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terça-feira, 13 de abril de 2021

Pediatra dá dicas para volta às aulas com segurança

 É necessário que a família se prepare para o retorno das aulas presenciais nas redes pública e privada


Desde o final de janeiro uma briga entre as esferas políticas e jurídicas tem causado grande confusão, ora liberando o retorno das aulas nas redes pública e privada do estado de São Paulo, ora proibindo a reabertura. Agora escola é serviço essencial.

Dr. Paulo Telles, pediatra da SBP, destaca a importância de levar em consideração estudos e pesquisas sobre o efeito nocivo da falta das aulas presenciais nas crianças de todo o país. "Infelizmente, o assunto passou da esfera técnica de educação e saúde para a esfera política e jurídica", destaca.

O pediatra lembra que, novamente, o Brasil vai amargar no ranking do país com mais tempo de escolas fechadas e que o investimento na primeira infância não é a prioridade de algumas esferas da sociedade. Dr. Paulo Telles ressalta o respeito e a admiração à grande maioria dos professores que, durante a pandemia, trabalharam muito e desejam o retorno às escolas com segurança. "Vejo o governo de SP e seu secretário de educação, Rossieli, lutando pelas crianças, tentando melhorar a situação e se baseando sempre em ciência para ajustar seus protocolos, mas não podemos deixar que problemas de governos anteriores, que talvez nunca tenham priorizado os professores e a educação, sigam atrapalhando a volta às aulas em um momento tão delicado", critica Dr. Paulo.

Estudos comprovam que o isolamento social, falta de escola aumentou entre as crianças depressão, ansiedade, obesidade, auto flagelação, violência doméstica, acidentes domésticos, gravidez na adolescência, taxa de suicídio, taxa de evasão escolar, e sem dúvidas perdas no desenvolvimento infantil que jamais serão revertidas.

O risco de contaminação existe e não deve ser ignorado, em especial aos que dependem do transporte público, mas não é uma exclusividade dos professores. "Todos os que saem de casa desde o início da pandemia correm esse risco: médicos, enfermeiros, auxiliares, motoristas, cobradores, policiais, bombeiros, caixas de supermercado, comerciantes, farmacêuticos, enfim, todos os que lutam para sobreviver e manter seus empregos e a sociedade em movimento se expõem de alguma forma."

Dr. Paulo lembra que, desde setembro, cerca de 1,7 mil escolas do estado abriram sem que houvesse algum caso de transmissão nesses ambientes.

"O caminho é este: deixar escolas abertas e fechar, se preciso, os demais serviços. Com protocolos, a taxa de transmissão nas escolas é baixa. Vale lembrar que ao investir na educação estamos investindo no futuro do país, e estamos precisando muito disso, quem sabe assim mudamos nosso rumo como nação", diz Dr. Paulo, que indignado pergunta o que justifica manter escolas fechadas e outros inúmeros estabelecimentos abertos.


Dicas para um retorno seguro

Dr. Paulo Telles também deixa algumas dicas importantes para pais, professores e cuidadores sobre o retorno à vida escolar:

- Distanciamento físico - distanciamento de 1,5m entre as pessoas, com exceção das crianças da educação infantil.

- Higienização de ambiente e mãos: antes de cada turno, as salas devem ser bem limpas e, os banheiros, a cada 3h, além de na abertura e fechamento unidade.

- Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70% ao entrar e sair da escola, ao mudar-se espaço e antes das refeições.

- Incentivar a lavagem de mãos/ higienização com álcool em gel após tossir, espirrar, usar o banheiro, tocar em dinheiro, manusear alimentos, manusear lixo ou objetos de trabalho compartilhados, tocar em superfícies de uso comum, e antes e após a colocação da máscara.

- Barreiras: uso de máscaras para menores de 2 anos: não recomendadas. De 2 a 5 anos: incentivar o uso com supervisão constante e se a criança bem adaptada. 6 a 10 anos: incentivar o uso. Maiores de 10 anos e adultos: obrigatório!

- Bolhas: são os grupos de alunos, professores e funcionários que estarão em contato direto no mesmo ambiente, sempre e somente, entre si. Não permitir que pais ou familiares entrem na escola.

- Ventilação: manter salas, bibliotecas e demais espaços sempre abertos e bem ventilados.

- Monitoramento e identificação dos suspeitos. Orientar muito bem sobre sintomas suspeitos, quando afastar e investigar.

- Treinamento de toda equipe e funcionários da escola.

 



Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles - • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


Empreender na crise é possível, mas exige cuidados

Toda crise gera uma necessidade que, se vista e analisada de forma positiva, pode virar oportunidade aos que tem perfil empreendedor. A pandemia do novo Coronavírus virou o mundo de cabeça para baixo, onde o efeito surpresa e a incapacidade de uma preparação rápida prejudicou o funcionamento de diversas empresas. Apesar disso, já podemos notar alguns sinais com perspectivas muito positivas para uma mudança desse cenário, especialmente graças a ações empreendedoras.

Abrir o seu próprio negócio e encontrar uma nova fonte de renda foi a solução buscada por muitos brasileiros para driblar essa crise econômica. Na primeira semana de janeiro, o Ministério da Economia já havia registrado 11,1 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) formalizados no Brasil, 1,8 milhões a mais do que o mesmo período do ano passado.

