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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Enem – Aprenda a lidar com a ansiedade




Especialista dá dicas a quem possui Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade e participará do exame mais importante do país

O Enem 2015 está chegando e como em toda avaliação, o número de candidatos ansiosos para saberem como serão as provas, suas questões e consequentemente seu desempenho, é grande. Lidar com a ansiedade, tanto na preparação do exame quanto na execução, é um dos fatores decisivos para realizá-lo da melhor forma possível.  Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto e dar dicas a quem possui o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, o Dr. Isaac Efrain, Médico Psiquiatra, especialista em funcionamento da mente, e responsável pela página Ansiedade Brasil no Facebook, orienta a como controlar a ansiedade e buscar um bom desempenho no Enem.

Quem possui TDAH é prejudicado pela falta de concentração, o que pode afetar as horas de estudo necessárias para a preparação, “o cérebro de quem tem TDAH tem dificuldade de se concentrar, pois focar é uma tarefa muito difícil já que qualquer estímulo, por menor que seja, desvia sua atenção e interrompe o raciocínio. Na preparação para o exame, essa reação acarreta em uma falta de horas suficientes de estudo, já que existe a dificuldade de focar, absorver e organizar as informações”, explica Dr. Isaac. Segundo ele, é preciso treinar foco antes do exame para poder praticá-lo durante a prova, “evitar pensar em problemas de ordem pessoal, ou de qualquer outra ordem é a primeira ação que deve ser realizada. Tente ler a questão de forma ‘limpa’, não permitindo que a ansiedade, comorbidade muito comum em quem tem TDAH, tome conta da sua mente”. Outro ponto importante é preparar o ambiente de estudo mais isolado, com a menor quantidade de estímulos externos possíveis. “Estudar uma matéria de cada vez, evita a confusão. Na hora de decorar, busque elaborar um texto com musicalidade, para facilitar a associação de conceitos”, diz o médico.

Segundo o especialista a ansiedade pode ser controlada, “quando tiramos o caráter de desafio da prova e encaramos o ENEM, como uma prova a mais, relativizando a sua importância, sem perder tempo pensando nas consequências, positivas ou negativas, a gente foca no aprendizado e não no resultado, assim atingir a meta é apenas uma consequência”. Dormir bem no dia anterior e manter um estado de espírito positivo e tranquilo também ajudam na melhora do desempenho. Se atente também a evitar comidas pesadas, de difícil digestão, “elas dão sono o que dificulta o raciocínio. Escolha comidas leves ricas em glicose. Esses alimentos ajudam a aumentar o grau de energia e são uteis também as pessoas com o transtorno que se tratam com substâncias estimulantes.  Elas também se beneficiarão em seu rendimento na prova”. Já aos unicamente ansiosos, sem o TDAH, a ordem - conforme Dr. Isaac - é evitar comidas estimulantes, como chocolates ou que contenham cafeína, pois serão prejudicadas por este tipo de alimento, piorando o quadro de ansiedade.  O ideal é que escolham alimentos leves e que contenham açúcar e carboidratos que fornecerão energia na medida certa.

Uma das mudanças anunciadas no exame exigirá maior controle emocional dos candidatos, este ano às 13h todos devem estar em sala, porém o exame iniciará apenas às 13h30. Nesse meio tempo tente manter a mente controlada, sem se desesperar ou contar os minutos. Quando a prova chegar faça do tempo seu amigo, “Se programe para não ficar olhando o relógio na primeira hora da prova. Só se permita olhá-lo de meia em meia hora e antes conclua o raciocínio das questões para passar para a próxima pergunta. Não fique preocupado em checar as próximas questões, pois além de poder se perder no raciocínio, essa prática atrapalha o rendimento global. Uma questão de cada vez”, ensina o especialista.

