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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Com 80% de permanência em locais fechados, qualidade do ar interior pode nos deixar doentes



Engenheiro e consultor técnico da Sictel/Sicflux, André Zaghetto, afirma que falta de qualidade do ar é prejudicial a saúde e aponta efeitos e soluções

A rotina diária faz com que a população passe cerca de 80% do seu tempo em locais fechados. Diante dessa realidade, é fundamental um cuidado maior com a qualidade do ar interior, para evitar doenças. O tema foi o destaque principal da palestra promovida pela ASBRAV - Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado Aquecimento e Ventilação em parceria com a Sictell, realizada na segunda-feira (07/11), no Senai São José (SC).

O palestrante, André Zaghetto de Almeida, apontou os riscos de permanecer em um ambiente sem renovação do ar. Sintomas como dores de cabeça, desconforto olfativo, falta de disposição e sonolência são as queixas mais frequentes ligadas a falta de qualidade do ar de ambientes fechados. O engenheiro ainda alerta que a qualidade do ar não está relacionada em nada com o conforto térmico.

- Estamos em ambientes repletos de sistemas de ar condicionado e não fazemos ideia da qualidade do ar que estamos consumindo. Isso é igual ao que ocorre com a água. Não tomamos uma água que não sabemos a procedência - explica.

O principal poluente encontrado em ambientes fechados é o CO2. A presença dele está ligada ao processo de respiração ou as vezes, por fontes externas. Como solução aos problemas referentes a qualidade do ar é necessário sempre fazer uma renovação. Para isso, a dica dada por Zaghetto é sempre que possível colocar o ar externo para dentro do ambiente, com o intuito de qualificar. Ele aponta que o oxigênio externo é sempre melhor que o interno, independente do local.


Giovanni Andrade


Síndrome Alcoólica Fetal



Haddad sanciona lei que cria campanha educacional permanente para alertar população sobre os riscos da ingestão de álcool durante a gravidez


O prefeito Fernando Haddad sancionou, em 7 de novembro, lei que cria campanha permanente de esclarecimento sobre a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Publicada no Diário Oficial, a normativa possibilitará ao Município e à Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo desenvolver iniciativas visando conscientizar a população a respeito dos riscos, às crianças, do consumo de álcool durante à gravidez.

A partir de agora, o governo da cidade de São Paulo poderá alocar recursos orçamentários para ações contra a SAF – inclusive, utilizar a própria rede de saúde, que conta com cerca de mil serviços, entre Unidades Básicas (UBS), Assistência Médica Ambulatorial (AMA), Rede Hora Certa e hospitais.

Nestes centros, a Secretaria poderá, por exemplo, pendurar cartazes sobre a Síndrome, elucidando a respeito das formas de prevenção. Já a prefeitura pode elaborar campanhas institucionais, veiculando em diferentes meios de comunicação, como emissoras de rádio e televisão, jornais e revistas.

Proposta pelo vereador Gilberto Natalini (PB), a lei é baseada em campanha
encabeçada pela Sociedade de Pediatria de São Paulo. Batizada de
#gravidezsemalcool, é direcionada a munir a população com informação
correta e atualizada sobre os perigos de ingerir qualquer quantidade
de bebida alcoólica durante a gestação.

Claudio Barsanti, presidente da SPSP, comemora a vitória para a saúde de São Paulo. “A institucionalização de movimentos que visam ao trabalho contra a SAF trará expressivos benefícios ao pré-natal e, sobretudo, ao desenvolvimento infantil. Fortalecerá, ainda, o projeto da Sociedade de Pediatria de São Paulo, para disseminar dados efetivos acerca da doença aos médicos e à população em geral”, declara.

O próximo passo é unir Secretaria da Saúde, Prefeitura e entidades médicas envolvidas na causa para articular o viés da campanha. Ao usar estruturas presentes na rede de saúde pública, a previsão é de que o custo seja mínimo.

Para Conceição Aparecida de Mattos Segre, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Efeitos do Álcool na Gestante no Feto e no Recém-nascido da SPSP, essa aprovação representa um degrau muito importante para a #gravidezsemalcool – “principalmente, permitindo o alcance à parcela significativa da população”.

A Campanha #gravidezsemalcool conta com apoio institucional da Marjan Farma, com cooperação da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Academia Brasileira de Neurologia, Associação Paulista de Medicina e Associação Brasileira das Mulheres Médicas.

Sobre a SAF
A exposição pré-natal a qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. Eles podem revelar-se logo ao nascimento ou mais tardiamente e perpetuam-se pelo resto da vida. A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) apresenta diversas manifestações, desde malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais, mas as alterações comportamentais estão sempre presentes. Contabiliza, mundialmente, de 1 a 3 casos por 1000 nascidos vivos. No Brasil não há dados oficiais do que ocorre de norte a sul sobre a afecção; entretanto, existem números de universos específicos.

