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segunda-feira, 26 de julho de 2021

JULHO AMARELO

Hepatites virais: Saúde investiu mais de R$ 366 milhões no combate à doença desde o ano passado

Diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento das infecções, muitas vezes silenciosas, que afetam o fígado

 

Infecções silenciosas que afetam o fígado, órgão vital para o funcionamento do corpo, as hepatites virais já atingiram mais de 680 mil brasileiros nos últimos 21 anos. As infecções podem ser causadas por cinco tipos de vírus: A, B, C, D e E. Para que o tratamento ou controle tenham resultados, o diagnóstico precoce é fundamental. Durante a pandemia da Covid-19, o desafio para detectar novos casos é ainda maior.

Por isso, entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 366 milhões para a compra de insumos, testes, medicamentos e serviços para o enfrentamento das hepatites virais no Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo período foram distribuídas mais de 22,9 milhões de unidades de medicamentos para o tratamento das hepatites B, C e D para todo o Brasil, atendendo aproximadamente 63 mil pacientes.

Para combater as hepatites virais, o Brasil tem uma meta, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016 e precisar ser atingida nos próximos 9 anos: reduzir novas infecções em 90% e a mortalidade atribuível às hepatites em 65% até 2030.

Para isso, o diagnóstico precisa ser cada vez mais ágil. O teste rápido é a forma mais rápida de identificar os tipos B e C de hepatites. Entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde enviou mais de 17,5 milhões de testes para todo o Brasil, além de 176,6 mil exames que detectam a carga viral e 12,7 mil de genotipagem.

Ainda em 2020, foi publicada portaria que estabeleceu o Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais. Também foi feita a inclusão de medicamentos do Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais no Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica, facilitando o acesso de pacientes aos tratamentos adequados.

O Ministério da Saúde também realizou a publicação, em conjunto com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), de uma normativa que orienta a atuação dos enfermeiros na realização do diagnóstico das hepatites virais, para intensificar o cuidado na Atenção Primária a Saúde, a porta de entrada do SUS.

Como mais uma iniciativa, a pasta se prepara para lançar um curso de ensino à distância direcionado a enfermeiros e enfermeiras para a qualificação desses profissionais na atuação para o enfrentamento às hepatites virais.


Hepatite no Brasil

De 1999 a 2020, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 689.933 casos de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.579 (24,4%) são referentes a hepatite A, 254.389 (36,9%) de hepatite B, 262.815 (38,1%) de hepatite C e 4.150 (0,6%) de hepatite D.

Os dados estão no Boletim Epidemiológico Hepatites Virais 2021. Leia aqui.

De 2000 a 2019, foram identificados, no Brasil, pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 78.642 óbitos associados às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses,1,6% foram associados à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76,2% à hepatite C e 0,9% à hepatite D.

Considerando o histórico desde 1999, a região Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A: 30,1%. Na região Sudeste estão concentradas as maiores proporções dos vírus B e C, com 34,2% e 58,9%, respectivamente. Por sua vez, a região Norte acumula 74,9% do total de casos de hepatite D (ou Delta).


Nathan Victor
Ministério da Saúde


A pandemia e os impactos causados nos direitos das pessoas com deficiência de acordo com a organização das Nações Unidas

A pandemia provocada pela Covid-19 teve impacto multidimensional, podendo ser considerada como a maior emergência sanitária dos últimos 100 anos, além de um dos maiores desafios em termos de ruptura dos Direitos Humanos após a Segunda Guerra Mundial. 

Dentre tantos desafios estruturais no enfrentamento da pandemia, é possível citar a proibição da discriminação e a proteção a grupos em situação de vulnerabilidade.

 

Tais preocupações já existiam antes da pandemia, entretanto, se intensificaram após as drásticas consequências sociais trazidas por ela.

 

No que tange às pessoas com deficiência, de acordo com relatórios divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto a pandemia causada pela Covid-19 ameaça todos os membros da sociedade, as pessoas com deficiência são desproporcionalmente impactadas devido às barreiras atitudinais, ambientais e institucionais que são reproduzidas na resposta de combate ao Coronavírus.

 

Alguns desses impactos foram detectados em diversos direitos das pessoas com deficiência. Este artigo irá citar alguns dos direitos humanos de pessoas com deficiência que estão sofrendo violações sérias com a ocorrência da pandemia, sem prejuízo de outras violações que não serão mencionadas no presente momento.

 


Saúde, trabalho, educação: como fica a pessoa com deficiência na pandemia?

 

Um exemplo de tal situação ocorreu no direito à saúde diante da negação aos testes e tratamentos prioritários e da presença de barreiras no tratamento (por exemplo: hospitais sem acessibilidade para o atendimento dessa população).

 

Houve também a preocupação para que não fossem negadas assistências médicas com base em estereótipos e com base na ideia equivocada sobre o valor relativo de uma vida com base na presença ou ausência de deficiência ou idade. 

