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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Recrutamento deve valorizar a experiência do candidato

Alisson Souza, CEO da abler, dá dez dicas para empresas oferecerem um processo de seleção mais humanizado e agradável


Assim como o marketing lançou conceitos que hoje determinam como deve caminhar um negócio, como experiência do cliente ou CX – Customer Experience em inglês, experiência do usuário ou UX – User Experience, a área de Recursos Humanos também incorporou o conceito e adotou a experiência do funcionário ou EX – Employee Experience e a experiência do candidato ou CX – Candidate Experience.

Alisson Souza, CEO da Abler, startup criada por profissionais das áreas de Recursos Humanos e Tecnologia com o objetivo de conectar empresas e candidatos de maneira simples e amigável, afirma que o recrutamento e seleção é uma tarefa muito delicada por lidar com pessoas e seus sonhos. “Isso quer dizer que uma experiência ruim em um processo seletivo pode afetar e muito alguns profissionais”, adverte.

O empresário enumera dez dicas que podem ser úteis para os profissionais de Recursos Humanos, em especial de Atração de Talentos, oferecerem uma melhor experiência aos candidatos.


  1. Valorize a página de carreiras da empresa

A página de carreiras, também conhecida como “trabalhe conosco”, é a porta de entrada para candidatos que talvez estejam previamente interessados na empresa. Segundo Alisson, a experiência do candidato já deve começar nessa ação, para evitar que ele perca o interesse.

De acordo com o CEO da abler, é importante que a página tenha todas as informações necessárias com transparência, com fotos, vídeos institucionais e depoimentos, tornando o conteúdo bem mais atrativo. “É interessante também adicionar a missão, visão e valores, assim como a cultura da empresa, pois ajuda as pessoas a se identificarem com a organização, facilitando o fit cultural”, sugere.    

Outro ponto fundamental na opinião de Alisson é a usabilidade. “É importante que o site seja intuitivo, ou seja, fácil de usar e entender sem conhecimento prévio. Além de disponibilizar a página de forma responsiva, podendo ser acessada por celulares e tablets”, orienta.


  1. Planeje as etapas do recrutamento e seleção

Na opinião do CEO da abler, quanto antes a área de RH antecipar o processo, maiores as chances de fechar uma boa contratação. “Por isso, o planejamento da vaga é importante, pois conhecer bem e definir todos os critérios, conhecimentos e habilidades que o perfil ideal deve ter facilita a busca”, reforça Alisson.

Os principais passos para fazer um bom planejamento do processo seletivo são:

  • Conhecer bem a vaga aberta;
  • Elencar os conhecimentos básicos necessários;
  • Alinhar as soft skills (competências comportamentais) necessárias;
  • Estabelecer as etapas do funil de recrutamento;
  • Definir o canal de comunicação com os candidatos;
  • Escolher o canal de divulgação da vaga.

  1. Divulgue as vagas de forma clara

Um aspecto primordial considerado por Alisson é a descrição de vagas transparente e clara. Neste momento, o executivo afirma que o responsável pelo processo seletivo precisa reunir o maior número de candidatos possíveis, para então encontrar os com maior aderência. “Portanto, ter informações claras é imprescindível para conseguir atingir o público certo. Contudo, outro fator que ajuda na experiência do candidato é o formato em que esse anúncio é feito”, observa.

Ele cita como exemplo o uso de imagens e linguagem adequadas para cada cargo com termos da área e comunicação daquele público, no caso de uma vaga para designer. “Se a posição aberta for para a área financeira, o estilo de redação da vaga precisa ser completamente diferente”, ensina.


  1. Facilite a candidatura

Excesso de burocracias e formulários podem desgastar os candidatos e fazer com que eles desistam de se candidatar ao processo. Para Alisson, a página deve ser o mais intuitiva possível para facilitar o acesso das pessoas.


  1. Mantenha uma comunicação fluida com o candidato

Alisson recomenda, desde o primeiro contato, deixar claro para o candidato que o responsável pelo processo está disposto a tirar suas dúvidas e que há um canal aberto e de fácil acesso. “Lembre-se de contatar o interessado frequentemente, pois ele pode achar que não faz mais parte do processo”, aponta.


  1. Apresente a cultura da empresa

Segundo o CEO da abler, a partir do anúncio da vaga é muito importante deixar evidente os valores da empresa e apresentar sua cultura para familiarizar o candidato. Dessa forma, é possível gerar mais conexão com os interessados e as chances de encontrar o fit certo são maiores.

  1. Acolha o candidato

A entrevista e a aplicação de testes são momentos bem tensos para qualquer candidato. Alisson recomenda manter um clima amistoso de conversa e não de interrogatório. “Seja sempre agradável e lembre-se que estar ali não é um favor para o profissional”, comenta.


  1. Nunca esqueça de dar feedback

Manter uma comunicação fluida e acolher o candidato também pressupõe dar um feedback acerca do processo para que ele tenha noção se está indo bem ou se foi desclassificado. “Não tem nada mais chato do que não saber por que foi eliminado. Por isso, tenha empatia e sempre que possível deixe claro para os candidatos qual a posição deles na jornada da seleção”, recomenda Alisson.


  1. Monitore a experiência do candidato

O CEO da abler também recomenda ao profissional de Atração de Talentos ficar atento a todas as etapas do processo, como cada um dos candidatos reage a elas e, se necessário, perguntar a eles como se sentem, se tal etapa faz sentido ou não. “Dessa forma, gera-se uma conexão com o interessado e deixando-o mais à vontade para prosseguir na seleção”, argumenta.


  1. Invista em tecnologia

A tecnologia facilita a vida do responsável pelo recrutamento e a do candidato. Alisson recomenda o uso de software de recrutamento que:

  • otimiza os processos;
  • reduz o tempo de contratação;
  • facilita a triagem;
  • cria um ranking de melhores candidatos;
  • integra meios de comunicação com o candidato;
  • possibilita realizar entrevista online pela própria plataforma, sem precisar de cadastro;
  • padroniza as etapas;
  • gera relatórios automáticos.

 


Alisson Souza - Apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S, Alisson trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, quando exerceu o cargo de gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. É pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University. No final de 2017 cofundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) 100% focada no aumento de produtividade e consequentemente na redução do tempo de fechamento das vagas. Neste negócio já auxiliou mais de 300 clientes a fechar 35 mil vagas na média, em oito dias. 


