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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Silenciosa e devastadora: pressão alta pode desencadear sérios danos cerebrais a longo prazo

Baseado em estudos internacionais recentes, Neurocirurgião Feres Chaddad alerta sobre a relação da hipertensão com consequências neurológicas graves

 

A hipertensão é uma das doenças crônicas com maior prevalência entre a população brasileira. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em novembro de 2020, mais de 38,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais se enquadram como hipertensos, número que corresponde a 23% da população total do país. 

 

Assim como a alta incidência, o alerta que esses dados também devem trazer é que apesar de estar constantemente relacionada a problemas cardíacos e hepáticos, pacientes com hipertensão descontrolada podem também sofrer com comprometimento significativo do cérebro e suas funções.

 

"A pressão alta está por trás de cerca de 80% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC). Uma taxa altíssima que precisa ser considerada. Além de também ser responsável por casos de aneurismas, cegueira, derrames, isquemias, arteriosclerose e demência vascular, novos estudos têm evidenciado os riscos da doença que já temos acompanhado ao longo dos anos no consultório, especialmente da relação com doenças neurológicas", explica Dr. Feres Chaddad, Professor de Neurocirurgia da UNIFESP, especialista em danos neurológicos e Malformação Artério-Venosa.

 

O Artigo "Hypertension-induced cognitive impairment: from pathophysiology to public health", publicado em junho de 2021, é uma das revisões mais recentes sobre a associação da hipertensão com impactos no cérebro. Segundo o estudo, a pressão alta afeta a integridade estrutural e funcional da microcirculação cerebral, causando alterações patológicas importantes nos pequenos vasos, que contribuem para o surgimento de hemorragias, infartos lacunares (silenciosos e que podem se acumular e provocar sequelas a longo prazo), assim como lesões da substância branca (comum na população idosa e principalmente nos indivíduos com fatores de risco cardiovasculares), e aumento do declínio cognitivo.

 

Impactos cerebrais da doença

 

O artigo aponta que as consequências cerebrais induzidas pela hipertensão podem ser consideradas como resultado do envelhecimento vascular acelerado pela doença. Outras alterações ressaltadas se referem ao desenvolvimento de placas ateroscleróticas (acúmulo de gordura) em artérias cerebrais maiores, que desregulam o fluxo sanguíneo cerebral e levam a derrames isquêmicos. 

 

"A pressão alta pode bloquear e entupir as artérias, que ficam mais enrijecidas e propensas ao surgimento de AVCs, aneurismas e outras patologias. Em idosos, os perigos são ainda maiores, devido a doença provocar a má adaptação da circulação cerebral, que resulta em danos à estrutura microvascular, ruptura da barreira hematoencefálica (estrutura que previne a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central), estresse oxidativo e defasagem do acoplamento neurovascular", complementa Feres.

 

Outro ponto a destacar é que a hipertensão descontrolada acelera também o declínio cognitivo, podendo comprometer a memória, concentração e raciocínio. Segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que utilizou como base de dados o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil, depois de quatro anos de acompanhamento, 22% dos voluntários que apresentavam pré-hipertensão e 46,8% que eram hipertensos demonstraram declínios cognitivos importantes. 

 

Subnotificação de danos neurológicos 

 

A desatenção aos sintomas neurológicos leves e intermediários, a dificuldade do acompanhamento de pacientes e grupos de risco que não acessam o sistema de saúde e a falta de atendimentos integrais que observem os impactos na saúde de maneira específica, mas abrangente, esconde um problema muito mais expressivo. Parte desses pacientes pode vir a desenvolver manifestações neurológicas tardias e ter seu processo terapêutico impactado.



Necessidade do acompanhamento neurológico global 

 

“A implementação de centros de triagem neurológica em hospitais e postos de atendimento é urgente. O acompanhamento longitudinal, com equipes multidisciplinares e check-ups médicos regulares é fundamental para todos os pacientes acometidos por doenças importantes, como a hipertensão. Incluir avaliação neurológica para examinar vários domínios cognitivos pode identificar alterações neurológicas, de maneira precoce, e assim trabalhar na redução da incidência de danos graves e riscos futuros", reforça o Dr. Chaddad. 