 

No direito ao trabalho, a dificuldade se deu diante da falta de equipamento de apoio existente nos locais de trabalho, mas que não foram levados para as residências das pessoas com deficiência em home office.

 

No direito à educação, houve ausência de suportes necessários para os alunos com deficiência seguirem os estudos online, o que se deu em decorrência da ausência de equipamentos necessários, acesso à internet e materiais acessíveis. Como resultado, muitos alunos com deficiência foram deixados para trás, especialmente os alunos com deficiências intelectuais.


 

Um alerta para mais violência nesse período

 

Também é preciso chamar atenção para a proteção contra o maior risco de violência contra as pessoas com deficiência decorrente do isolamento social: eis que o acesso aos serviços online de denúncia geralmente não incluem acessibilidade.

 

Em casos de isolamento social, especialmente as mulheres com deficiência, experimentam níveis mais elevados de violência do que os homens com deficiência.

 

Já o direito à informação também foi violado diante da ausência de acessibilidade digital em algumas campanhas de combate e prevenção da Covid-19.


 

Mais risco de contágio sim!

 

Ainda é importante ressaltar que as pessoas com deficiência estão mais vulneráveis ao contágio pela Covid-19, o que se dá diante de fatores médicos e fatores sociais.

 

A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down aponta alguns dos fatores sociais que comprovam a maior vulnerabilidade desse grupo de pessoas para o contágio pela Covid-19.

 

Dentre tais fatores, destacamos alguns nos parágrafos seguintes:

 

- Uma pessoa com deficiência física que utiliza cadeira de rodas necessita se movimentar tocando as mãos nas rodas, as quais, por sua vez, tocam no chão, sem prejuízo de outras comorbidades ou situações que possam advir dessa condição, como obesidade e o uso de bolsa de colostomia, dentre outras;

 

- Pessoas com espectro autista, assim como pessoas com deficiência intelectual e sensorial, geralmente possuem dificuldades para o uso de máscara, razão pela qual são até mesmo dispensadas de usá-las nos termos do artigo 3-A, parágrafo 7º da Lei 13.979 de 2020;

 

- Pessoas com deficiência visual tocam em tudo para se locomoverem e identificarem as coisas. Já as pessoas com deficiência auditiva fazem sinais que levam as mãos ao rosto para se comunicarem, enquanto as pessoas com deficiência intelectual podem ter dificuldades em entender a noção de distanciamento social;

 

- Pessoas com deficiência podem ter problemas respiratórios. Todas essas pessoas podem ter cuidadores/assistentes próximos que se revezam e pegam transportes públicos.

 

Por isso, é preciso lutar para a superação das barreiras que ainda impedem uma vida para as pessoas com deficiência em conformidade com o postulado da Dignidade da Pessoa Humana.

 

 


Flávia Albaine - Bacharel em Direito pela UFRJ (2008), é Mestra em Direito na Universidade Federal de RO (2021) e especialista em Direito Privado pela UERJ (2016). Atualmente é Defensora Pública do Estado de RO, colunista de educação em direitos da Revista Cenário Minas (desde maio 2018), membro integrante da Comissão de Pessoas com Deficiência e Comissão dos Direitos da Mulher da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (desde julho 2018) e criadora do Projeto Juntos Pela Inclusão Social - www.facebook.com.br/juntospelainclusaosocial/ e @juntospelainclusaosocial

 

Detran.SP orienta condutores a quem recorrer em caso de multas para não perder prazos

Muita gente não sabe, mas não compete ao departamento de trânsito analisar recursos e cancelar infrações registradas por outros órgãos autuadores


 

 

Bastou receber uma notificação de multa para o condutor entender que deve acionar o Detran.SP para recorrer ou acertar as contas. No entanto, trata-se de um engano. Multas de trânsito podem ser registradas por diversos órgãos, como por exemplo: prefeituras municipais, Polícia Rodoviária Federal, DER (Departamento de Estradas de Rodagem), entre outros. O importante é saber a quem recorrer quando se recebe uma Notificação de Penalidade (NP) para não perder prazos e ter eventuais recursos atendidos pelo órgão autuador.

 

A estimativa é que menos de 10% das infrações sejam aplicadas pelo Detran.SP, que é responsável apenas por multas em decorrência de autuações efetuadas pela Polícia Militar, no perímetro urbano. Em geral, as autuações do Detran.SP dependem de abordagem do condutor para serem efetivadas, como, por exemplo, falta de licenciamento, habilitação vencida e embriaguez ao volante. Cabe esclarecer ainda que o departamento não multa por meio de radar, nem autua em rodovias. Conforme determina a legislação federal, cada órgão de trânsito é responsável pelas infrações que registra. 

 

Já as infrações mais comuns, como estacionamento irregular, avanço de sinal vermelho, excesso de velocidade, circulação de outros veículos em corredores exclusivos de ônibus e bicicletas e desrespeito ao rodízio de veículos (no caso da capital), são sempre registradas pelos órgãos de trânsito municipais.