Smart streets: é possível viver a cidade de forma mais inteligente em cada esquina

De acordo com previsões da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% da população mundial viverá em áreas urbanas até 2050. Esse crescimento da urbanização resulta em uma pressão significativa sobre a habitação, transporte, sistemas de energia e demais infraestruturas. Iniciativas de cidades inteligentes que produzam avanços em tecnologia de sensores, Internet das Coisas (IOT), computação em nuvem, rede e ciência de dados são consideradas fundamentais para oferecer soluções à urbanização global.

Essas tecnologias podem beneficiar qualquer área urbana que busque usar dados para otimizar operações, como as ruas, que são a força vital das cidades. Elas desempenham funções econômicas e sociais e representam o domínio público do que é consumido ativa e passivamente, dependendo de como está estruturada. O processo de planejamento desses espaços públicos influencia fortemente a evolução das regiões.

As chamadas ruas inteligentes procuram combinar elementos tradicionais do domínio público com sistemas ciberfísicos para fornecer serviços aprimorados, por meio do uso da rua pelas partes interessadas. O grau da inteligência é derivado da aplicação de dados em tempo real obtidos por sensores físicos e virtuais; da interconexão entre diferentes serviços e tecnologias dentro da área urbana; da inteligência da interpretação dos dados e do processo de visualização deles e da otimização das operações resultantes dessa análise.

Existem soluções e aplicações de tecnologias digitais para melhorar e tornar as ruas mais inteligentes e, assim, podem aumentar a acessibilidade dos cidadãos. Como o mobiliário urbano responsivo, que usa tecnologia inteligente para tornar as ruas mais fáceis para pessoas com diferentes tipos de deficiência, incluindo mobilidade reduzida, baixa visão ou cegueira. Isso consiste em sinais digitais e sistemas de beacon instalados ao longo da rua que podem disponibilizar mensagens de áudio com informações, tempo de travessia mais longos e iluminação pública mais forte, que são ativados por meio de smartphones quando os usuários se aproximam de um item responsivo.

As ruas inteligentes também podem ceder à comunidade ações locais para melhorar a sustentabilidade ambiental e apoiar a conscientização e a educação por meio de inovação tecnológica. O exemplo disso está na lixeira inteligente, uma solução para coletar embalagens vazias e aumentar as taxas de reciclagem com um sistema de recompensas. As lixeiras são dispositivos de Internet das Coisas capazes de classificar e compactar os recicláveis automaticamente, com sensores que controlam o nível de enchimento de cada lixeira. Esses sensores conseguem registrar dados em tempo real sobre o nível de preenchimento. O processamento e gerenciamento são feitos via aplicativo, melhorando a gestão de tempo e eficiência dos funcionários da coleta. Assim como o sistema de recompensa por pontos que podem ser trocados por descontos em lojas e cafés na rua onde essa solução esteja instalada, em um incentivo à reciclagem.

Os sensores monitoram a qualidade do ar, som e vibração, água parada, microclima, tráfego, bem como outras atividades na via. Isso pode ser usado para informar e auxiliar em decisões para reduzir a poluição e aumentar a eficiência energética.

A Internet das Coisas promete uma ampla gama de infraestrutura verde, incluindo postes de luz inteligentes com iluminação eficiente e detecção ambiental; bancos inteligentes alimentados por energia solar e híbrida, que servem como pontos de carregamento para smartphones e e-bikes e postos de publicidade; pavimentação inteligente que coleta energia cinética para alimentar iluminação, entre outros serviços.

Uma rua permeada por tecnologias digitais irá gerar uma quantidade significativa de dados a partir dos objetos inteligentes no espaço e interações ativas e passivas do usuário com esses materiais. Medir e informar os impactos das intervenções na rua inteligente ajudam a tomar melhores decisões sobre a alocação de recursos, assim como comunica o progresso aos formuladores de políticas e à comunidade, construindo, portanto, apoio político e comunitário para financiamento de futuros projetos.

 


Débora Morales - mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Como gerar conversas relevantes com seus prospects?

Depois da onda dos blog-posts, o que as empresas têm feito para gerar conexões profundas com seus clientes em potencial?

 

 

Você já deve ter ouvido a frase que as marcas precisam entreter em vez de interromper, certo? Isso porque com a escalada de conteúdo sendo gerado a todo momento, a disputa por minutos de atenção está cada vez mais acirrada. No entanto, 90% das vezes que falamos de clientes em potencial no mundo dos negócios, a pauta fica atrelada à geração de leads e taxas de conversão, desconsiderando a profundidade da comunicação da marca com a audiência. Munir a equipe de vendas com listas e informações é, sem dúvidas, essencial para qualquer companhia. Porém, está longe de ser a única via. Investir em conteúdo e relacionamento, por exemplo, tem se mostrado um excelente caminho para quem busca conexões profundas e diferenciação.

 

“Fomentar o lifelong learning, transmitir conhecimento e proporcionar novas experiências por meio de conteúdo estão cada vez mais em alta. Mesmo quando a demanda chega pra gente como amplificação de mensagem publicitária, nosso time se dedica para adaptar o pedido para um tipo de entrega menos interruptiva e mais educativa", explica Gabrielle Teco, CEO da Qura, hub especializada em curadoria de conteúdos para empresas e executivos, que viu os negócios decolaram durante a pandemia em mais de 500%. 

 

Foi o que fez a Localiza ao lançar o podcast "Pé na estrada com o cliente". Produzido em parceria com a Qura, o programa entrevista especialistas em customer experience, dividindo com a audiência insights sobre como cuidar da jornada do cliente sob diferentes aspectos. "Outro exemplo legal é o Cloudly, trilogia em podcast da Oracle que conta a história da cloud no mundo. Como esse é o tema do momento entre as grandes empresas de tecnologia, optamos por diferenciar a marca oferecendo um conteúdo educativo, bem produzido e levando a mensagem da marca para uma audiência super qualificada", comenta Gabrielle.

 

Mas nem só de podcasts vivem as marcas. Embora o consumo por esse tipo de conteúdo tenha aumentado de maneira significativa - 200% em 2020, segundo o Spotify, principal plataforma de streaming de áudio do mundo - os eventos digitais seguem em alta como estratégia para gerar engajamento e conversas relevantes. "Depois da chuva de lives observada no início da pandemia, observamos uma queda de 35% da audiência em produtos menos interativos, como webinars e palestras. Já eventos no formato mesa redonda, onde o mediador consegue fazer a conversa parecer um bate-papo entre amigos, tiveram uma alta de 20% na audiência quando comparamos com os dados pré-pandemia", adiciona a CEO da Qura. 

