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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Perigos para a saúde auditiva das crianças




Atividades simples do dia a dia podem comprometer a audição infantil. Saiba como fazer a prevenção e identificar os principais sintomas. 

Estima-se que 16% da população sofra com alguma forma de perda auditiva, destes, apenas 30% são idosos. Partindo deste viés, fica nítida a importância de cuidar da saúde auditiva desde cedo, mais precisamente desde o nascimento. 
Enquanto o bebê ainda estiver na maternidade deve-se realizar o teste de triagem neonatal auditiva, popularmente conhecido como teste da orelhinha. O exame é gratuito e obrigatório por lei desde 2010. Trata-se de um procedimento simples e rápido, realizado entre o segundo e o terceiro dia de vida para detectar precocemente algum grau de surdez. 
Segundo a fonoaudióloga, Katya Freire, especialista em audiologia, com atuação no Children’s Hospital de San Diego, na Califórnia, na hora de amamentar, jamais deixe o bebê na posição deitada, especialmente se ele for tomar mamadeira. Esta posição propicia a presença de líquidos numa parte do sistema auditivo, chamada de orelha média e, pode acarretar em uma otite média. O correto é amamentar o bebê sentado ou em pé, uma vez que nos bebês a tuba auditiva, que faz a conexão da orelha média com nariz e garganta, está numa posição mais horizontalizada que a dos adultos, propiciando a entrada de líquidos quando deitado.
A otite média também pode ocorrer em virtude de complicações causadas por outras doenças como, dor de garganta, resfriados, gripes e alergias e, se for recorrente e mal curada, pode afetar as células auditivas da cóclea, ocasionando perdas auditivas permanentes. Portanto, ao notar qualquer indício de infecção no ouvido é indicado procurar um médico otorrinolaringologista, e seguir à risca o tratamento, porque a otite média é uma das principais causas de perda de audição na infância.

Perigo dentro de casa 
A pressão sonora é a grande vilã da saúde auditiva, por isso, os pais precisam ter cuidado redobrado para evitar que as crianças sejam afetadas diretamente pelo excesso de níveis de pressão sonora.
Às vezes, a própria rotina da casa pode ser prejudicial para a audição infantil. Um hábito comum nos lares, mas que deve ser evitado, é utilizar aparelhos de som e televisores com volume alto. Também não é recomendado deixar crianças muito tempo próximas de aparelhos domésticos ruidosos como secador de cabelo, aspirador de pó e liquidificador. Até mesmo um objeto de distração, como um brinquedo que emite sons acima do aceitável, é um fator que pode contribuir com a perda auditiva. 
Afim de certificar a segurança dos brinquedos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina que um brinquedo com ruído contínuo não pode exceder os 85 decibéis. Uma maneira de assegurar que o brinquedo está dentro dos padrões estabelecidos é verificar se possui o selo do Inmetro, uma indicação de que o produto passou por averiguação dos níveis sonoros.  
"Quanto maior o nível de pressão sonora, menor é o tempo de exposição permitido para que não haja danos na audição. Por exemplo, se um brinquedo emitir ruídos de 100 decibéis, o aconselhável é que a criança brinque por no máximo 15 minutos", esclarece a fonoaudióloga. 

Proteja o seu artista 
Que pai e mãe não tem orgulho do talento dos filhos? Crianças com dom para cantar ou tocar um instrumento musical devem ser incentivadas, mas a família tem que acompanhar de perto os cuidados com a audição destes talentos mirins. 
Para proteger os pequenos artistas da música da perda auditiva induzida pelo ruído, durante ensaios e shows, é necessário ficar de olho nos níveis de pressão sonora que estão expostos. Para isso, se torna indispensável o uso de protetores auditivos com filtro ou monitores in ears específicos com isolamento acústico, dependendo do tamanho do conduto auditivo. “Outra estratégia, por exemplo, é fazer intervalos de 30 minutos entre as exposições a ruídos, durante um ensaio”, explica Katya.
Katya alerta os pais para ficarem atentos caso os filhos apresentem queixas comuns entre os músicos como, zumbido, sensação de plenitude auricular e pressão no ouvido. 
"A perda de audição em crianças pode afetar o seu desenvolvimento, dificultando a aquisição da linguagem oral e a capacidade de aprendizagem. E vale ressaltar que a deficiência auditiva, na maioria das vezes, começa de forma progressiva, mas pode se tornar irreversível, por isso, é preciso prevenir e jamais descuidar dos sintomas", enfatiza a especialista em audiologia.



Katya Freire - Diretora clínica da Audicare, graduada em Fonoaudiologia pela PUCCAMP, com especialização em Audiologia pelo CFFa. Mestrado pela PUC-SP e doutorado em Ciências pela UNIFESP. Fez aperfeiçoamento nos EUA, na SDSU San Diego State University.  No Brasil, é pioneira no trabalho de preservação e conservação auditiva dos músicos. A Audicare foi criada com o diferencial no atendimento personalizado, caracterizando-a como uma "Boutique da Audição", que tem como marca a excelência no relacionamento e na qualidade de seus profissionais, serviços e produtos. Desenvolveu o Treinamento Auditivo Musical (TAM) para treinar as habilidades auditivas de crianças, adultos e idosos.