 

Ou seja, na cidade de São Paulo, esses tipos de infrações são fiscalizadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ou também pela Polícia Militar, mas em nome do Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV). Nas estradas e rodovias, as multas, em geral, são aplicadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

 

“É muito importante os condutores verificarem com atenção o cabeçalho da notificação das multas recebidas, pois, em caso de recurso, o motorista pode enviar o requerimento à instituição errada e acabar perdendo os prazos para se defender”, alerta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

 

Prazos para defesa e interposição de recurso

 

Conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a partir da expedição da notificação de autuação, o prazo é de 30 dias para apresentação de defesa prévia e indicação de condutor. E, após a notificação da penalidade, de 30 dias para interposição de recurso em 1ª instância na Jari (Junta Administrativa de Recurso de Infração) e em 2ª instância no Cetran-SP (Conselho Estadual de Trânsito de SP).

 

No caso de multas aplicadas pelo Detran.SP, os recursos podem ser feitos online pelos portais do Detran.SP – www.detran.sp.gov.br e Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br), além do aplicativo Poupatempo Digital. Caso o cidadão prefira, o recurso e a indicação de condutor também podem ser encaminhados via Correios.

 

Os pontos têm validade de 12 meses. Após esse período, não tendo o motorista atingido o limite máximo de pontos no seu prontuário, eles perdem a eficácia para fins de instauração de um processo de suspensão. Desde 12 de abril, a penalidade de suspensão do direito de dirigir passa a ser imposta sempre que o condutor infrator atingir, no período de doze meses, 20 pontos e tenha cometido duas ou mais infrações gravíssimas; 30 pontos e uma infração gravíssima e 40 pontos, caso não tenha nenhuma infração gravíssima ou exerça atividade remunerada. 

Vale reforçar que com a publicação da Resolução do CONTRAN 828/ 2021 em 24 de março de 2021, diversos prazos foram prorrogados por tempo indeterminado como, por exemplo: indicação do condutor e defesa prévia. Isso impossibilita o envio das Notificações de Penalidade (NP). Já o envio das Notificações de Autuação (NA) não foi paralisado e continua sendo feito aos condutores conforme o calendário estabelecido anteriormente.

 

Como fazer uma graduação no Reino Unido?


Atualmente, há mais de 30 mil cursos de graduação e pós-graduação apenas em Londres
Crédito: divulgação

Estudantes interessados em cursar a universidade na terra da rainha precisam seguir uma série de exigências das instituições de ensino superior britânicas


Cambridge e Oxford são as mais famosas, mas o Reino Unido tem mais de 130 instituições de ensino superior com interesse em receber estudantes estrangeiros, inclusive os brasileiros. Espalhadas por quatro países - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte -, essas universidades estão de portas abertas, mas têm alguns critérios de admissão que precisam ser seguidos.

Quatro universidades britânicas estão entre as dez melhores do mundo. São mais de meio milhão de estudantes de fora do Reino Unido frequentando os mais diversos cursos. Brasileiros interessados em ser um deles podem ficar animados, segundo o diretor da GradeUP Intercâmbio Acadêmico e Serviços Educacionais, Leonardo Trench. “O aluno brasileiro está em ótima posição porque as universidades gostam desse perfil. Elas buscam um mix de nacionalidades e, para as instituições, é muito importante ter alunos latino-americanos”, explicou durante o evento “Estudar no Reino Unido is Great", promovido pela Central Press, em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil.

Atualmente, há mais de 30 mil cursos de graduação e pós-graduação apenas em Londres. Durante a graduação, e dependendo do curso e universidade, os estudantes têm a oportunidade de fazer um estágio remunerado durante 6 meses ou 1 ano. Muitos campi têm acomodações destinadas a eles e é obrigatório morar nelas durante o primeiro ano. Assim, cada um pode experimentar uma vivência de integração à comunidade acadêmica, frequentando os espaços esportivos e sociais, e estando mais próximo dos laboratórios e ambientes de estudo.


Passo a passo para fazer graduação no Reino Unido

Estudar no Reino Unido pode não ser caro, ainda mais com uma série de bolsas parciais e integrais sendo oferecidas pelas instituições de ensino. O visto de estudante permite o trabalho até 20 horas por semana ao longo do ano letivo e, para quem estuda em período integral, aproximadamente 40 horas semanais no período de férias. E agora, novos alunos podem estender o post-study visa, que é uma oportunidade para permanecer no país e obter mais experiência de trabalho. No entanto, é preciso cumprir uma série de requisitos. “Cada universidade tem seu processo, mas, em geral, pede-se que os brasileiros cursem o foundation year, que funciona como uma ponte entre o nosso ensino médio e o primeiro ano de graduação deles”, detalha Trench. Algumas, oferecem esse ano de estudos dentro de suas dependências.

