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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Má postura pelo uso inadequado do celular pode agravar dores e problemas na coluna





Especialista explica o que é a síndrome do "pescoço da mensagem de texto" (Text Neck) e cita dicas de exercícios para a coluna cervical

O hábito de inclinar o pescoço para ler ou escrever mensagens no celular ou tablet já se tornou uma rotina para a maioria das pessoas de todas as idades. Porém, o que muitos não sabem, é que essa posição pode ocasionar cefaleia ou dores na coluna cervical, e a longo prazo, até patologias mais sérias, como artrose da coluna, conhecido como Text Neck, ou “pescoço da mensagem de texto”.
Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida, Dr. Gilberto Ohara, a inclinação constante da cabeça por longos períodos afeta, principalmente, as primeiras vértebras da coluna cervical. “Essa inclinação equivocada pode causar desde dor de cabeça até dor no pescoço por fadiga muscular, e se mantida durante muito tempo, pode ocasionar uma artrose por degeneração do disco vertebral”, afirma o especialista.
A cabeça de um homem adulto pesa cerca de 6kg, mas quando ela é inclinada para baixo por meio do movimento do pescoço, ocorre uma sobrecarga mecânica e pode chegar a pesar 27 kg. O ortopedista complementa que essa postura é prejudicial, e em casos extremos, pode haver a necessidade de uma cirurgia da coluna cervical.
Para não deixar de usar o smartphone e desenvolver uma Text Neck, é importante tomar medidas preventivas contra essas lesões, como colocar o celular ou tablet em frente aos olhos quando for ler ou escrever alguma mensagem de texto. O ideal é fazer exercícios específicos para a coluna cervical, como orienta o educador físico do Centro de Qualidade de Vida, Rodrigo Poli. “Comece com um leve alongamento. Sem pressionar, puxe a cabeça primeiro para um dos lados e segure na posição até sentir a musculatura reagindo. Mantenha o conforto e troque o lado. Faça de duas a três séries. Outra forma é flexionar a cabeça para frente, usando as duas mãos pressionando a cabeça para baixo, segure 20 ou 30 segundos, solte as mãos e repita por três vezes.”, explica.
Exercícios para fortalecer a musculatura:
1- Incline a cabeça para baixo e passe uma toalha por trás, segurando nas pontas. Mantenha as mãos puxando levemente movimentos para baixo e, ao mesmo tempo, mantenha a cabeça fazendo a força contrária, para cima. Com isso, a musculatura do pescoço se movimenta contra uma resistência, favorecendo o fortalecimento dos músculos extensores do pescoço (músculos de trás).
2- Para fortalecer os músculos flexores do pescoço, ao contrário do primeiro exemplo, a toalha ou algum peso - caneleiras, por exemplo – é colocado na testa e a cabeça pode ficar levemente inclinada par trás, e o movimento então se inicia flexionando a cabeça para frente. Pode ser feito entre duas a três séries e a princípio com movimentos curtos e resistência leve a moderada, podendo evoluir nos próximos treinos.
3- Em pé ou sentado, segure nas duas mãos algum peso, mínimo 2kg, com os braços estendidos. Eleve ao máximo os ombros para cima, como se quisesse encostar o ombro na orelha, segure por volta de 2 ou 3 segundos, desça os ombros e relaxe.
O recomendado é que faça três séries entre 15 e 18 movimentos, podendo aumentar a carga gradativamente em todos os exercícios.