 

Num mundo em que qualquer informação está a um clique de distância das pessoas, ir além do blog-post pode fazer toda a diferença para as marcas. As estratégias de SEO continuam relevantes, é claro. Mas passar para um próximo nível de conexão e engajamento com clientes em potencial exigirá das marcas não só criatividade, mas também uma preocupação genuína com a curadoria e a produção do conteúdo que elas assinam. 


 

 

Qura é uma hub especializada em criar conteúdos relevantes e de qualidade para empresas, executivos, empreendedores e interessados por negócios e comunicação.

 

Como a área de Recursos Humanos pode ajudar a sua empresa a ser mais sustentável?

Quando o assunto é sustentabilidade, é comum que as pessoas o relacionem às questões de meio ambiente, como exploração de recursos naturais e poluição. De fato, o conceito tem a ver com os temas citados, porém, também vai muito além disso. Quando falamos de sustentabilidade empresarial, os olhares se voltam para organizações que pensam e aplicam ações que vão beneficiar não só o seu negócio, como também o ecossistema em que está inserida.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um dos seus principais objetivos para os próximos anos é conscientizar e promover iniciativas sustentáveis em grande parte dos países. Para isso, é necessário que, principalmente, grandes empresas, estejam também empenhadas nesses esforços. No entanto, abordar a sustentabilidade e as soluções para se adequar a ela não é um papel só de grandes instituições, mas de toda e qualquer companhia que se importe com causas ambientais e com o futuro do planeta.

De acordo com uma pesquisa da Opinion Box, 33% dos entrevistados acham a sustentabilidade de uma empresa um fator muito importante na hora de comprar um produto ou serviço. Além disso, 55% dos respondentes afirmam dar preferência às marcas sustentáveis. Portanto, como diz uma frase conhecida: "Bom para o planeta, bom para os negócios". Mas, afinal, por onde começar?

E é aí que o RH pode ajudar! Com o passar dos anos, o setor acabou recebendo muitas atribuições. Dessa forma, ações de sustentabilidade e muitas outras passaram a ser pautas importantes e que podem ser implementadas diretamente pela área de Recursos Humanos para promover empresas mais conscientes socialmente.

É importante frisar que uma abordagem mais sustentável, partindo da diretoria e se caminhando para os demais setores, precisa estar cada vez mais enraizada no negócio. Logo, deve ser parte da estratégia da organização e cabe ao RH mobilizar e engajar os colaboradores por meio de ações voltadas para o tema. Tudo isso de forma muito bem pensada em um foco maior: proporcionar boas práticas para os funcionários dentro e fora do ambiente de trabalho.

Entre as práticas que podem ser estimuladas, é possível pensar em saídas de mobilidade urbana, como por exemplo a migração de alguns colaboradores para o home office e o investimento em treinamentos para as lideranças com o tema da sustentabilidade. Além disso, a promoção de ações colaborativas e recompensas internas para engajar o público e fomentar o uso consciente de alguns recursos também entram no escopo de ações.

Outro ponto a ser destacado é que o RH, por meio da aplicação destas práticas, deve também se atentar ao acompanhamento desses resultados. Para medir e otimizar o desempenho das ações, a área de recursos humanos pode estabelecer indicadores que vão apontar se cada projeto está sendo eficiente ou não. A sustentabilidade dentro de uma organização geralmente é alcançada a médio e longo prazo, ou seja, mesmo com a ausência de resultados imediatos, é importante que a empresa esteja ciente disso para que não interrompa essa transição.

Neste contexto, a tecnologia também tem um papel fundamental na contribuição da sustentabilidade. Isso porque além de promover uma revolução nos processos burocráticos do RH, principalmente no que se trata do recrutamento e seleção, a tecnologia também se mostrou uma grande aliada para tornar a área mais sustentável. Observe que, hoje em dia, a maioria das empresas já dispensam o recebimento de currículos de papel, reduzindo assim o desmatamento e ainda se adequando à obrigatoriedade da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Além disso, grande parte dos recrutadores já não utilizam mais fichas impressas para aplicar testes nos candidatos, uma vez que esses são realizados por meio de softwares de recrutamento e seleção, como o PandaPé, o que significa um grande ganho para todos os envolvidos no processo. Ações simples como essas são indispensáveis atualmente para empresas que desejam investir em sustentabilidade e também melhorar os seus processos.

Promover a digitalização do RH, significa contribuir com a economia de recursos e agilidade nos processos, além de ajudar as companhias a se tornarem mais sustentáveis e competitivas. E você, já está investindo nessa ideia?





Ana Paula Prado - Country Manager do InfoJobs. Responsável pela operação do InfoJobs
no Brasil: áreas comerciais, desenvolvimento de negócios, CS, comunicação, RH e
atendimento, mais de 19 anos de experiência no mercado de internet e no setor de RH.

 

ISO de inovação: por que tantas empresas estão adotando esse modelo de governança?

A ISO - Organização Internacional de Padronização, é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 1947, com o intuito de ajudar na reconstrução das empresas devastadas pela Segunda Guerra Mundial. Ancorada nos princípios da isonomia (que em grego significa igualdade), a organização possui atualmente mais de 22 mil normas técnicas, sendo 180 normas de sistema de gestão, sendo a ISO 56002, de gestão da inovação, uma das mais recentes. 

Diferentemente de outras normas, essa se propõe a ser um guia de boas práticas, um modelo de diretrizes e não de requisitos. Resultado de 11 anos de estudos em um comitê internacional que reuniu mais de 60 países, a ISO 56002 oferece um modelo de governança para a inovação, criando as bases para um bom sistema de gestão.

Baseada em oito pilares – abordagem por processos, liderança com foco no futuro, gestão de insights, direção estratégica, resiliência e adaptabilidade, realização de valor, cultura adaptativa e gestão das incertezas – a ISO defende que uma inovação pode ser um produto, serviço, processo, modelo, método ou a combinação de qualquer uma delas. Contudo, o conceito de inovação é caracterizado por novidade e valor. Em suma, isso significa que ideias sem a manifestação de valor não são inovações, e sim invenções.

Ao implementar a ISO 56002, é necessário definir os objetivos, o propósito, a estratégia, os indicadores de desempenho e, os recursos que serão empregados na inovação – e não só os financeiros, como também os recursos de pessoas, conhecimento, infraestrutura e até mesmo de tempo. A empresa precisa estabelecer onde pretende chegar e quais esforços está disposta a empregar para alcançar suas metas.