Para escapar do foundation year, o estudante pode cursar um ano de faculdade no Brasil ou ainda ter notas suficientes em currículos internacionais, como A-level ou IB Diploma Programme. O IB (Programa Internacional de Bacharelado Internacional) é um currículo de dois anos de duração, normalmente feito nos dois últimos anos do ensino médio e destinado a alunos entre 16 e 19 anos. Com uma abordagem holística, o programa é dividido em seis grupos de disciplinas - o primeiro é o grupo de Estudos de Linguagem e Literatura, onde os alunos cursam a sua língua materna, no caso de muitas escolas do Brasil, o Português; o segundo grupo é o da Língua de Aquisição, onde o aluno pode escolher, entre outras, Inglês, Espanhol ou Francês entre outras; o terceiro é o grupo designado de Indivíduos e Sociedades, com disciplinas como História, Gestão de Negócios, Psicologia ou Geografia; o quarto é o das Ciências Experimentais, com escolhas entre Biologia, Física, Ciências da Computação ou Química; o quinto é o grupo das Matemáticas, com duas modalidades: Matemática Análises e Abordagens e Matemática Aplicações e Interpretações; e o sexto grupo é o das Artes, com ofertas de Artes Visuais, Música ou Teatro.

Além dessas, todos os alunos IB cursam as disciplinas de Teoria do Conhecimento, com intenção de desenvolver o pensamento crítico e CAS (criatividade atividade e serviço), que tem por objetivo desenvolver no aluno valores pessoais e interpessoais por meio de projetos extracurriculares. Também é obrigatória uma monografia para ajudar a desenvolver a pesquisa e escrita científica.

O diretor do Colégio Positivo - Internacional, que aplica o IB Diploma Programme, Pedro Daniel Oliveira, detalha que se trata de um programa educacional reconhecido em mais de 130 países. “O IB Diploma Programme, programa de alta performance e avaliado externamente por educadores internacionais, promove um ambiente que desenvolve a mentalidade internacional, estimula o pensamento crítico e atua no desenvolvimento da compreensão conceitual e das habilidades cognitivas. Além disso, os dados apontam que a taxa de aprovação de alunos IB em universidades do mundo inteiro é substancialmente superior à de alunos regulares”, pontua.

Não é só no Reino Unido que o IB é aceito como vantagem. Quem cursa o programa pode pleitear vagas em universidades em mais de 130 países, incluindo o Brasil. Instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Faculdade Albert Einstein e a PUC Rio têm uma via de acesso que considera a pontuação IB e dispensa o vestibular. Também no exterior, como na Alemanha, Holanda, França e no próprio Reino Unido, alunos IB não precisam participar de outros processos de admissão. “O IB é uma excelente opção não só para quem quer estudar fora, mas também pretende manter a janela aberta para as universidades brasileiras”, afirma Oliveira. 

Antes de sentar-se nos bancos universitários britânicos, porém, o estudante estrangeiro passa por uma avaliação holística. Trench conta que esses estabelecimentos de ensino avaliam vários fatores para escolher seus alunos. Entre eles, as notas do ensino médio, cartas de referência, entrevistas e uma carta de intenção, que explica por que o estudante deseja estudar no Reino Unido e de que forma poderá agregar à sociedade.

Veridiana Ribeiro mora em Londres desde 2010 e trabalha como International Officer para a América Latina na Birkbeck University of London, universidade pública tradicional com quase 200 anos. Com aulas apenas no período da noite, a Birkbeck possibilita que os estudantes sigam suas carreiras durante o dia. Além disso, disponibiliza um departamento inteiro voltado ao desenvolvimento de carreiras. Ela lembra que, além da carta de apresentação e do currículo, é importante também apresentar um teste de proficiência em inglês, como o TOEFL e o IELTS. O ano letivo começa entre setembro e outubro e é preciso ficar de olho nos prazos e nas exigências de cada instituição de ensino.


Contratação errada impacta nos negócios da empresa

Especialista explica que o processo seletivo incorreto interfere no dia a dia da empresa; contratação errada pode gerar problemas não só para a contratante, como também na relação para com os clientes

 

Quando não é bem realizada, a seleção de novos colaboradores pode se tornar um problema para empresas causando, inclusive, prejuízos devido a alta rotatividade de funcionários, processos seletivos ou baixa produtividade. Isso pode acontecer pela falta de critérios sólidos para a escolha do perfil, ou falta de fit cultural entre candidato e empresa, etc.

"A realização de um processo seletivo incorreto pode acarretar várias consequências negativas no futuro para um negócio, inclusive judiciais. Há candidatos muito preparados e experientes em cativar recrutadores”, destaca Thaís Alves, psicóloga da Core Psicologia.

Por ser um dos procedimentos mais importantes para o negócio, a contratação de novos funcionários requer um profissional especializado e capacitado, otimizando tempo e recursos. “A contratação de colaboradores é sempre um risco, por isso é necessário que o recrutador esteja atento a todos os detalhes, principalmente, as habilidades interpessoais – as chamadas softskills, e não apenas ao currículo do candidato.  Afinal, até que o colaborador comece a atuar na empresa, não há garantia de que ele é o talento ideal para a vaga em questão”, reforça a especialista.