O mercado de trabalho nunca ficará saturado, existem oportunidades para todos e em diversos segmentos. Empreender neste momento de crise pode ser uma ótima opção -mas para isso, não há espaço para conformidades. O cenário é marcado por grande competitividade corporativa, e para se destacar, algumas dicas podem fazer toda a diferença.


  1. Veia empreendedora

O sucesso de um empreendimento está sujeito a diversas influências do mercado – muitas deles incapazes de serem controladas. Mas uma coisa é certa: ter uma veia empreendedora é um fator indispensável para lidar com essas adversidades da melhor forma.

Um bom empreendedor é um inconformado natural, aquele que não se acomoda e, mesmo com todas as dificuldades, busca sempre resolvê-las sem se deixar cair. É importante olhar para o mercado, avaliar suas demandas e o que você pode oferecer de inovador e que, de alguma forma, agregue valor ao seu público.


  1. Ter um bom contador

Abrir um negócio envolve gastos – e muitos por sinal. Diante de tantas decisões financeiras importantes a serem tomadas, um bom contador é o ajudante ideal para esta tarefa, pois a escolha do ponto tem impacto em razão da atividade, a definição do regime tributário em função ao mercado que irá atender, conhecer e entender os custos para formação de preço tem ligação direta com a sustentabilidade e lucratividade da empresa.

O contador é o profissional de gestão mais próximo ao empreendedor. Suas experiências e conhecimentos são a chave para orientá-los nessa jornada, não somente para agilizar e facilitar o processo – mas principalmente para trazer segurança e todo apoio necessário na tomada de decisões.

É como se fosse um clínico geral do mundo contábil, que irá analisar o funcionamento do mercado no qual o empreendedor deseja entrar, suas características e exigências, e apontar o melhor direcionamento a ser seguido.


  1. Escolha da atividade

Todas as atividades econômicas que podem ser exercidas no Brasil são categorizadas e classificadas, englobando a chamada Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Ao abrir uma empresa, é necessário avaliar em qual dessas categorias seu negócio se enquadra, uma vez que cada uma delas possui uma tributação específica que influencia diretamente no recolhimento de impostos pela Receita Federal, além de outros incentivos fiscais, e aqui temos novamente a figura do contador como parceiro importante no processo de decisão.


  1. Regime tributário

A escolha do melhor regime tributário é uma das mais importantes para a abertura da sua empresa, uma vez que impacta diretamente no preço e estratégia da organização. Ele nada mais é do que um sistema de cobrança que estabelece os impostos que a sua empresa deve pagar para o governo, e assim como as atividades, vai variar de acordo com o tipo, faturamento e tamanho do negócio.

Atualmente, existem quatro tipos de regimes de tributação que podem ser adotados pelas empresas:

  • Simples Nacional - ideal para empresas com receita bruta de até R$4,8 milhões. As grandes vantagens desse regime são: recolher impostos através de guia única - DAS (uma vez que há a união de oito impostos e contribuições); Imposto de Renda da pessoa jurídica e, em alguns casos, INSS patronal. Preferência desta modalidade em desempate de licitações e não ter a obrigatoriedade de contratar Jovem Aprendiz. Nessa modalidade a tributação é determinada de acordo com a Atividade Econômica e o anexo de enquadramento no Simples, que são 5 anexos que possuem alíquotas distribuídas por faixa e que são calculadas de forma progressiva, por isso é importante ter um contador no processo de abertura ou desenvolvimento da empresa para entendimento da tributação.
  • Lucro Real – Algumas empresas são obrigadas a optar por esse regime em razão da atividade que exercem (como instituições financeiras, por exemplo) ou por possuírem receita bruta superior a 78 milhões, no entanto é uma opção disponível para qualquer empresa. O Lucro Real normalmente é vantajoso para empresa com reduzidas margens de lucro ou com prejuízo, possui mercadorias no regime de substituição tributária e tem o custo de operação alto.
  • Lucro Presumido – para as empresas que adotarem o regime do Lucro Presumido, o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) têm por base uma margem de lucro pré-fixada pela lei. As margens de lucro presumidas são basicamente 8% para atividades de industrias e de comércio, e de 32% para atividades de serviços, existem algumas exceções, por isso é muito importante consultar um contador.  O Lucro Presumido pode ser vantajoso para empresas que possuam Margens de Lucro superiores as da presunção, que tenham poucos custos operacionais e que tenha uma folha salarial baixa, ainda assim é necessário verificar se o Simples Nacional não oferece mais vantagem comparado a este enquadramento.
  • MEI – o Microempreendedor Individual é voltado para autônomos que decidiram formalizar o seu trabalho e possuem uma receita bruta, em média, de R$ 6.750 mil por mês. As vantagens estão em menor burocracia para abrir e fechar a empresa, poder emitir Nota Fiscal, ter acesso a linhas de crédito e a benefícios do INSS, como auxílio-doença ou auxílio-maternidade, possui isenção de impostos federais e redução de taxas e custos. O MEI paga ao município o valor simbólico de R$ 5,00 como Imposto Sobre Serviços (ISS), além do módico valor de R$ 1,00 ao Estado, cobrindo-se o Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS). Fora isso, paga-se um percentual de 5% sobre o salário-mínimo, todo mês, para custear o INSS, o que faz com que o custo mensal de tributos seja bem pequeno.