Além disso, a norma trabalha fortemente no gerenciamento de riscos, entendendo que muitos deles, em vez de ameaças, podem representar oportunidades de inovação. Quando é identificada uma ameaça, é preparado um plano de ação contencioso. Quando é identificada uma oportunidade, ela é automaticamente direcionada para o funil de inovação, onde as ideias são classificadas e priorizadas de acordo com os interesses da empresa. Quem toma as decisões não são as pessoas, e sim os indicadores.

Na prática, não existe uma receita única para todas. Cada uma, num processo de co-criação, precisa refletir sobre seus anseios e seu apetite para atingi-los. Não existe vitória sem sacrifícios. Precisamos desmistificar a ideia de que inovação é para poucas, ou apenas para aquelas com viés tecnológico. Existem inúmeros exemplos de empresas analógicas que criam maravilhas a partir de um olhar inovador. Mas, sem governança, é impossível transformar ideias em resultados.

Sendo assim, as empresas precisam trabalhar no desenvolvimento da sua estrutura de governança. É preciso definir as bases do sistema de inovação, estabelecendo onde se pretende chegar, quais ferramentas serão utilizadas e mensurando de perto cada passo dado. A qualquer sinal de desvio, é possível ajustar a rota rapidamente.

A proposta da ISO 56002 é deixar para trás o modo empírico com que a inovação tem sido encarada por muitas companhias, onde algumas poucas ideias são levadas em frente e, quase que por obra do acaso, algumas são muito bem-sucedidas enquanto outras quase levam o negócio todo à ruína. Inovar a partir de um modelo de governança internacional, que foi testado e aprovado por mais de 200 empresas no mundo todo – sendo seis só no Brasil – é o caminho mais promissor para crescermos de forma estruturada.

 


Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, físico nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO

www.gestaopalas.com.br

 

O que falta às startups?


As startups estão “na moda”, e a cada dia nasce uma nova empresa. Porém, nove em cada dez delas morrem antes de completarem um ano de vida, como aponta a pesquisa realizada pela PwC Brasil. Já o relatório da Distrito, mostra que as startups brasileiras captaram, somente em julho deste ano, R$ 484 milhões em investimentos, valor que é 35% superior ao mesmo período do ano passado e que é um marco na história do setor. Ambíguo, porém real.

 

Uma startup não é feita apenas de inovação, mas deve conter todos os mesmos princípios de qualquer organização. É clara a importância do viés tecnológico para respostas estruturadas e tempestivas em tempos de crise, como a pandemia, e por isso mesmo o GRC (Governança, Riscos e Compliance) tem um papel extremamente relevante para as startups. Com sangue jovem e uma enorme vontade de desbravar o mercado, o GRC traz a elas o pé no chão necessário para dar tração aos negócios e fomentar as boas práticas, começando de dentro para fora. Ou seja, falamos aqui de sustentabilidade.

 

Pessoas e companhias são afetadas por transformações em suas atividades diárias, e portanto, no segmento de governança, riscos e compliance, não poderia ser diferente, pois este é um ecossistema que funciona de forma integrada e colaborativa. Há de se pensar que, neste ponto, não falamos apenas de negócios, mas do seu ambiente e das pessoas que fazem parte dele e o constroem no dia a dia.

 

Essa diretriz trazida pelo GRC para dentro das startups, define normas e obrigações e responsabilidades para o indivíduo, especialmente para gestores e administradores. Cumprindo com estes modelos, são inúmeros os benefícios de um trabalho mais automatizado e para desenvolver planos de ação que mitiguem riscos - que não são apenas financeiros. Um dos grandes problemas das startups hoje é a retenção de talentos. Os impactos de uma má gestão de governança é justamente a reputação da empresa nas mais diversas áreas: legal, ambiental, perda de receita, perda de participação de mercado, colaboradores, etc. Afinal, de que adiantam os investimentos, se o ambiente de negócios incentiva a fuga de talentos?

 

Isso prejudica o crescimento estruturado, ágil e sustentável e impede que a empresa alcance objetivos estratégicos e organizacionais de forma robusta e com princípios. Atualmente é fundamental que uma startup já possa nascer sob essas regras para estar dentro das novas premissas do mercado. É preciso ter um olhar robusto sobre o GRC e um olhar crítico e profundo sobre o ESG, e assim podermos transformar e levar a democratização da governança para o ecossistema de inovação.

 


Claudinei Elias - CEO e fundador da Bravo GRC, uma empresa de consultoria em GRC e ESG que, por meio da tecnologia, integra pessoas e processos com mais de quinze anos de atuação no mercado de Governança, Riscos e Compliance.


Fraudes podem diminuir a chance do Green Card

Advogado especialista em direito internacional, Daniel Toledo explica o que fazer ao suspeitar de problemas com o investimento


As modalidades de visto para os Estados Unidos são inúmeras, mas algumas delas são ainda mais delicadas que as autorizações comuns de turismo. Alguns dos casos mais sensíveis envolvem os vistos para realizar atividades profissionais no país.

Esse é o caso do EB-5 indireto, que requer um investimento de aproximadamente US$ 500 mil em um centro regional que agrega valor à comunidade do local escolhido por proporcionar geração de empregos e o pagamento de impostos, e pode levar ao Green Card para o aplicante e família.

No entanto, nos últimos meses, houve relatos de fraude no visto EB-5 e é importante entender como evitar esse tipo de situação. Com isso em mente, o advogado especialista em Direito Internacional da Toledo Advogados Associados, Dr. Daniel Toledo alerta sobre pequenas confusões que podem ocorrer ao aplicar para essa modalidade de visto. “Existem algumas diferenças que devem ser explicadas durante a aplicação, como ser um detentor de participação e um debênture”, ele conta.

Os debêntures são aqueles que fazem uma espécie de empréstimo para que o projeto aconteça e isso significa contrair dívidas. Já os detentores de participação, devido ao investimento aplicado, recebem títulos que os tornam donos de uma fração do projeto. Por essa razão, o advogado recomenda ler com cautela todos os documentos da aplicação para evitar fraudes no processo.

Segundo o especialista, o visto EB-5 é um terreno fértil para fraudes e um dos problemas que vêm ocorrendo é o esquema Ponzi, uma forma de conquistar novos investidores para pagar a investidores antigos.