A destaca que, com o distanciamento social causado pela pandemia do COVID-19, algumas empresas optaram ao processo seletivo online, abrindo oportunidades para que profissionais das mais diversas regiões possam se candidatar.  “Uma contratação bem realizada envolve muitos aspectos e detalhes”, diz.

Para a especialista, a dica é selecionar com cuidado, critérios bem estabelecidos e cautela. “Para realizar a melhor contratação possível, é necessário definir bem as funções, o prazo da seleção, entender com os possíveis candidatos sobre suas experiências, além de contar com ajuda especializada para otimizar a contratação, pois tem ferramentas para identificar perfis comportamentais, a fim de minimizar possíveis transtornos”, finaliza.

 

Confira alguns impactos de uma contratação ineficaz:


• Impacto na relação com os clientes;

• Queda na produtividade individual e da equipe;

• Custos com a contratação e treinamento do novo colaborador;

• Tempo perdido na contratação e treinamento do novo colaborador;

• Riscos de reclamações trabalhistas;

• Insatisfação e desmotivação na equipe;

• Custos com a demissão.

 

Programa de estudos mostra como se tornar residente permanente no Canadá

A partir do dia 7 de setembro, os brasileiros totalmente vacinados poderão entrar no país


O Programa “Fórmula de Imigração”, da Cebrusa Northgate, empresa que oferece soluções de imigração canadense, está com as inscrições abertas. “O Fórmula de Imigração é um programa com bônus de mentoria que te levará a morar legalmente no Canadá. Esse é o momento certo para quem deseja morar legalmente no país. A partir de setembro, as fronteiras serão reabertas para os brasileiros totalmente vacinados, então chegou a hora de se preparar para isso”, afirma Daniel Braun, fundador da Cebrusa Northgate.

O país precisa receber 1 milhão e 233 mil novos imigrantes nos próximos meses. “Somente com o planejamento certo, entendendo os programas e sabendo os caminhos a serem percorridos, que você pode conquistar o sonho de morar no país com a melhor qualidade de vida do mundo. Migrar com certeza não é fácil, mas com o ‘Fórmula de Imigração’ pode ser simples, você não só entenderá os principais programas e estratégias de imigração, mas receberá o acompanhamento personalizado sabendo qual o próximo passo a ser dado em cada etapa do seu planejamento”.

O programa é acompanhado por uma equipe de especialistas e com supervisão do consultor regulamentado de imigração, Armando Stocco, mostrando várias instruções de como se tornar um residente permanente no Canadá.

 

O que você encontra no Fórmula de Imigração?

- Entendimento dos programas;
- Acompanhamento pessoal;
- Potencialização das chances de imigração;
- Autonomia e precisão no seu plano.

 

O que você ganha de bônus com o Fórmula de Imigração?

- Suporte de toda a equipe nos próximos 36 meses;
- Desde o início da mentoria, o aluno receberá o contato de um condutor de imigração;
- Sessões de mentoria coletivas e individuais.

As vagas para o “Fórmula de Imigração” são limitadas. Para se inscrever, acesse https://seufuturocanada.com.br/oportunidade_blue_tg

 

Vamos falar da violência contra a mulher no ambiente corporativo?

Recentemente, voltaram a surgir nas mídias socias vários casos de agressões domesticas contra as mulheres. Notícias de todos os tipos, como o aumento do feminicídio ou, então, vídeos de agressões envolvendo pessoas famosas.

A violência contra a mulher não é um tema novo. Sempre existiu e, infelizmente, irá continuar a existir. Muitos seres humanos (homens e mulheres) ainda não alcançaram o nível de maturidade onde a agressão deve ser veementemente repudiada, principalmente, dentro dos lares e tendo como testemunhas crianças.

Agora, vamos falar sobre a violência contra a mulher no ambiente corporativo. O início de tudo está no “bias” que as mulheres sofrem no período de contratação. Quantas mulheres, extremamente capazes, não foram contratadas, pois as empresas consideraram que elas estavam em um período “perigoso”, ou seja, idade de engravidarem. Outras vezes, o critério de seleção é realmente machista, além do fato dos headhunters receberem como pré-requisito somente contratarem homens, pois os executivos se sentem melhor atuando com os mesmos.

Outro ponto a ser comentado, é que a mulher ainda recebe salários menores que os homens, mesmo tendo a mesma posição ou nível de responsabilidade. Esta desigualdade ainda existente também e é um tipo de agressão as avessas existente nas corporações, que julgam que mulheres “valem menos” quando comparadas com seus pares masculinos. Fica a pergunta: até quando vamos continuar com este pensamento que a força de trabalho feminino vale menos que a masculina. Segundo o Atlas do Estado Brasileiro de 2017, as mulheres recebem salários menores que os homens em todos os poderes: no Executivo, recebem 24,7% menos que homens, no Legislativo, 12%, e no Judiciário, 6,2%. E mesmo com salários proporcionalmente inferiores nos três Poderes, as mulheres eram maioria nos quadros de servidores públicos no Poder Legislativo (61,1%) e Judiciário (53,15%) em 2019.