Estresse, ansiedade e nervosismo aumenta dentes fraturados na pandemia

Tensão nos músculos da face e na articulação temporomandibular são primeiros sinais do bruxismo 


Muitas vezes o estresse, a ansiedade e o nervosismo causam problemas de saúde que surgem silenciosamente e nem sempre são associados com questões emocionais. Mas o que muita gente não sabe é que essas mudanças emotivas, que geralmente são repentinas, afetam o psicológico e trazem consequências que, se não tratadas, podem prejudicar na saúde dental, entre elas a fratura dentária que é mais comum no bruxismo. 

Com os nervos à flor da pele, acabam surgindo sintomas como tensão nos músculos da face e na articulação temporomandibular, o que favorece o surgimento da doença. O estresse ainda aumenta hábitos como morder objetos (canetas, lápis), roer unhas, todos esses fatores acabam resultando em problemas nos dentes. É comum que esses fatores geram rachaduras, desgastes, e acabam quebrando um ou mais dentes naturais ou já tratados.  

Para resolver o problema, pode ocorrer a necessidade de restaurações ou canais. “No caso de dentes que já foram tratados as consequências podem ir além resultando em até mesmo fratura de raiz onde a solução será um implante dentário”, destaca o odontólogo Luís Eduardo Marques Ferreira Júnior, da Ortoestética. 

Segundo o especialista, o ideal é descobrir a causa do bruxismo o quanto antes. A condição neurológica é a mais diagnosticada em casos de fratura dentária. “É o ato de apertar e/ou ranger os dentes que pode ser de forma consciente ou inconsciente. Qualquer pessoa pode apresentar um quadro de bruxismo, mas observamos que pessoas mais ansiosas tendem a ter um bruxismo mais severo”, explica o odontólogo.

 

Quando procurar um profissional? 


- Sensibilidade nos dentes, principal ao ingerir bebidas quentes ou frias; 


- Dor ou tensão na região da mandíbula, próximo as orelhas ou no queixo;


- Sensibilidade ou dor no momento da escovação ou uso do fio dental;


- Ao perceber desgastes nos dentes;


- Trincas, fissuras ou rachaduras nos dentes;


- Se você ou alguém perceber que há ranger de dentes durante o sono ou acordado em momentos de concentração.


O profissional apto a detectar e tomar providências para melhorar os sintomas e consequências do bruxismo é o cirurgião dentista.  Hoje, com a ajuda do escaneamento digital, é possível detectar os pontos onde há contato entre os dentes da arcada superior e inferior. “O objetivo é uma avaliação com precisão dos pontos e condições preexistentes às consequências do bruxismo. Em conjunto com a avaliação clínica o escaneamento vai direcionar o tratamento para cada situação”, comenta Luís. 


O odontólogo explica que existem casos que devem ser corrigidos com uso de aparelhos ortodônticos para melhorar o posicionamento dos dentes pois os desgastes são ocasionados por má oclusão. Já os casos onde a oclusão está correta podem ser tratados com o uso da placa adequada e ainda com botox. A aplicação da toxina botulínica promove uma espécie de paralisação dos músculos da face ajudando a inibir a contração excessiva dos músculos.

 

Mudanças de hábitos que auxiliam na diminuição do estresse e ansiedade não podem ser descartados. Muitos pacientes relatam melhora de comportamento com práticas de exercícios físicos, meditação, yoga entre outras atividades. “Tratar as consequências bucais advindas do estresse é importante para aumentar a qualidade de vida e a saúde como um todo. Não deixe de fazer avaliações periódicas com um dentista preparado para atender suas necessidades”, pontua o especialista. 


