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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Como montar um currículo com pouca ou nenhuma experiência profissional



Trabalho com "bicos" e boa formação podem ajudar a conseguir o tão desejado emprego


A elaboração do currículo é o primeiro passo para quem está em busca de um emprego. Seja para quem está à procura de recolocação no mercado ou para quem deseja um novo desafio na carreira, ele é o cartão de visitas para que o recrutador entre em contato para dar início a algum processo seletivo.

Dados pessoais, formação, experiência e cursos realizados são algumas informações que constam no documento. Mas, nem todas elas estarão presentes, seja porque o candidato ainda não entrou no mercado de trabalho ou mesmo não tem muita vivência profissional. “De maneira geral, a idade ou a falta de experiência não são vistas de maneira negativa pelas empresas. Em algum momento, as pessoas precisam começar a trabalhar para, assim, obter experiências de trabalho. E quando é este o caso, outros pontos serão analisados pelo recrutador”, explica o diretor da Prepara Cursos, Guilherme Maynard.

Segundo Maynard, os recrutadores consideram bastante uma boa formação, seja em nível médio, técnico ou superior. Além disso, ter conhecimentos em alguma língua estrangeira ou ter realizado trabalho voluntário ou intercâmbio agregam qualidade ao currículo, independentemente de ter ou não alguma experiência. “O candidato pode – e deve – listar cursos como, por exemplo, de informática ou profissionalizantes. Caso tenha, eles são habilidades que devem ser citadas”, afirma.

“Também não há problema nenhum em informar se atuou em alguma atividade fora do mercado formal. Os trabalhos temporários podem ajudar a mostrar que a pessoa tem interesse em aprender e não tem problema nenhum com o trabalho desenvolvido. Tudo isso irá será avaliado e poderá resultar positivamente”, complementa Maynard.

Veja, abaixo, um passo a passo para montar um currículo, com pouca ou nenhuma experiência profissional.


1 – Dados pessoais

Deve conter apenas nome completo, data de nascimento, estado civil, contatos e e-mail. Caso o número indicado seja para receber recados, não se esqueça de escrever o nome de quem irá atender, nem de avisar que alguém poderá ligar para falar sobre uma possível seleção de emprego. Informe também seu endereço completo com CEP.


2 – Objetivo

Seja curto e direto na elaboração do texto. Mas, uma observação: não seja muito específico para não perder possíveis oportunidades, nem amplie muito as possibilidades para não indicar falta de foco no que deseja.


3 – Formação

Informe o último grau de escolaridade. Se não tiver nível superior, cite o nível médio e assim por diante. Não esqueça o nome da instituição, do curso e o status (concluído, previsão para término, etc).


4 – Idioma, informática e outros cursos

Se não tiver nenhuma experiência profissional, dê uma atenção especial a este campo. Descreva os cursos que fez, incluindo os de idiomas, profissionalizantes e especializações. Todos serão válidos para mostrar que você tem outras habilidades que poderão ser aproveitadas no futuro emprego.


5 – Outras experiências

Se tiver trabalhado no mercado informal (bicos), cite as suas experiências. E caso tenha realizado algum trabalho voluntário, também acrescente as informações.


6 – Não colocar:

- Título – “currículo vitae” ou “currículo”;

- Número de documentos;

- Nome dos pais, marido ou esposa e filhos;

- Foto e pretensão salarial – apenas quando for solicitado pelo recrutador;

- Habilidades como, por exemplo, criatividade e proatividade;

- Referências pessoais – os contatos de pessoas que podem falar algo sobre suas habilidades profissionais não devem ser indicados.






Prepara Cursos




O Refis e os ciclos econômicos



Em outubro, o Senado aprovou a medida provisória do Refis, encaminhando-a para a análise da Presidência da República. A ideia central consiste em permitir que pessoas físicas e empresas com dívidas assumidas com o Fisco parcelem seus débitos com descontos de juros e multas. Sabemos que na atual situação das empresas essa ação do governo poderá ajudar na melhora de seus indicadores econômicos e financeiros e favorecer a retomada dos canais de crédito, fundamentais para a recuperação da atividade produtiva. Entretanto, destacamos que as adoções constantes de medidas de renúncia fiscais podem abrir espaços perigosos para a dinâmica e os ciclos econômicos e, por isso, gostaríamos de reforçar nossa posição contrária a esse tipo de medida.