Cada dos regimes tributários possui regras e impactos bem distintos, por isso, contar com a ajuda de um contador é um recurso extremamente valioso. Seus conhecimentos e experiências contribuirão para a escolha ideal de acordo com a área de atuação do seu negócio e o momento da sua empresa.


  1. Plano de Negócios

Por último, mas não menos importante, ter um plano de negócios é uma ótima estratégia de organização que permitirá que você tenha claro em sua mente todas as questões que envolvem o funcionamento da sua empresa: quem é seu público; suas fontes de lucro e despesas; atividades chaves e proposta de valor, como exemplo.

O Canvas é o modelo mais comum, simples e prático que existe no mercado. Seu diagrama possui nove blocos formando um quadro, com todos os espaços fundamentais a serem preenchidos com as informações da sua empresa. Dessa forma, fica muito mais fácil saber sua situação atual, onde deseja chegar e, principalmente, como conquistar seus objetivos.

Ter seu próprio negócio não é uma tarefa fácil, e exige grande planejamento. Mas ao tomar todos esses cuidados, pode ser a grande saída para muitos profissionais que tiveram grandes prejuízos financeiros durante a pandemia. Existe uma saída, e o planejamento bem estruturado apoiado e subsidiado com ajuda de um contador experiente e qualificado também em gestão com certeza oferecerá todo o apoio necessário para a conquista de seus objetivos.

 


Regina Fernandes - perita contábil, trainer em gestão, mentora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PMEs do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital. 

 

Capital Social

https://capitalsocial.cnt.br/ 


RCS: a evolução do mercado de mensageria

O RCS (Rich Communications Service) é um protocolo de comunicação entre operadoras de telefonia móvel que tem o objetivo de oferecer um sistema de mensagens de texto muito mais completo, que forneça conteúdo multimídia.

A tecnologia trouxe um novo padrão de comunicação digital para o mercado, permitindo que empresas e pessoas se comuniquem de forma mais simples e eficiente. Ele funciona de forma similar ao SMS, porém com mais recursos para que a experiência do usuário seja muito mais interativa e personalizada.

Criado pela Associação Mundial das Operadoras (GSMA), hoje, conta com toda a expertise da gigante Google. A proposta do RCS é permitir que as marcas consigam personalizar e atestar a autenticidade de suas comunicações através do logotipo e selo de verificação, que agora pode ser inserido diretamente na mensagem. Na prática, as vantagens vão muito além. O RCS aceita recursos multimídia, como imagens, vídeos, áudios e gifs, tornando a comunicação mais leve e atrativa.

Interação fácil é o grande destaque da ferramenta. O usuário consegue responder com apenas um clique, escolhendo rapidamente entre as opções sugeridas pelo remetente. Isso permite que as marcas desenhem experiências completas e estimulem ainda mais o engajamento. Além disso, as taxas de conversão são altas e os relatórios de envio e leitura são bastante completos.

As vantagens não são só para quem envia as mensagens, mas também para quem as recebe. O usuário pode interagir, respondendo apenas com alguns cliques nas opções pré-programadas, tudo de forma automatizada, sem a necessidade da intervenção humana. Com isso, o nível de engajamento costuma ser maior, podendo ter resultados até cinco vezes melhor que um SMS.

Boa parte desse sucesso é creditado ao fato de que o consumidor consegue identificar rapidamente quem é a empresa que está enviando a mensagem e sua política de privacidade. Outra questão é que a navegação é embarcada, não ocorrendo o tradicional envio de um link que direciona o cliente para outra página – que normalmente tende a despertar desconfianças sobre possíveis fraudes.

Essa tecnologia está abrindo as portas para um novo formato de comunicação, mais dinâmico, interativo, atrativo e confiável. Ela chega para ampliar o leque de soluções de comunicação digital, permitindo o desenvolvimento de experiências mais completas, independentemente do perfil da empresa ou do objetivo da comunicação. As marcas que já estão criando ações com o RCS estão caminhando a passos largos para construir uma conexão mais direta e de muito mais fidelidade com seus clientes.



Bernardo Borzone - diretor de receitas responsável pelas áreas de Customer Success, Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


Desigualdade salarial entre homens e mulheres pode render multa a empresas

Pode parecer incrível, mas em pleno ano de 2021 mulheres ainda recebem salários menores do que homens para exercerem a mesma função simplesmente por serem mulheres. No entanto, essa máxima, além de verdadeira – e de se juntar ao rol de várias outras formas de discriminação ainda cristalizadas em nossa sociedade – foi o mote para a aprovação do projeto de lei que prevê multa para empregadores que pagarem salários diferentes para trabalhadores e trabalhadoras em mesmo cargo e com mesma qualificação. O PL 130/2011 passou pelo Senado no dia 30 de março e aguarda, agora, a sanção do presidente Jair Bolsonaro. 

O projeto modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), à qual acrescenta um terceiro parágrafo ao artigo 401. O artigo determina que: “considerar sexo, idade, cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional importará ao empregador multa em favor da empregada correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação”. Na prática, as empresas que remunerarem desigualmente as trabalhadoras terão que pagar multa correspondente a até cinco vezes a diferença salarial para os homens. A cifra deve ser, ainda, multiplicada pelo período de contratação, até o limite de cinco anos.