No entanto, é necessário saber se precaver e buscar ajuda quando desconfiar que há algum problema com o investimento. “O primeiro passo ao identificar esse tipo de situação é buscar ajuda especializada e há muitos advogados familiarizados com essas ocorrências. Também é importante evitar fazer perguntas para o responsável pelo investimento, uma vez que ele não será capaz de informar a real situação do investimento”, relata Toledo.

Muitos centros regionais vêm sofrendo com problemas financeiros que impactam diretamente os investidores. Nesse sentido, é necessário estar atento às informações atribuídas ao processo de visto e como ele é executado. Um dos pontos principais de atenção são os empregos, se as vagas não forem abertas, é um sinal vermelho.

O advogado também recomenda a procura por pessoas de confiança ao perceber alguma falha durante o desenvolvimento do projeto. “O visto EB-5 precisa de um alto investimento, então se algo está parecendo suspeito ou as coisas não estão acontecendo da forma prevista, provavelmente há algo errado e deve ser averiguado por especialistas”, ele finaliza.



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 124 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br  

 

Youjin Law Group

https://leetoledolaw.com/

 

C6 Bank oferece aulas de educação financeira em plataforma da B3

Aulas ministradas pelo professor Liao Yu Chieh são gratuitas e têm linguagem simples para facilitar o acesso de todos os públicos ao conteúdo  

 

O C6 Bank, banco digital completo para pessoas físicas e jurídicas, está oferecendo 15 videoaulas gratuitas de educação financeira na plataforma de cursos da B3, a bolsa do Brasil. Apresentados pelo professor Liao Yu Chieh, head de educação do C6 Bank, os vídeos esclarecem dúvidas comuns aos brasileiros e trazem dicas valiosas para quem busca inteligência financeira.   

‘Como cortar despesas?’, ‘Existe dívida boa?’, ‘Por que fazer uma reserva de emergência?’ e ‘Como dominar o cartão de crédito?’ estão entre as aulas ministradas pelo professor. Ele também explica, em três etapas, como fazer um planejamento financeiro completo.   

As aulas adotam linguagem simples, em pílulas de até três minutos de duração, o que facilita o acesso de todos os públicos aos conceitos financeiros. Os vídeos estão disponíveis no site da B3 e, para acessá-los, basta fazer um cadastro simples e gratuito com nome, e-mail e senha. 

 

Iniciativas de Educação Financeira   

Desde o seu lançamento, em 2019, o C6 Bank já desenvolveu uma série de iniciativas com o intuito de ajudar as pessoas a alcançarem a inteligência financeira. Além de distribuir conteúdo gratuitamente em diversos formatos e plataformas, o banco também aposta na realização de cursos para levar informação de qualidade à população, especialmente àquelas situadas em regiões vulneráveis.  

Em 2020, por exemplo, o banco iniciou uma parceria com o Instituto PROA, de São Paulo, que tem projetos voltados para jovens da rede pública de ensino, e se tornou responsável pelo módulo de educação financeira do curso que forma jovens programadores para o mercado de trabalho. Os estudantes aprendem a fazer orçamentos, conhecem os diferentes tipos de renda (bruta, líquida, variável e extra) e tornam-se aptos a elaborar planejamentos financeiros de longo prazo, para si mesmos e suas famílias.  

Já neste ano, como parte das iniciativas para reforçar a promoção da diversidade e da inclusão na sociedade, o C6 Bank promoveu um workshop de educação financeira para 100 mulheres trans. O curso ministrado de forma remota pelo professor Liao Yu Chieh abordou temas de finanças pessoais, com estratégias para que as pessoas melhorem sua relação com o dinheiro, com conhecimento prático sobre gestão inteligente de recursos.  

Outra iniciativa recente do banco, feita em parceria com a Nova Escola, capacitou mais de 7 mil professores dos ensinos Fundamental e Médio no país. Além disso, o C6 Bank também lançou sua maior ação de educação financeira, o programa Sua Vida Financeira com Prof. Liao na GloboNews, exibido semanalmente na emissora. Após a veiculação na TV, os vídeos ficam disponíveis em uma editoria especial no G1 – Sua Vida Financeira e também nas redes sociais do banco.

 


C6 Bank

https://www.c6bank.com.br


Poupatempo orienta cidadãos a baixarem a Carteira de Trabalho, que já é 100% digital

Solicitações podem ser feitas online, com segurança e conforto, para ajudar aqueles que retornam ao mercado de trabalho 

  

Com o avanço da retomada econômica em todo o Estado e o surgimento de novas oportunidades de trabalho, o Poupatempo orienta quem pretende voltar ao mercado, utilizando os canais do programa - portal www.poupatempo.sp.gov.br e aplicativo Poupatempo Digital.   

Sem a necessidade de sair de casa, com conforto e segurança, os interessados podem aproveitar as facilidades do atendimento eletrônico para resolver pendências e ter acesso a serviços, como emissão da Carteira de Trabalho Digital, busca de vagas e cadastramento de currículo no Sistema Nacional de Emprego (Sine), inclusão de EAR (Exerce Atividade Remunerada) na CNH, sigla obrigatória no documento de quem presta serviço de transporte, e até mesmo solicitação de seguro-desemprego.  

“Desde o início da pandemia no país, a Prodesp não mediu esforços e antecipou a ampliação da oferta dos serviços digitais. Hoje, mais de 150 opções estão disponíveis aos cidadãos pelo portal, aplicativo ou totens de autoatendimento. Até o fim deste ano, o objetivo é chegar a 180 serviços digitais, e a mais de 240 em 2022”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp – Empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, que administra o Poupatempo.   

Um dos documentos fundamentais para quem vai começar a trabalhar é a Carteira de Trabalho Digital. Para acessá-la pelos canais do Poupatempo, basta entrar no site ou baixar o aplicativo Poupatempo Digital, clicar na opção “Serviços”, em seguida “Trabalho, Emprego e Previdência”, escolher “Carteira de Trabalho” e seguir os passos para conclusão do atendimento nos canais do Governo Federal – site gov.br ou app Carteira de Trabalho Digital.   

A busca pelo cadastro de emprego também pode ser realizada pelas plataformas digitais. Caso o usuário tenha alguma dificuldade, ele pode entrar em contato com o Fale Conosco, disponível no app e portal do Poupatempo.   

