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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Final de ano exige mais atenção com a saúde




O ritmo mais intenso de trabalho, típico do final do ano, emite um alerta ao estresse dos trabalhadores que, nesta época, pode gerar ou agravar os desequilíbrios na alimentação, no sono e na saúde mental. O alerta é da Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, que reúne as maiores empresas de medicina do trabalho do país.

“No final do ano há o risco do exagero: atividades de trabalho que podem exigir o aumento da jornada diária, os excessos na alimentação e, por vezes, na ingestão de bebidas alcoólicas, além da redução das horas de sono tão necessárias para a recuperação do organismo”, destaca Paulo Zaia, diretor da AGSSO.  Além do comprometimento da qualidade de vida do trabalhador e do custo para o Estado, há a perda de competitividade para as empresas. “Por isso é fundamental que o médico do trabalho alerte o trabalhador e a empresa assim que identificar os primeiros sinais do desequilíbrio na relação saudável entre trabalho e vida pessoal. Sanar as causas e investir em ergonomia, avaliando itens relacionados a organização do trabalho, pode evitar o desenvolvimento de doenças”, destaca. “Muitas vezes as causas envolvem a distribuição das tarefas e os processos com que elas são tratadas nas organizações”, descreve. 

Sobre as alterações de saúde mental, encabeçadas principalmente pelos distúrbios de ansiedade, hoje são um dos maiores grupos de doenças a gerar afastamento previdenciários. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, transtornos mentais e comportamentais foram a quarta causa de afastamento previdenciário de janeiro a junho de 2016.

Mas o que nem todos lembram é que o estresse também é um fator benéfico ao desenvolvimento de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, seja ele profissional ou pessoal. “Os estímulos estão sempre presentes e é por isso mesmo que todos devemos investir no autoconhecimento contínuo e nas atividades de relaxamento do dia a dia, que trazem o equilíbrio mental e o bem estar”, alerta Zaia. 

Estimular o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores, além de avaliar a implantação de programas de assistência ao empregado (EAP, em inglês), podem aumentar o grau de resiliência e a resistência aos momentos de maior stress na vida diária. Esses programas são suporte a desequilíbrios pontuais dos trabalhadores, e até de seus dependentes – dependendo da abrangência da contratação do programa, atuando na área da psicologia, das finanças e até mesmo na área jurídica. Trazem orientações rápidas aos indivíduos e encaminham, caso necessário, a profissionais referenciados para solução dos problemas. Com isso as empresas esperam que o trabalhador tenha menos preocupações extra profissionais no horário do trabalho e, por consequência, atuem com a totalidade de sua capacidade e produtividade. 




AGSSO – a Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional




Operação Verão: cuidados para não se lesionar ao iniciar uma atividade física para entrar em forma para o verão



Com a proximidade da estação mais quente do ano, muitas pessoas se empenham na busca por um corpo perfeito e dão início à chamada ‘operação verão’. Se arriscam, ao se dedicarem a treinos pesados ou até mesmo exaustivos, muitas vezes, sem permitir que o corpo se adapte à nova rotina de atividades físicas. E se não for com a devida orientação e cuidados, o resultado pode não ser um corpo em forma, mas, sim, um problema de coluna, ombro ou perna.

De acordo com o fisioterapeuta especializado em esportes e sócio-fundador da Club Físio, André Nogueira Ferraz, a retomada das atividades físicas deve ser mediada por uma prévia avaliação de um fisioterapeuta ou educador físico, para que a pessoa não sofra as consequências de uma sobrecarga nos músculos e articulações. “Após esta avaliação detalhada, a periodização dos treinos tem que ser respeitada para que desta forma seja diminuído o risco de lesão. A sobrecarga por excesso é a grande responsável por lesões”, destaca.

Segundo ele, a maioria das lesões nas articulações são causadas por excessos, como por exemplo, aquela pessoa que gosta de correr para perder aqueles quilinhos indesejados. “Se ela não tem uma boa preparação dos seus músculos, suas articulações dos membros inferiores podem sentir, levando ao desgaste da cartilagem”.