A conquista, fruto de um projeto de lei que tramitou por 10 anos no Congresso, foi comemorada pela bancada feminina no Senado. A líder, Simone Tebet (MDB-MS), ressaltou que a disparidade salarial de gênero no Brasil chega a absurdos 25%, ou seja, uma mulher recebe três quartos do salário de um homem com a mesma qualificação e posição em algumas situações. "O nome disso é discriminação. Vergonhosa, imoral e inconstitucional. Hoje, o que o Senado faz é honrar as mulheres brasileiras, não só porque somos maioria, mas porque somos iguais", apontou.

Mais escolarizadas e menos reconhecidas

O problema da desigualdade salarial entre gêneros é histórico. Mulheres, ainda que mais escolarizadas, sempre receberam menos do que os homens. E isso que a prática é proibida desde 1988 pela Constituição brasileira.

Além disso, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas têm mais diplomas superiores, com 25,1% contra 18,3% de homens com graduação na faixa etária de 25 a 34 anos. Ainda assim, elas têm menos inserção no mercado: apenas 54,6% das mulheres entre 25 a 49 anos, com filhos menores de três anos, estavam empregadas em 2019; homens na mesma condição eram 89,2%.  “Temos consciência de que a discrepância salarial de gênero tem profundas raízes sociais e culturais e que a mudança legislativa é incapaz, individualmente considerada, de eliminá-la. No entanto, nessa luta da mais elevada Justiça, qualquer contribuição positiva é válida”, conclui o relator do projeto, o senador Paulo Paim (PT-RS).

Com a mudança na CLT, a intenção é dar uma proteção legal às trabalhadoras para que elas possam assegurar seu direito de receber o mesmo que os colegas homens. O desafio, após a sanção da lei, será fiscalizar a aplicação nas empresas. “A paridade salarial é uma grande vitória, mas ainda precisará de muita luta para que seja garantida na prática”, comenta a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, Solange Caetano. 


Nem sempre a cultura é preponderante no processo de imigração

 A legislação do país de destino deve sempre ser observada para evitar situações pitorescas


Muitas pessoas, quando resolvem consultar determinada legislação, tendem a ler só um trecho da lei e formar uma ideia na cabeça que não é o contexto geral. Segundo Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional e sócio do escritório Toledo Associados, é preciso interpretar o texto inteiro para entender o contexto. “É importante entender o que se pretende fazer, o que é possível e o que é encaixado em cada situação para atingir o objetivo da maneira correta”, ensina.

Ele conta que, recentemente, foi procurado por um cidadão de Dubai que desejava imigrar para os Estados Unidos. Ele foi indicado por um casal de brasileiros — cujo marido trabalhava em sua empresa nos Emirados Árabes Unidos — descendente de italianos que imigrou para a América há cerca de quatro anos utilizando o visto E2, autorização temporária que permite que empreendedores estrangeiros morem nos EUA investindo uma quantia substancial em um negócio no país, seja ele novo ou já existente.

Seria um atendimento corriqueiro se não tivesse ocorrido uma peculiaridade nessa conversa. Segundo Toledo, o cliente comentou que tinha conversado com outro escritório que indicou processo para visto EB5, outra modalidade de visto para investidores que pretendem gerar empregos nos Estados Unidos. “Expliquei sobre as cautelas de escolher bem o centro regional, as mudanças relacionadas às TEA (Target Employment Areas) ou Áreas de Emprego Alvo e a dúvida surgiu quando ele me falou um termo no plural”, conta. “Eu imaginei que, por ele falar a língua árabe, houve um erro quando ele pronunciou “my spouses”. Achei estranho e questionei quem viria com ele. O cliente confirmou que viriam seus seis filhos e suas três esposas”, completa.

O advogado destaca que, embora a cultura e religião dos países árabes permitam múltiplos casamentos, nos Estados Unidos é considerado poligamia, de modo que não é permitido aplicar no formulário de imigração três esposas. “Existem algumas exceções em que é possível incluir alguma pessoa que tenha uma dependência maior do titular, mas neste caso específico não é possível fazer isso”, adverte.

A legislação americana é muito clara quanto a essa questão. Um trecho da Lei informa que “ter vários cônjuges de qualquer tipo ou número é ilegal nos Estados Unidos”, ou seja, não é permitido aplicar um processo de visto para todos eles. “O que eventualmente pode ser feito é o titular solicitar um EB5, colocar uma das esposas e validar o casamento na Imigração dos Estados Unidos, bem como incluir todos os filhos mesmo sendo de mulheres diferentes”, explica Toledo.

Toledo comenta que, no final da conversa, esse cliente deixou claro que a intenção dele não é imigrar para os Estados Unidos com as três esposas, mas dar aos filhos a oportunidade de fazer a high school, posteriormente cursar uma faculdade e continuar a profissão deles dentro dos Estados Unidos já com o Green Card na mão, “o que é perfeitamente possível se ele aplicar como titular, para uma das esposas e para os filhos”, finaliza o advogado.