Quando a mulher é contratada, muitas vezes, surgem os comentários ou feedbacks maldosos, sejam dos colegas ou dos superiores. Mulheres falam de mais ou são mandonas, são consideradas agressivas por terem uma opinião formada ou são definidas como “difíceis”, pois tendem a falar a verdade sempre (ambientes corporativos são extremamente políticos, e verdades nem sempre são bem-vindas, por mais agregadora que as mesmas sejam). Então, por vezes, inicia-se o processo de assédio moral, seja oriundo do superior imediato (homem ou mulher) contra a subordinada ou o “bullying” dos colegas.

Mais, o pior cenário que uma profissional pode enfrentar é o assédio sexual. Comentários inapropriados, vulgares e até de cunho sexual fazem parte deste processo de degradação que muitas mulheres e profissionais vivem diariamente. Muitas vezes, ficam quietas para não perderem o emprego, já outras vezes buscam o canal de ética da empresa para denunciarem/relatarem o fato ocorrido.

Mesmo procurando o Departamento de Compliance, o dano psicológico já existe e irá persistir por muito tempo, principalmente se esta mulher e profissional não for acolhida. Normalmente, existe uma investigação interna e se o fato provar o ocorrido, existe grande probabilidade de o assediador ser demitido. Tristemente, sem justa causa, pelo simples fato de que a empresa não quer sofrer um escândalo reputacional. Poucas são as empresas que tem a coragem de assumir que uma situação destas ocorre de fato, principalmente, oriunda de um alto executivo e demitir o mesmo por justa causa.

Com a demissão do assediador, existe a sensação de alívio imediato para a vítima. Contudo, esta sensação não é suficiente para compor tudo o que ela passou. Problemas psicológicos existem e, por vezes, situações de Burnout. Fica a questão: Como a liderança reage a tudo isto? Poucas empresas oferecem tratamento psicológico pago para a vítima. Muitas empresas tratam como caso resolvido e vida que segue. A mulher profissional deve continuar a render e ser produtiva como se nada tivesse ocorrido, mesmo tendo sofrendo uma enorme carga de violência emocional e, muitas vezes, até física. Muitos assediadores não aceitam a palavra “não” e partem para atos de tentar agarrar, beijar e tocar a vítima.

Parece que o “não” seduz ainda mais o jogo doentio daquele/daquela que pensa que somente por ter poder, tem o direito de fazer tudo e pensa ser “intocável”. Afinal, tenho uma posição alta, amigos na matriz, minha chefia me apoia o tempo todo e ainda sou um “rising star”. Ninguém mexe comigo, pensam muitos assediadores.

Neste momento, acredito que os Departamentos de Recursos Humanos e Compliance deveriam ter um papel mais ativo para acolher a vítima, após ter sido cumprido um dos pilares essenciais de um Programa de Compliance: investigações internas. As empresas que possuem programas de Compliance possuem politicas sobre relatos e consequências, assim como protocolos de investigação, mas falta ainda um procedimento sobre o que deve ser feito depois. Perguntas ainda não foram respondidas de forma transparente pelas empresas, tais como: Será que a profissional poderá continuar a trabalhar normalmente? Não seria o caso de se conceder um período de descanso? O apoio psicológico será pago pela empresa? E as eventuais medicações a serem tomadas também serão arcadas pela empresa? Esta profissional deve sofrer o mesmo tipo de avaliação de desempenho que as outras colegas que não sofreram assédio sexual?

Enfim, faltam muitas lacunas a serem preenchidas para a proteção da mulher contra a violência corporativa. Acredito que seja o momento de levantarmos este tema com muita atenção e empatia. Compliance e Recursos Humanos juntamente com a Alta Direção das empresas devem tomar a frente em relação a esta mudança de “mindset” ainda existente. Ressalto ser muito importante que existam mais ações como aconteceu em 2019, quando o conselho do McDonald’s demitiu publicamente seu presidente mundial por manter “casos extraconjugais” com funcionárias desta empresa, nem todas de forma “consensual”.
Vamos realmente torcer para que possamos ter mais bons exemplos como o retro mencionado, uma vez que tal decisão demonstra que a empresa realmente caminha o que fala em relação aos seus valores definidos em seus respectivos Códigos de Ética/Conduta. Falta apenas a resposta: como as funcionárias assediadas sexualmente foram acolhidas pelo McDonald’s após a referida demissão.

 


Patricia Punder - advogada é compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil).


Jogos Olímpicos Pautados em Inovação e Sustentabilidade

Quem não se lembra da impressionante abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 que contrastou  destaques do meio ambiente? Com certeza foi um verdadeiro show de exuberância. Observamos cenas deslumbrantes da biodiversidade brasileira (florestas, biomas, índios e outras culturas) e a materialidade de gestos marcantes, como os atletas de todas as delegações carregando uma muda de árvore nativa, as quais, futuramente, seriam plantadas em uma área degradada, surgindo uma nova floresta.