Para aproveitar bem o período adicional de uma hora que os candidatos com TDAH possuem no exame, o médico indica “seus ledores e transcritores são incumbidos de lhe auxiliar tanto na leitura das questões quanto no momento de passar as alternativas escolhidas para a folha de respostas. São fatores de facilitação que devem ser aproveitados ao máximo e ajudam a diminuir a pressão e a tensão do candidato”.

Importante: o diagnóstico correto e preciso do TDAH só pode ser feito por um profissional médico especializado (psiquiatra, neurologista, neuropediatra) que avaliará todos os critérios de diagnóstico.

O que, afinal, são essas calorias?





Queimar, comer, perder calorias. Muito se fala sobre elas, mas quanto, de verdade, compreendemos sobre o assunto?
Caloria, ou melhor, quilocaloria (kcal, abreviadamente), é uma unidade de medida de energia que serve, por exemplo, para determinar a quantidade de energia que um alimento tem e oferece quando ingerido. Estampado nas embalagens dos alimentos, uma quilocaloria representa a quantidade de mil calorias.
A caloria também é usada para determinar, por exemplo, quanta energia se gasta na realização de determinada atividade ou mesmo para o corpo manter as funções básicas em funcionamento.
É muito comum ouvir que a pessoa “comeu um número determinado de calorias”. A frase é equivocada, já que, por se tratar de unidade de medida, o que se come ou se ingere é o alimento, que contem certa quantidade de calorias.
Em geral, uma pessoa jovem, com estatura média (1,70m) e com peso equilibrado (70kg) gasta no dia a dia, sem fazer atividades físicas, por volta de 2.000 kcal somente para manter as funções básicas do corpo e as atividades de uma vida sedentária, como é a de grande parte da população. Para, então, manter o equilíbrio energético entre consumo e gasto, essa pessoa precisa ingerir alimentos que tenham uma soma total de energia de 2.000 kcal por dia.
Porém, quando esse indivíduo ingere mais do que a necessidade diária, ou seja, ultrapassa as 2.000 kcal, o excesso de energia é armazenado, uma vez que não precisa ser usado. Essa sobra é retida no corpo humano na forma de gordura. Por isso, a explicação para quem tem algum excesso de gordura está no fato de ter ingerido mais energia do que precisava. Simples assim.
Agora, se a razão para explicar o excesso de calorias é simples, o que fazer para perder tal reserva guardada é igualmente simples: basta inverter a conta. Ou seja, quem gasta 2.000 kcal por dia deve comer menos do que 2.000 kcal diários e continuar gastando o total dessa caloria ou ampliar o gasto de quantidade de energia.
Como consumir menos energia? O que fazer para gastar mais energia? Não há fórmulas milagrosas para responder tais questões. Ingira menos alimento para reduzir o consumo de calorias ou exercite-se mais para ampliar o gasto calórico.
Se levarmos em consideração que uma pessoa grande, alta, gasta mais energia do que uma pequena, miúda, já que tem mais peso para movimentar e mais corpo para fornecer energia durante todo o dia, e se também considerarmos que não há procedimentos que nos torne mais altos, o caminho é fazer os músculos ficarem maiores. Afinal, um músculo maior consome mais energia que um músculo menor para sobreviver durante todo o dia.
O caminho para uma vida ativa e saudável é procurar gastar mais energia, fazendo exercícios para os músculos ficarem maiores e se movimentando mais do que se ingere ou se come. Essas ações farão com que o nosso corpo tenha que buscar a diferença na reserva de energia armazenada, traduzindo-se em emagrecimento. E, claro, em mais qualidade de vida!

Cristiano Parente - professor e coach de educação física, eleito em 2014 o melhor personal trainer do mundo em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É CEO da Koatch Academia e do World Top Trainers Certification, primeira certificação mundial para a atividade de educador físico.