 

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito Internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 95 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB santos

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


Especialista do mercado financeiro ensina a evitar golpes

A promessa de renda fácil e lucros altos é tentadora e sempre acaba atraindo pessoas dispostas a investir o dinheiro poupado durante toda uma vida em ‘oportunidades’ que nada mais são do que verdadeiros golpes. Estelionatários são criativos e montam diversas armadilhas para capturar suas vítimas. E, no atual cenário econômico, com investimentos pouco rentáveis, encontram solo fértil para emplacar seus golpes. “Queremos sempre o caminho mais fácil, para obter lucros altos, aposentadoria aos 40 anos, tudo sem esforço. Milagres não existem. Fuja da futurologia de tantos consultores. Como se tivessem bola de cristal, eles “preveem” quanto será a inflação, como se comportará a Bolsa, quais empresas vão explodir. E isso não é possível, pois o mercado é dinâmico. Eles se aproveitam do estado emocional e do desejo que temos de crescer”, afirma o gestor de riscos e especialista em planejamento financeiro Hilton Vieira.

O especialista explica que existem gatilhos mentais usados pelos golpistas para fazer os investidores caírem em suas propostas, pois por mais consciente e racional que as pessoas possam ser, a grande maioria das ações são tomadas baseadas na emoção. Com base nisso, os estelionatários usam as mais diversas ferramentas para manipular o investidor.

A Prova Social é um desses gatilhos. Testemunhos falsos, seguidores no Instagram e inscritos no YouTube não são fatores que devem gerar confiança. “Não confie naquela famosa “dica do amigão”. Não é porque muitos estão fazendo que a prática é realmente ética, honesta e possui resultados efetivos”, diz Vieira.

A Autoridade, quando o golpista se coloca como um grande especialista no assunto, mas não apresenta embasamento a não ser suas publicações e propagandas. Esse é um outro gatilho. "Não se deixe influenciar por casas, carros e roupas caras. Isso não embasa conhecimento e credibilidade", alerta o especialista.

Tem ainda a Escassez, quando a oportunidade de aplicar naquele investimento é única, com poucos participantes, e a Novidade, um tipo de investimento revolucionário, jamais visto.

O especialista orienta pesquisar a credibilidade de quem está
indicando o investimento para evitar cair em golpes

Para escapar dos golpes, segundo Vieira, é preciso pesquisar sobre a credibilidade do consultor ou de quem esteja indicando o investimento. Quais são seus clientes, seu histórico de resultados, se pertence a alguma instituição séria e consolidada. “Não acredite nos “atalhos” que você vê na internet ou que são indicados pelos seus amigos. Quando aparece uma verdadeira “barbada”, muito exclusiva, abra o olho, quase sempre é golpe. Procure saber o que os veículos de comunicação sérios e os verdadeiros especialistas financeiros estão falando sobre essa “nova oportunidade”, alerta.

Vieira diz que por mais dinâmico que seja o mercado financeiro, as regras para a composição de riqueza continuam as mesmas. “Controle seus gastos, poupe, busque conhecimento com especialistas e veículos de comunicação sérios e consolidados, invista o seu dinheiro de forma inteligente para, no médio e longo prazo, ter bons resultados”, ensina.


Nova lei de licitações pretende regular, agilizar e trazer mais segurança jurídica às compras governamentais

O advogado Fernando Forte, do escritório Tardioli Lima Advogados, lembra que a nova legislação tem prazo de dois anos para ser implementada

 

Após anos de espera, foi publicada a nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021). Ela substitui a Lei Geral das Licitações (Lei nº 8.666/1993), a Lei do Pregão (Lei nº 10.520/2002) e parte da norma que trata do Regime Diferenciado de Contratações/RDC (Lei nº 12.462/11). Traz também novos temas acerca das contratações públicas.

Para o advogado Fernando Forte, do escritório Tardioli Lima Advogados, a nova Lei de Licitações trará mais agilidade aos processos de compras governamentais e regulará o funcionamento da máquina pública. “Também traz mais segurança jurídica a esses processos”, opina.

O advogado ressalta que a nova legislação prevê um prazo de dois anos para adaptação às mudanças trazidas. “Agora é acompanhar a implementação e amadurecimento que, certamente, trará impactos tanto para a Administração Pública quanto para os seus fornecedores”.

A seguir, Forte apresenta os principais pontos que acredita ser relevantes e inovadores:

§      Exclusão das empresas estatais e empresas de economia mista à sujeição desta nova norma;

§      Exclusão das modalidades “Convite” e “Tomada de Preços” e surgimento de nova modalidade denominada “Diálogo Competitivo”, que visa “diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades” e restrita a determinadas matérias como, por exemplo, a contratação de empresas para inovação tecnológica ou técnica;

§      Possibilidade de prorrogação do prazo das Atas de Registro de Preços de um ano para até dois anos;

§      Unificação do Registro Cadastral (CRC), que é o registro de fornecedores;

§      Inversão de fases para todas as modalidades: análise da proposta de preços para posterior habilitação;

§      Obrigatoriedade da realização da sessão pública eletrônica;

§      Padronização dos prazos (três dias úteis) para apresentação de impugnações e recursos administrativos;

§      A Dispensa de Licitação teve seus valores aumentados para contratações até R$ 100 mil para obras ou serviços de engenharia ou serviços de manutenção de veículos automotores e até R$ 50 mil para bens e outros serviços, mantendo-se a contratação emergencial dentro deste rol;

§      Novas exigências para habilitação, como por exemplo, apresentação de balanço patrimonial dos últimos dois exercícios;