Medicina Preventiva x Medicina Curativa: o dilema das duas frentes que impactam o setor de saúde


A medicina curativa domina o setor de saúde e farmacêutico. Mas existe outro tipo de cuidado em crescimento, chamado de Medicina Personalizada. De forma bem simples, a medicina curativa consiste  em tratar de sintomas que já estão evidentes, com o intuito de que eles não evoluam. Enquanto isso, a Medicina Personalizada ou Preventiva é uma modalidade médica que tem o objetivo de prevenir doenças, antes mesmo de que apareçam, evitando que tais doenças se instalem no indivíduo. Entre as metodologias utilizadas pela Medicina Personalizada, a principal é o mapeamento genético.

 

Medicina Personalizada está crescendo, na medida em que os exames genéticos tornam-se mais acessíveis, inclusive com cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde. Tais exames permitem verificar quais são as susceptibilidades de cada indivíduo, que também é conhecida como Medicina Personalizada.

 

A necessidade de se investir em medicina preventiva se dá no contexto que este fortalecimento reduziria riscos de internações e agravamentos de doenças graves, além da redução de custos para os sistemas de saúde, tanto privados, quanto públicos.  

 

Em artigo de 2014 (BMC Med 12, 136 (2014), os autores citam: “Uma transição de um modelo curativo para um modelo mais holístico que enfatiza a prevenção, detecção e acompanhamento de longo prazo é necessária com urgência. Na ausência dessas mudanças, as doenças crônicas continuarão a ser mal detectadas e a cobertura universal de saúde não será eficaz.”

 

Outro artigo científico importante (Eur J Health Econ 18, 1065–1067 (2017), cita que: “...apenas nos EUA, estão disponíveis 26.000 testes de diagnóstico genético, cobrindo mais de 3600 genes [ 2 ], tornando a Medicina Personalizada (PM) uma das áreas da saúde global com potencial de crescimento mais rápido. Este novo paradigma de PM desencadeou muitas publicações em várias áreas científicas, totalizando cerca de 2500 no ano de 2012 [ 3 ] e o dobro desse número em 2016 [ 4] O PM tem o potencial de permitir que os pacientes recebam medicamentos específicos para suas doenças individuais e de aumentar a eficiência do sistema de saúde.”

 

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) relatou que 72% dos pacientes que tinham doenças crônicas descobriram a enfermidade somente após surgirem os sintomas. A pesquisa também revelou que 48% dos pacientes doentes acreditam que exames feitos com antecedência poderiam prevenir as patologias. 

 

Outro dado relevante que demonstra a importância destes cuidados preventivos é uma estimativa feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reguladora dos planos de saúde do país, ao afirmar que um paciente com doenças crônicas tem um custo sete vezes maior em relação a um paciente saudável da mesma idade. As doenças crônicas podem ser detectadas, mesmo antes do aparecimento dos sintomas através de técnicas de análises do genoma.

 

Uma frente da medicina preventiva que tem potencial e merece atenção é a área de biologia molecular e mapeamentos genéticos. Por meio de um mapeamento do DNA humano, é possível descobrir inúmeras informações ricas que trazem ao paciente pontos de atenção em relação a sua saúde, como predisposições a doenças crônicas, condições clínicas e até mesmo os tipos de dieta mais adequadas de acordo com o metabolismo de cada indivíduo. A Medicina Personalizada evidentemente, reduz custos e aumenta a qualidade de vida em uma área tão explorada e importante para cada um de nós.

 

A demanda da Medicina Personalizada em relação à biologia molecular tem sido perceptível com a adoção por parte dos planos de saúde em exames específicos. Por exemplo, a ANS possui um comitê que avalia quais procedimentos são obrigatórios na cobertura dos convênios e cada vez mais os exames de biologia molecular têm entrado neste grupo de exigências, inclusive o sequenciamento do exoma, que avalia todos os genes de uma pessoa.

 

É importante frisar que a medicina tratativa não será extinta, já que é primordial para o setor. Entretanto, é notória a eficiência de investimentos em medicina preventiva. Com este fortalecimento, será possível vislumbrar economia de tempo e custo financeiro. Muito mais do que isso: os esforços poderão ser concentrados em mais pesquisas e tecnologias visando o avanço e resolução de outras necessidades do setor de saúde.

