Pesquisar no Blog

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Exposição solar é necessária para a saúde, mas cuidados são essenciais para evitar o câncer de pele


Tomar sol de forma moderada e nos horários recomendados é importante para produção de vitamina D no organismo 


A estação favorita dos brasileiros está chegando, e com ela chegam também os desejos e receios em relação aos raios solares, principalmente quando o assunto é câncer de pele. A doença é líder de incidência em todo o mundo. Só no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 170 mil novos casos do tipo não melanoma ocorrerão até o final de 2019, o mais comum dos canceres e o menos letal dentre os de pele. Apesar disso, o sol não pode ser visto como um vilão absoluto.

A vitamina D, que é produzida durante a exposição da pele ao sol, é essencial para a prevenção de problemas cardíacos, osteoporose, gripes e resfriados e até mesmo cânceres, portanto, fugir completamente do sol nem sempre é a melhor solução. "É importante identificarmos os grupos de risco antes de recomendações generalistas. Pessoas de pele clara, olhos e cabelos claros, estão muito mais sujeitas ao aparecimento dos carcinomas, uma vez que apresentam uma capacidade reduzida na produção de melanina (pigmentação da pele) no organismo, logo, terão que tomar mais cuidado com a exposição solar", conta o Dr. Luiz Guilherme Martins Castro, dermatologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Já pessoas de pele negra estão muito menos suscetíveis a esse câncer. De qualquer forma, a exposição solar moderada é recomendada a todos", completa o especialista.

Quando existe um histórico de carcinoma basocelular ou carcinoma espinocelular, as recomendações são outras. Por se tratar de um câncer majoritariamente causado pelo grau de dano acumulado ao longo do tempo, é bastante reincidente, portanto, é preciso tomar cuidado reforçado. Para evita-lo, recomenda-se utilizar roupas com proteção UV, chapéus, óculos de sol e, para exposições longas, como prática de esportes ao ar livre, dar preferência para horários antes ou depois da aparição do sol. Quanto ao tratamento, a terapia fotodinâmica, um método n cirúrgico tem sido a aposta para diminuir a necessidade de tratamentos mais agressivos cirúrgica na remoção de alguns tipos desse de câncer.

A terapia fotodinâmica consiste na aplicação de um medicamento em creme sobre o câncer e, após um período de três horas, a exposição dessa área à um feixe de luz que produzirá uma reação química e, assim, eliminará o câncer.


Melanoma

Quanto à um dos tipos mais graves de câncer de pele, responsável por 5% dos casos da doença, a relação com a exposição solar é muito menor. Grande parte dos casos de melanoma cutâneo aparecem em áreas 'escondidas' do corpo, como embaixo dos seios e na virilha, e mais de 50% deles têm causa desconhecida. Do restante identificável, a maior parte está relacionada à genética.

Em contrapartida à sua gravidade, as novidades dos últimos anos são otimistas. "Há algum tempo, o estágio avançado desse tipo de câncer era tido como uma sentença de morte, com taxa de sobrevivência muito próxima a 0%. Já com os novos tratamentos que surgiram nos últimos cinco anos, a média aumentou para 30%, o que é um grande avanço", explica o especialista. Uma nova classe de medicamentos, como os imunoterápicos e os inibidores de checkpoint, são os responsáveis pelo avanço.


Raios UV e UVA

A radiação UVA penetra profundamente na pele e é a principal responsável pelo envelhecimento cutâneo. Sua intensidade varia pouco ao longo do dia, sendo intensa não somente em dias de sol, mas também com o céu nublado, por isso, é fundamental utilizar protetor solar diariamente. A radiação UVB, maior responsável pelo câncer de pele tipo carcinoma, é mais intensa durante o Verão, principalmente próximo ao meio dia. Já no início e no final dos dias da estação, a radiação é baixa e consequentemente mais segura.

Peles claras, que produzem menos melanina, estão suscetíveis a queimaduras causadas pelos raios UVA, e durante dias ensolarados a pele também recebe a radiação UVB, a mais perigosa. Durante o Verão, essas radiações estão mais presentes e a exposição aos Sol costuma ser maior. 






Hospital Alemão Oswaldo Cruz




Especialista alerta para os cuidados com a pele


O sol é uma das principais causas de câncer não melanoma, tumor maligno que mais atinge os brasileiros; Saiba quais procedimentos podem evitar danos à saúde na época mais quente do ano


Por conta das altas temperaturas no final do ano, é preciso que os cuidados com a pele sejam dobrados para evitar os efeitos nocivos dos raios solares, fator tido como uma das causas principais do aumento nos índices de tumores de pele entre a população brasileira. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele em 2018 - valor que corresponde a 33% de todos os casos de tumores malignos no Brasil.