Para ter uma ideia, no Hospital Cachoeirinha, um estudo com 2 mil futuras mamães apontou que 33% bebiam mesmo esperando um bebê. O mais grave: 22% consumiram álcool até o dia de dar à luz.

“É fundamental ressaltar que o melhor caminho é realmente a prevenção” completa a Dra. Conceição Aparecida de Mattos Ségre. “Não há qualquer comprovação de uma quantidade segura de bebida alcoólica que proteja a criança de qualquer risco. Neste caso, a gestante ou a mulher que pretende engravidar deve optar por tolerância zero à bebida alcoólica”.


Características
O conjunto de efeitos decorrentes do consumo de álcool, em qualquer dosagem ou período da gravidez, é chamado de “espectro de distúrbios fetais relacionados ao álcool”, que inclui a SAF. A frequência dessas implicações varia conforme etnia, genética e até mesmo a quantidade ingerida. Isso não significa que todos os bebês expostos serão afetados, mas a probabilidade é alta.

“Bebês com SAF têm alterações bastantes características na face, as chamadas dismorfias faciais. Além disso, faz parte do quadro o baixo peso ao nascer devido à restrição de crescimento intrauterino, e o comprometimento do sistema nervoso central. Essas são as características básicas para o diagnóstico no período neonatal”, comenta Claudio Barsanti, presidente da SPSP.

No decorrer do desenvolvimento infantil, o dismorfismo facial atenua-se, o que dificulta o diagnóstico tardio. Permanece o retardo mental (QI médio varia de 60 a 70), problemas motores, de aprendizagem (principalmente matemática), memória, fala, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, entre outros. Adolescentes e adultos demonstram problemas de saúde mental em 95% dos casos, como pendências com a lei (60%); comportamento sexual inadequado (52%) e dificuldades com o emprego (70%).


Diagnóstico e Tratamento
Em São Paulo, o Grupo da SPSP cria ações para conscientizar os pediatras, com distribuição de material em eventos científicos, publicações disponíveis na internet aos associados da SPSP e cursos voltados para equipes multidisciplinares de capacitação para reconhecimento e condutas nesses casos.

Nos Estados Unidos e Canadá, existe um teste que identifica produtos do álcool no mecônio ou cabelo do recém-nascido. É uma técnica de alto custo, que ainda não está disponível no Brasil.

“Vale lembrar que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não têm cura, por isso vale a máxima: o quanto antes parar, melhor para o bebê, sua família e a sociedade. O diagnóstico precoce da doença e a instituição de tratamento multidisciplinar ainda na primeira infância podem abrandar suas manifestações”, completa a Dra. Conceição.


Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia lança campanha alertando sobre uso de fones de ouvido em volume alto



 No atual contexto de hiperconectividade, índice de perda auditiva aumenta gradativamente sobretudo entre adolescentes e jovens


Em casa, no trânsito, no trabalho, na academia. O fone de ouvido tornou-se onipresente. O que nem todos sabem é que o uso excessivo do aparelho pode causar sérios problemas de saúde, levando, inclusive, a perda irreversível da audição.  De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda auditiva atinge cerca de 360 milhões de pessoas independentemente da idade. Nesse contexto, para marcar o Dia Nacional de Combate à Surdez - 10 de novembro, o Sistema de Conselhos criou uma campanha nacional. A partir do mote “Baixe o Volume e Ouça Bem Sempre”, o principal objetivo é alertar a população sobre os perigos do uso excessivo de fones de ouvido com volume alto.

Problemas auditivos não são exclusividade da terceira idade. No atual contexto de hiperconectividade, principalmente nos grandes centros urbanos e a partir de dispositivos móveis como smartphones e tablets, o índice de perda auditiva aumenta gradativamente sobretudo entre adolescentes e jovens. E isso acontece na maioria das vezes em razão do hábito cotidiano de usar fones de ouvido com volume muito alto.

O mais preocupante, segundo os pesquisadores, é que a perda auditiva é gradual, cumulativa e pode ser irreversível dependendo do volume e do tempo de exposição. Na área de saúde, o fonoaudiólogo é o profissional com competência para atuar na avaliação e na reabilitação auditiva de pessoas em qualquer idade. O Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia alerta: diminua o volume hoje, e ouça bem sempre. Ao primeiro sinal de perda auditiva, procure imediatamente um fonoaudiólogo. Ele é o profissional habilitado pela Lei 6965/81 para realizar exames audiológicos. 


Fique atento:

- Exposição a sons altos por muito tempo pode causar perda auditiva.
- Uma dica: baixe o volume até ouvir os sons do ambiente.
- Outra dica: retire seus fones por 15 minutos a cada 45 minutos de uso.
- Por último: limpe seus fones sempre e evite compartilhar.



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