Pesquisar no Blog

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Atenção à pele dos idosos: manchas e inflamações características da terceira idade


 Dermatologista fala sobre as alterações de pele recorrentes na fase senil e aponta tratamentos

O processo de envelhecimento humano provoca um grande número de mudanças fisiológicas, e um dos órgãos que mais sofre com o avanço dos anos é a pele. Os principais problemas que podem atingir a pele na terceira idade incluem a queda na capacidade de formação de colágeno, elastina e ácido hialurônico; a diminuição das glândulas sudoríparas; e a baixa na produção de secreções por parte das glândulas sebáceas. A junção destes fatores aliados a condições externas, como a exposição solar, negligência a hidratação, tabagismo, estresse, poluição, sedentarismo, consumo exagerado de gordura e açúcares, contribuem para que a pele apresente alterações na fase idosa, como ressecamento, marcas e sinais.

Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Teresa Noviello, os problemas de pele que mais atingem a pessoa idosa podem abranger desde condições de menor gravidade, como as dermatites e manchas, até doenças mais graves, como o câncer de pele.

A dermatite, apesar de não ser uma condição específica desta faixa etária, aparece exatamente quando a pele vai perdendo sua hidratação e oleosidade natural. “A pele muito desidratada repercute em coceiras intensas. Em alguns casos, essa situação pode levar a um processo de escoriações e infecções secundárias, pois a unha é uma região de grande contaminação bacteriana”, lembra Teresa.

O hábito da hidratação deve ser adotado desde cedo e intensificado durante o envelhecimento. Pessoas que ingerem bastante líquido no transcorrer do dia e fazem o uso constante de um bom creme hidratante terão maior facilidade em manter o aspecto saudável da pele em idades mais avançadas.

Com o passar dos anos, é muito comum nos depararmos com um outro problema, as manchas. Sejam elas escuras, brancas ou acastanhadas, todas devem ser observadas e tratadas de maneira adequada.

Manchas escuras ou amarronzadas podem caracterizar casos de melanoses solares, que normalmente surgem em decorrência da exposição excessiva ao sol no decorrer dos anos. “Estes tipos de manchas podem ser amenizados pelo uso diário de clareadores e protetor solar, específicos para cada tipo de pele. Elas ainda podem ser tratadas em sessões de laser e peeling”, pontua Teresa.

Outro problema comum e que surge com a progressão da idade são os angiomas.  Sem uma causa específica, eles se apresentam em forma de bolinhas vermelhas ou pápulas de sangue. Os sinais do angioma podem ser removidos de maneira eficaz e sem a formação de cicatrizes por meio do uso da eletrocauterização ou mesmo pela realização do shaving, que é um cortezinho cirúrgico.

As ceratoses também são manchas senis bastante recorrentes em pessoas idosas. As lesões dessa condição surgem com o passar do tempo e se dividem em duas categorias, seborreica e actínica. A primeira é caracterizada por manchas acastanhadas com casquinhas que podem atingir diversas áreas, até mesmo as que recebem pouca luz solar. Já a ceratose actínica é constituída por lesões brancas com casquinhas e possui grande relação com a exposição solar. O tratamento pode ser feito através da eletrocauterização ou por meio de outros procedimentos específicos.

Dividido entre o carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma, o câncer de pele pode ser descoberto através de manchas e pintas na pele. Nos dois primeiros casos, os pacientes devem ficar atentos a lesões com feridas que não cicatrizam após um longo período de tempo. Dentre os três tipos, o melanoma se apresenta como o mais perigoso, pois pode causar metástase. Ele é normalmente apresentado por pintas escuras e assimétricas, com bordas irregulares ou entalhadas. “Essas pintas começam pequenas e pretas, e com o tempo mudam de tamanho, forma e cor. Em algumas situações, as lesões podem coçar e sangrar. O tratamento é a retirada cirúrgica dessa lesão e uma avaliação anatomopatológico, para ver se não teve nenhum grau de comprometimento ou invasão de tecidos”, esclarece Noviello.