Os melanócitos e queratinócitos (células da pele) são os principais envolvidos no processo de fotoproteção e quando expostos ao Sol podem aumentar em número e tamanho. O câncer de pele ocorre quando há um crescimento anormal e excessivo dessas células que compõem a pele e pode ser de dois tipos: melanoma e não-melanoma.

De acordo com a Dra. Sheila Ferreira, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não-melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do Sol. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.

"Os principais sinais e sintomas de câncer não-melanoma são a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, ulcerações que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e algumas vezes dor e geralmente surgem em áreas muito expostas ao Sol como rosto, pescoço e braços", explica a Dra. Ferreira.


Fique atento às precauções que previnem o câncer de pele

Para pessoas que costumam ficar expostas ao Sol, é preciso reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus e evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte.

"Pessoas de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao Sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma", destaca a Dra. Sheila.

É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada para descobrir os possíveis riscos que os raios solares de verão podem causar na pele.


Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e os possíveis tratamentos

O câncer de pele não-melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro é o tipo mais frequente, com crescimento normalmente mais lento. O diagnóstico se dá, usualmente, pelo aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo. Já no carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização. "Tanto o carcinoma basocelular quanto o espinocelular estão relacionados a alta exposição dos raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes com dermatologista são importantes para detecção do câncer na sua fase inicial".

O câncer de pele do tipo melanoma é o mais agressivo. São geralmente os casos que se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o "ABCDE"- Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução. "A doença é mais facilmente diagnosticada quando existe uma avaliação prévia das pintas", finaliza a Dra.

É recomendável à ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor da mesma. Posteriormente, dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar. Quando diagnosticada precocemente, quimioterapia ou radioterapia são raramente necessárias e a cirurgia é capaz de resolver a maioria dos casos.





Grupo Oncoclínicas



Obesidade infantil: um problema de saúde pública


 De acordo com o especialista do Hospital Anchieta, alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos são itens obrigatórios para a qualidade de vida das crianças.


Nos últimos anos, esses hábitos mudaram de maneira drástica. Com o aumento do consumo de alimentos industrializados e os avanços tecnológicos, as crianças passam mais tempo sentadas usando aparelhos eletrônicos e praticam pouca, ou nenhuma atividade física, além de se alimentarem de maneira errada.

Para o endocrinologista e nutrólogo pediátrico e do adolescente do Hospital Anchieta, Delmir Rodrigues, vários fatores podem desencadear a obesidade infantil. “Os principais são a interrupção precoce do aleitamento materno e a introdução de alimentos inapropriados, os distúrbios de comportamento alimentar, as condições genéticas ou uma combinação desses elementos”.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a estatística de crianças obesas é muito elevada. Um em cada três brasileiros apresenta sobrepeso ainda na infância. A Pasta estima que 33% das crianças brasileiras entre 5 a 9 anos, já estejam acima do peso. Entre os jovens com idades de 18 a 24 anos, o percentual de obesos aumentou em 110% nos últimos dez anos.

As estatísticas são bastante preocupantes e apontam para uma grande possibilidade de que esses indivíduos se mantenham obesos ou com sobrepeso durante a vida adulta. Pensando no envelhecimento com mais qualidade de vida, o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia brasileira assinaram, em novembro, um acordo que visa diminuir a quantidade de açúcar nas composições de muitos de alimentos. A indústria terá cinco anos para reduzir 144 mil toneladas de açúcar em alimentos como iogurtes, achocolatados, sucos de caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos.

Para o Dr. Delmir, a obesidade na infância e adolescência é um assunto extremamente importante, pois, acomete pessoas que estão em um processo de desenvolvimento físico.

“É importante ter acompanhamento regular com pediatra, educação familiar, escolar e comunitária para promoção de alimentação balanceada, estilo de vida saudável e prática regular de atividade física”, explica o especialista.

Se não tratada precocemente, a obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições. “Dislipidemias (colesterol elevado), hipertensão (pressão alta), doenças do coração precoce, diabetes tipo 2, alterações ortopédicas, dermatológicas, psicossociais, são alguns dos problemas que podem ser desenvolvidos”, conclui o especialista.



Posts mais acessados