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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Manter hábitos saudáveis é fundamental em caso de diabetes gestacional



A gravidez tem muitos momentos importantes e exige diversos cuidados por parte da mulher, que inclui uma rotina de hábitos saudáveis, a realização de exames periódicos etc. Durante este período da gestação, um exame essencial para a saúde da mãe e do bebê é o de curva glicêmica por exemplo. Para se ter ideia, o diabetes gestacional afeta uma em cada dez gestações¹ e aumenta o risco de complicações durante a gestação e no momento do parto.

O diabetes gestacional ocorre devido às mudanças fisiológicas no organismo da mulher e que podem reduzir e até mesmo bloquear a ação da insulina. Acompanhada de outros fatores de risco, como o sobrepeso, síndrome do ovário policístico (SOP) ou histórico familiar de diabetes tipo 2,  essa resistência à insulina pode evoluir para um diabetes gestacional.

As complicações do diabetes gestacional podem afetar a mãe e o bebê, como o parto prematuro, icterícia, hipoglicemia após o nascimento, aumento do risco de pré-eclampsia (elevação súbita da pressão), entre outros.

Apesar dos riscos de um possível diabetes gestacional, a mãe e o bebê podem passar pela gestação de maneira saudável por meio de algumas mudanças práticas na rotina e de um tratamento adequado. “É importante lembrar que o diagnóstico de diabetes gestacional não é definitivo. Para muitas mulheres, especialmente as que seguem uma boa dieta e um plano de exercícios, o diabetes gestacional é temporário e tende a se resolver após o nascimento do bebê”, afirma Patricia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil.


5 MANEIRAS DE SE MANTER SAUDÁVEL DURANTE O DIABETES GESTACIONAL

O diagnóstico do diabetes gestacional pode assustar muitas mães, mas é possível levar uma gravidez tranquila por meio de algumas mudanças de hábitos e mantendo os níveis de glicemia saudáveis. Confira algumas dicas:


·         CRIE UMA ESTRATÉGIA SAUDÁVEL PARA OS CARBOIDRATOS
Substitua carboidratos refinados como pão branco, doces e refrigerantes por opções integrais que são ricas em fibras, como pão integral, frutas e verduras. Distribua sua ingestão de alimentos com carboidratos ao longo do dia para manter a glicemia estável.


·         FAÇA PEQUENAS REFEIÇÕES AO LONGO DO DIA
Ao invés de fazer três grandes refeições por dia, opte por pequenas refeições ou lanches com carboidratos reduzidos, entre duas e quatro horas, de acordo com a recomendação do médico e/ou do nutricionista.


·         TENHA UMA VIDA ATIVA DURANTE A GESTAÇÃO
Caso sua rotina antes da gravidez era de praticar regularmente exercícios físicos, o ideal é conversar com seu médico sobre manter a rotina semelhante durante a gravidez, pois até mesmo uma caminhada curta de 10 minutos após cada refeição pode ter um impacto positivo para sua gravidez.


·         FIQUE DE OLHO NOS NÍVEIS DE GLICEMIA
Em geral, os níveis glicêmicos devem ser medidos após cada refeição, mas o médico pode aconselhar também a realização de testes no início da manhã e antes das refeições.


·         INFORME O DIAGNÓSTICO AO SEU MÉDICO
Mulheres com diabetes gestacional têm maior possibilidade (60%) de desenvolver o diabetes tipo 2 em um momento posterior da vida. Por isso, é importante realizar check-ups regulares. Alguns médicos podem inclusive recomendar a realização de exames para checagem dos níveis de glicemia em intervalos de um a três anos.







Referências:

1.   Carla L. DeSisto, MPH; Shin Y. Kim, MPH; Andrea J. Sharma, MPH, PhD. Prevalence Estimates of Gestational Diabetes Mellitus in the United States, Pregnancy Risk Assessment Monitoring System (PRAMS), 2007–2010. Centers for disease control and prevention. [acesso em 12 de setembro de 2017]. Disponível em: https://www.cdc.gov/pcd/issues/2014/13_0415.htm





São Paulo terá evento gratuito no Dia Mundial do Diabetes



 Ações educativas vão para marcar o dia 14 de novembro na Marquise do Ibirapuera, em São Paulo. Evento é da Sociedade Brasileira de Diabetes e objetivo é conscientizar população sobre uma doença silenciosa’


No próximo dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, das 10h às 16h, a Sociedade Brasileira de Diabetes/Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia vai realizar uma grande ação gratuita na cidade de São Paulo a fim de conscientizar a população sobre esse problema, que atinge 14,3 milhões de pessoas em todo o Brasil. Diversos serviços serão oferecidos a todos os interessados assim como serão dadas orientações e encaminhamentos, se necessário. Hoje, País já é o quarto do mundo em número de pessoas acometidas pelo problema.

O objetivo desse evento é divulgar a todos os interessados a importância de se colocar em discussão o diabetes, e principalmente poder diagnosticar precocemente, tratar e dar a atenção e assistência a pacientes com diabetes. “Queremos mobilizar todos para uma grande causa e mostrar que diabetes demanda uma maior atenção, já que milhões de pessoas convivem com o problema e muitas vezes não sabem que têm. Nessa ação ofereceremos serviços gratuitos com especialistas de várias áreas e nesse grande formato será inédito em São Paulo”, diz Márcio Krakauer, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Atividades

Durante o dia 14 de novembro, das 10h às 16 Marquise do Ibirapuera (portão 2 e 3), haverá para toda a população, gratuitamente, ações educativas de conscientização que vão contemplar palestras médicas e motivacionais e exames gratuitos como glicemia, colesterol, pressão arterial, orientação nutricional, exame de fundo de olho detalhado, saúde da mulher, verificação dos pés entre outros. Quinze estandes estarão dispostos à população juntamente com espaço Kids, academia de ginástica, atrações musicais e um balé especial de meninas deficientes visuais.