Teresa ressalta que a avaliação geral da pele deve ser feita ao menos uma vez ao ano com o dermatologista. “Avaliar suas pintas junto a um bom profissional é de suma importância para os casos de melanoma, pois o diagnóstico precoce pode significar um aumento das chances de cura”, conclui.


Estudo revela os riscos e benefícios de medicações durante a gravidez


Um recente editorial liberado pela The New England Journal of Medicine nos faz pensar sobre medicações usadas na gravidez e suas repercussões. Há mais de 50 anos, uma epidemia de graves defeitos congênitos causada pela exposição pré-natal à talidomida abalou a noção predominante de que a placenta serviu como uma barreira contra influências prejudiciais e levou ao reconhecimento de que exposições durante a gravidez podem resultar em danos a um feto em desenvolvimento. Desde aquela época, garantir que uma mulher grávida tenha acesso a tratamentos potencialmente salvadores de vidas enquanto protege seu feto se tornou um ato de equilíbrio delicado, que requer uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para a mãe e seu feto. 

Descobertas recentes de Zash et al. Agora publicado NJM, mais uma vez destacou a necessidade de pesar cuidadosamente os riscos e benefícios no desenvolvimento de recomendações para o tratamento de mulheres grávidas. Em maio deste 2018, a Organização Mundial de Saúde, a Food and Drug Administration (FDA) e outras organizações divulgaram declarações sobre um sinal de segurança que sugeria uma possível ligação entre o uso periconcepcional do medicamento antirretroviral dolutegravir e defeitos do tubo neural. A maioria dos ensaios clínicos de dolutegravir excluiu gestantes, e o tratamento com dolutegravir foi descontinuado em mulheres que engravidaram inadvertidamente durante os ensaios, de modo que havia uma escassez de dados de segurança sobre seu uso durante a gravidez. A análise inicial dos dados de um estudo observacional em Botsuana não revelou nenhum caso de defeitos congênitos graves entre as 280 gestações em mulheres com exposição ao dolutegravir no primeiro trimestre, mas uma análise interina atualizada identificou defeitos do tubo neural em 4 casos (aproximadamente 0,9% gestações) em que houve uso periconcepcional de dolutegravir, em comparação com 0,1% das gestações com o uso de outros medicamentos antirretrovirais. 

Embora este sinal justifique uma avaliação mais rápida, é necessário ter cautela antes de serem feitas mudanças de longo prazo nas recomendações, dado o pequeno número e heterogeneidade dos casos de defeitos do tubo neural identificados e as potenciais implicações para o cuidado da idade reprodutiva e gestantes. 

Esse exemplo apenas nos mostra que devemos ter cautela em "novidades" terapêuticas dadas em congresso e a sensação de que alguns praticam uma medicina " de ponta". Infelizmente, situações em que há informações insuficientes sobre as quais basear as decisões sobre o tratamento de mulheres grávidas são comuns. 

A inclusão de mulheres grávidas em ensaios clínicos e o estabelecimento de vigilância pós-comercialização de exposições na gravidez podem expandir a base de evidências para orientar decisões clínicas e de saúde pública mais informadas, não apenas para o dolutegravir, mas para todos os medicamentos. As decisões de tratamento durante a gravidez continuarão a ser um ato de equilíbrio que deve ser informado pelos dados disponíveis e sugestões de especialistas. No entanto, mudar o padrão de exclusão de mulheres grávidas para uma consideração cuidadosa dos benefícios e riscos pode garantir que as mulheres grávidas e seus fetos recebam os cuidados de que necessitam. 





Dr.Vamberto Maia Filho -   Possui graduação em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (2001). Realizou residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (2004) e em Reprodução Humana (2005) pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Possui título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO/TEGO - 2004) e em endoscopia ginecológica (FEBRASGO -2005). Atualmente é sócio do grupo MAE (Medicina e Atendimento Especializado). Médico do setor de Ginecologia-Endócrina da UNIFESP com ênfase no ensino com linha de pesquisa em implantação embrionária. Responsável pelo ambulatório de hirsutismo do setor de Ginecologia-Endócrina da UNIFESP. Doutor pela UNIFESP. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM. Membro da Sociedade Européia de Reprodução Humana - ESHRE.   