§      A nova lei deixa claro que, quando a fase de habilitação anteceder o julgamento das propostas e esta já estiver encerrada, não caberá a exclusão do licitante por este motivo;

§      Limitações ao tratamento diferenciado das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte considerando a receita bruta máxima ao enquadramento destas como tal;

§      Duração dos contratos administrativos por até 10 (dez) anos em alguns casos específicos;

§      Rescisão contratual por inadimplência da Administração Pública, dentre eles, pelo atraso no pagamento superior a dois meses contados da emissão da nota fiscal pela contratada;

§      Possibilidade de utilização de meios alternativos de prevenção e resolução de controvérsias: conciliação, mediação, comitê de resolução de disputas e arbitragem;

§      Implementação de gestão de riscos e controle preventivo das contratações por meio de três níveis de linha de defesa mediante a adoção de recursos de tecnologia da informação;

§      Criação do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) para centralização da publicação dos atos administrativos exigidos pela Nova Lei.

 

Programa Amansando o Leão, da FAE Centro Universitário, atende contribuintes com dúvidas sobre Imposto de Renda (IR)

 Para agendar a consulta gratuita para Pessoa Física, é necessário fazer uma inscrição prévia pelo site do programa


Com o objetivo de promover a inclusão social e fiscal de todos os cidadãos, a FAE Centro Universitário realiza, nos dias 10, 17 e 24 de abril, atendimentos gratuitos para os contribuintes que desejam fazer a Declaração de Imposto de Renda – Pessoa Física. Para agendar o atendimento no programa, que foi batizado de Amansando o Leão, é necessário fazer uma inscrição prévia pelo site fae.edu/amansandoleao. As vagas são limitadas. 

Depois de receber a inscrição no site, a equipe da FAE fará uma avaliação dos documentos do contribuinte e, se ele atender aos critérios estabelecidos pelo programa, entrará em contato para agendar o horário. Neste ano, o atendimento será totalmente on-line, via Google Meet, em um dos dias programados (10, 17 ou 24 de abril). Os critérios estão no mesmo site em que será feita a inscrição prévia. 

O Amansando o Leão é uma iniciativa do curso de Ciências Contábeis da FAE Centro Universitário e do Núcleo de Extensão Universitária. Quem procura o programa pode solicitar orientação sobre assuntos fiscais em geral, mas nesta época as informações são exclusivamente referentes ao Imposto de Renda – Pessoa Física. O professor do curso de Ciências Contábeis da FAE e coordenador do Amansando o Leão, Celso José de Oliveira, explica que o trabalho é feito por alunos e professores – uma forma de inserir os estudantes no dia a dia da profissão, na prática. “Um dos objetivos do programa é este: que os estudantes possam vivenciar os atendimentos. Eles recebem treinamento prévio para isso e, enquanto atendem, os professores supervisionam tudo”, explica. 

O programa já está em sua 18ª edição e, até 2019, as consultas e as declarações podiam ser feitas presencialmente, em alguns pontos da cidade de Curitiba e região metropolitana. Mas nos anos de 2020 e 2021, devido à pandemia do novo coronavírus, o processo passou a ser totalmente on-line. A expectativa é que cerca de 100 contribuintes sejam atendidos em 2021. 

 

IR: algumas peculiaridades em 2021

O professor da FAE chama a atenção para algumas peculiaridades do IR. Quem operou na bolsa de valores, por exemplo – independentemente de ter obtido lucro ou prejuízo – precisa entregar a declaração do Imposto de renda. “Tenho percebido nos últimos anos que muitas pessoas, principalmente os jovens, operam uma vez na bolsa e se esquecem de declarar posteriormente. Se não declararem, terão que pagar multa”, alerta Oliveira.  

As pessoas que receberam auxílio emergencial do Governo Federal em 2020 também devem ficar atentas. Se o contribuinte ganhou apenas o auxílio durante todo o ano de 2020, não precisa declarar o IR. Porém, se recebeu o auxílio e teve outra renda tributável que somou pelo menos R$ 22.847,76, é necessário prestar contas à Receita Federal. Outro erro muito comum dos contribuintes, segundo o professor, é tentar fazer o IR com o holerite em mãos. O documento correto é o informe de rendimentos, e não o holerite. Quem conseguiu empréstimo bancário em 2020 também precisa tomar alguns cuidados na hora de fazer o IR. “São alguns detalhes aos quais precisamos nos atentar este ano, especialmente por causa da pandemia”, observa o professor.

O prazo para entregar o IR é 30 de abril (é possível que o prazo seja estendido neste ano).  A multa para quem não declarar é de no mínimo R$ 165,74, mas pode variar até 20% do imposto devido, mais juros de mora. Quanto antes entregar, mais cedo a restituição (se houver) é paga. 

 

Quem deve declarar o Imposto de Renda

  • Todos os contribuintes que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano.
  • Quem recebeu rendimentos isentos ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.
  • Quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores.
  • Quem teve propriedade, em 31 de dezembro de 2020, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00.
  • Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2020.
  • Relativamente à atividade rural: quem obteve receita bruta anual com valor superior a R$ 142.798,50.
  • Quem tem renda superior a R$ 22.847,76 e recebeu auxílio emergencial no ano de 2020.