 

Por fim, é notável a resistência da indústria da saúde em permitir espaço para a Medicina Personalizada, vários especialistas comentam que existe uma falta evidente de estudos que relacionam a economia de recursos com o uso da Medicina Personalizada, justamente pela resistência da indústria da saúde em progredir para metodologias inovadoras, que poderiam alterar o status quo ( EPMA J. 2015 Sep 30;6:19 e Eur J Health Econ 18, 1065–1067, 2017).

 

 

Euclides Matheucci Jr. - co-fundador e presidente da empresa de biotecnologia DNA Consult, além de professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia na Universidade Federal de São Carlos. Euclides também é criador do teste #SalvaVidasCovid que contribui para empresas retomarem suas atividades com a testagem dos colaboradores. 


Crianças precisam escovar os dentes e passar fio dental?

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Especialista do CEJAM explica a importância da escovação a partir do surgimento do primeiro dente


Não há nada mais satisfatório do que dentes brancos, saudáveis e livres de dores. O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" alerta à importância da higiene bucal precoce na prevenção de doenças durante toda a vida.

Conforme o cirurgião-dentista Francis Tsurumaki, supervisor de saúde bucal do CEJAM, a limpeza da boca deve começar logo nos primeiros meses de vida, enquanto o bebê ainda mama. "Nesta faixa etária, o excesso de leite pode ser retirado com uma gaze ou luva de tecido embebida em água. O processo deve ser realizado, principalmente, em crianças que fazem uso de fórmulas lácteas", orienta.


O especialista informa que a escovação passará a ser realizada após o surgimento do primeiro dentinho, com a inserção de cremes dentais. A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) indica que os responsáveis a iniciem com pastas infantis à base de flúor. A prática deve ser feita ao menos duas vezes no dia, preferencialmente após as principais refeições e priorizando a escovação noturna.

A quantidade de creme dental deve ser adequada de acordo com a idade da criança. Para bebês de até três anos, a quantia ideal deve ser semelhante ao tamanho de um grão de arroz. Já para os maiores de três anos, é indicado o tamanho de uma ervilha.

Dr. Francis destaca que o exemplo dos pais no processo de higienização bucal é fundamental. "A comunicação, o incentivo e a promoção de um ambiente saudável são fatores fundamentais para uma boca saudável e livre de germes e bactérias."


Como escovar os dentes corretamente?

O dentista afirma que, para crianças menores, o responsável deve apoiar a cabeça do pequeno sobre o corpo e, com o rosto dele voltado para frente, empunhar a escova em uma das mãos. A outra mão deve servir de apoio, afastando lábios e bochechas. A escova sempre deve ser macia e ter um tamanho adequado, de acordo com a idade da criança.

À medida que as crianças vão crescendo, é necessário ensiná-las a realizar uma escovação correta. Segundo o especialista, o ato deve ser feito em movimentos circulares na parte da frente dos dentes e de "vai e vem" na parte de cima.

"É importante que a língua também seja higienizada com movimentos de trás para frente. Sua limpeza eficiente melhora a digestão, auxilia na eliminação das bactérias que causam o mau hálito, previne doenças e auxilia no paladar dos alimentos", explica o cirurgião.

Por fim, é importante sempre utilizar o fio/fita dental. O especialista reitera que o uso do item de limpeza também deve ser feito desde o nascimento dos primeiros dentes, para que se torne um hábito cotidiano.

"Quando os dentinhos estiverem encostados uns nos outros, a prática deve ser realizada pelos pais, com movimentos delicados, ‘abraçando’ os dentes desde a porção abaixo da gengiva até a saída do dente."


Riscos da má escovação

Dr. Tsurumaki destaca que a visita ao cirurgião-dentista deve ser realizada pela mãe ainda no período de gestação. Lá, ela receberá orientações sobre os cuidados com a saúde bucal e a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento do bebê. A primeira consulta da criança, por sua vez, deve ser agendada assim que o primeiro dente nascer.

Os responsáveis, de acordo com o especialista, também devem se atentar a sinais como sangramento gengival e/ou manchas brancas nos dentes da criança, condições que podem indicar uma higienização deficiente ou uma possível doença.