São Paulo, uma cidade vibrante como o fogo




Gaston Bachelard dizia que o fascínio universal pelo fogo tinha a ver com suas propriedades tão poderosas quanto contraditórias. O fogo oferece proteção, abrigo, calor, conforto, aconchego. Também oferece perigo, dor, sofrimento e morte. São Paulo é fascinante e complexa como o fogo. Às vésperas de seu 462º aniversário, a cidade tem muito a comemorar... e a refletir.
Estamos falando de uma cidade que nasceu dinâmica, que já surgiu como ponto de encontro e troca entre viajantes, exploradores e aventureiros, religiosos e profanos, europeus e nativos, mercadores e escravos. Suas marcas de nascença são vistas até hoje. Contra seu fundo cinzento, São Paulo é multicolorida. O cinza austero é só um palco, ou uma tela, onde desfilam todas as cores, sabores, cheiros, emoções, sentimentos.
São Paulo não é só do Brasil. É do mundo. Sua vocação para cidade de encontro, de troca, de crescimento, continua mais viva do que nunca. Essa vocação se vê também na diversidade de línguas e culturas com as quais convivemos hoje. Essa é uma cidade de migrantes, de imigrantes, de refugiados. De gente que foge e se encontra. Que procura e acha. São Paulo é feita de quem nasce aqui e de quem vem e pelas mais variadas razões não pode ou não quer sair. Ela nos absorve e nós a absorvemos. Ela se torna uma parte de todos os que moram aqui. E todos nós fazemos dela o que ela é.
É justamente nessa riqueza e complexidade, nessa fricção e atrito, que São Paulo forja sua identidade como a do fogo. Assim como ele, ela é intensa. Ao longo de sua história ela acumulou títulos de “maior” nas mais diversas categorias: maior cidade e maior centro econômico do Brasil, maior comunidade de representantes de várias nacionalidades fora de seu solo nativo, maior número de pizzas consumidas mensalmente... e por aí vai. E como o fogo, São Paulo é cidade de extremos, de exageros, e também de contradições. Tudo aqui é grande: a alegria, o sucesso, as conquistas, as glórias, os infortúnios, as misérias, as ambiguidades. Grandeza e contradição são duas de suas principais marcas. Ela é, sem dúvida, o avesso do avesso.
Dentre seus muitos títulos, ela detém o de cidade com o maior número de falantes da língua portuguesa no mundo. Esse foi um dos motivos para sua escolha como lar para o Museu da Língua Portuguesa. Mas, lembremos, São Paulo é como o fogo, que tanto acolhe quanto destrói. Assim, além de ter sido o lugar ideal para abrigar o Museu, também foi o lugar que o presenteou com chamas. Por descuido, irresponsabilidade (ou, pode-se dizer, por maldade, já que ela se manifesta de muitas formas), São Paulo queimou um de seus grandes patrimônios. E no processo destruiu ainda um bem mais valioso que qualquer museu: uma vida humana.
A cidade brilha tanto como um repositório quanto como um gerador de cultura para o Brasil e o mundo. Mas quantos outros patrimônios culturais de São Paulo estarão hoje também à beira do colapso? O estado do Museu do Ipiranga é um bom indicativo. E olhando para nosso legado cultural de forma mais ampla, alguém tem notado algo acontecendo nas escolas públicas de São Paulo? Elas não estão também queimando lentamente?
E para além da cultura e da educação, quantas outras vidas estão se perdendo de forma banal nesta cidade de tantas oportunidades de “fazer a vida”?
O incêndio do Museu da Língua Portuguesa, a pouco mais de um mês do aniversário da cidade, serve como símbolo da relação ambígua de São Paulo com seu patrimônio cultural e humano. Ela acolhe e abandona, cria e destrói, dá a luz e mata. Ele também nos convida à reflexão e a uma mudança de postura. É bem provável que os poderes públicos, nos níveis municipal, estadual e federal, continuem em sua indiferença (ou, na melhor das hipóteses, atenção insuficiente) aos problemas culturais e humanos da cidade. Mas São Paulo é feita por cada um de nós e todos temos uma parte em fazer dela o que ela é. Cada um tem responsabilidade em fazer com que ela seja a melhor versão possível de si mesma.
Uma coisa é certa. São Paulo seguirá em sua vocação de ser grande. Cabe a nós decidir: grande em quê?
           
Rodrigo Franklin de Sousa - Doutor em Letras pela Universidade de Cambridge e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Repelentes à base de DEET garantem proteção contra Aedes aegypti, mosquito que pode transmitir o Zika vírus





O DEET, principal substância ativa dos repelentes da marca OFF! ® vendidos no Brasil, é eficaz contra o Aedes Aegypti segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Todos os produtos da marca OFF! vendidos no Brasil passam por rigorosos testes e são registrados pela Anvisa.

“É importante entender que quanto mais DEET o produto contém, maior será a duração da proteção. O consumidor deve estar atento às instruções do rótulo, pois a duração pode variar. O OFF!® Family Aerossol, por exemplo, garante proteção de até 6 horas. Estamos orgulhosos pelos 20 anos de confiança do consumidor Brasileiro na marca OFF!® e em seu princípio ativo DEET,” esclarece Tatiana Ganem, diretora de marketing da SC Johnson, que fabrica a marca OFF!

A diferença entre as opções da marca OFF!® é o tempo de proteção, que varia de acordo com a concentração do princípio ativo na fórmula – o DEET. No Brasil, a concentração do DEET em repelentes OFF!® varia entre 6,7% e 15%.

De acordo com comunicados do Ministério da Saúde, os repelentes produzidos com DEET podem ser utilizados por mulheres grávidas, desde que o produto esteja registrado pela Anvisa e as instruções do rótulo seguidas. Alguns repelentes, como o OFF! ® Family Spray e o OFF! ® Kids, podem também ser usados por crianças a partir de dois anos.
No Brasil, a linha OFF!® é composta por sete diferentes tipos de produtos, todos testados dermatologicamente. Estão disponíveis no mercado versões em spray, loção ou aerossol, que podem ser encontradas nos principais supermercados e farmácias do país.

- LINHA DE REPELENTES OFF!®

Produto Concentração de DEET Indicação Duração
OFF!® Refresh Spray 15% Mulheres, homens e crianças acima de 12 anos. 5 horas
OFF!® Family Aerossol 15% Mulheres, homens e crianças acima de 12 anos. 6 horas
OFF!® Family Spray 6.7% Mulheres, homens e crianças acima de 2 anos. 2 horas
OFF!® Family Loção 7.1% Mulheres, homens e crianças acima de 2 anos. 2 horas
OFF!® Cosmetic Loção 7.1% Mulheres, homens e crianças acima de 2 anos. 2 horas
OFF!® Kids Loção 7.1% Crianças acima de 2 anos. 2 horas
OFF!® Kids Spray 7.1% Crianças acima de 2 anos. 2 horas

Como usar
Além de observar as instruções de uso do fabricante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda também os seguintes cuidados ao se fazer uso dos repelentes:
- evitar aplicação nas mãos das crianças;
- aplicar na pele por cima das roupas, nunca por baixo;
- o repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante;
- não aplicar o produto próximo aos olhos, nariz ou boca e genitais;
- sempre lavar as mãos após aplicar o produto;
-  usar o produto no máximo três vezes ao dia;
- em caso de suspeita de qualquer reação adversa ou intoxicação, lavar a área exposta e, se necessário, procurar o serviço médico e levar a embalagem do repelente.
* De acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde

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