 

 

AGENDA:

Atendimentos do Amansando o Leão

Quando: 10, 17 e 24 de abril de 2021 (sábado)

Horário: das 9h às 16h

Local: on-line (via Google Meet)

Como se inscrever: pelo site do Amansando o Leão: https://fae.edu/noticias-e-eventos/evento/161376492/amansando-o-leao-.htm

  • Os atendimentos são gratuitos e estão sujeitos aos critérios do programa.

MUDANÇA DE MINDSET TRANSFORMA SIGNIFICADO DO CARRO NA SOCIEDADE

Por muitos anos - especialmente desde a segunda metade da década de 1990, quando o Brasil viu sua economia estabilizada com a implantação do Plano Real - foi registrado o crescimento do consumo de bens móveis, caso dos carros. Em 2014, eram 45,4 milhões de veículos, ou seja, já se contabilizava 1 carro para cada 4,4 habitantes. Em 2019, tínhamos 45,9 milhões de veículos na frota brasileira. É interessante notar, de acordo com dados do Sindipeças, que os veículos em circulação estão envelhecendo. A idade média dos carros foi de 9 anos e 10 meses, em 2019.  

No entanto, há uma mudança de comportamento do brasileiro em curso. Anteriormente, comprar um carro significava que havia um certo descontentamento com as políticas públicas de transporte e a compreensão de que a posse de um automóvel era símbolo de status, ascensão social e poder. Ter um carro era uma conquista e visto por muitos como a chave de acesso para uma classe especial. 

 Hoje, vemos uma mudança de mindset acontecendo. Ter um carro é encarado por uma fatia cada vez maior da população como uma forma de “perder” dinheiro, além de ser um custo adicional no orçamento. Isso, porque o veículo é um bem que desvaloriza e que traz outras despesas no “pacote”, como a necessidade de manter um seguro, o pagamento de impostos e de possíveis multas, etc.  

Não por acaso, uma saída muito comum para quem vem mudando de hábitos são os carros por assinatura. Há serviços que oferecem não só a escolha da marca e do modelo do veículo, como a personalização dos acessórios e outros itens. Alguns, inclusive, adicionam entre as alternativas de customização, a possibilidade de blindagem do automóvel.  

Além disso, a empresa fica responsável por realizar a melhor negociação, cuida das burocracias – como emplacamento, documentação, pagamento de impostos e multas, bem como cuida da realização de manutenções e reparos. Tudo que o cliente tem a fazer é, simplesmente, abastecer o veículo para circular pela cidade. Os valores que seriam empregados na compra, manutenção, segurança e outras necessidades com o veículo podem ser investidos pelo cliente, resultando em rendimentos interessantes em vez de ficar imobilizado em um suposto bem, que só desvaloriza com o passar dos anos.  

Esse é um movimento que o mercado automotivo já consolidou nos EUA e na Europa e que, desde 2020, começa a se desenvolver e ganhar força no Brasil, especialmente em capitais como São Paulo. O mercado é amplo e as possibilidades são enormes. Há operações que contemplam desde veículos populares até carros de luxo, de marcas como BMW, Honda, Land Rover, Jaguar, Volvo, Jeep, Mercedes-Benz, Audi e Toyota. Já pensou a respeito? 

 

 

Marcel Ribeiro - gestor do Drive Select, marca que oferece carros premium por assinatura a pessoas físicas e profissionais liberais – www.driveselect.com.br  


Como manter o relacionamento com os clientes mesmo de portas fechadas?

A comunicação é a peça fundamental para garantir um bom relacionamento com os clientes. Com a pandemia e o isolamento social, ela se torna ainda mais importante para garantir a sobrevivência de qualquer negócio. Neste cenário, existe uma ferramenta extremamente poderosa capaz de auxiliar a manter esse relacionamento próximo mesmo com as portas fechadas: a tecnologia.

Em um mundo marcado pela transformação digital, os consumidores também se adaptaram e se tornaram entusiastas dessas novas possibilidades. Segundo uma pesquisa conduzida pela KPMG, o perfil do consumidor se tornou mais consciente, reflexivo, seletivo e disposto a economizar. Nos dados divulgados, 68% disseram priorizar a confiança com a marca, 71% segurança pessoal e, 73% facilidade na compra.

Para acompanhar um consumidor tão moderno e manter um relacionamento próximo com ele em meio ao distanciamento social, somente a tecnologia é capaz de permitir que as empresas identifiquem em quais canais seus consumidores se encontram para, a partir disso, entender a melhor maneira de se comunicar com eles.

As empresas podem experimentar as mais diversas plataformas e criar canais online de comunicação e divulgação ágeis e velozes. Além dos meios mais comuns, como as redes sociais, muitas organizações estão apostando em grandes avanços como os bots – os famosos robôs usados, em sua maioria, para otimizar e trazer maior assertividade ao processo de atendimento eletrônico ao cliente.

Quando utilizadas em conjunto, essa versatilidade proporciona uma maior abrangência, uma comunicação fluida e direta entre as partes e, principalmente, a possibilidade de ouvir as opiniões dos clientes sobre seus produtos e serviços. O feedback é uma ferramenta riquíssima para que seja possível analisar o que está dando certo e o que pode ser aperfeiçoado.

