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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Idec compara propostas dos presidenciáveis com pautas dos consumidores


 Na Plataforma dos Consumidores, eleitores podem pressionar candidatos a atender principais demandas. Boulos foi o único até o momento a se comprometer com todas as propostas


O Idec, ONG de Defesa do Consumidor, analisou os programas de governo dos 13 candidatos à Presidência da República para saber como cada campanha aborda as 10 pautas selecionadas para compor as propostas da Plataforma dos Consumidores. Na ferramenta, os eleitores podem pressionar candidatos a atender as necessidades dos consumidores e acompanhar o nível de aderência de cada um dos presidenciáveis. O único candidato que até o momento que se comprometeu com todas as demandas, assinando a proposta na íntegra, foi Guilherme Boulos (PSOL).

Além de Boulos, que tem 100% de compromisso, o ranking traz a aderência dos programas de governo de todos os presidenciáveis. Na sequência do candidato do PSOL, ficou Fernando Haddad, que atende a 59,3% das propostas. Na terceira colocação aparece Marina Silva, da Rede, com 29,1%, seguida de Geraldo Alckmin, do PSDB, com 28,3% de aderência.


Veja o resultado completo da análise:
A seleção dos temas da plataforma foi feita com base nas principais lutas do Idec, que há mais de 30 anos atua na defesa do consumidor, e comparada com os programas de todos os presidenciáveis. Os programas de governo são documentos públicos e oficiais, que todos os candidatos à Presidência e governador são obrigados a apresentar para a Justiça Eleitoral, e devem trazer as prioridades dos postulantes aos cargos.
Para chegar aos percentuais da tabela, o Idec analisou as propostas dos candidatos e  avaliou a aderência do programa de governo com cada umas das 10 pautas dos consumidores. A nota geral é a média de aderência a cada umas dessas 10 pautas, que possuem o mesmo peso para a composição do número final.

Desde o lançamento da plataforma, no dia 30 de agosto, o Idec entrou em contato com as campanhas de todos os candidatos para divulgar as propostas e abrir a possibilidade de apoio a cada um dos temas, mesmo que os programas de governo não os abordassem.

Nesta segunda-feira (1), a equipe de campanha do candidato Ciro Gomes (PDT) compareceu a sede do Idec, em São Paulo, para discutir as propostas da Plataforma. A adesão aos temas estará aberta até o dia 5 de outubro, e qualquer um dos candidatos pode aderir e mudar o placar.

Além dos presidenciáveis, a Plataforma também pode ser apoiada por candidatos a outros cargos, como governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais e distritais. Para essas funções, há apenas a possibilidade de adesão a todos os itens da pauta, o que já foi feito por mais de 50 candidatos.

A Plataforma já está disponível no endereço www.idec.org.br/plataformaeleicoes e todo cidadão pode ajudar a colocar a defesa do consumidor entre as prioridades destas eleições, além de compartilhar em suas redes com a hashtag #ConsumidorNasEleições



Descrença no sistema político preocupa especialista


Apesar da política estar mais presente nas discussões do trabalho, nas refeições em família e sobretudo nas redes sociais, o brasileiro ainda não enxerga o assunto com bons olhos. O pleito de 2018 mostra uma face inesperada dentro do interesse populacional referente aos regentes do próprio país.

Pouco mais da metade (53%) da população ainda está pessimista em relação aos resultados, segundo o SPC, que também aponta que a maioria dos eleitores (69%) espera uma grande mudança vinda do próximo presidente eleito.

Segundo a especialista em desenvolvimento humano Rebeca Toyama, o desânimo do brasileiro quanto às opções de candidatos somada com a falta de conhecimento sobre política faz com que muitos não percebam a importância do próprio voto.

“Quando a pessoa escolhe não votar, ela está tentando se isentar da culpa de escolher um presidente. O voto nulo ou em branco, muitas vezes, é negação de algo. Desta forma, o cidadão não conhecer e não gostar do assunto, não o torna isento das consequências que a política causa na sociedade e na própria vida. 

Portanto, não olhar para os problemas não vai fazer com que ele seja resolvido. 

O custo será pago de qualquer forma, com o eleitor votando ou não”, explica.

A descrença nos políticos nacionais é uma história antiga no país e pode ser vista claramente no número de eleitores que optam por votar nulo, em branco ou não comparecer. Nas últimas eleições presidenciais, 115 milhões de pessoas foram às urnas, sendo que 4,4 milhões votaram em branco, 6,7 milhões anularam e 27,7 milhões não compareceram.