Essas referências marcaram os Jogos Olímpicos Rio 2016 e como parte das jovens lideranças ambientais do Brasil, fui um dos representantes para conduzir a chama olímpica do revezamento da tocha na região de Santos, local em que cresci e conquistei importante marcos na minha carreira profissional. Trata-se de uma região marcada por questões ambientais. Como é o caso de Cubatão, no estado de São Paulo, que ficou conhecida como a cidade mais poluída do mundo. Depois de um longo processo de recuperação, ganhou o título da Organização das Nações Unidas (ONU) de Cidade Símbolo Mundial de Recuperação.

No início, quando recebi uma ligação telefônica do Comitê Olímpico informando que havia sido selecionado por meio de meu histórico na área, não imaginava a grandiosidade da ação. Foi muito bem organizado e perfeito. Atualmente, a tocha que conduziu a chama Olímpica junto com o certificado de condutor oficial está exposta na sala de reuniões da empresa líder em gestão ambiental, Ambipar, da qual faço parte como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Como Embaixador Ambiental da ONU, por meio de minhas iniciativas ambientais, tenho a certeza de que a participação de pessoas protagonistas de diversas áreas – meio ambiente, o social e o empreendedorismo – foram de suma importância para contar a história de nosso país durante as Olimpíadas de 2016, não só no esporte, mas em diversos segmentos.  Agora, em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, as ações pautadas pela sustentabilidade terão continuidade, levantando uma forte bandeira de inovação e preservação ambiental. Uma das iniciativas é a fabricação da Tocha Olímpica a partir de alumínio, metal utilizado na construção de casas após o Tsunami de 2011, que destruiu cidades do Japão. Outro exemplo é a coleta de celulares, tablets, monitores e computadores em desuso que serviram para extrair ouro, prata e cobre para a produção das medalhas.

Um dos destaques do exemplo de sustentabilidade nas Olimpíadas de Tóquio são os pódios, feitos a partir de plástico reciclado. Os materiais foram coletados em campanhas que incentivaram as pessoas a doarem plásticos domésticos. A ação durou cerca de nove meses e, além da população, contou com a participação de rede varejistas e escolas do Japão. Ao todo, foram 24,5 toneladas de plásticos reciclados, suficientes para a fabricação dos pódios Olímpicos.

Não podemos esquecer das iniciativas de compensação de carbono, apoiada no pilar de crise climática. O Comitê Organizador dos jogos Olímpicos de Tóquio estima que o evento emitirá cerca de 2,73 milhões de toneladas de CO². O índice é ainda menor do que o normal, já que não terá participação do público, reduzindo emissões causadas por viagens, hospedagens, geração de resíduos e outros impactos.

Para compensar toda a pegada de carbono das Olimpíadas, após a realização de todos os jogos, serão calculadas quantas toneladas de CO² foram emitidas e a compensação virá através do uso de 100% de energia renovável. Por meio da aquisição de certificados de energia verde, o Comitê irá gerar créditos de carbono, a partir da transformação de energia não renovável em energia renovável.

As ações pautadas pela sustentabilidade nas Olimpíadas são baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e trazem à tona as cobranças em relação às iniciativas verdes que atendem aos indicadores ambientais do ESG (Environmental, Social, Governance). Assim como a preocupação existe no setor privado, os países são pressionados a realizarem práticas a partir de condutas cada mais sustentáveis, não só pela imagem e reputação, mas pelas ações em prol do meio ambiente e pela luta contra o aquecimento global.

Para o futuro, podemos esperar que os próximos jogos olímpicos continuem levantando a bandeira da sustentabilidade e que as iniciativas sejam feitas em conjunto, tanto por instituições públicas como as privadas. Afinal, a nova tendência do planeta é a preservação ambiental e a geração de créditos de carbono, a partir de redução ou remoção de emissões e o ESG como essência.

 

 

Referências:

https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2021/07/19/jogos-olimpicos-de-2021-as-iniciativas-verdes-do-evento-que-acontece-em-toquio.ghtml

https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/com-quase-25-toneladas-de-plastico-toquio-2020-criara-podios-com-material-reciclavel.ghtml

https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/comite-dos-jogos-olimpicos-de-2020-lanca-tocha-em-evento-em-toquio.ghtml

 

Especialista dá 6 dicas para escapar das armadilhas de consumo

Técnicas de vendas elaboradas induzem ao consumo por impulso e comprometem planejamento financeiro


Em um momento de crise econômica, em que o endividamento atinge 70% das famílias brasileiras, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), fazer um planejamento financeiro adequado e mudar hábitos de consumo são decisivos para tentar quitar os débitos.

O especialista em marketing e planejamento financeiro Hilton Vieira explica que adotar o consumo consciente é o primeiro passo para se livrar das dívidas. “Não adianta fazer um orçamento especificando despesas e ganhos e fazer planilhas se a pessoa não mudar a sua relação com o consumo”, explica.

