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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Por que é importante se proteger contra a gripe todos os anos?


Os tipos de vírus influenza sofrem constantes mutações e, portanto, a composição da vacina muda anualmente.1-3

A vacina tetravalente de gripe com a composição de 2018 já está nas clínicas privadas.2


A gripe (influenza) é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa, sendo mais grave do que um resfriado comum, podendo levar a complicações médicas sérias.3,4,13 A doença pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, sendo facilmente transmitida através da tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada.3,24

A gripe é causada, principalmente, por quatro cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2)  e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria).2  E, como esses vírus estão em constante mudança de um ano para outro, novas vacinas precisam ser produzidas anualmente e por isso é importante se vacinar contra a gripe todos os anos.1-3 Anualmente, a composição das vacinas de gripe é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).2 Para 2018, a OMS anunciou que houve modificação na cepa A H3N2.2,25

Atualmente, os Estados Unidos e a Europa passam por um dos mais intensos surtos de gripe com altas taxas de casos confirmados e hospitalizações.5-7, 26,27 De outubro de 2017 a 3 de março de 2018, os EUA tiveram 24.664 hospitalizações confirmadas por Gripe (Influenza).5 Já na Europa, desde outubro de 2017, foram confirmados 20.312 casos de gripe e 11.434 hospitalizações.6,7

No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, o número total de casos confirmados de influenza até o final de outubro de 2017 foi de 2.412, sendo pacientes com uma mediana de idade de 45 anos8 – faixa etária que não é contemplada pela vacina oferecida no Programa Nacional de Imunizações (PNI).9,11 Dentre os casos de influenza, tivemos predomínio para o vírus influenza A (H3N2) com 64,5% e influenza B com 25,4%, sendo assim responsáveis por quase 90% dos casos.8 O estado com maior número de óbitos por influenza foi São Paulo, com 35,8% dos registros.

“Aqui, no Brasil, o vírus da gripe circula o ano todo, não apenas no inverno e é muito importante a conscientização da população sobre a importância da imunização todos os anos.3 Uma pesquisa recente da GSK revelou que mais de 60% dos adultos brasileiros não estão com a vacinação em dia.10 E isso se comprova pelos casos confirmados em pessoas acima de 45 anos.8 Mesmo essa faixa etária não sendo contemplada no Programa Nacional de Imunizações, é importante que procurem se vacinar. As pessoas devem checar se fazem parte dos grupos de risco que podem se vacinar nos postos de saúde. Caso contrário, devem procurar as vacinas na rede privada”9,11, afirma a Dra. Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas da GSK.


Vacinas trivalente e tetravalente

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a imunização é a forma de prevenção mais efetiva contra a gripe e, para isso, existem dois tipos de vacinas contra a gripe: a trivalente e a tetravalente.2,3

A vacina trivalente protege contra três cepas do vírus influenza2. Para 2018, a OMS definiu a composição da vacina com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B (Yamagata).2 Ela é oferecida gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos postos de saúde para crianças de 6 meses a 5 anos de idade, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, indígenas, pessoas acima de 60 anos e professores das escolas públicas e privadas.11

A vacina tetravalente está disponível na rede privada e possui proteção contra quatro diferentes cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria), o que significa 1 linhagem B a mais que as vacinas trivalentes.1,2 Sabe-se que as linhagens B foram responsáveis por quase 30% dos casos de gripe no ano de 2017.2,8

Todos os anos a OMS recomenda as três cepas de influenza para as vacinas trivalentes e recomenda a linhagem B adicional que deve ser incluída nas vacinas tetravalentes2. Porém, é possível ocorrer um “mismatch” ou incompatibilidade de B, quando a cepa presente nas vacinas trivalentes, é significativamente diferente da linhagem que circula no ambiente.1,23

A partir da campanha de 2018, a vacina influenza tetravalente da GSK, a Fluarix Tetra, estará disponível na rede privada para indivíduos a partir de 6 meses de idade.12

A Anvisa aprovou, em 26 de fevereiro deste ano, a ampliação de uso desta vacina para indivíduos a partir de 6 meses de idade, tendo a mesma apresentação para crianças e adultos. 12

“A vacina tetravalente oferece uma proteção mais ampla. É como ter mais de um airbag no carro. A população pode ter uma maior proteção contra os vírus da gripe que estão em circulação”, comenta Dra. Bárbara Furtado.