Toyama afirma ainda que essas eleições estão tendo maior repercussão graças aos escândalos que geram simpatia e antipatia por determinados candidatos. “Apesar de ser bom para chamar atenção da parcela da população que se abstém do assunto, o voto se torna extremamente passional, o que nos faz tomar decisões de forma imatura”, conta.

A especialista explica que, atualmente, a grande maioria dos votantes escolhem seus candidatos influenciados por teses e antíteses, ou seja, constatações engessadas do senso comum. “O que observo estar acontecendo é uma predileção de pensamentos baseados em experiências pessoais, o que nem sempre reflete no que seria melhor para o país”, pontua.

Rebeca acredita que o ideal é que a escolha entre os candidatos deve ser baseada em quem mais se aproxima dos valores que o eleitor define como primordiais para levar o Brasil para um caminho melhor.

Para ela, uma forma de usufruir do pleito polêmico desse ano, é aprender a debater, conversar e mostrar pontos de vista de forma madura sem a influência de vieses pessoais. “Convido vocês a suspender o lado passional e olhar o assunto de forma racional, com clareza”, defende.

“Essas eleições estão sendo baseadas no fanatismo. O país está dividido em quem vota em A para não eleger B e vice-versa, sem ter o cuidado de analisar propostas, valores e projetos. Se ficarmos focados na negação ou no apego, a gente não desenvolve”, e essa regra não serve apenas para política, alerta Rebeca.

A especialista afirma que não é tarde demais para escolher um candidato com mais sabedoria. “Para isso, indico que cada eleitor analise os prós e contras de todas as opções, independentemente de opiniões pessoais e emoções. Procure sobre todos os aspectos, desde projetos até o impacto que o candidato causará na economia interna e externa. Além disso, devemos prestar atenção nas propostas imediatas e a longo prazo”, orienta a especialista.

Outro ponto levantado pelos eleitores é a falta de opções para votar: um número cada vez maior afirma que prefere se abster a votar em qualquer um dos 14 candidatos. “Não adianta desejar que fosse diferente. Temos que trabalhar com as opções que estão disponíveis, fazendo uma análise mais profunda dessa escolha e, no máximo, refletir o que pode ser feito diferente nas próximas eleições”, elucida.

Vale ressaltar que, em um regime parlamentarista, a autonomia do presidente é limitada. O que demanda de quem ocupa esse cargo competências como articular e negociar.

“Não precisa ir muito longe para observar em nossa história o que aconteceu com os chefes do executivo que não possuíam essas competências, acredito que aqui também temos uma boa reflexão”, complementa Toyama.

Rebeca acredita que, para termos eleições mais assertivas, precisamos enaltecer o potencial humano, pois “dentro dele tem uma sabedoria que transcende qualquer outra coisa. Todos direcionamos nosso tempo para coisas que são importantes para nós, mas ainda é necessário enfatizar a relevância da eleição em si. Além disso, o voto de todos os brasileiros tem o mesmo peso. 

Não importa se o votante é um empresário com um saldo bancário milionário ou um morador de rua, o voto tem o mesmo valor e isso nunca deve ser esquecido”, finaliza.








Rebeca Toyama - palestrante e formadora de líderes, coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa Desperta na Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.


LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS: UMA NOVA ERA DA INTERNET

A privacidade individual no ambiente digital está em pauta há algum tempo e ainda renderá bastante assunto.

Um exemplo mais recente é a invasão da rede social Facebook, na semana passada. Quando os hackers fizeram esse ataque, a privacidade de 50 de milhões de usuários foi violada. 

A suspeita da Comissão de Proteção de Dados da Irlanda é de que o Facebook tenha violado a GDPR, em vigor desde maio deste ano e se caso essa for a conclusão a empresa receberá um valor altíssimo de multa. 
Essa é uma das situações que demonstram a importância de uma lei específica que cuide da segurança da proteção dos dados. 

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em agosto de 218, altera alguns dispositivos da Lei Marco Civil da Internet, apesar da necessidade de complementos,  é um grande passo.

"O Brasil acaba de entrar no mesmo patamar dos países desenvolvidos, com certeza é um avanço", comenta a advogada Mariana Nogueira, sócia do Leite, Tosto e Barros Advogados.

O País está caminhando para mais uma etapa importante, não só para quem utiliza as redes sociais, mas para esse novo mercado de consumo pela internet. 

Para elucidar o que vem acontecendo o LTB elaborou o infográfico abaixo, com um resumo do cenário atual.







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