O atendimento nos canais do Poupatempo é simples, rápido, seguro e intuitivo. Ainda assim, pensando em quem tem dúvidas sobre como proceder, o portal oferece cartilhas orientativas e vídeos tutoriais, com o passo a passo de como acessar os principais serviços online. Os vídeos também estão disponíveis no canal do programa no Youtube – youtube.com/poupatempos.


segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Galeria Pet alerta sobre câncer de mama em cães


Na campanha do Outubro Rosa, Academia da Matilha faz ensaio especial com cachorras influenciadoras para conscientização do câncer de mama em fêmeas

 

Mais de 14 pets influencers retratam a campanha de Outubro Rosa da Matilha Brasil, produtora de conteúdo digital, estratégia e treinamento dedicada ao Mercado Pet nacional, que visa alertar tutores sobre a importância do carinho atento à saúde do seu bichinho de estimação - principalmente as fêmeas, que podem desenvolver câncer de mama. 

“Selecionamos 14 tutoras de cachorras para produzir conosco um ensaio lindo para  chamar a atenção e conscientizar sobre a importância, diagnóstico e tratamento do câncer de mama em fêmeas, bem como da prevenção por meio da castração”, comenta Fernanda Rabaglio, CEO da Matilha Brasil e idealizadora da Academia da Matilha.

A campanha também tem seu papel social. Cada pet influencer produzirá conteúdos para conscientização da prevenção do câncer de mama em pets e, a cada assinatura promocional da Academia da Matilha, escola de pet influenciadores, 15% do valor será revertido para a castração de animais carentes. 

“Nosso objetivo é chamar a atenção de tutores para a importância do carinho na barriga das fêmeas e do diagnóstico precoce. Além de alertar que a castração é um ato de amor, pois pode evitar em até 99% dos casos de câncer de mama em cadelas e 91% em gatas”, comenta Fernanda. 

Carinho na barriga do pet é uma das maneiras de fazer o diagnóstico do câncer de mama. Foi desta maneira que a veterinária da Matilha, dra. Mariana Teixeira, descobriu o câncer em sua Pastora Alemã de 6 anos, Roxie. “Estava fazendo carinho na barriga da Roxie, quando percebi um nódulo pequeno na mama, porém, imaginava ser leite empedrado, pois tinha acabado de ter uma cria. Fui acompanhando e percebi que o nódulo não diminuía e com isso apareceu mais um em outra mama”, relata a profissional sobre a descoberta do câncer.  

Para o tratamento da doença o método utilizado é a  castração junto com a mastectomia da cadeia mamária afetada, sendo o primeiro uma forma também de prevenção da doença. Mariana conta que Roxie passará pela cirurgia neste mês de outubro e que deve contar a história e todo o acompanhamento no instagram da pet, @pastorcampinas. 

“Embora todos os anos tenha matérias na mídia sobre o tema, a verdade é que o conteúdo é sempre muito parecido e trabalha gatilhos de medo, até pelo tema ‘Câncer’ já ser pesado por si só. Câncer de mama tem cura e nossa missão é alertar”, conclui Fernanda. 

Abaixo, confira a galeria de imagens para o Outubro Rosa Pet.

@pastorcampinas - Roxie


@ganguedosvira

@bellabeagleig

@ursinhoschowchow


@iron.pastoralemao


Fadiga pandêmica: especialista explica o que é e como driblar o problema

Há mais de um ano, o Brasil e o mundo passam por uma pandemia. Com a covid-19, as medidas de isolamento e de distanciamento social afetaram a vida de bilhões de pessoas, especialmente no que se refere à saúde – tanto física quanto mental. 

De acordo com a fisiologista Debora Garcia, muitas pessoas estão se sentindo cansadas e desmotivadas devido ao período de pandemia. Esse quadro foi nomeado de fadiga pandêmica e tem despertado cada vez mais interesse na comunidade de saúde. 

“Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a fadiga pandêmica é definida como o cansaço que aparece devido ao esgotamento gerado pelo medo da covid-19 e pelas demais situações relacionadas ao contexto de pandemia, como a privação do contato físico e social”, explica. 

Garcia aponta que os efeitos da pandemia para a saúde mental têm sido severos e, para isso, mostra os resultados do Escritório do Censo dos Estados Unidos.  

“Segundo o levantamento, no começo da pandemia, 25% dos estadunidenses entrevistados diziam ter sintomas frequentes de ansiedade e nervosismo. Hoje, esse número saltou para 69%”, aponta a especialista. 

Conforme explica a fisiologista, a fadiga pandêmica tem várias causas. A hipervigilância e o medo do vírus da covid-19, bem como a instabilidade econômica e o contexto de incerteza e insegurança contribuem – e muito – para o quadro de desmotivação, nervosismo, ansiedade e apatia. 

“Com a pandemia, muitas pessoas perderam a capacidade de planejamento da própria vida – visto que vivemos em um período de incertezas. Esse cenário leva à insegurança, o que causa um incômodo em diversos indivíduos, levando-os a desenvolver transtornos psicológicos sérios, como ansiedade e depressão”, explica Garcia. 

De acordo com a fisiologista, a fadiga pandêmica apresenta sinais e sintomas que devem ser observados: 

  • Cansaço excessivo diário; 
  • Distúrbios do sono; 
  • Agitação, impaciência e/ou conflitos nas relações interpessoais; 
  • Uso exagerado de álcool e outras substâncias; 
  • Desestabilidade emocional. 

 

Por mais que diversas pessoas estejam vulneráveis à fadiga pandêmica, Garcia ressalta que é possível combater os sintomas por meio de medidas de autocuidado. 

“Existem diversas formas de lidar com a fadiga pandêmica. Uma das principais é compreender que, neste período, nosso bem-estar deve ser prioridade. Isso nos leva ao autocuidado, que deve ocorrer tanto no sentido físico quanto psicológico. Nunca se esqueça de sua saúde mental, tire um tempo para descansar e trate suas emoções como algo relevante”, finaliza a especialista. 


 

Debora Garcia - fisiologista, palestrante, professora de meditação, escritora e mentora. Atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), atua na área da educação corporal há mais de 14 anos. 


Por que meu filho tem autismo?


Recentemente, estava conversando com uma colega professora que tem um filho com autismo* (condição clinicamente conhecida como transtorno do espectro autista ou TEA), que me falou que o neuropediatra de seu filho, por sinal, muito conceituado na cidade, disse-lhe, em uma consulta, que ela e seu esposo não deveriam ter mais filhos, pois o risco de virem a ter outro filho com a mesma condição era muito grande. Ela, por saber que minha área é a Genética Médica me questionou: o autismo é genético?