Diferenças entre gripe e resfriado

A gripe e o resfriado são doenças respiratórias, mas são causados ​​por diferentes vírus. Em geral, a gripe é pior do que o resfriado comum, e os sintomas são mais intensos. As pessoas com resfriado são mais propensas a apresentar sintomas como nariz escorrendo ou entupido. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde, como pneumonia, infecções bacterianas ou hospitalizações. A gripe pode ter complicações associadas muito graves. Os sintomas da gripe podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, dores musculares ou corporais, dores de cabeça, fadiga (cansaço), sendo uma doença potencialmente fatal.3,13


Febre Amarela e Gripe

Devido ao surto de Febre Amarela no país, é importante esclarecer para a população a possibilidade de imunização concomitante, ou em datas próximas, com as vacinas de Gripe (inativada) e Febre Amarela (atenuada):

1. Atualmente não existem estudos que avaliaram especificamente a possível interferência na resposta imune entre as vacinas de Febre Amarela e Gripe (Influenza).15-18

2. Não existem evidências de que a administração concomitante da vacina de Febre Amarela com vacinas inativadas produza interferências nas respostas imunes e na segurança das vacinas, sendo elas aplicadas simultaneamente ou com qualquer intervalo e/ou ordem entre as administrações. 15-20

3. Estudos clínicos limitados demonstraram que a resposta imunológica gerada pela vacina de Febre Amarela não é inibida pela administração de outras vacinas simultaneamente ou com intervalos de 1 dia a 1 mês.14

Sendo assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades de saúde não exigem um período mínimo de intervalo entre as doses e não contraindicam a administração de vacinas inativadas simultaneamente ou em qualquer momento antes ou após a vacinação contra Febre Amarela. 14-20





GSK


Referências:
  1. AMBROSE, CS. The rationale for quadrivalent influenza vaccines. Hum Vaccin Immunother, 8: 81-88, 2012.
  2. PORTAL BRASIL. Vacinas contra influenza irão combater três tipos de vírus em 2018. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2017/10/vacinas-contra-influenza-irao-combater-tres-tipos-de-virus-em-2018>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  3. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Influenza (seasonal) factsheet no 211. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs211/en/>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  4. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Flu Symptoms & Complications. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/about/disease/complications.htm>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  5. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Situation Update: Summary of Weekly FluView Report. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/weekly/summary.htm>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  6. FLU NEWS EUROPE. Primary care data. In: World Health Organization. Disponível em: <https://flunewseurope.org/PrimaryCareData>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  7. FLU NEWS EUROPE. Severity. In: World Health Organization.Disponível em: <https://flunewseurope.org/Severity>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  8. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe epidemiológico de influenza: monitoramento até a semana epidemiológica 43 de 2017. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/07/Informe-Epidemiol--gico-Influenza-2017-SE-43.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação adulto: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2017/2018. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adulto.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  10. IPSOS & GSK Vx - Vaccinate for life global consumer report. 2017.
  11. BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-ainda-e-a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 15 mar. 2018.
  12. FLUARIX® Tetra [vacina influenza tetravalente (fragmentada, inativada)]. Bula do produto.
  13. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Cold versus Flu. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/about/qa/coldflu.htm>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  14. WORLD HEALTH ORGANIZATION. SAGE working group on yellow fever vaccine: interference between YF vaccine and other vaccines, 11 january 2012. 26 p. Disponível em: <http://www.who.int/immunization/sage/meetings/2013/april/5_Concomitant_administration_interference_yellow_fever_vaccine_other_vaccines.pdf?ua=1>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  15. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. General recommendations on immunization. In: ___.Epidemiology and prevention of vaccine-preventable diseases. 13. ed. Washington: Public Health Foundation, 2015. p. 9-32. Disponível em: <http://www.cdc.gov/vaccines/pubs/pinkbook/downloads/genrec.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  16. STAPLES, JE. et al. Yellow fever vaccine: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep, 59(RR-7): 1-27, 2010.
  17. VACINA FEBRE AMARELA (ATENUADA). Bula do produto (Bio-Manguinhos).
  18. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacina febre amarela – FA. Disponível em: <http://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/65-vacina-febre-amarela-fa>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  19. BRASIL. Ministério da saúde. Memento terapêutico 2014. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2014. 95 p. Disponível em: <http://www.bio.fiocruz.br/images/stories/pdfs/outros/memento-terapeutico-2014.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA. Febre amarela: informativo para profissionais de saúde, atualizado em 13/02/2017. 22 p. Disponível em: <https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2017/02/FA_-_Profissionais_13fev.pdf>. Acesso em: 21 fev. 2018.
  21. NHS. 10 myths about flu and the flu vaccine. Disponível em: <http://www.nhs.uk/Livewell/winterhealth/Pages/Flu-myths.aspx>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  22. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Seasonal Flu Shot: Question & Answers. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/about/qa/flushot.htm>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  23. OLIVEIRA, MLA. et al. Mismatch between vaccine strains and circulating influenza b viruses in different regions of Brazil: 2001-2013. In: OPTIONS FOR THE CONTROL OF INFLUENZA, 8, 2013, Cape Town [Poster presentation].
  24. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key facts about Influenza (Flu), 2017. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/keyfacts.htm>. Acesso em: 02 abr. 2018.
  25. PORTAL BRASIL. Anvisa define nova composição da vacina contra gripe para 2017. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2016/10/anvisa-define-nova-composicao-da-vacina-contra-gripe-para-2017>. Acesso em: 27 fev. 2018.
  26. REUTERS. U.S. flu outbreak worsens, likely to linger for weeks: CDC, 2018. Disponível em: <https://www.reuters.com/article/us-usa-flu/u-s-flu-outbreak-worsens-likely-to-linger-for-weeks-cdc-idUSKBN1FT2I3>. Acesso em: 02 abr. 2018.
  27. THE GUARDIAN. Flu outbreak: UK deaths triple with GPs seeing major rise in patients. Disponível em: <https://www.theguardian.com/society/2018/jan/18/flu-outbreak-gps-under-huge-pressure-as-deaths-soar-to-120>. Acesso em: 02 abr. 2018.

