arrecadação de brinquedos




   

                                                                         WWW.SAOPAULOPARACRIANCAS.COM.BR


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Deficientes auditivos carecem de comunicação clara e integrada, afirmam especialistas

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, Hospital Paulista alerta para os desafios enfrentados por surdos no dia a dia


A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 10% da população mundial tenha algum tipo de deficiência. Trata-se de milhões de pessoas com algum impedimento de longo prazo, ocasionados por natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que impeça sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições.

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, lembrado em 3 de dezembro, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a desigualdade de oportunidades e outros problemas enfrentados por estes cidadãos, além de celebrar as conquistas realizadas ao longo dos anos.

Nesse contexto, os especialistas do Hospital Paulista José Ricardo Gurgel Testa (otorrinolaringologista) e Sabrina Figueiredo (fonoaudióloga) destacam os desafios enfrentados por deficientes auditivos no dia a dia. "Para haver uma inclusão mais ampla das pessoas surdas com a sociedade, é necessário proporcionar uma comunicação integrada e clara a este público", explica a fono.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas contam com algum grau de deficiência auditiva. A estimativa é que até 2050 este número chegue a 2,5 bilhões em todo o mundo.

De acordo com Sabrina, a inclusão pode ser realizada por meio da inserção de legendas em conteúdos como filmes, plataformas educativas, propagandas ou vídeos que circulem em redes sociais; da participação constante de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais); e do apoio às famílias dos pacientes, principalmente as de crianças com algum grau de deficiência auditiva aguda.

"A Libras é a segunda língua oficial do Brasil. É importante que as famílias tenham acesso a ferramentas e estejam preparadas para lidar com as crianças, aprendendo a linguagem que poderá ser utilizada na escola, faculdade e depois no trabalho."

 

Legislação e inclusão

As instituições também devem estar preparadas para receber as pessoas com necessidades especiais. Cada forma e grau de deficiência requer adaptações específicas em estabelecimentos e ambientes.

Da mesma forma que um local com escadas e sem elevadores/rampas pode ser conflituoso para um cadeirante, um ambiente sem sinalização ou profissionais de Libras pode trazer muitos desafios para o deficiente auditivo, impedindo até que ele interaja com as outras pessoas.

No mercado de trabalho, por exemplo, a Lei nº 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas, prevê uma série de medidas com o objetivo de inserir e integrar pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Empresas a partir de 100 colaboradores têm a obrigação de empregar uma parcela de pessoas com algum grau de deficiência. A cota mínima varia entre 2% e 5%, dependendo do total de trabalhadores da empresa.

Para Dr. Testa, as empresas devem se preocupar em não apenas empregar a pessoa com deficiência, mas também integrá-la à companhia, respeitando suas dificuldades e promovendo suas potencialidades.

"Quando se contrata um funcionário com qualquer tipo de deficiência, a empresa não está apenas cumprindo a lei. Está promovendo uma função social, humanitária. É preciso que a área de Recursos Humanos tenha a sensibilidade de facilitar o ambiente de trabalho, de acordo com a deficiência do novo colaborador, e capacitar gestores e demais funcionários, de modo que a pessoa não se sinta acuada, preterida ou discriminada em seu cotidiano laboral", finaliza o especialista.

 

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

 

Deficiência visual - Quais as principais causas da perda de visão e como prevenir?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% dos casos de cegueira ou deficiência visual do mundo poderiam ser evitados por meio de ações preventivas com exames de rotina e tratamento precoce


Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a cegueira afete 39 milhões de pessoas em todo o mundo e que cerca de 246 milhões sofram de perda moderada ou severa da visão. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 1.577.016 indivíduos são cegos, o equivalente a 0,75% da população nacional. Um levantamento realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) no ano de 2019 revelou que as principais causas de deficiência visual são os erros de doenças não corrigidas como miopia, astigmatismo e hipermetropia, catarata e degeneração macular relacionada à idade.