Vieira conta que entender as armadilhas que tentam fazer a pessoa consumir é fundamental para fugir de compras por impulso que comprometem o planejamento. “Alguns gatilhos induzem as pessoas a consumir sem pensar. Um deles é o do compromisso. Um estudo de 1975 mostrou que quando as pessoas se comprometem com algo, elas se sentem na obrigação de cumprir aquilo. Evite se comprometer em comprar algo. Pense e pesquise antes de decidir sobre uma aquisição”, ensina.

No gatilho da prova social, os consumidores tendem a agir no efeito manada, comprar algo sem entender bem o motivo. “Ele também é conhecido como o gatilho dos testemunhais, se seus amigos compraram, então você compra sem nem saber o que está comprando porque acredita que o produto deva ser bom”, explica.


Vendedores utilizam técnicas que induzem cliente
a comprar mesmo sem que ele tenha necessidade

Depositphotos


Vieira conta que vendedores têm táticas muito bem definidas para ‘empurrar’ um produto. “A reciprocidade é um mecanismo perigoso. Amostras grátis ou um produto para experimentação induzem o consumidor a retribuir a ‘gentileza’ comprando o produto oferecido. As pessoas não querem ficar devendo nada para ninguém, então acabam comprando algo para se verem livres daquilo que consideram como uma dívida moral”, diz.

Outra tática comum adotada por lojas é a da escassez. “Desconfie quando a pessoa diz, por exemplo, que só existem mais três produtos no estoque e que você pode perder uma chance de ouro. O mesmo acontece com promoções que acabam em poucas horas. As pessoas caem por medo de perder o negócio, mas nem sempre precisam daquele produto”, completa.

Vieira cita outra tática comum utilizada por vendedores para ganhar o consumidor. “As pessoas fingem gostar de você pra poder te vender alguma coisa. Isso acontece pela identificação, quando a pessoa busca estabelecer uma relação com você. Outro gatilho que costuma impulsionar vendas é o da autoridade: pessoas que projetam uma imagem externa de prosperidade tendem a receber a atenção ou escolha do consumidor porque as pessoas julgam pela aparência, não pelo conteúdo”, diz.

Segundo o especialista, ao conhecer os mecanismos de venda, a pessoa tem mais chance de escapar de compras desnecessárias e por impulso. “O momento da compra de um produto ou serviço tem que ser um momento de reflexão. É preciso considerar se o consumo é, realmente necessário, se é urgente e se há recursos disponíveis para a compra, sem comprometer o orçamento. Se a pessoa parar para analisar a situação, dificilmente cairá nas armadilhas que comprometem ainda mais o orçamento”, finaliza.

 


Hilton Vieira - especialista em marketing e planejamento financeiro

 

27 de julho é o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho

A data marca a luta dos brasileiros por melhores condições de trabalho

 

27 de julho é marcado pelo Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho. A data marca a luta dos brasileiros por melhores condições. Entre as doenças relacionadas ao trabalho, está a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, cerca de 35% dos casos de perda auditiva acontecem por exposição excessiva a ruídos e uma das principais causas são relacionadas a doenças ocupacionais. E até mesmo o alto estresse pode levar à surdez. Entre as profissões com mais risco, estão: trabalhadores da indústria, construção, metalmecânica, pessoas que trabalham em aeroportos, restaurantes, boates e radialistas.  

 

Gilvânia Barbosa, fonoaudiólogo e especialista em audiologia da clínica Microsom, ressalta que a surdez parcial ou total ocorre pela exposição a ruídos por várias horas. “O trabalhador fica exposto ao nível de pressão sonora acima de 85 decibéis (dB)”, explica o especialista. 

 

A fonoaudióloga alerta para os sintomas: "Os profissionais precisam estar atentos se estão com zumbido, dificuldade para compreender a fala, tonturas, dores de cabeça, alteração no sono, intolerância a sons e até perda da capacidade de identificar origem de fontes sonoras”. 

 

Barbosa ressalta que quando há percepção dos sinais da perda auditiva, é importante buscar ajuda imediata de um profissional, pois, infelizmente, esse tipo de surdez pode ser irreversível  na maioria dos casos. “Por isso, pessoas que estão expostas a ruídos sonoros  diariamente precisam fazer o exame de audiometria preventivamente para avaliar a audição”, afirma a especialista em audiologia.  


 

Estresse 

De acordo com a fonoaudióloga, até mesmo momentos de muito estresse podem levar à  perda auditiva. Por isso, é importante também cuidar da saúde mental.  “O zumbido pulsátil, também conhecido como um ruído rítmico, pulsa no ouvido do paciente seguindo os mesmos batimentos cardíacos. Então, quando a pessoa tem um pico de estresse pode alterar a pressão e a via auditiva fica comprometida. Dessa forma, o zumbido tende a aumentar, esse é um tipo de perda súbita”, explica.  


 

EPIs 

Gilvânia também alerta para o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Os itens de segurança podem proteger a saúde auditiva do trabalhador. Além disso, é dever do empregador fornecer os EPIs adequados para a cada atividade”, conclui. 

 

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