Vacinação contra gripe diminui risco de hospitalização de pacientes com DPOC



Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia alerta para perigos do vírus Influenza na piora dos quadros respiratórios

A gripe está entre as maiores causas de morbidade e mortalidade em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), sendo responsável por mais de 35% de todas as pioras agudas da doença[1]. A vacinação contra o vírus influenza é uma das maneiras de prevenir agravamentos por gripe nesse grupo¹.
Segundo Frederico Leon Arrabal Fernandes, coordenador da Comissão de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, “a vacinação reduz a incidência, as complicações e formas graves da doença e é recomendada a todo portador de doença respiratória crônica”. A imunização contra influenza em pacientes com DPOC pode diminuir até em 52% os casos de internação e 70% da mortalidade[2]

O Ministério da Saúde reconhece a gravidade da gripe em pacientes com DPOC e inclui esse grupo como um dos prioritários no calendário de vacinação contra influenza anualmente[3]


A gripe e a DPOC
Frederico explica que quando um portador de DPOC é infectado pelo vírus Influenza, o epitélio, camada de células que protege as vias respiratórias, inflama-se e pode descamar, diminuindo as defesas do pulmão. Sem conseguir se defender adequadamente, o doente crônico pode desenvolver uma pneumonia.
O médico complementa que, além disso, a gripe pode aumentar também a produção de muco, o que faz a respiração se tornar mais difícil e, em alguns casos, pode evoluir para insuficiência respiratória, fazendo com que o paciente precise de suplementação de oxigênio ou até suporte de ventilação mecânica.
“O principal é saber quando o quadro respiratório é mais grave e precisa de atenção médica. Dificuldade para respirar, febre alta persistente e queda no estado geral são sinais de alerta que justificam a procura de atendimento médico”, alerta Frederico. 

A Organização Mundial da Saúde define a DPOC como um “guarda-chuva” de doenças pulmonares crônicas que causam limitações no fluxo de ar pulmonar. A doença afeta mais de 64 milhões de pessoas no mundo e a previsão é que seja a terceira causa de morte mundial até 20304

Os sintomas mais comuns incluem falta de ar, produção excessiva de expectoração e tosse crônica. A principal causa para a DPOC é o tabagismo, porém a poluição, tanto de ambientes de trabalho como indústrias, como a do ar livre pode levar à doença. Além disso, pessoas que tiveram frequentes infecções respiratórias na infância têm grande chance de desenvolver a doença.  A maioria dos casos, no entanto, pode ser prevenida[4]




Sanofi



[1] Howells CHL, Tyler LE. Prophylatic use of influenza vaccine in patients with chronic bronchitis. Lancet 1961;30:1428-32.
[2] Nichol KL, Baken L, Nelson A. Relation between influenza vaccination and outpatients visits, hospitalization, and mortality in elderly persons with chronic lung disease. Ann Intern Med 1999;130:397-403.
[3] http://www.blog.saude.gov.br/index.php/entenda-o-sus/50930-vacinacao-contra-a-gripe-entenda-se-voce-faz-parte-do-grupo-prioritario
[4] Organização Mundial da Saúde. Chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Disponível em: http://www.who.int/respiratory/copd/en/ (acessado em 31/01/2017).





Saiba as diferenças entre as crises de ansiedade e a Síndrome do Pânico



 Psicóloga Lizandra Arita explica o que difere uma ansiedade comum do medo patológico




Estudo latino-americano realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental estima que cerca de 40 milhões de adultos a partir dos 18 anos apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a Síndrome do Pânico afeta 2 a 4% da população mundial. 

A psicóloga Lizandra Arita explica que inúmeras são as situações que possam desencadear crises de ansiedade. No entanto, há diferenças substanciais entre estes “ataques ansiosos” com a Síndrome do Pânico. “É preciso diferenciar a ansiedade comum da Síndrome do Pânico. Enquanto a ansiedade comum necessita de um contexto, um alvo de preocupação, as crises de Pânico são inesperadas e podem acometer o indivíduo a qualquer momento, mesmo em situações que não apresentam nenhum tipo de risco”, esclarece. 

Entre os sintomas da Síndrome do Pânico estão insônia, dormência e formigamento nas mãos, sudorese, vertigem, além da sensação terrível de morte provocada pela rapidez repentina dos batimentos cardíacos chamada de taquicardia.  “As crises de Pânico podem ocorrer a qualquer momento, no entanto quem possui o transtorno considera insuportável estar em ambientes fechados como elevador, avião, sala de espera e congestionamentos no trânsito”, acrescenta Lizandra. 

De acordo com a psicoterapeuta, a Síndrome do Pânico gera a agorafobia, isto é, medo de estar em espaços públicos, ambientes fechados e lugares que dificultam a locomoção e o auxílio, caso a pessoa tenha um ataque inesperado. “É o que chamamos de medo do medo. O paciente pode ficar refém da doença e complicar a convivência social necessária nas atividades cotidianas. É uma patologia séria que requer diagnóstico urgente, consultas ao psiquiatra (com a franca possibilidade de ter que ingerir medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos) e tratamento psicoterapêutico”, alerta a especialista.  





Lizandra Arita - Especializada em Programação Neurolinguística, Hipnose e Auto-Hipnose, Rebirthing (método de respiração consciente), Psicodinâmicas e Gerenciamento de Emoções e Conflitos.  Atua, em tratamentos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou comportamentais, fobias, pânico e Transtornos Obsessivos Compulsivos (TOC). Graduada pela Universidade Bandeirantes de São Paulo, a psicoterapeuta Lizandra Arita tem experiência em Psicologia Clínica e Institucional pelo Hospital Vera Cruz.




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