Mas quais são as principais causas da perda de visão e como prevenir? O oftalmologista do HSANP, Dr. Alexandre Misawa explica que uma das razões de perda de visão é a degeneração macular relacionado à idade (DRMI), catarata e glaucoma. "A melhor forma de fazer a prevenção dessas patologias é detectar precocemente por meio de exames oftalmológicos de rotina como medir a pressão do olho e fazer a avaliação da retina e assim, evitar a perda de visão. É importante a proteção contra raios ultravioleta e usar óculos de sol de boa qualidade e procedência", ressalta.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% dos casos de cegueira ou deficiência visual do mundo poderiam ser evitados por meio de ações preventivas com exames de rotina e tratamento precoce. "É muito importante lembrar que a avaliação oftalmológica deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos de idade, já em crianças os exames preventivos devem ser realizados com um, quatro e sete anos de idade. Caso ela tenha algum grau ou alteração, a avaliação pode ser efetuada de maneira individual", salienta.

Os principais exames para garantir uma boa saúde ocular são: a medida da pressão e avaliação do fundo do olho para a descoberta de problemas oftalmológicos. "Hoje, consideramos que ceratocone também é uma enfermidade que causa baixa visão. Tanto o exame de detecção quanto o tratamento são simples", complementa o especialista.

Abaixo, o oftalmologista dá algumas dicas para manter uma visão saudável:

• Boa alimentação;

• Hábitos de vida saudáveis como a prática de exercícios físicos;

• Uso regular de óculos de sol de boa qualidade;

• Utilização regular de óculos de grau de boa qualidade;

• Exames de rotina em dia, principalmente quem tem doenças oftalmológicas na família.

"A oftalmologia é uma das especialidades que mais evoluiu nos últimos anos, não só em termos de diagnóstico, mas também em tratamentos. Hoje, uma cirurgia de glaucoma, por exemplo, está muito mais avançada junto a tratamentos eficazes com menos efeito colateral. Já a terapia para catarata possui lentes intraoculares com capacidade de corrigir, além da catarata, o grau que o paciente tem, apresentando excelentes resultados visuais", finaliza o especialista.

 


HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo

 

Dezembro Laranja combina cuidados com a COVID-19 e prevenção contra o câncer de pele

Na edição 2021, campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia traz como tema "Adicione mais fator de proteção ao seu verão"


A campanha Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2021, conjuga prevenção à Covid-19 e cuidados para reduzir os casos de câncer de pele. No primeiro verão que se apresenta em um cenário mais controlado de pandemia, a expectativa é de que as praias e piscinas voltem a ser ocupadas com muito mais intensidade pelos banhistas. Além dos cuidados fundamentais, que ainda precisam ser colocados em prática para evitar a disseminação do novo coronavírus, os dermatologistas se valem da mensagem central da campanha da SBD, “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”, para alertar sobre a perigosa relação entre exposição solar e tumores cancerígenos.

O Dezembro Laranja, na edição 2021, contempla o uso de máscara, a manutenção do distanciamento, as não aglomerações e, principalmente, a vacinação em todas as etapas contra a Covid-19 tanto para quem frequenta locais fechados, como bares e restaurantes, quanto para os que vão às praias e piscinas neste verão. Somando-se os esforços para o controle da pandemia, a SBD destaca na campanha as ações de prevenção contra o câncer de pele.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no triênio 2020-2022 a estimativa é de 177 mil novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil. “Este tipo de câncer é o mais frequente e representa 30% de todos os tumores malignos registrados no País”, afirma a médica Anelise Dutra. A dermatologista destaca que, se diagnosticado e tratado precocemente, apresenta percentuais de cura em até 90% dos casos.

A incidência dos raios solares tem uma relação muito estreita com o câncer de pele não melanoma. “As pessoas que se expõem ao sol por longos períodos, especialmente aquelas de pele, cabelos e olhos claros, constituem o grupo de maior risco de ter este tipo de tumor”, avalia o dermatologista Dário Rosa.