Serviço:

Local: Marquise do Ibirapuera (ao lado do Museu de Arte Moderna)
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n -Portão 2 (para pedestres) e Portão 3 (entrada da Bienal/estacionamento com Zona Azul)
Evento gratuito


Esse evento do Dia Mundial do Diabetes é da Sociedade Brasileira de Diabetes/Sociedade Brasileira de Endocrinologia tem os seguintes apoios: Iede, UFRJ, Hospital Pró-Cardíaco, Rio Sport Center, Prefeitura RJ e Fundação Cidade das Artes e patrocínio da AstraZeneca, Eli Lilly, Servier, MSD, Novartis, Takeda, Novo Nordisk, Aliança Boehringer Ingelheim – Eli Lilly, Alere, Roche, Merck e Bayer.

 
Entenda o diabetes
Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina na secreção de insulina ou em ambas. Em resumo, é a elevação da glicose no sangue. Os alimentos sofrem digestão no intestino e se transformam em açúcar, chamada glicose, que e absorvida para o sangue. A glicose no sangue é usada pelos tecidos como energia. A utilização da glicose depende da presença de insulina - substância produzida nas células do pâncreas. Quando a glicose não é bem utilizada pelo organismo ela se eleva no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

Existem basicamente quatro tipos de diabetes e todos dependem de tratamento para o controle da doença.


Diabetes tipo 1

É também conhecido como diabetes insulinodependente e tem o idiopático (tipo 1A e autoimune (tipo 1B), Diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.


Diabetes tipo 2

É chamado de diabetes não insulinodependente e temos alguns tipos específicos e o gestacional. É o diabetes do adulto e corresponde a aproximadamente 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade também seja visto com maior frequência em adultos jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse da vida urbana. No diabetes tipo 2 encontra-se a presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de hiperglicemia. Por ter poucos sintomas, o diabetes, na maioria das vezes, permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro entre outros órgãos.



Sintomas de Diabetes

Aproximadamente metade dos portadores de diabetes tipo 2 desconhecem sua condição, uma vez que a doença apresenta poucos sintomas. O diagnóstico precoce do diabetes é importante, pois o tratamento evita complicações. Quando presentes os sintomas mais comuns são: urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes à noite para urinar, sede excessiva, aumento do apetite, perda de peso – em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva, cansaço, vista embaçada ou turvação visual e infecções frequentes, sendo as mais comuns às infecções de pele.

No diabetes tipo 2 esses sintomas quando presentes se instalam de maneira gradativa e, muitas vezes, podem não ser percebidos pelas pessoas. Ao contrário no diabetes tipo 1, os sintomas se instalam com rapidez, em especial urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento. Quando o diagnóstico não é feito aos primeiros sintomas os portadores de diabetes tipo 1, podem até entrarem em coma, ou seja, perderem a consciência, uma situação de emergência e grave. Quaisquer que sejam os sintomas, um médico deve ser procurado imediatamente para realização de exames que esclarecerão o diagnóstico.



Quem pode ter diabetes

A maioria, próximo a 90% dos portadores de diabetes, é do tipo 2, pouco sintomática, podendo passar despercebida e retardar portanto o diagnóstico, tratamento e favorecer a ocorrência de complicações. A presença de uma ou mais das seguintes condições sugerem a possibilidade da presença de diabetes: familiares próximos portadores de diabetes, idade maior que 45 anos, excesso de peso ou obesidade, pressão alta, colesterol elevado e mulheres com antecedentes de filhos nascidos com mais de 4kg.



Dados de diabetes no Brasil

·         O Brasil atualmente tem 14,3 milhões de pessoas com diabetes
·         Metade das pessoas com diabetes não sabem que têm o problema
·         Isso representa 9,4% da população brasileira
·         Atualmente morrem 130.700 pessoas devido ao diabetes no Brasil

Dados de diabetes no mundo

·         Um em cada 11 adultos têm diabetes no mundo (415 milhões de pessoas)
·         Um em cada dois adultos com diabetes ainda não foi diagnosticado
·         12% das despesas com saúde no mundo é gasto com diabetes (USD 673 bilhões)
·         Em 2040 a IDF estima que serão 642 milhões de pessoas com diabetes e as despesas serão superiores a USD 802 bilhões
·         Diabetes é a principal causa de cegueira, falência renal e amputações de membros inferiores
·         A mortalidade devido ao diabetes é maior do que o HIV/AIDS, tuberculose e malária somados. Ou seja, uma morte a cada seis segundos.

Fonte: International Diabetes Foundation (IDF)




Sobre a Sociedade Brasileira de Diabetes
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é uma associação civil, sem fins lucrativos e foi fundada em 1970. Tem como membros médicos e outros profissionais de saúde com interesse em diabetes mellitus. Filiada à International Diabetes Federation (IDF), tem como missão contribuir sempre para a prevenção e tratamento adequado do diabetes, disseminando conhecimento técnico-científico entre médicos e profissionais de saúde para conscientizar a população a respeito do diabetes visando a melhora da qualidade de vida das pessoas com diabetes. O objetivo é colaborar com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas para a atenção correta dos pacientes e redução significativa do número de indivíduos com diabetes em nosso país. Além disso, ser reconhecida nacional e internacionalmente como uma instituição-referência e um centro de saber e informação em diabetes, orientada por princípios de ética e transparência e por uma conduta médica e social desvinculada de qualquer interesse pessoal, financeiro ou corporativo.



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