A necessidade recorrente de salvamento de várias empresas pela renúncia fiscal, em períodos de recessão, poderá gerar mudanças no comportamento futuro dos empresários brasileiros, inclusive aqueles que mesmo em grandes dificuldades não venham medir esforços para manter suas obrigações tributárias em dia. O problema do risco moral poderá gerar uma cultura empresarial perigosa. Observem a seguinte situação: a economia brasileira, por motivos internos ou externos, inicia um período de maior incerteza e pessimismo, ocasionando uma desaceleração de sua atividade produtiva. As empresas começam a enfrentar uma maior dificuldade de caixa, principalmente as mais alavancadas. Os empresários reconhecem o passivo fiscal, mas deixam de honrar seus compromissos tributários, esperando um novo Refis. Ele protege seu caixa, mas o governo arrecada menos. Caso esse movimento ocorra de forma sistêmica, em virtude de uma nova cultura empresarial, o governo deixa de arrecadar receitas primárias relevantes.

Sabemos que as despesas obrigatórias do setor público brasileiro exigem um desembolso expressivo de recursos, seja para manter o funcionamento da máquina pública ou dos programas de assistência social, incluindo aposentadorias e benefícios. A situação fiscal começa a se deteriorar. O que o governo faz? Reduz seus gastos com investimento produtivo e aumenta seu nível de endividamento. A primeira ação poderá contribuir para que o ciclo de forte desaceleração rapidamente torne-se uma recessão econômica. O Estado ficará travado para realizar seus movimentos contra cíclicos de expansão de investimentos públicos e reversão das expectativas pessimistas dos empresários.

A segunda ação prejudicará a dinâmica da dívida pública em relação ao PIB. Como a dívida bruta brasileira já ultrapassou o limite superior seguro de 60% do PIB, entendemos que renúncias fiscais são ações que poderão prejudicar a administração financeira do Estado, principalmente durante a recessão. O crescimento rápido e perigoso da razão dívida/PIB aumenta o risco país, desvalorizando a taxa de câmbio. A economia passa a enfrentar uma maior pressão de câmbio e preços, isto é, um período de estagnação econômica com inflação, conhecido pelos economistas como estagflação.

Visto que o atual Refis é um fato praticamente consumado e entrará em vigor nos próximos dias, sugerimos que o governo federal venha a sinalizar mudanças importantes. Primeiro, a reforma tributária, principalmente buscando a simplificação, transparência e eficiência dos impostos indiretos. Neste caso, a criação de um imposto único sobre o valor agregado é interessante. Segundo, a sinalização que o Estado não irá adotar, de forma recorrente, medidas de parcelamento de débitos tributários, evitando alimentar uma cultura empresarial que prejudica o exercício da função estabilizadora do setor público brasileiro.





Lucas Lautert Dezordi - professor titular do curso de Economia da Universidade Positivo (UP) e sócio da Valuup Consultoria e Luís Gustavo Budziak, professor da Pós-Graduação da Universidade Positivo (UP) e sócio da Valuup Consultoria.




Desenvolvimento nacional depende da base industrial, diz especialista



Apesar da importância que tem na economia, a indústria brasileira está aquém do seu potencial produtivo. Essa é a avaliação do gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Na visão do especialista, incluir o aumento da produtividade na agenda do desenvolvimento da indústria e reduzir os obstáculos que aumentam os custos da produção são fatores que podem sanar o problema.

Durante seminário promovido na Câmara dos Deputados na última terça-feira (7), Castelo Branco informou que o segmento tem uma participação de 21,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na ocasião, o especialista citou alguns pontos que poderiam melhorar a produtividade do setor. "Nós precisamos fazer com que produzir no Brasil custe menos. os custos associados ao salário, os encargos, têm que ser menores. Com mais produtividade, os salários vão crescer”, disse.

Para o professor titular de Economia Política da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD/USP), Gilberto Bercovici, os demais setores da economia são fundamentais para o Brasil. “Não existe país algum no mundo que se desenvolveu simplesmente com uma economia baseada em serviços, só com produtos primários. Eles têm uma base industrial”, afirma.

Dados da Confederação Nacional da Indústria comprovam isso. Segundo a CNI, o setor é responsável por 22,2% do emprego formal, 22% da massa de salários e por 38,1% das exportações.

Uma pesquisa apresentada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que este ano o país cresceu 2,6% na produção industrial em relação a 2016. Se comparado ao último trimestre, o resultado é o melhor desde 2013, com destaque para Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Goiás.




Protagonismo


Avaliando a participação atual da indústria no PIB brasileiro, o deputado e presidente da Comissão de Trabalho, Administração e de Serviço Público, Orlando Silva (PCdoB-SP), afirma que o setor precisa recuperar o papel de protagonista na economia nacional. “A indústria da transformação tem um peso na economia equivalente aos anos 50, tem um peso no PIB de um dígito. Isso revela a necessidade de nós garantirmos o papel na indústria no desenvolvimento do Brasil.”


A presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), também ressaltou a importância de o tema ser discutido amplamente na sociedade. De acordo com a parlamentar, o assunto interessa tanto aos trabalhadores quanto ao empresariado. “É uma pauta de país. Não podemos fazer um reducionismo de sua importância”, opinou.





Marquezan Araújo

Fonte: Agência do Rádio Mais 




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