A infância é uma fase particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do sol. “A exposição cumulativa aos raios solares durante os primeiros 10 ou 20 anos de vida potencializa os riscos de câncer de pele na fase adulta e mesmo na velhice”, completa o médico.

Prevenção é a palavra-chave para reverter as estimativas de câncer de pele no Brasil. “Por isso, o tema da campanha Dezembro Laranja deste ano é tão assertivo”, observa Anelise. Segundo a médica, a aplicação de filtros adequados a cada tipo de pele e com Fator de Proteção Solar (FPS) ajustado aos horários e às condições de exposição ao sol é fundamental para minimizar as chances de um diagnóstico de câncer de pele.

Com um dos maiores índices de radiação solar do mundo, o Brasil é também o país em que a aplicação de fotoprotetores contra os efeitos nocivos dos raios UVA e UVB está longe de ser um hábito diário. “No consultório, 90% dos pacientes relatam não utilizar ou usar incorretamente os filtros solares”, diz Anelise Dutra. “Neste grupo, os homens são maioria”, completa Dário Rosa.

Os dermatologistas concordam que além dos fotoprotetores é necessário incluir nas medidas de proteção diárias o uso de roupas, chapéus e bonés, óculos de sol e outros acessórios que limitem a incidência dos raios solares sobre a pele.

Sempre que possível, é recomendável também uma consulta aos canais de meteorologia disponíveis com atualizações frequentes na internet. De acordo com Anelise, um dia com previsão de mais ou menos calor e incidência solar define os cuidados que se deve ter com a pele.

O dermatologista Dário Rosa destaca ainda que a saúde da pele não pode se limitar à aplicação de fotoprotetores e resguardo do sol. “Hidratação e alimentação equilibrada também são fundamentais e merecem muita atenção”, afirma.

 

Cuidados em cada período do dia

 

Os dermatologistas Anelise Dutra e Dário Rosa elaboraram uma tabela com horários e recomendações para quem se expõe ao sol.

 

* Das 6h às 8h e das 16h às 17h

As consequências da exposição ao sol nestes horários são reduzidas.

 

* Das 8h às 9h e das 15h às 16h

Aplique filtro solar com FPS 30.

 

* Das 9h às 11h e das 14h às 15h

Aplique filtros com FPS 30 a 50. Use camisa com proteção solar, óculos com lente de filtro solar, chapéus ou bonés. Reaplique o fotoprotetor a cada 3 ou 4 horas.

 

* Das 11h às 12h e das 13h às 14h

Evite sair nestes horários. O filtro deve ter FPS acima de 50. Use roupas com filtro solar, óculos, chapéus ou bonés. Repasse o protetor na pele a cada 3 ou 4 horas.

 

* Das 12h às 13h


Câncer de pele deve ser levado a sério

No Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre o câncer de pele, vale o alerta sobre o perigo da doença: até o tipo menos agressivo pode matar


Com a proximidade do verão e o aumento da exposição ao sol, um novo alerta se acende: a prevenção do câncer de pele, que tem no Dezembro Laranja um mês dedicado à conscientização sobre a doença que tem uma alta incidência no mundo, com 2 milhões de novos casos previstos anualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, são mais de 180 mil novos casos ao ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), representando 30% do total de cânceres do país.  

O melanoma – tipo mais agressivo e letal do câncer de pele, embora menos incidente (apenas 3% dos casos) – causa cerca de 2 mil mortes por ano. Mas, diferentemente do que muitos imaginam, o câncer de pele não melanoma (o mais comum é o carcinoma, que é menos agressivo), responde por 2,6 mil óbitos por ano no país.  