Um desafio global: a crise migratória na fronteira da União Europeia, na Hungria



Nas últimas semanas, a imprensa brasileira e internacional vêm publicando uma série de reportagens e artigos sobre a crise migratória na União Europeia, com foco especial na Hungria. Para melhor entendimento dos desafios, gostaria de compartilhar algumas considerações sobre o assunto:

A Hungria é um pequeno país com uma grande tarefa. O país – com uma população igual à de Pernambuco – deve controlar as fronteiras externas da União Europeia na região, cadastrar todos os imigrantes e refugiados que entram por lá, fornecendo lhes toda a ajuda humanitária e processar suas aplicações de asilo. A Europa está enfrentando a maior onda de migração desde a Segunda Guerra Mundial. Este ano, mais de 400 000 imigrantes cruzaram a fronteira da Hungria – é 10 vezes superior ao registrado no ano passado. Para entender a dimensão da crise: é como se o Brasil tivesse que receber, cadastrar e auxiliar 8 milhões de imigrantes e refugiados durante um ano.

As fronteiras da Hungria estão abertas. A Hungria construiu uma cerca na fronteira com a Sérvia e Croácia para que os imigrantes não entrem de forma ilegal, que é crime. A cerca serve para dirigir os imigrantes aos pontos de entrada legais. Na fronteira com a Sérvia e Croácia temos vários pontos de entrada - um por cada 25 km. Todos aqueles que solicitam asilo podem e devem entrar por ali. A Hungria ajuda além dos seus limites. Todos os requerentes são conduzidos pelas autoridades aos centros de acolhimento onde recebem abrigo, alimentação, assistência médica, ajuda financeira e toda a ajuda humanitária necessária.
Os húngaros são acolhedores porque, infelizmente, sabem muito bem o que significa ser refugiado. Antes de 1990, centenas de milhares de húngaros fugiram da Hungria e somos, até hoje, gratos aos países que os acolheram, incluído o Brasil. Nas últimas décadas, o nosso país concedeu asilo a milhares de pessoas, entre elas, a muitas famílias sírias. Temos problemas só com os que não respeitam as nossas leis. Muitos passavam pela fronteira ilegalmente, não cooperavam com as autoridades e mais: atacaram as nossas fronteiras lançando pedras, garrafas e outros objetos contra a polícia húngara e derrubaram as barreiras. 

É um desafio global que requer uma solução global. A comunidade internacional tem que atuar nas raízes da crise e concentrar-se em estabilizar os países de origem dos refugiados, mudando as condições que levaram à migração em massa. A Hungria propôs a criação de um sistema de cotas globais, já que a distribuição dos migrantes não deve estar apenas a cargo da Europa.  
Razão e coração. A Hungria sempre concedeu e sempre concederá asilo àqueles que fogem de países em conflito. Temos feito isso e continuamos a fazer. Penso que quando se trata de refugiados, devemos usar o nosso coração. Porém, quanto aos imigrantes económicos, é necessário ouvir também a razão. Acesse: http://www.mfa.gov.hu/kulkepviselet/BR/pt/ e o facebook: https://www.facebook.com/embaixadahungara?fref=ts .

Norbert Konkoly -É o Embaixador da Hungria no Brasil, possui formação em Comércio Exterior e Pós- Graduação em Economia pela Universidade de Economia em Budapeste, Mestrado em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais de Moscou e, cursou também Comunhão de Desarmamento das Nações Unidas em Nova Iorque, Genebra e Viena. Em sua carreira diplomática foi Cônsul e Adido de Imprensa na Embaixada da Hungria em Ottawa, no Canadá, bem como foi Vice Chefe do Gabinete do Secretario de Estado do Ministério das Relações Exteriores da Hungria. Foi ainda Conselheiro na Embaixada da Hungria em Londres, no Reino Unido, foi Chefe do Departamento das Américas do Ministério das Relações Exteriores na Hungria e, antes de vir para sua função no Brasil, foi o Embaixador da Hungria em Lisboa, Portugal de 2010 a 2014. O Embaixador da Hungria no Brasil, que é fluente em português, russo, inglês e francês, veio para o Brasil cumprir uma missão especial de estreitar relações culturais e comerciais entre os dois países

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