    


Seconci-SP explica como as bactérias da boca podem favorecer outros tipos de doenças


Em pessoas com problemas cardiovasculares, diabetes e gastrites existe a possibilidade de agravamento da enfermidade pela propagação das bactérias e, em gestantes, o risco de parto prematuro ou até aborto


Manter uma boa higiene bucal é fundamental para preservar a integridade dos dentes e evitar problemas como doenças gengivais e cáries. O que muitas pessoas não sabem é que a falta de limpeza da boca ocasiona a proliferação de bactérias que podem atingir órgãos importantes do corpo humano e agravar doenças.

O dentista do Seconci-SP, Sylvio Varkala Sangiovanni, explica que possuímos diversas bactérias na cavidade bucal. Elas exercem um papel muito importante de auxiliar no processo de digestão dos alimentos. "O problema é quando a pessoa não realiza a higiene bucal corretamente, pois há um acúmulo de bactérias e fungos que podem entrar na corrente sanguínea e agravar doenças cardiovasculares, diabetes, alterações gástricas, câncer e, em algumas mulheres gestantes, podem levar ao parto prematuro ou até ao aborto", comenta o especialista.

Nos casos de doenças cardíacas, a mais comum é a endocardite bacteriana, inflamação que afeta as estruturas internas do coração e pode ser causada pela gengivite (Inchaço da gengiva). De acordo com o dentista, pessoas com este problema possuem um aumento da quantidade de bactérias na flora bucal e, como a gengiva é altamente vascularizada, esses microrganismos penetram na corrente sanguínea e chegam até o coração, causando uma inflamação grave da película que o envolve, podendo assim levar, em casos graves, até a óbito.

Já em pessoas diabéticas, as doenças gengivais podem dificultar o processo de retirada do açúcar do sangue pela insulina. Devido a essa dificuldade, ocorre a elevação da glicemia (quantidade de açúcar na corrente sanguínea) que é maléfica a diversos órgãos do corpo humano.

Outro grupo que também pode sofrer com a elevação destas bactérias na cavidade bucal são as pessoas que possuem gastrite ou úlcera em decorrência da bactéria Helicobacter Pylori (H. pylori). Neste caso, a placa bacteriana (formadora dos problemas gengivais) serve como um reservatório desse tipo de microrganismo causando uma constante recontaminação do sistema gastrointestinal. "Nesta situação, além do remédio para o H. pylori, o paciente terá que realizar um tratamento para eliminar a placa visando a cura efetiva", explica o dr. Sangiovanni.

O dentista do Seconci-SP comenta que gestantes com ocorrências odontológicas, como gengivites, correm um risco maior de ter partos prematuros ou dar à luz bebês com baixo peso (menos de 2,5 kg). Isso acontece porque, uma vez na corrente sanguínea, estas bactérias da boca podem chegar ao líquido amniótico ou à placenta e, por serem microrganismos identificados como nocivos, o corpo da grávida entende que é necessário apressar o trabalho de parto. Por este motivo, é importante a gestante realizar uma avaliação preventiva antes de engravidar e visitar o dentista periodicamente durante a gestação.

Pessoas que estão em tratamento de algum tipo de câncer são mais um grupo que deve ter especial cuidado com a saúde bucal, recomenda o dr. Sangiovanni. "Durante o tratamento deste tipo de enfermidade, seja através da quimioterapia, radioterapia ou uso de medicamentos, ocorrem alterações das condições normais da cavidade bucal, facilitando o surgimento de problemas gengivais, cáries e infecções causadas por bactérias e fungos", ressalta.

O dr. Sangiovanni explica que tudo isso pode ser facilmente evitado por meio da higiene regular da cavidade bucal. "É muito importante consultar semestralmente o dentista para uma avaliação preventiva". No Seconci-SP, os trabalhadores e seus familiares contam com toda a estrutura laboratorial e profissionais de diferentes especialidades dentro da odontologia para a realização de exames e tratamentos, quando necessário.






Seconci-SP
telefone (11) 3664-5888 ou e-mail: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br


Posts mais acessados