Os dados chamam a atenção para uma visão equivocada de que o tumor de pele, agressivo ou não, é um câncer menos grave do que os demais. “Não é”, alerta a oncologista da BP –A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Veridiana Camargo. “Trata-se de uma doença maligna, que exige tratamento e acompanhamento. A prevenção e a importância do diagnóstico precoce são reforçadas todos os anos com as campanhas de conscientização como a do Dezembro Laranja”, diz.

 

Prevenção e tratamento precoce

O câncer de pele é provocado principalmente pela exposição ao sol. Alguns fatores aumentam o risco, como pele, olhos ou cabelos claros, histórico familiar da doença, utilizar câmaras de bronzeamento (que são proibidas por lei no Brasil) e ter o sistema imunológico enfraquecido por transplante, tratamento oncológico e infecções (como pelo HPV) e síndromes genéticas (como o albinismo). 

Independentemente de estar nesses grupos, a prevenção é fundamental. Sempre que se expor ao sol, deve-se aplicar filtro solar (que deve ser reaplicado a cada duas horas ou sempre que se molhar), usar roupa com proteção UV, chapéu e óculos de sol, além de evitar os horários de maior incidência dos raios solares, entre 9h e 15h. 

A detecção precoce aumenta a possibilidade de cura até do câncer de pele mais agressivo, o melanoma, que tende a espalhar-se rapidamente por outros órgãos (metástases), principalmente fígado, cérebro e pulmões. “Se diagnosticado em fase inicial, esse tipo tem 90% de chances de cura. No entanto, no período mais recente, em razão da pandemia e do medo das pessoas de fazerem exames rotineiros ou consultarem um médico, muitos pacientes tiveram o diagnóstico retardado, resultando em aumento do número de casos de câncer de pele descobertos em fases avançadas”, diz a médica. 

A recomendação dos especialistas é fazer uma consulta anual ao dermatologista e procurá-lo sempre que notar manchas ou lesões assimétricas, com bordas irregulares, diâmetro de mais de 6 mm, que mudam de cor, formato ou tamanho; feridas que não cicatrizam entre 4 a 6 semanas; nódulos na pele com pequenas ulcerações ou verrugas dolorosas de crescimento progressivo.

 

Tratamento cirúrgico e avanços

O tratamento do câncer de pele sempre envolve cirurgia para retirada da lesão. No caso dos carcinomas, o ideal é que o procedimento seja realizado com participação de um patologista. Tão logo seja feita a retirada da área com câncer e de suas bordas, esse especialista examinará as margens de tecido de área próxima para saber se todas as células malignas foram removidas, evitando que o câncer prolifere ou retorne. Assim, é possível, na mesma cirurgia, retirar todo o tecido necessário e fazer a reconstrução estética.  

No caso de tumores do tipo melanoma, restritos à pele, também basta a cirurgia. Mas se o melanoma já está alojado nos gânglios, a abordagem médica atual é combinar a cirurgia com tratamento complementar (adjuvante), principalmente a imunoterapia (aplicação endovenosa de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a combater o tumor). Dessa forma, evita-se uma cirurgia extensa, com retirada de vários gânglios, como era o protocolo anterior de tratamento.  

Outra inovação é a chamada terapia-alvo, baseada em medicamentos que atacam mutações específicas do tumor. “As novas terapias têm apresentado excelentes resultados nos casos de doença em estágio avançado, até com metástase cerebral. Dos pacientes tratados com imunoterapia há seis anos, 50% estão vivos e sem retorno do câncer. Até pouco tempo, a sobrevida em quadros semelhantes não passava de seis meses”, relata a Dra. Veridiana. A perspectiva é que esses tratamentos passem a ser aplicados também em pacientes no estágio 2 (estágio mais inicial, sem metástase) para reduzir ainda mais o risco de avanço ou retorno da doença.

