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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Do Brasil para o Brasil: pela primeira vez, os brasileiros com diabetes terão acesso a uma insulina moderna produzida no país


Fabricada pela Novo Nordisk em Montes Claros-MG, a insulina asparte tem ação ultrarrápida e é aplicada via caneta pré-preenchida


Pela primeira vez no Brasil, pessoas com diabetes tipo 1 terão acesso, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), à insulina análoga de ação ultrarrápida com aplicação via caneta pré-preenchida. A produção foi realizada pela Novo Nordisk, empresa global de saúde com 95 anos de inovação e liderança no tratamento do diabetes, na única fábrica de insulinas do país, em Montes Claros (MG).

É também a primeira vez que o SUS disponibilizará insulinas modernas produzidas no Brasil. Em janeiro de 2018, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) concedeu à fábrica da Novo Nordisk autorização para fornecimento da insulina análoga de ação ultrarrápida – insulina asparte – ao mercado brasileiro. Dessa forma, ao vencer o processo licitatório do Ministério da Saúde para a aquisição das insulinas análogas de ação ultrarrápida, a Novo Nordisk gerou uma economia da ordem de R$ 50 milhões aos cofres públicos[1].

Para a empresa, esse movimento reforça seu compromisso de mais de 25 anos com o país e, principalmente, com as pessoas com diabetes, que terão acesso a um medicamento de qualidade e que facilita seu dia a dia. As canetas estarão disponíveis em todos os estados do país, incluindo o Distrito Federal, e devem atender cerca de 400 mil pacientes, de acordo com o Ministério da Saúde.

Até então, as únicas insulinas distribuídas pelo Ministério da Saúde eram insulinas humanas de aplicação via seringa, sendo o próprio paciente o responsável por retirar da ampola a dose correspondente ao seu tratamento. “As canetas, que agora estarão disponíveis via SUS, representam uma evolução, pois além de potencializarem a administração de uma dosagem correta, trazem mais conforto, facilitam o manuseio, o armazenamento e o transporte do medicamento”, salienta Rodrigo Mendes, gerente de grupo médico da Novo Nordisk. “Além disso, é um grande avanço para os pacientes no combate à doença, pois a praticidade contribui para uma melhor adesão ao tratamento”, finaliza.

Segundo Allan Finkel, vice-presidente e gerente geral da Novo Nordisk, o compromisso da empresa vai além de fornecer medicamentos. “Para nós, é um grande orgulho fazer parte dessa história. Além de disponibilizar as canetas pré-preenchidas, das quais os pacientes brasileiros com diabetes terão acesso pela primeira vez via SUS, continuaremos investindo na educação dos profissionais de saúde para melhor utilização dos nossos produtos e maior precisão do diagnóstico e tratamento do diabetes”, afirma.


A fábrica em Montes Claros (MG)

Aproximadamente 28 milhões de pessoas usam os produtos da Novo Nordisk para diabetes em todo o mundo. No Brasil, a empresa possui uma fábrica de insulinas que foi inaugurada em 2007, localizada em Montes Claros, MG. Com 64 mil metros quadrados, – o equivalente a sete campos de futebol – a fábrica é a maior unidade de produção de insulinas da América Latina - empregando cerca de 1.000 funcionários - e a maior unidade fabril da Novo Nordisk fora da Dinamarca, onde fica a sede da empresa.

Considerada uma das fábricas mais modernas do mundo, a relevância da unidade de Montes Claros, que já fornece medicamentos para mais de 50 países, faz com que sua produção de insulina represente 15% de toda a insulina consumida no mundo e 25,8% do valor de toda a exportação nacional de fármacos.

Além disso, em relação aos insumos utilizados na fabricação e embalagem desta caneta de insulina, cerca de 60% dos componentes foram produzidos no Brasil, ou seja, as pessoas com diabetes estarão utilizando um produto com uma composição, em sua maioria, brasileira.







Novo Nordisk



[1] Cálculo baseado no preço de referência da licitação, frente ao preço efetivamente fechado.

Quando preciso levar meu bebê a um oftalmopediatra?


Uma das dúvidas mais comuns dos pais de primeira viagem é sobre os cuidados com a visão do bebê. Atualmente, as maternidades brasileiras realizam o chamado “Teste do Olhinho”, útil para detectar doenças oculares congênitas.

Porém, apesar de ser muito importante, este exame não identifica outros problemas na visão que podem surgir depois do nascimento. Por isso, o ideal é levar o bebê a um oftalmopediatra em seu primeiro ano de vida.

Segundo a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, especialista em Estrabismo e Chefe do Setor de Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, o olhar de um médico especialista é fundamental. “As doenças oftalmológicas mais graves, como a catarata congênita e a retinopatia da prematuridade, por exemplo, podem ser detectadas na maternidade. Entretanto, o bebê pode apresentar outras condições ao longo do primeiro ano de vida, que precisam ser diagnosticadas e tratadas por um oftalmopediatra”.


Desenvolvimento da visão acontece até os 7 anos
 
“A primeira consulta com um oftalmopediatra também é importante para bebês sem nenhuma condição ou doença visual. Precisamos pensar no conceito de promoção da saúde. Iremos avaliar o bebê e orientar os pais sobre a higiene dos olhos, além de explicarmos como ocorre o desenvolvimento da visão”, cita Dra. Marcela.