Não há dúvidas de que a tecnologia é a melhor ferramenta para garantir um relacionamento próximo com os clientes. Contudo, é importante ressaltar que ela não deve ser uma estratégia isolada para essa finalidade.

Em conjunto com essas ferramentas, as empresas devem investir em um time capacitado que entenda quem são seus clientes, suas dores, preferências e necessidades. O Customer Centricity, do inglês “cliente no centro”, mostra ao cliente que ele é importante para sua empresa e que o seu sucesso depende do sucesso dele.

Se o seu negócio está enfrentando dificuldades em manter um relacionamento próximo com os consumidores, a grande dica é buscar se manter à disposição por meio das mais diversas plataformas online. Personalize o atendimento, contrate profissionais apaixonados e apaixonantes e, faça o que for preciso para estar com o seu cliente. Precisamos de um senso de urgência em meio a este cenário, mas acima de tudo, precisamos ser únicos e muito eficientes.

 

 

Karina Coelho - Head de Customer Success na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


LGPD e Marketing Digital: Mitos X Verdades


No mercado de trabalho digital, muitas vezes as pessoas estão mais suscetíveis a sofrerem com vazamentos de dados - o que têm se tornado uma preocupação cada vez maior para a população e as empresas. Em um caso recente, foram vazados 223 milhões de CPF e 40 milhões de CNPJs, ligados ao Serasa Experian. Casos como estes apenas reiteram a necessidade de estarmos sempre atentos à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e encontrar uma forma de incluí-la no meio digital.


Acredito que, cada vez mais, torna-se preciso que as empresas superem o desafio de entregar seus resultados sem sair do limite do marketing e buscando alcançar as pessoas de forma natural. O marketing ainda vai trabalhar com dados pessoais em suas estratégias, porém, de forma mais inteligente, utilizando conjuntos menores de dados, de forma mais específica. A LGPD pode ser bastante positiva para as ações de marketing, além de ser uma boa oportunidade para o profissional de marketing fazer melhorias em suas estratégias.

 

Neste momento, é importante que o profissional de marketing fique atento com as estratégias já usadas atualmente. A estratégia de e-mail marketing, por exemplo, para continuar trabalhando com ela é necessário excluir da lista todos os contatos que venham de terceiros. Acredito que comprar listas prontas seja uma furada, considerando que é uma estratégia que não dá certo e também é contra a LGPD. Por conta disso, é importante que exista uma lista de e-mail marketing com contatos de pessoas que deram permissão para entrar em contato, em troca de receber algum material relevante.

 

Para exemplificar as mudanças, listo alguns mitos e verdades sobre a LGPD nas estratégias de marketing digital. Confira:

 

1 - O marketing de conteúdo pode sair prejudicado com a LGPD: MITO.

 

A verdade é que a prática do marketing de conteúdo foi reforçada com a LGPD e as empresas poderão construir um relacionamento baseado em conteúdos de valor com os clientes. Este tipo de marketing promove engajamento, usando os dados dos clientes para criar conteúdo relevante para eles. Quando o lead dá a permissão para que a empresa entre em contato, ele se torna ativo e engajado, deixando de ser apenas dados pessoais. Neste caso, as informações são fornecidas de forma totalmente voluntária, em conformidade com a LGPD e ainda contribuindo para o sucesso da estratégia.

 

2 - A geração de Leads deve ser feita com consentimento: VERDADE.

 

Para se ter o consentimento do lead, pode ser feita uma chamada solicitando o consentimento das informações. Outra opção é criar um formulário para fazer uma segmentação por interesse do usuário. Dessa forma, a empresa é capaz de oferecer opções de informações que o lead queira receber. Além de estar de acordo com a Lei, criar esses formulários ajuda na comunicação segmentada, fazendo com que a estratégia seja mais assertiva e duradoura.



3 - A estratégia de anúncio segmentado não deve se preocupar com a LGPD: MITO.

 

Um dos principais desafios trazido para as ações de marketing, foi relacionado aos anúncios segmentados. Esse tipo de anúncio é criado a partir de dados sobre o comportamento do usuário e qualquer mensagem personalizada deve estar de acordo com o que pede a lei. O Facebook, por exemplo, utiliza dados sobre os comportamentos dos usuários. Com a LGPD, as pessoas saberão quais informações estão sendo armazenadas. Além disso, a solicitação de permissão do usuário, antes de armazenar os dados, é obrigatória. Dessa forma, o usuário tem a possibilidade de permitir ou recusar o armazenamento dos seus dados.

 

4 - A LGPD permite que os clientes solicitem acesso ou exclusão de dados armazenados: VERDADE. 

Uma das vantagens da LGPD é que o cliente tem absoluto controle sobre suas informações pessoais em organizações públicas e privadas. Para as empresas, o ideal é evitar armazenar os dados dos clientes em lugares diferentes, pois dificulta o acesso ou a remoção. É importante ressaltar que a empresa que utilizar os dados para finalidades diferentes, armazenando os dados em locais diferentes, terá maior dificuldade em acessá-los quando o solicitar e na hora de comprovar que está cumprindo com as novas regras também. Por conta disso, uma dica é que as empresas adotem uma única plataforma para hospedar o registro de consentimento de cada titular dos dados.

 



Alex Vargas - empreendedor digital com mais de 800 mil inscritos no seu canal do Youtube e fundador da Núcleo Expert


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