Para definir a estratégia de tratamento do câncer de pele, é importante contar com o suporte de uma equipe multidisciplinar, como a disponibilizada no ambulatório especializado em câncer de pele da BP. A área reúne dermatologista, oncologista, cirurgião oncológico, radiologista e patologista, entre outros especialistas, que atuam de maneira integrada, combinando conhecimentos para oferecer cuidados personalizados, com o tratamento mais indicado para o quadro de cada paciente.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 

 

Artrose da coluna pode causar dormência, fraqueza e restringir os movimentos das pernas

Dependendo dos sintomas, tratamento pode ser clínico ou cirúrgico

 

A artrose ou desgaste da coluna lombar é uma doença degenerativa, que afeta as articulações da coluna e, com o passar do tempo, pode impossibilitar até os movimentos das pernas. Geralmente, acomete pessoas acima dos 60 anos que, normalmente, se queixam de dormência, sensação de peso nas pernas, fraqueza e até a perda do equilíbrio, mas os sintomas podem variar conforme cada caso.

 

“Esse incômodo força o paciente a parar, descansar e, muitas vezes, assumir uma posição com a coluna curvada para ter o alívio dos sintomas, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

 

Doenças como hérnia de disco, bico de papagaio, entre outras patologias – que ocorrem com o tempo – quando associadas a um fator genético do indivíduo, podem levar a uma condição chamada canal do estreito lombar.

 

Segundo o Dr. Amato, nesses casos, o que ocorre na coluna é que o processo de artrose leva ao estreitamento do canal por onde passam os nervos e esses nervos levam à inflamação do cérebro até as pernas e vice e versa. Com a compressão, o sinal da coluna é interrompido. Dependendo do grau de compressão e dos sintomas, o tratamento pode se clínico – com medicamentos ou fisioterapia. Já nos casos mais graves o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

 

Tratamento cirúrgico: a técnica de descompressão por vídeo é uma alternativa minimamente invasiva, que permite que o procedimento seja ambulatorial, ou seja, sem a necessidade de internação hospitalar. O paciente é submetido ao procedimento e, duas a três horas depois, ele pode ir para casa. Geralmente, já com melhora dos sintomas.

 

 

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.

Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

 www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato

 

Síndrome metabólica: O que é e porque precisamos nos atentar mais ao ganho de peso?

 Especialista explica quais são os principais fatores de risco associados ao distúrbio e dá dicas para controlar a síndrome


Considerada a doença do século, a síndrome metabólica é a resposta do organismo a uma vida de sedentarismo e alimentação inadequadas, tendo como principal desencadeador o sobrepeso e as alterações hormonais. A síndrome também está diretamente relacionada com os principais fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes e problemas cardiovasculares, tornando-se uma questão de saúde pública, segundo a nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira.

"A síndrome metabólica tem afetado os brasileiros cada vez mais cedo e isso é muito preocupante. Estamos falando de uma doença que tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais desse hormônio, um risco para o diabetes. E se levarmos em consideração que o país já conta com mais 18 milhões de pessoas diabéticas, entenderemos o tamanho deste problema, especialmente depois do contexto da pandemia", afirma a nutróloga.

De acordo com a especialista em medicina integrativa, os principais fatores de risco que levam ao diagnóstico da síndrome metabólica são: intolerância à glicose, hipertensão arterial, níveis altos de colesterol ruim (LDL) e baixos do colesterol bom (HDL), aumento dos níveis de triglicérides e obesidade, associada diretamente à presença de gordura visceral.

"Um dos critérios mais importantes para o diagnóstico dessa síndrome é a circunferência abdominal, que segundo o novo guia da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) deve medir no máximo 90cm em homens e 80cm em mulheres. A presença de pelo menos dois dos fatores de risco citados e os sinais de que a cintura está maior que o permitido já são indicadores para o diagnóstico da síndrome", orienta a especialista.