Prevenção é o caminho

O especialista ressalta que a prevenção é a forma mais simples de evitar eventuais problemas bucais. "Ter uma boa higiene bucal implica em uma técnica de escovação correta, ao menos três vezes ao dia, com a utilização de escovas adequadas para cada tipo de boca."

Dr. Francis afirma que a troca de escovas de dentes a cada três meses ou quando as cerdas deformarem, o uso de fio dental em todas as escovações e uma alimentação livre de açúcares, associados à boa higienização, auxiliarão na manutenção da saúde bucal.

As visitas regulares ao cirurgião dentista também são de extrema importância, bem como a realização do autoexame bucal. "Quanto mais cedo as crianças entenderem a importância do cuidado com a saúde bucal, mais saudáveis e felizes serão", finaliza.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


4 deficiências nutricionais comuns entre fumantes

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Alimentação de quem fuma pode ser mais carente em nutrientes, segundo a ciência

 

A falta de nutrientes no corpo humano pode ser silenciosa à primeira vista, mas com o passar do tempo, os sintomas podem surgir e, caso não haja correção, importantes complicações de saúde serão observadas, como a anemia. E se para a maioria das pessoas essa carência nutricional já requer atenção, o cuidado deve ser dobrado para quem fuma! Isso porque a ciência comprova que existem deficiências nutricionais em fumantes que são mais comuns do que no resto da população.

Seja por falta de apetite ou por escolhas alimentares inadequadas, o fumante acaba escolhendo uma menor variedade de alimentos à mesa, como frutas, verduras, cereais e laticínios.

E as consequências ligadas ao vício acabam não somente atingindo os próprios tabagistas como também as pessoas que convivem com eles, os chamados “fumantes passivos”.


Um passo de cada vez

Aqui no Nutritotal – Para Todos, já listamos alguns alimentos que podem ajudar quem quer parar de fumar. Mas se você ainda não conseguiu largar o vício, que tal conhecer mais motivos para dar o próximo passo nessa luta?

A seguir, explicamos um pouco mais sobre os principais nutrientes em falta entre os fumantes, baseado em estudos científicos:


4 deficiências nutricionais em fumantes

De vitaminas a minerais, a lista de nutrientes que podem estar em falta no organismo dos tabagistas é variada.


Vitamina C

A falta de frutas e verduras como acerola, laranja e mamão, que são ricas em fitoquímicos, pode acabar prejudicando a dieta por si só. Mas juntando isso ao fato de os compostos químicos presentes no fumo afetarem mais o estresse oxidativo do nosso corpo, os fumantes podem acabar precisando de mais vitamina C, um poderoso antioxidante interno.


Vitaminas do complexo B

Segundo pesquisas científicas, os tabagistas também podem apresentar carência de vitaminas como B1, B2 e B12, importantes para a formação das células do organismo e em processos metabólicos do sistema nervoso.


Cálcio

mineral que pode ser encontrado em leite e peixes, por exemplo, acaba sendo deixado de lado na dieta de muitos fumantes. Além disso, a nicotina e o consumo excessivo de alimentos como o café contribui para a redução da disponibilidade desse mineral.


Outros minerais

A lista de nutrientes em falta entre quem fuma ainda inclui o ferro, que é essencial para o sangue, além do magnésio, que ajuda a diminuir a pressão arterial, e do iodo, que auxilia no controle dos hormônios da tireoide.

Para conferir mais notícias sobre as propriedades dos alimentos, visite nosso Instagram.

*Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.