A dúvida desta colega e mãe de autista é a mesma dúvida de milhares de pessoas. Na verdade, o autismo ocorre por uma combinação de fatores genéticos e ambientais e não é culpa de ninguém. É a soma desses fatores que fazem com que o TEA se manifeste no indivíduo, por isso, no meio médico é comum tratar o autismo como sendo de origem multifatorial, como o próprio nome já diz, múltiplos fatores, alterações genéticas e fatores externos, ambientais.

E agora entramos na parte genética disso tudo. Não existe gene para autismo, seu filho não herdou gene para o autismo de ninguém. Todos nós temos os genes, porém quando esse gene sofre uma alteração pode ser que isso leve a manifestação de uma condição ou sintoma. Desta forma, para ser autista, o fator genético envolvido é a alteração do material genético conhecida como mutação. Essa alteração pode ter sido um acidente genético no DNA da própria pessoa ou ter sido passado na família.

Ainda não se sabe tudo sobre a origem do autismo, mas o que fica cada vez mais evidente é que tem relação com a produção dos neurotransmissores, que seriam os mensageiros que fazem a comunicação do cérebro com o restante do corpo. Já se sabe que alguns neurotransmissores, como a serotonina, estão reduzidos no cérebro dos pacientes, muito provavelmente devido a um fator genético.

Qual é esse gene que, quando alterado, pode levar ao desenvolvimento do TEA? Eu respondo: muitos... Dos cerca de 20 mil genes que todos possuímos no nosso genoma, 881 podem ter associação com o quadro e destes, pelo menos 71 desses genes, as variantes contidas neles já mostraram aumentar a susceptibilidade ao desenvolvimento do transtorno.

Vale ressaltar que a identificação de fatores genéticos e ambientais possibilita o esclarecimento da origem do TEA em cerca de 20 a 25% dos pacientes apenas. Por ser um distúrbio causado por vários fatores, calcular o risco de o casal ter outro filho com TEA não é uma tarefa fácil, porque é difícil calcular e mensurar a ação de todos os agentes.

O que se pode calcular é um risco relativo, como uma previsão. Desta forma, quando se tem apenas uma pessoa afetada na família, o risco gira em torno de 7-18%. Com dois ou mais familiares de primeiro grau afetados, o risco aumenta, variando de 33 a 55%. O autismo é mais frequente no sexo masculino, afetando cerca de um em cada 68 meninos.

Mas, por que tem mais meninos afetados do que meninas? Essa resposta ainda rende uma boa discussão que eu deixo para um próximo artigo...

*De acordo com o DSM-V (O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição), entre as características clínicas do TEA estão: déficits persistentes na comunicação social e interação social, padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos, incluindo estereotipias motoras como movimento repetitivo das mãos e da fala, dificuldades em sair da rotina, interesses restritos. Esses sintomas causam prejuízos importantes na parte social e pedagógica.





Liya Regina Mikami - doutora em Genética pela Universidade Federal do Paraná e University of Nebraska; mestre em Ciências Biológicas (Biologia Celular) pela Universidade Estadual de Maringá; graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá. Realizou estágio pós-doutoral em Genética Molecular Humana no Centre de Recherches du Service de Santé des Armées (CRSSA), em Grenoble/França. Pós- doutorado em Ciências da Saúde pela PUC/PR, em andamento. Desenvolve projeto de pesquisa na área de Genética Humana em Investigação Clínica e Experimental de Doenças Humanas (Fibrose Cística, Autismo e Fissuras Labiopalatais). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: genética molecular humana, fissuras labiopalatais, mutações, autismo, tecnologia do DNA recombinante. Atualmente é professor da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná.

Terapia gênica: inovação na medicina é esperança para pacientes com doenças genéticas

Estudada há mais de 40 anos, a terapia gênica corrige genes defeituosos que causam doenças

 

Atualmente, estima-se que existam entre 6 a 8 mil tipos diferentes de doenças raras em todo o mundo - crônicas, incapacitantes e degenerativas, somente 5% tem tratamento. No Brasil, há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras, dos quais 80% dos casos são decorrentes de fatores genéticos¹. Estudada e aperfeiçoada desde 1990, a chamada terapia gênica veio para transformar o cenário científico e a vida de milhares de pacientes raros: a tecnologia visa corrigir um gene defeituoso em apenas uma dose administrada.

"A terapia gênica é a introdução, remoção ou alteração do material genético - DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) - nas células de um paciente para tratar uma doença específica. O material genético modificado tem instruções para alterar como uma proteína - ou grupo de proteínas - é produzido no corpo, sendo transportado até o núcleo das células do paciente com o uso de vetores que carregam e protegem este DNA. No caso de algumas doenças, isso significa fazer alterações essenciais para o bom funcionamento das células", explica o geneticista, Roberto Giugliani.

Destinada especificamente para doenças raras e debilitantes, a tecnologia pode ser conduzida in vivo, quando se introduz um material genético no organismo a ser tratado, ou ex vivo, quando se retiram células do organismo a ser tratado, se modificam essas células com material genético no laboratório, e depois se reintroduzem as células modificadas ao organismo - para cada tipo de doença, é necessário o desenvolvimento de uma nova terapia, já que não existe um tratamento unificado para a correção de todos os defeitos.

Vista a partir de um cenário promissor, a terapia gênica tem mostrado, cada vez mais, grande potencial para o tratamento das doenças genéticas. "As perspectivas futuras são de desenvolvimento crescente de novos tipos de terapias gênicas, com a incorporação deste tratamento dentro do sistema de saúde pública. Para isso, o Brasil deve discutir uma política para a área, considerando a implantação de centros de excelência para administração desse tratamento, bem como o estabelecimento de unidades de pesquisa, produção e fornecimento", finaliza Giugliani.

 

Linfoma: 80% dos casos do câncer que afeta o sistema imunológico tem chances de recuperação quando feito o diagnóstico precoce

 Na última década o termo Linfoma ganhou as manchetes após uma série de personalidades dos meios artístico e político revelarem o diagnóstico da doença.



E não é à toa que ouvir falar sobre esse tipo de câncer está mais comum: no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano sejam diagnosticados ao menos 15 mil novos casos da doença. E, segundo a entidade, por motivos ainda desconhecidos, o número duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.



Mas, do que se trata esse tipo de tumor?