Esthela explica ainda que os pacientes portadores da síndrome podem ser assintomáticos e que os indicadores da doença são os próprios fatores de risco, que também são vilões para a saúde do coração, portanto, requerem atenção dobrada. "Os indícios da doença geralmente começam na idade adulta e aumentam com o passar dos anos, sendo de duas a três vezes maior as chances de se adquirir a síndrome pós-menopausa ou após os 40 anos para os homens. No entanto, com o cenário pandêmico percebemos cada vez mais jovens desenvolvendo sinais do distúrbio", conta a médica.

A nutróloga ressalta que para se prevenir ou mesmo tratar a doença é preciso controlar os fatores de risco pré-existentes e manter uma alimentação equilibrada desde cedo, rica em ômega 3, sementes e cereais, verduras, frutas e legumes, além de apostar em condimentos mais naturais e evitar industrializados de qualquer espécie. Cuidar do sono e praticar exercícios físicos rotineiramente também são fundamentais, segundo Esthela Oliveira. "Como as alterações hormonais são comuns em pacientes com a síndrome, a reposição hormonal pode ser uma opção complementar aos tratamentos clínicos", conclui.

 


Dra. Esthela Oliveira - Médica do esporte (RQE 76855), pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Albert Einstein, conexão mente-corpo (Harvard). CEO and Founder da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.


A partir dos 40 anos, problemas de coração são algumas das principais causas de morte de homens, ao lado de câncer e diabetes

Hábitos nocivos à saúde fazem com que homens sejam mais propensos a apresentarem quadros de doenças cardiovasculares

A partir dos 40 anos, problemas de coração são algumas das principais causas de morte de homens, ao lado de câncer e diabetes

 

Dados do Ministério da Saúde comprovam o que o cotidiano já revela: homens cuidam menos da saúde do que mulheres. A expectativa de vida deles também se encontra mais de 7 anos abaixo da média delas. Entre as doenças que demandam atenção do público masculino estão as cardiovasculares, que são a principal causa de morte no mundo. Os homens são três vezes mais propensos a esse tipo de complicação, que é a principal causa de morte do gênero masculino no Brasil. Hábitos como abuso de álcool, má alimentação, sedentarismo e tabagismo explicam por que eles estão mais propensos a desenvolver essas doenças.

Esses fatores explicam a predominância desse tipo de mal entre os homens. O cardiologista do Hospital Brasília Vitor Barzilai, explica que, em geral, homens têm uma qualidade de vida inferior à do sexo oposto. “Hábitos prejudiciais à saúde como o tabagismo, sedentarismo, consumo exagerado de alimentos gordurosos e ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica são, em geral, mais comuns em homens. Há alguns anos poderíamos dizer que eles estão mais sujeitos ao estresse, mas a realidade é que tanto homens quanto mulheres estão expostos a situações de estresse”, explica.

Apesar da campanha, é importante entender que infarto não se trata de um problema exclusivo de homens. O especialista aponta que há também um fator protetor da exposição ao estrogênio nas mulheres. É bem definido que mulheres em menopausa têm um maior risco cardiovascular em relação às em idade fértil.

Outro fator que se destaca para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de outras enfermidades é o comportamento dos homens em relação à própria saúde. “Os homens não têm costume de ir ao médico periodicamente. Só vão quando já apresentam sintomas graves e geralmente quando o procedimento para tratar as doenças já é mais complexo. Isso sem falar na forma como cada gênero lida com estresse diário. O cuidado com a saúde mental reflete diretamente na saúde física”, pondera o cardiologista.

Por fim, Dr. Vitor Barzilai alerta que é importante entender que boa parte dos eventos cardiovasculares como infarto e AVC são evitáveis. Bons hábitos de vida são a melhor forma de se prevenir eventos precoces - antes dos 40 anos. “Para viver bem e bastante, a recomendação é abandonar o sedentarismo, manter uma alimentação equilibrada, diminuir o consumo de álcool, buscar por cuidados preventivos com a saúde além cuidar da saúde mental para desenvolver ferramentas saudáveis para lidar com o estresse e as pressões do cotidiano”, finaliza o médico.


Dasa

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