André ressalta que, de um modo geral, as lesões levam de quatro a seis semanas para serem curadas. E, no caso de lesões mais graves, como rupturas de ligamentos, o tempo para a cura é ainda maior, cerca de seis meses. “Antes de correr, por exemplo, é fundamental ter uma boa base muscular. No entanto, o fortalecimento demanda tempo, pelo menos um mês. Após esse período, os treinos podem ser mesclados entre corrida e fortalecimento muscular”.

Segundo o fisioterapeuta, entre os exercícios que ajudam na prevenção de lesões para quem quer iniciar uma corrida encontram-se os agachamentos, que são indicados por fortalecerem os membros inferiores; os exercícios de equilíbrio, que contribuem para um aprimoramento da postura; e os exercícios para a panturrilha, que são fundamentais na prevenção de lesões ligamentares dos tornozelos.  



9 dicas para não acabar com o regime nas confraternizações



 O ano de 2016 começa a se despedir e com o final de mais um ciclo começam as confraternizações entre amigos, familiares e happy hours corporativos. As agendas dos finais de semana e pós horário comercial ficam cheias de eventos e, diante de tantos convites para comemorar, tentar se alimentar bem sem fugir da dieta é o desafio. A nutricionista Ana Poletto, que atua em Genômica Nutricional na Nutrição Individualizada, lista nove dicas para viver tais momentos de lazer sem “enfiar o pé na jaca” e sem carregar aquele sentimento de culpa no dia seguinte. 


Dica 1: se alimente antes de ir a um evento. Isto te ajuda a ficar distante das “tentações alimentares”.


Dica 2: em bares, fuja das frituras. Dê preferência às opções assadas. Além de mais saudáveis, os petiscos assados, em sua maioria, são menos calóricos. (Por exemplo, uma coxinha média de frango tem 335 kcal, enquanto uma esfiha de carne média tem 203 kcal.)


Dica 3: sempre opte por peixes e frango. As carnes brancas possuem menor teor de “gorduras ruins” quando comparadas à carne vermelha, ou seja, nos trazem mais benefícios. Neste caso, evite também as frituras. Escolha as versões grelhadas, cruas e assadas.


Dica 4: diante daquela bela tábua de frios, prefira os queijos mais magros, como o minas frescal. Se possível, para ficar mais saboroso e saudável, regue-o com azeite de oliva extra virgem e polvilhe ervas naturais desidratadas como tomilho e orégano.


Dica 5: muito cuidado com o excesso de bebidas alcoólicas. Um ótima recomendação é sempre intercalar a bebida alcoólica com água ou suco de fruta. Assim, além de ingerir menos álcool, o corpo se mantém hidratado.


Dica 6: ainda no quesito bebidas, escolha as com baixo teor calórico e evite aquelas que são preparadas com açúcar, como caipirinha. Veja quantas calorias, em média, há em 100 mL das diferentes bebidas alcoólicas: cerveja = 49 Kcal; vinho tinto = 65 Kcal, vinho branco = 61 Kcal, piña colada =172 Kcal, vodka = 222 Kcal, vodka com energético = 168 Kcal (50 mL de vodka + 50 mL de energético), caipirinha com açúcar = 133 Kcal. No entanto, independente do teor calórico, é importante lembrar que a ingestão de álcool não deve fazer parte de uma dieta saudável, visto que este componente altera muito a função do fígado.


Dica 7: evite molhos prontos como ketchup, mostarda, molho inglês, shoyu. Além de sódio, a maioria possui açúcar.


Dica 8: consuma oleaginosas sem sal (como castanha-do-pará, avelã, amêndoas, noz pecã e castanha-de-caju) com moderação. Embora ricos em nutrientes, estes alimentos apresentam elevado teor calórico quando consumidos em grande quantidade.


Dica 9: quando o assunto é doce, as frutas secas como damasco, uva passa, cranberry são ótimas opções.





Dra. Ana Poletto - formada em Nutrição pela Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná e possui mestrado e doutorado em Fisiologia Humana pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP). Atua como nutricionista clínica, palestrante em congressos e eventos e é docente em cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica, nas áreas de Genômica, Endócrino e Bioquímica. Possui trabalhos publicados em revistas internacionais e nacionais e participa ativamente de congressos no Brasil e no exterior





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