A visão só estará totalmente desenvolvida por volta dos 7 anos de idade. Com isso, há vários cuidados que os pais precisam adotar para que este desenvolvimento ocorra de forma saudável. “Um ótimo exemplo é estimular a visão de longe para prevenir a miopia. Os casos deste erro refrativo vêm aumentando muito nos últimos anos, graças ao uso precoce e excessivo de tablets e celulares”, reforça a oftalmopediatra.

Com a ajuda da especialista, fizemos uma lista dos principais problemas da visão que podem afetar os bebês no primeiro ano de vida. Confira:
 
  1. Obstrução do canal lacrimal: É um dos problemas mais comuns nos bebês, principalmente nos primeiros meses de vida. Cerca de 6% dos pequenos apresentam esta condição. Ela acontece quando há obstrução de uma membrana que liga o ducto lacrimal à cavidade nasal. Ou seja, as lágrimas permanecem nos olhos, levando a sintomas como lacrimejamento constante, acúmulo de secreção nos olhos, pálpebras coladas e irritação da pele.  
  2. Conjuntivite: As conjuntivites são muito prevalentes na infância, especialmente em bebês que vão para berçários ou escolas, precocemente. Podem ser virais ou bacterianas. Os sintomas são bem parecidos. Olhos vermelhos, secreção, dor, inchaço e coceira. Normalmente a conjuntivite afeta os dois olhos.
  3. Alergia ocular: Alguns bebês podem apresentar, desde muito cedo, quadros alérgicos, como rinite e dermatite de contato. Isso significa que esses bebês são atópicos (alérgicos). Por isso, há um risco aumentado de desenvolver alergias oculares também. Os principais sintomas são coceira e vermelhidão nos olhos.
  4. Estrabismo: O estrabismo atinge de 2 a 5% das crianças. O sinal mais evidente é o desvio dos olhos para dentro, em direção ao nariz, ou para fora, em direção às orelhas. O estrabismo pode surgir precocemente, nos primeiros meses de vida ou se desenvolver um pouco mais tarde.
  5. Erros refrativos: Muitas pessoas desconhecem que bebês já podem nascer com altos graus de miopia, astigmatismo ou de hipermetropia, os chamados erros refrativos. Na primeira consulta com o oftalmopediatra é possível descobrir se algum deles está presente e prescrever óculos. Filhos de pais míopes, por exemplo, têm 50% de chance de ter miopia. Um dos sinais da presença de erros refrativos nos bebês é a sensibilidade à luz (fotofobia).
  6. Retinoblastoma: É o tumor intraocular mais prevalente na infância. Segundo dados o Instituto Nacional do Câncer (INCA), corresponde de 2,5 a 4% de todos os tipos de câncer que atingem as crianças. Dois terços dos casos são diagnosticados antes dos dois anos de idade e 95% até os 5 anos. O principal sinal é o reflexo amarelo ou esbranquiçado que aparece em fotos, por exemplo.

“Como vimos, a promoção da saúde passa por consultas de rotina, como a primeira consulta do bebê com um oftalmopediatra. Quando há histórico familiar de estrabismo, alergia e erros refrativos, torna-se ainda mais importante consultar um especialista”, encerra Dra. Marcela.



Incidência de doenças cardiovasculares é maior nos portadores de HIV


Embora haja avanços na prevenção e conscientização das populações sobre a Aids e redução dos níveis epidêmicos e de letalidade, a doença continua sendo um grave problema mundial de saúde pública. O coquetel de medicamentos reduziu a mortalidade, mas continua alta.

No Dia Internacional da Luta contra a Aids, é importante lembrar dos cuidados com o coração. Dentre os problemas crônicos que aparecem precocemente em portadores do vírus HIV, as doenças cardiovasculares destacam-se e a incidência chega a ser 50% maior nesses pacientes. Sendo assim, são recomendadas estratégias preventivas mais intensas e precoces. É preciso lembrar que nesse grupo há prevalência de outros fatores de risco importantes, como tabagismo, uso inadequado de álcool, sedentarismo e níveis elevados de colesterol e triglicérides.

De acordo com Dr. Bruno Caramelli, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), para não causar problemas de interação medicamentosa entre o coquetel da Aids e remédios destinados ao tratamento de doenças cardiovasculares, é preciso um trabalho conjunto entre o infectologista e o cardiologista.

Com relação ao tratamento, dois aspectos sobressaem para portadores de Aids que também são cardíacos, pois há cuidados diferenciados em relação aos não portadores da doença. O primeiro é a interação entre medicamentos contra o vírus (antirretrovirais) e remédios cardiológicos, como antitrombóticos, hipolipemiantes e anticoagulantes. A segunda questão é a maior presença de um tipo específico de dislipidemia (aumento dos lipides no sangue e, consequentemente, do risco cardiovascular), com aumento do colesterol e dos triglicérides.


Dados epidemiológicos

Os números mais recentes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) são taxativos: 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com HIV em 2017; mas, somente 21,7 milhões tiveram acesso à terapia antirretroviral; houve, nesse ano, 1,8 milhão de novas infecções pelo HIV; 940 mil pessoas morreram por causas relacionadas à AIDS em 2017.

No caso das mulheres, há alguns fatores agravantes: todas as semanas, cerca de sete mil jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV; na África Subsaariana, três a cada quatro novas infecções são entre meninas com idade entre 15 e 19 anos. As jovens entre 15 e 24 anos têm o dobro de probabilidade de estarem vivendo com HIV do que homens; mais de um terço das mulheres em todo o mundo sofreram violência física e/ou sexual em algum momento de suas vidas, fator que aumenta a probabilidade de se infectarem.






Socesp - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo 


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