"As marcas registradas pertencem ou são licenciados ao grupo de empresas GSK."

Doença de Parkinson, degenerativa e progressiva


Cerca de 200 mil brasileiros sofrem da doença de Parkinson. No mundo, 1% da população mundial padece da enfermidade, que é progressiva, neurodegenerativa e afeta várias partes do corpo, mas atinge com mais intensidade as áreas do cérebro que controlam os movimentos voluntários, gerando dificuldades na execução das atividades rotineiras, como caminhar e segurar objetos. 

Para esclarecer e informar a população sobre a doença, em 1988 a OMS (Organização Mundial da Saúde) instituiu 11 de abril como o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, nome dado em homenagem ao médico que descreveu o mal, em 1817, James Parkinson.

“O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson tem grande importância para a compreensão da enfermidade”, destaca o neurologista Marcus Vinicius Della Coletta, Secretário do Departamento Científico de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Ele explica que os sintomas mais evidentes são os motores, como tremor de repouso, lentidão dos movimentos, desequilíbrio e maior rigidez muscular. Segundo o médico, é vital o início do tratamento assim que surgem os primeiros sintomas, pois o controle da doença preserva a qualidade de vida do paciente.

        “O diagnóstico deve ser feito por um neurologista e é basicamente clínico, faz-se analisando os sintomas, as formas de evolução, a história de outras doenças associadas e o histórico familiar”, afirma o médico.

     Doentes de Parkinson sofrem uma degeneração na região do cérebro chamada Substância Negra, que causa deficiência na dopamina (neurotransmissor que controla os movimentos finos e coordenados das pessoas).

O neurologista explica ainda que os pacientes precisam entender que a Doença de Parkinson é uma enfermidade crônica e que eles necessitarão de tratamento constante.

“Os portadores da doença não devem nunca abandonar os cuidados e orientações médicas”, destaca.
Ele também ressalta a importância de terapias como fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional n o controle da doença.

“O Parkinson não tem cura, mas pode ser controlado”, conclui Marcus.


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