 


Redação Nutritotal

Rosa M. et al. Problemática nutricional en fumadores y fumadores passivos. Nutricion Hospitalaria, 2021

 

Fonte: https://nutritotal.com.br/publico-geral/material/deficiencias-nutricionais-fumantes/?utm_campaign=nutrimail_para_todos_-_2311&utm_medium=email&utm_source=RD+Station


Conheça as doenças que podem diminuir o desejo sexual

De 30% a 40% das mulheres terão alguma queixa de diminuição do desejo sexual

 

As alterações hormonais podem diminuir a libido feminina, entre elas as disfunções tireoidianas, as disfunções das gônadas e doenças que cursam com o aumento dos hormônios prolactina. A depressão também pode diminuir o desejo sexual, já que as alterações psíquicas, assim como experiências prévias negativas relacionadas ao sexo, influenciam significativamente. Estresse, privação do sono, outras doenças sistêmicas quando descompensadas, interferem na libido. 

 

A libido é multifatorial. Doenças sistêmicas, como diabetes, colesterol e pressão alta, quando não compensadas e devidamente tratadas, podem atrapalhar a libido por diversos mecanismos fisiológicos”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é considerada como um aspecto central da vida humana, a qual é vivenciada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relações. A saúde sexual é diretamente afetada por diversos aspectos da saúde global como saúde psíquica, física e emocional.

 

Alguns medicamentos, muitos deles usados para tratar as doenças citadas também podem impactar no desejo sexual, entre eles estão os antidepressivos, anti-hipertensivos, hipolipemiantes e antialérgicos. 

 

TDSH - O Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) é uma disfunção sexual caracterizada pela deficiência ou a ausência persistente ou recorrente de desejo ou fantasia sexual para a atividade sexual conduzindo a acentuado sofrimento e dificuldades interpessoais.

 

“A prevalência dos transtornos sexuais entre as mulheres é alta e, muito provavelmente, superior à prevalência das disfunções sexuais masculinas, atingindo grande parte das mulheres e com prevalência aumentando com a idade. Em geral, 30% a 40% das mulheres terão em algum momento queixa de diminuição do desejo sexual, já na pós menopausa essa prevalência pode chegar até 80%, em alguns estudos.

 

A especialista conta que, durante a menopausa, a mulher passa por diversas alterações hormonais que podem levar à diminuição do desejo sexual. Somado a isso, as alterações hormonais podem levar a alterações físicas vaginais, diminuindo lubrificação e levando a maior chance de desconforto durante o ato sexual, o que acaba sendo mais um fator para diminuição do desejo. Privação de sono, tão frequente nessa fase da vida devido aos fogachos, além de questões psíquicas envolvendo as mudanças associadas ao climatério também influenciam na alteração no padrão de desejo sexual feminino nessa fase da vida. 

 

 

Diante dos sintomas da perda de libido, Dra. Lorena aconselha a procura de um médico de confiança, usualmente ginecologista ou endocrinologista, para conduzir uma investigação hormonal e demais causas possíveis que podem estar interferindo na libido.

 

“Inclusive, a diminuição da libido pode ser o primeiro sinal para o diagnóstico de outras doenças. Terapia estará indicada quando percebido que causas psíquicas também estão envolvidas na diminuição da libido. Lembrando que a diminuição da libido é, frequentemente, multifatorial. Dar atenção a esse tema e falarmos sobre isso é de extrema importância posto que a maioria das mulheres que vivenciam uma experiência sexual não prazerosa e diminuição da libido não se queixam aos seus médicos e, assim, passam anos sem viver plenamente sua sexualidade”, finaliza a endocrinologista.

 

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho

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7 erros que os pais cometem na saúde bucal dos filhos

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Confira como evitar os enganos mais comuns que podem afetar a dentição saudável das crianças


Uma dentição perfeita se cria desde os primeiros anos de vida, ou seja, um adulto com dentes permanentes saudáveis provavelmente teve uma boa saúde bucal quando pequeno. O problema é que muitos pais e responsáveis, por falta de informações, cometem falhas quando o assunto é cuidar da saúde bucal das crianças.

Para esclarecer algumas das principais questões, o Dr. Rodrigo Sakuma, diretor membro da Associação Brasileira do Cirurgião Dentista (PR), destaca os sete erros mais comuns sobre o assunto. Confira:


1. Não ser um bom exemplo: crianças aprendem pelo exemplo, não há novidade nesta frase. É importante que os pequenos vejam desde sempre os bons hábitos de escovação dos familiares para absorverem a mesma rotina conforme crescem. Só assim a necessidade a higiene bucal se tornará naturalmente parte do dia a dia. 