De forma simplificada, os linfomas podem ser classificados como Hodgkin, mais raro e que afeta em especial jovens entre 15 e 25 anos e, em menor escala, adultos na faixa etária de 50 a 60 anos, ou não-Hodgkin, cujo grupo de risco é composto por pessoas na terceira idade (mais de 60 anos). Para Mariana Oliveira, hematologista do CPO Oncoclínicas, apesar de não haver prevenção por desconhecimento do que leva ao surgimento da neoplasia, a chave para deter a evolução progressiva do tumor é o conhecimento. "A boa notícia é o fato de os linfomas terem alto potencial curativo. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", afirma.

As chances de remissão em pacientes com linfomas de Hodgkin chega a superar 80% dos casos quando o diagnóstico acontece ainda no estágio inicial, enquanto os não-Hodgkin de baixo-grau (não agressivos) têm altas taxas de sobrevida, superando a marca de 10 anos.



Sintomas e Tratamento

Os sintomas em geral são aumento nos gânglios linfáticos (linfonodos ou ínguas, em linguagem popular) nas axilas, na virilha e/ou no pescoço, dor abdominal, perda de peso, fadiga, coceira no corpo, febre e, eventualmente, pode acometer órgãos como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, pele e cérebro.
"As duas categorias - Hodgkin e não-Hodgkin -, contudo, apresentam outros subtipos específicos, com características clínicas diferentes entre si e prognósticos variáveis. Por isso, o tratamento não segue um padrão, mas usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as modalidades", explica Mariana Oliveira.

Em certos casos, terapias alvo-moleculares, que tem como meta de ataque uma molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas. "Estas proteínas feitas em laboratório atuam como se fosse um ‘míssil teleguiado’ - que reconhece e destrói a célula cancerosa do organismo", ressalta o médico. Ainda, dependendo da extensão dos tumores e eficácia das medicações, pode haver a indicação de transplante de medula óssea.

Diante dos desafios impostos pela crescente incidência da doença, novas alternativas terapêuticas vêm surgindo para combater os linfomas, especialmente para os que não respondem aos tratamentos convencionalmente indicados. "A medicina tem avançado nos últimos anos principalmente através da terapia celular", afirma a especialista.

Ela conta que o autotransplante ,tratamento no qual é realizada uma quimioterapia mais intensa seguida pela infusão da medula do próprio paciente é uma delas. A terapia com CAR T é outra, e a principal novidade da área. Altamente especializadas, foram desenvolvidas, a partir de uma modificação genética das células, para atacar especificamente o tipo do câncer do paciente e aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regularizador do setor nos Estados Unidos. As drogas utilizadas nestas situações obtiveram taxas de sucesso que variaram de 50% a 80% dos casos, o que é animador.

E o recente arsenal de combate aos linfomas também incluí a imunoterapia. Com bons resultados apontados por estudos e pesquisas de referência global, o tratamento estimula o organismo do paciente a reconhecer e combater as células tumorais. "De forma bastante simplificada, podemos dizer que os imunoterápicos desativam os receptores dos linfócitos e, assim, permite que as células doentes sejam reconhecidas. Isso faz com que o organismo volte a combater o tumor - e sem causar efeitos colaterais comuns a outras medicações habitualmente adotadas nos processos terapêuticos", finaliza Mariana Oliveira.


Dia Mundial da Trombose é celebrado para prevenir, conscientizar e esclarecer dúvidas sobre a doenç

População deve ter noções sobre o risco do tromboembolismo venoso e sua importância, além de conversar com os seus médicos sobre esse assunto diante de internações ou cirurgias


No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Trombose, mas devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. A trombose é a formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos, onde o sangue no estado líquido se transforma numa “massa” de células e em outros elementos que podem obstruir parcialmente ou na totalidade os vasos. Os sintomas mais comuns, considerando-se as tromboses venosas de membros inferiores, são dor e inchaço da panturrilha.

O coordenador do Departamento de Doenças Venosas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Regional São Paulo (SBACV-SP) e membro do Subgrupo de Tromboembolismo Venosa da SBACV-Nacional, Dr. Adilson Ferraz Paschoa, esclarece que a incidência no Brasil é em torno de um a dois casos de trombose a cada mil habitantes ao ano, ou seja, até 400 mil casos por ano. Outros estudos internacionais relatam ocorrências maiores, que chegam a três casos por mil habitantes por ano.

Mas para entender melhor sobre a doença, é preciso compreender primeiro as diferenças entre os tipos de trombose. Existe a trombose arterial e a trombose venosa, e embora ambas estejam no contexto da circulação, apresentam características muito particulares.


Trombose Arterial

Na trombose arterial há um predomínio de plaquetas que geralmente se instalam sobre uma placa de cálcio ou gordura. Também, a formação de coágulos dentro do coração pode “viajar” na circulação e obstruir uma artéria à distância, processo que chamamos de embolia. “As tromboses arteriais, a depender do território acometido, podem causar o acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio e obstrução de artérias principais dos membros, podendo levar, nos casos extremos, à ocorrência de gangrena, alerta Dr. Paschoa.


 Trombose Venosa

Todavia, no escopo do Dia Mundial da Trombose, são mais relevantes as tromboses venosas, que apresentam um curso clínico bastante distinto. A obstrução de veias secundárias ou principais acomete preferencialmente os membros inferiores e, na maioria das vezes, está associada a fatores de risco. Esse tipo de trombose costuma provocar inchaço do membro e dor. Evidentemente, quanto maior for a veia acometida, maior será a repercussão clínica. Os coágulos formados nas veias contam com predomínio de células do sangue ligadas a fatores de coagulação. Esses também podem se desprender, totalmente ou em fragmentos, e atingir os pulmões, causando uma embolia pulmonar (EP). As tromboses venosas profundas (TVP), diferentemente das tromboses arteriais, raramente provocam a perda do membro. No entanto, a trombose venosa pode ser inicialmente silenciosa e a embolia pulmonar pode ser fatal.

Ele ainda chama a atenção para um aspecto muito importante: a população deve ter noções sobre o risco do tromboembolismo venoso e sua importância, além de conversar com os seus médicos sobre esse assunto diante de internações ou cirurgias.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Bruno Naves, explica que, sendo a trombose muito mais frequente em pessoas idosas, e como hoje a longevidade no Brasil é um fato, é possível realizar algumas medidas de prevenção, como evitar longos períodos na mesma posição, procurar fortalecer a panturrilha, manter uma hidratação adequada e ter uma vida ativa fisicamente. “Uma longevidade ativa e saudável é a aspiração de todos e exige atitude e informação de qualidade. É melhor cuidar da saúde do que da doença”, diz Dr. Naves.

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SBACV


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