2. Faltar nas consultas odontológicas: a pandemia intensificou a ausência das crianças nos consultórios. As consultas anuais para acompanhar a formação dental e o surgimento de cáries, por exemplo, são necessárias. O ideal é que a primeira visita ao dentista aconteça aos 6 ou 7 meses, idade em que nascem os primeiros dentinhos de leite, preferencialmente com um profissional acostumado a atender este público.


3. Não tornar a rotina de higiene bucal prazerosa: escovar os dentes pode ser legal e as crianças precisam vivenciar isso. Uma música ou uma brincadeira pode tornar cada minuto prazeroso e mais divertido, sem ser uma obrigação. Estabelecer combinados com a criança costuma evitar a resistência e a negativa nos momentos que antecedem a higienização.


4. Usar produtos inadequados para a idade: escovas e pastas direcionadas para o público infantil vão contribuir com a saúde bucal e também com o interesse dos pequenos por aquele momento. É o caso da Magic Brush e da Magic Bubble, por exemplo, da Angie by Angelus. A escova aplica a dose necessária do gel para a escovação direto nas cerdas. Já a pasta é a primeira espuma Bucal 2 em 1 e pode ser usada tanto para escovação como um antisséptico para crianças.


5. Deixar a criança realizar sozinha a escovação: sem acompanhamento há mais chances que, inicialmente, as crianças não realizem a higienização como deve ser feita. Ensinar e, depois, ficar ao lado da criança enquanto ela escova é essencial para a qualidade a ação.


6. Acreditar que o uso do fio dental é dispensável: ao contrário do que muitos pais pensam, é necessário o uso do fio dental mesmo na infância. Ele já deve ser introduzido para contribuir com a formação do hábito, além de alcançar regiões que a escova não chega.


7. Oferecer doce em excesso: a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que crianças menores de dois anos não devam ingerir açúcar. O maior problema é que, após este período, pais e responsáveis iniciam a introdução do doce sem controle e criam uma realidade propícia para o surgimento de cáries, além de outras doenças associadas.

 


Rodrigo Sakuma - diretor membro da Associação Brasileira do Cirurgião Dentista - seção Paraná. Proprietário da Clínica Sakuma, é entusiasta de produtos bucais inovadores como a espuma anticárie Magic Bubble e a Magic Brush, escova dental com dosador automático. Como profissional da área, visa a mudanças de hábitos de higiene bucal infantil.


Inca estima 14,6 mil novos casos de linfoma no Brasil em 2021

Especialista da Rede São Camilo SP explica sintomas, diagnóstico e formas de tratamento da doença, que causou 5 mil óbitos de brasileiros somente em 2019


O termo linfoma é usado para designar vários tipos de câncer que se originam nos linfócitos, células que desempenham papel crucial no funcionamento do organismo. Ele se dissemina através do sistema linfático e da via sanguínea.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença foi responsável por mais de 5 mil óbitos no Brasil somente em 2019. A estimativa é de que, neste ano, sejam registrados mais de 14,6 mil novos casos.

Dr. Marcelo Bellesso, hematologista coordenador da área de linfomas da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, destaca que os linfomas podem acometer qualquer parte do corpo e têm no seu diagnóstico o desafio inicial.

Cada tipo de linfoma se comporta de maneira completamente distinta, podendo fazer parte ainda de dois subgrupos: Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma não Hodgkin (LNH). “Por isso, é tão importante falarmos mais a respeito, pois tanto a identificação dos sintomas como a detecção e o tratamento são bastante distintos entre si”, explica.

As diferenças estão presentes através do padrão de crescimento celular, do tipo de célula envolvida e de como a doença se manifesta. Portanto, o médico patologista, em conjunto com o hematologista, são os responsáveis por concluir o diagnóstico baseado na avaliação do paciente, combinada com a biópsia e sua complementação chamada imuno-histoquímica.

Os Linfomas de Hodgkin apresentam maior incidência entre 20 e 30 anos e após os 50 anos. Embora existam exceções, geralmente notamos aumento das ínguas (caroços) superficiais no pescoço, axilas e virilha.  Por vezes, essas ínguas podem crescer dentro do tórax (mediastino), abdome ou pelve, sendo diagnosticados através de exames de imagem como o PET-CT e a Tomografia Computadorizada. As ínguas superficiais são comumente indolores.


Em relação aos Linfomas não Hodgkin, há dezenas de diversos subtipos. Eles podem se desenvolver de maneira extremamente agressiva ou de forma lenta, chamados indolentes. Além disso, podem estar presentes tanto nas ínguas (linfonodos) como em qualquer tecido do nosso organismo.  

Entre os sintomas que podem ajudar a identificar o problema, Dr. Marcelo destaca a febre no final da tarde, suores noturnos excessivos, coceiras na pele, cansaço e perda de peso sem motivo aparente. Vale lembrar que estes sinais são comuns a diversas outras enfermidades, portanto, é fundamental procurar um médico para investigar a causa.

O hematologista ressalta que o diagnóstico é realizado por meio de biópsia, ou seja, análise de um tecido retirado cirurgicamente ou pela remoção de uma parte da região afetada por uma agulha grossa. Este material retirado será avaliado no laboratório pelo médico patologista determinando, então, o tipo e subtipo do linfoma e direcionando o melhor tratamento a ser realizado.

Ele reforça, ainda, que se detectado em estágio inicial, melhoram as perspectivas de resposta ao tratamento e, em muitos casos, aumentam a possibilidade de cura. 

“Quando falamos sobre o tratamento, temos um arsenal de possibilidades, de acordo com o tipo de linfoma, condições do paciente, exposição a tratamento prévio, entre outros. Podemos utilizar quimioterapia, imunoterapia, inibidores de pequenas moléculas, transplante de medula óssea ou, em certos casos de linfomas indolentes, apenas a observação e seguimento clínico”, reitera Dr. Marcelo.

Por isso, finaliza o especialista, é muito importante uma excelente relação entre médico e paciente, para que todas essas dúvidas sejam muito bem esclarecidas.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Excesso de suor, a hiperidrose, atinge 10% dos brasileiros

Doença compromete a qualidade de vida e interfere no dia a dia


Você sua muito, mesmo quando está dormindo? Isto pode ser sintoma da Hiperidrose Primária (HP), uma condição clínica caracterizada pelo suor exagerado principalmente nas mãos, axilas, pés e rosto.  A condição atinge cerca de 10% dos brasileiros e para muitos interfere drasticamente no dia a dia e na qualidade de vida.

“A Hiperidrose Primária é um distúrbio crônico acompanhado de constrangimento pessoal, angústia e aflição social, podendo interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida dos pacientes”, conta Gustavo Higa Ogawa, cirurgião torácico, do Plunes Centro Médico, em Curitiba (PR). Segundo o especialista, o distúrbio acontece devido a fatores genéticos e emocionais, mas doenças como Parkinson, câncer, entre outras, podem desencadear a Hiperidrose Primária.

Existem dois tipos de Hiperidrose, a primária focal, que aparece na infância ou adolescência e não existe suor quando em repouso, e a secundária generalizada, na qual a pessoa sua em todas as áreas do corpo, inclusive em repouso, e surge por uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação.  O diagnóstico logo nos primeiros sinais da doença é essencial e somente ele consegue definir se o tratamento será cirúrgico ou clínico.

“Existem diversas linhas de tratamento, algumas até mesmo com aplicação de botox nos casos mais brandos. Em casos graves é recomendada uma cirurgia na região do tórax que interrompe a ação dos gânglios simpáticos, responsáveis por estimular as glândulas de suor”, explica doutor Gustavo.

Os tratamentos clínicos conseguem manter a doença sob controle por períodos entre dois e seis meses, sendo necessário o acompanhamento, e os cirúrgicos cessam por tempo indefinido a produção anormal de suor. 

 

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